E N D
1. PROF. RICARDO MARTINS
HISTRIA ANTIGA
2. GRCIA ANTIGA DAS ORIGENS AO PERODO ARCAICO
4. A CIVILIZAO GREGA Localizao: Pennsula Balcnica.
5. HISTRIA E NATUREZA A Grcia apresenta um relevo montanhoso e por isso s um quinto do territrio habitvel. O solo pobre em recursos minerais e pouco frtil. Essas caractersticas isolava os vrios grupos humanos locais, dificultando a comunicao e favorecendo a formao poltica predominante: a Plis.
O litoral cheio de Golfos e Baas, Cabos e Pennsulas, entretanto, no so muitos os bons portos naturais.
Os Rios tem pequena extenso e pouco volume de gua.
6. As chuvas so muito raras e a vegetao tambm escassa e o desmatamento feito durante sculos contribuiu para reduzir a extenso das florestas naturais.
O clima no favoreceu muito a ocupao do territrio grego: veres trridos e os invernos quase sempre muito rigorosos.
Na regio Sul as condies climticas so mais suaves.
Considerando essas caractersticas geogrficas, podemos calcular o quanto foi difcil para os gregos ocupar a regio nos primeiros tempos.
7. Observaes: importante frisar que o surgimento das cidade-estados na GRCIA no pode ser explicado unicamente pela influncia do meio geogrfico.
Acreditar nisso seria cair no FATALISMO ou no DETERMINISMO GEOGRFICO.
Podemos concluir ento que o homem atravs de suas aes e seu trabalho, faz a histria, relacionando-se dialeticamente com o meio geogrfico e com as demais circunstncias que interferem na vida humana
9. PERODOS
Perodo Pr-Homrico (2800 1100 a. C.) povoamento da Grcia.
Perodo Homrico (1100 800 a. C.) poemas Ilada e Odissia.
Perodo Arcaico (800 500 a.C) formao da plis (cidade-Estado).
Perodo Clssico (500 336 a.C) auge da plis.
Perodo Helenstico (336 146 a.C) decadncia da plis/ domnio Macednico.
10. PERODO PR-HOMRICO Caracterizado pelas invases arianas: aqueus, elios, jnios e drios
11. PERODO PR-HOMRICOsc. XX a.C XV a. C Os mais antigos vestgios arqueolgicos encontrados na Grcia atual do indcios da existncia de povos vivendo nessa regio por volta de 2500 a.C.. Tais povos se mesclaram a outros que invadiram a regio por volta de 2500 a.C.
Os aqueus foram os primeiros seguidos dos elios e jnios.
A convivncia entre os povos do local e os invasores no era nada pacfica. Por volta de 1200 a.C. chegam os drios.
12. Civilizao Creto-Micnica (cretenses + aqueus):
Cretenses: comrcio martimo, talassocracia (poder nas mos de elite comerciante), escrita silbica (Linear A e Linear B), destaque para as mulheres;
Micnicos: Grcia Continental aqueus. Conquistaram os cretenses, porm assimilaram alguns de seus valores culturais;
17. OS DRIOS Exmios guerreiros, saqueadores e conhecedores do ferro, enquanto os povos locais utilizavam apenas o bronze.Destruram inmeros centros urbanos.
A invaso drica levou os gregos a fugirem, constituindo a Primeira Dispora Grega. Alguns dirigiram-se para as diversas ilhas vizinhas enquanto outros rumaram para o interior.
19. PERODO HOMRICO Caracterizado pela formao dos genos
21. PERODO HOMRICOsc. XV a.C VIII a.C. Os tempos homricos tm incio com a invaso dos drios.
A denominao devido s principais fontes que retratam o perodo, atribudas a Homero: Ilada (guerra de Tria) e Odissia (narra as aventuras de Ulisses, heri grego).
22. PRIS E HELENA
24. PRINCIPAIS CARACTERSTICAS Pela organizao em GENOS, famlias coletivas que reuniam descendentes de um antepassado comum. Cada geno era chefiado pelo membro mais velho, o pater, com autoridade militar, religiosa e poltica;
Economia sustentada na agricultura e no pastoreio. A terra era propriedade coletiva. A produo destinava-se subsistncia da famlia. Comrcio pouco desenvolvido e base de trocas. No havia desigualdade econmica e nem social.
27. DESINTEGRAO Por volta do sc. VIII a.C., iniciou-se o processo de desagregao das comunidades gentlicas. O crescimento populacional foi maior que o da produo, comeou a faltar alimentos.
O pater passa a fazer a diviso de terras. Beneficiou seus parentes mais prximos, com os melhores lotes que foram transformados em propriedade privada.Surge uma nova classe: os euptridas (os bem nascidos). Aristoi (os melhores)?
28. PERODO ARCAICO Caracterizado pelo surgimento da PLIS
29. PERODO ARCAICOsc. VIII a.C VI a.C. O perodo arcaico caracteriza-se por transformaes polticas e sociais e consolidao das cidades-estados. (Atenas e Esparta)?
A Monarquia foi sendo substituda pela oligarquia (regime poltico fundado no exerccio do poder por parte de um grupo reduzido de pessoas, pertencentes mesma famlia ou grupo).
Enriquecimento da aristocracia e acentuao da desigualdade social. Sociedade torna-se escravista (guerras e dvidas).
30. O SURGIMENTO DA PLIS As disputas entre proprietrios e no-proprietrios e daqueles que passam a se dedicar ao comrcio, bem como os conflitos entre os vrios genos resultaram na crescente instabilidade que motivou a unio dos mais poderosos de vrios genos, buscando um poder forte e controlador.
Genos=fratria=tribo=demos(povo ou povoado)
31. AS PLIS local mais elevado da povoao, em torno da qual se desenvolveria um ncleo urbano. As cidades-estados logo seriam lideradas por um conselho de euptridas.Cada cidade era governada por um rei, o basileu.a qual se desenvolveria um ncleo urbano. As cidades-estados logo seriam lideradas por um conselho de euptridas.Cada cidade era governada por um rei, o basileu.
32. EXPANSO COLONIAL Com a contnua expanso demogrfica e escassez de terras, os gregos passaram a buscar novas reas para sobreviver.
Trata-se do incio do processo de colonizao grego no Mediterrneo, o norte do mar negro, as costas asiticas e o norte da frica.
Esse processo ficou conhecido como Segunda Dispora Grega.
34. O COLONIALISMO As colnias eram autnomas e politicamente independentes, apesar de manterem vnculos com suas cidades de origem.
O colonialismo provocou uma expanso da agricultura, da pecuria e do prprio artesanato. Houve desenvolvimento comercial.
A Grcia importava alimentos e matrias-primas e exportava produtos elaborados (vinho, azeite, cermica, etc.)?
35. GRCIA ESPARTA E ATENAS A COLONIZAO COLABOROU PARA O DESENVOLVIMENTO DO URBANISMO: AS CIDADES-ESTADOS CUJA CARACTERSTICA PRINCIPAL A AUTONOMIA ECONMICA E POLTICA
36. ESPARTA UMA CIDADE-ESTADO AGRRIA E OLIGRQUICA
38. ESPARTA Localizao: Esparta situava-se na regio da Lacnia, na Pennsula do Peloponeso, numa plancie frtil quer era uma exceo no conjunto geogrfico grego. Essa plancie apresentava-se isolada das regies vizinhas por altas montanhas.
Fundada no sculo IX a.C. pelos Drios, que logo submeteram os primeiros habitantes da regio, a sociedade espartana teve um desenvolvimento semelhante aos das demais plis gregas.
39. ECONOMIA A propriedade em Esparta era Estatal; a terra, dividida em lotes, era doada vitaliciamente aos espartanos e trabalhadas pelos hilotas.
Era proibida a prtica do comrcio pelos espartanos, contribuindo para o monoplio comercial dos periecos.
Como comerciantes, os periecos completavam a economia da plis, favorecendo a auto-suficincia espartana e a xenofobia (averso ao estrangeiro).
40. SOCIEDADE A sociedade espartana era formada por:
Espartanos: descendentes dos drios e os nicos detentores de terras e de poder poltico;
Periecos: homens livres que no tinham direitos polticos e que deveriam participar do exrcito quando necessrio.(comerciantes e artesos).
Hilotas: servos pertencentes ao Estado, eram cedidos aos espartanos para trabalhar em suas terras e por serem a maioria da populao representavam constante perigo de rebelio.
42. LEGISLAO A legislao espartana teria sido criada por Licurgo, personagem lendrio, e se baseava no monoplio poltico dos cidados-guerreiros, os espartanos, e na marginalizao dos demais muito embora os periecos tivessem obrigaes militares em caso de guerra.
43. Licurgo
44. POLTICA Politicamente, Esparta era baseada na oligarquia.
Diarquia: formada por dois reis, com autoridade religiosa e militar;
Gersia: tambm conhecida como conselho dos Ancios, era composto por 28 esparciatas com mais de 60 anos. Fiscalizavam a administrao e decidiam sobre a maior parte dos assuntos do governo;
pela: era a Assemblia popular, formada pelos cidados com mais de 30 anos. Sua principal funo era eleger os foros.
Eforado: composto por cinco foros, com mandato de um ano. Eram os verdadeiros administradores da cidade. Fiscalizavam os reis, controlavam o sistema educacional e distribuam a propriedade entre os esparciatas.
45. EDUCAO O Estado se encarregava da educao dos espartanos, baseada no aprimoramento fsico. O espartano deveria estar sempre pronto para a revolta dos seus servos. O incentivo ao crescimento demogrfico era incuo, pois o rigor da educao eliminava a maioria dos jovens, sobrevivendo apenas os mais fortes e resistentes.
49. Educao espartana:
A sociedade espartana era conservadora, a educao era voltada para o militarismo, obedincia a regras e vigor fsico, e isso impunha um cdigo moral bastante severo.
A criana ao nascer era examinada por um conselho de cidados, que avaliava sua condio fsica, caso houvesse alguma deficincia era atirada em um desfiladeiro. Crianas eram entregues ao estado a partir dos sete anos, para prepar-las para a educao militar, garantindo a proteo da cidade e a ordem interna.
A obrigao da mulher era a de gerar filhos saudveis para servir ao Estado,praticavam exerccios que lhes garantissem uma vida forte e saudvel.
50. ATENAS
ABERTA AO COMRCIO, RICA, DINMICA E DEMOCRTICA, APRESENTAVA-SE O OPOSTO DE ESPARTA
53. ATENAS O BERO DA DEMOCRACIA: Atenas destacou-se como o maior centro cultural, poltico e econmico da Grcia. Cidade de origem jnica, tornou-se m padro de desenvolvimento para as cidades-estado gregas
Localizao: na tica, nas proximidades do mar Egeu.
54. SOCIEDADE Atenas era formada pelas seguintes camadas sociais.
Euptridas: os bem nascidos, camada aristocrtica que detinha os privilgios, constituda pelos grandes proprietrios de terras;
Georgis, pequenos proprietrios de terras em regies pouco frteis;
Thetas: no possuam terras. Eram trabalhadores assalariados;
Demiurgos: artesos e comerciantes concentrados no litoral;
Metecos: estrangeiros que moravam em Atenas dedicando-se ao comrcio e ao artesanato. No possuam direitos polticos e nem podiam comprar terras.
Escravos: prisioneiros de guerra ou por dvidas;
56. ECONOMIA A base da economia ateniense era o comrcio. A produo agrcola ficava a cargo dos pelos escravos.
A manuteno da escravido na cidade foi fundamental tanto para o desenvolvimento da economia, como para a consolidao da democracia, possibilitando uma situao poltica mais equilibrada, na medida em que as camadas populares tiveram algumas de suas reivindicaes atendidas. Ao preservar o trabalho escravo, a elite econmica tinha grande disponibilidade de seu tempo para participar das Assemblias e das demais atividades polticas.
57. POLTICA Monarquia aristocrtica: primeira forma de governo de Atenas, o poder era exercido por um rei: o basileu. Aos poucos o poder do rei foi limitado pelos euptridas;
Oligarquia: governo passou a ser exercido por um conselho de euptridas (o Arcontado).
O descontentamento popular, apoiado pelos ricos comerciantes(demiurgos) foi se fortalecendo e impondo mudanas na ordem poltica tradicional. Para resolver os conflitos eram necessrias reformas.
59. Os aristocratas encarregaram DRCON de elaborar um cdigo de leis escritas para a cidade. Eram leis rgidas, porm no conseguiram resolver os conflitos.
Outro legislador, SLON, prope medidas mais radicais a fim de resolver os conflitos:
Aboliu a escravido por dvidas; dividiu os cidados em quatro classes (baseada na riqueza)e determinou a relativa participao poltica de cada classe.
60. Continuando... Entretanto, as reformas de Slon no conseguiram apaziguar os nimos.
Essa crise facilitou a tomada de poder pela fora.
Tirania: o perodo da tirania iniciou-se com Pisstrato. Esse tirano deu terras dos aristocratas aos pequenos proprietrios, concedeu emprstimos aos fazendeiros, incentivou a colonizao e o comrcio, construiu obras pblicas.
Democracia: Clstenes, um outro tirano fez nascer a democracia ao aperfeioar a leis de Slon.
62. DEMOCRACIA O direito de cidadania foi ampliado. Passaram a ser considerados cidados os filhos de pai ateniense. Clstenes criou a lei do ostracismo, que era a condenao ao exlio de Atenas, por dez anos, s pessoas consideradas perigosas pelo Estado.
A democracia ateniense atingiu se apogeu no sculo V a.C., com Pricles, que governou 14 anos e promoveu Atenas tanto politicamente como culturalmente.
63. O governo democrtico de Atenas era constitudo da seguinte forma:
Bul assemblia encarregada da elaborao das leis.
Eclsia votava as leis e escolhia os estrategos, encarregados de fazer executar as leis;
Hilia tribunais de justia.
66. DEMOCRACIA GREGA x ATUAL A democracia grega era direta e limitada aos ricos proprietrios. O prprio cidado defendia os seus interesses polticos.
Nossa democracia representativa, escolhemos os candidatos que vo nos representar. Todos com maior de 18 anos esto obrigados a exercer seus direitos polticos.
67. RELIGIO E MITOLOGIA O SAGRADO NA VIDA GREGA. A religio foi um dos principais elementos de vnculo cultural entre as cidades da Grcia Antiga. Por todo o mundo grego, encontramos uma srie de elementos comuns, como crenas, rituais, divindades e templos.
A religio grega no tinha um conjunto fixo de normas (dogmas) estabelecidas num nico livro sagrado. Seus princpios foram transmitidos pela tradio oral.
Entre as caractersticas da religio grega, podemos citar: - O Politesmo,isto , o culto a vrios deuses. - O Antropomorfismo (do grego antropo=homem e morfismo=referentes forma), pois os deuses gregos eram representados com forma e comportamento semelhantes aos dos seres humanos.
69. CULTOS E ORCULOS Ao lado dos cultos pblicos s divindades, as famlias gregas tambm prestavam culto privado aos espritos dos antepassados.
As oraes e os sacrifcios de animais eram elementos importantes nos cultos destinados a obter benefcios e proteo dos deuses.
Os cultos eram geralmente conduzidos por sacerdotes ou oficiantes que conheciam os diversos ritos religiosos prprios de cada divindade.
Os gregos acreditavam que os deuses comunicavam-se com os seres humanos de diversas maneiras. Uma delas, o orculo, consistia em responder a consultas sobre o passado, presente e futuro por meio de sacerdotes considerados capazes de transmitir a mensagem do Deus.
72. ARQUITETURA
73. ESCULTURA
74. HISTRIA E CINCIAS Na escrita da histria, destacaram-se: HERDOTO (484 425 a.C), conhecido como Pai da Histria e TUCDIDES (460 396 a.C).
Na medicina, destacou-se HIPCRATES (460 377 a.C), que ficou conhecido como Pai da Medicina. Entre os textos escritos por Hipcrates, um dos mais famosos o seu juramento, pela mensagem tica transmitida aos profissionais da Medicina.
Ainda hoje, em algumas faculdades, os mdicos pronunciam as palavras do juramento de Hipcrates ao receber o diploma de formatura.
75. Filosofia Pode dividir-se a histria da filosofia grega em trs perodos:
I. Perodo pr-socrtico (sc. VII-V a.C.) - Problemas cosmolgicos. Perodo Naturalista: pr-socrtico, em que o interesse filosfico voltado para o mundo da natureza;
II. Perodo socrtico (sc. IV a.C.) - Problemas metafsicos. Perodo Sistemtico ou Antropolgico: o perodo mais importante da histria do pensamento grego (Scrates, Plato, Aristteles), em que o interesse pela natureza integrado com o interesse pelo esprito e so construdos os maiores sistemas filosficos, culminando com Aristteles;
76. III. Perodo ps-socrtico (sc. IV a.C. - VI a.C.) - Problemas morais. Perodo tico: em que o interesse filosfico voltado para os problemas morais, decaindo entretanto a metafsica;
IV. Perodo Religioso: assim chamado pela importncia dada religio, para resolver o problema da vida, que a razo no resolve integralmente. O primeiro perodo de formao, o segundo de apogeu, o terceiro de decadncia.
80. FIM