E N D
1. BASES TICAS DA EDUCA AO LOURENO ZANCANARO
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2. BASES TICAS DA EDUCAO
3. TICA
tica vem do grego ethos, significa modo de ser ou carter morada, enquanto forma de vida adquirida ou conquistada pelo homem.
4. MORAL Moral do latim mos ou mores, costume ou costumes significa conjunto de regras adquiridas por hbito.
A moral se refere, ao comportamento adquirido ou modo de ser conquistado pelo homem.
Conjunto de regras de conduta admitidas em determinadas pocas e consideradas absolutamente vlidas.
5. TICA
Empresarial, ecolgica, ambiental, educacional, poltica, no trnsito, na educao, na gentica, na pesquisa, na sade, na tecnologia, na cincia e da responsabilidade com o futuro.
Condies para uma ao ser tica:
Que sua essncia esteja em consonncia com o BEM, o JUSTO e o COLETIVO
O ato e o efeito da ao provoca conseqncias boas ou mal.
A condio de moralidade de uma ao est na escolha, pois a essncia humana sua liberdade.
Ningum ensina tica, mas a deliberar.
6. CONCEITOS E DIFERENAS TICA vem do grego ethos, que significa analogamente modo de ser ou carter enquanto forma de vida adquirida ou conquistada pelo homem.
MORAL = costume, realizao da ao conjunto de regras, de condutas admitidas em determinadas pocas, consideradas absolutamente vlidas.
7. DIFERENA ENTRE TICA E MORAL
TICA: Sua funo terica. Pergunta: o que o bem, a justia, a prudncia, o respeito, etc.
MORAL: aquilo que acontece seu carter histrico.
8. TICA A tica busca o bem+justia+bem comum
Teoria da felicidade.
Teoria da vida bem sucedida.
Ao que vise polticas pblicas
Ao que vise a benevolncia
Ao que vise a no-maleficncia
9. TICA E MORAL Existe diferena entre tica moral?
A funo da tica a mesma de toda a teoria: explicar, esclarecer ou investigar uma determinada realidade, elaborando os conceitos correspondentes.
Ela busca o fundamento das normas morais.
A moral aquilo que acontece.
10. O QUE TICA E O QUE PRETENDE
A tica a cognio do bem em forma de teoria. A partir de sua forma terica, ela se distingue dos ethos praticado de fato (HARTMANN, Klaus. O mundo da sade . p. 290).
Ela deveria desenvolver aquilo que compatvel ou no com a dignidade do homem. Os requisitos necessrios de uma vida boa, e o que impe amor distncia para as geraes futuras.
Quanto mais houver reflexo tica, quanto se delibera se reflete posturas ticas, tanto mais se abrir a possibilidade da percepo e avaliao da moralidade das aes. Isto contribuir para evitar a ambigidade das aes.
11. POR QUE SOMOS MORAIS
A moral um instrumento para a compensao de nossas limitadas simpatias.
Se ns s podemos estar bem numa relao equilibrada de amor e se a relao equilibrada de amor no possvel sem a atitude moral, ento temos uma boas razes para nos entendermos moralmente.
Quais as razes para nos comportarmos moralmente? Esto no fato de nos compreendemos como membros de uma comunidade moral em geral caso contrrio veramos nossos semelhantes como simples objetos e no como sujeitos responsveis ou dignidade.
12. MODOS DE PENSAR A TICA
tica conseqencialista
tica dentica
tica utilitarista
13. POR QUE FALAMOS TANTO EM TICA NA ATUALIDADE
No por modismo, nem por idealismo, mas por uma questo de sobrevivncia.
Os anseios que esto em jogo so os da humanidade e podem ser representados pelos fundamentos ecumnicos:
14. FUNDAMENTOS ECUMNICOS DA TICA
Dignidade humana dignidade da vida O homem um fim em si e nunca pode ser tratado como um simples meio (Kant).
Qualidade de vida um grito pela dignidade humana.
Felicidade realizao humana. Vai alm da realizao subjetiva: poltica, social, cultural, profissional, em nvel de esperana e f.
15. FUNDAMENTOS ECUMNICOS DA TICA
Justia o fundamento que sustenta todo agir pelo JUSTO MEIO.
Autonomia fazemos nossa prpria lei para buscarmos a realizao e no a destruio. Eticamente somos feitos para buscar a realizao.
Sacralidade da vida a vida no tem preo, tem valor.
16. TICA TRADICIONAL
DIMENSO DO ESPAO = vizinhos, amigos, polis,agir prximo, antropocentrismo.
= o futuro projetado parDIMENSO DO TEMPO a o alcance da eternidade
17. A ORIGEM DA MORAL
A moral uma espcie de pharmacon para a vida em sociedade.
18. A ORIGEM DA MORAL EXAME DE CONSCINCIA DO LIVRO DOS MORTOS: SC. XVI A.C.
No cometi nada do que os deuses detestam.
No diminu a rao do templo, nem diminu os pes destinados aos deuses.
No roubei os alimentos dos mortos.
No denegri diante dos meus superiores a quem quer que seja.
No deixei ningum com fome.
No fiz ningum chorar.
No matei ningum, nem ordenei que os matasse, nem lhe causei mal algum.
No tirei o leite da boca das crianas.
No saqueei, nem enganei; nem roubei, no fiz litgios; nem menti; no insultei; nem abusei da palavra; no ultrajei o rei; nem levantei demais a voz.
No diminu a medida do trigo; nem falseei a medida agrria; nem a balana.
No fui rude voz da justia.
No pratiquei o vcio carnal.
No rompi a fidelidade conjugal.
19. A ORIGEM DA MORAL MANDAMENTOS DA BABILNIA (SEC. 14 C.)
No peques contra o teu deus ou contra tua deusa (1 e 2 mandamento).
No separes o pai do filho (4 mandamento).
No desprezes teu pai e tua me (4 mandamento).
No digas palavras de revolta (5 e 8 mandamento).
No entres na casa do teu prximo (6 9 ou 7 mandamento).
No te avizinhes da mulher do teu prximo (6 e 9 mandamento).
No roubes a veste do teu prximo (7 mandamento).
No digas falsidades (8 mandamento).
No digas ou faas impurezas (6 mandamento).
No transgridas a Justia (5 ou 7 mandamento).
No faas sortilgios (1 mandamento).
Observa as tuas promessas (1 mandamento).
20. TICA E TECNOCINCIA
A tica para o nosso tempo global e antropocsmica.
H na atualidade uma nova dimenso de ESPAO e de TEMPO. O futuro concreto est na esfera do nosso poder.
H um excesso de poder da cincia e uma onipotncia do conhecimento cientfico.
21. IMPERATIVO PARA O NOSSO TEMPO
Age de maneira tal que os efeitos de tuas aes no coloquem em risco a possibilidade de vida no futuro (Hans Jonas).
22. TICA PARA O NOSSO TEMPO A tica do futuro
Responsabilidade em relao ao frgil
tica como exerccio de cidadania
tica e educao
tica ambiental: pensar globalmente e agir localmente
tica como limite prudencial
23. MODELOS TICOS
tica grega Se preocupa com polis. Seu objetivo buscar a justia, o bem comum, a virtude, a felicidade, pela via deliberativa.
A inteno de Aristteles mostrar que a felicidade (eudaimonia), consiste no compreender-se moralmente
Os atos justos ocorrem entre pessoas que participam de coisas boas em si
24. MODELOS TICOS
A tica crist Ama teu prximo como a ti mesmo.
Sermo da Montanha
25. MODELOS TICOS
tica social compreenso do homem como sujeito naturalmente emprico separao entre tica e religio.
Consiste em determinar se o interesse est exclusivamente vinculado ao amor prprio, ao egosmo, ou tambm se supe tambm intenes altrusticas.
26. TICA SOCIAL
Mnimo Moral
Benevolncia = fomos feitos para a sociedade e para o bem de nossos semelhantes, devemos ser zelosos de nossa prpria vida, sade e bens privados.
27. MODELOS TICOS A tica do dever - para o indivduo. Procede apenas segundo aquela mxima, em virtude da qual podes querer ao mesmo tempo em que ela se torne uma lei universal.
(Ou) Procede de maneira que trates a humanidade, tanto na tua pessoa como na de todos os outros, sempre e ao mesmo tempo como fim, e nunca como puro meio.
(Ou) O homem um fim em si mesmo e no pode ser usado como meio (Kant).
28. EXPLIQUE?
Qual o sentido de uma ao por dever.
Qual o sentido de uma ao conforme o dever.
29. MODELOS TICOS
tica da responsabilidade
tica da convico (Max Weber).
30. MODELOS TICOS
tica da responsabilidade com o futuro e em relao e com a tcnica (Hans Jonas).
Fundamentos da teoria da responsabilidade? Est na idia de que a natureza tem um fim: existir, ser, continuar existindo para sempre. De que adiantar tudo isso se um dia o homem cessar de existir?
31. Fundamentos da teoria da responsabilidade? Responsabilidade pelas consequncias
Responsabilidade paterna e poltica
Responsabilidade com o frgil
Resposabilidade com o vulnervel
Precauo
Temor
Prudncia
32. IMPERATIVOS CATEGRICOS PARA OS TEMPOS ATUAIS Age de tal maneira que os efeitos de tua ao no conduzam possibilidade de destruio da existncia futura.
Age de tal modo que os efeitos de tua ao no sejam destruidores da possibilidade futura dessa vida.
No comprometas as condies de continuidade indefinida da humanidade sobre a terra.
Inclui em tua escolha presente como objeto do teu querer a integridade futura do homem.
33. MODELOS TICOS
tica discursiva ou comunicativa (Jrgen Habermas).
A ao comunicativa
Ao instrumental
34. TICA DISCURSIVA A ao comunicativa supe o entendimento entre indivduos que procuram, pelo uso de argumentos racionais, convencer ou se deixar convencer a respeito da validade da norma. Ela requer sociabilidade, solidariedade, cooperao, entendimento e consenso.
A inteno precisa ser tica.
35. FUNDAMENTOS DA TICA DO DISCURSO A simetria entre os interlocutores
Predisposio para o dilogo.
Todos podem problematizar qualquer afirmao.
Todos podem introduzir no discurso qualquer afirmao desde que seja tica.
Todos podem expressar suas posies, desejos, necessidades.
No se pode impedir nenhum falante de fazer valer os direitos, estabelecidos nas regras anteriores, mediante coao interna ou externa.
36. DELIBERAO
Uma norma s ser declarada correta se todos os afetados estiverem de acordo ou consentirem.
Ela no satisfar o interesse de um, mas de todos os envolvidos.
37. BIOTICA A cincia da sobrevivncia humana (Potter).
Biotica como uma ponte para o futuro (1971).
Biotica global (1988).
Biotica profunda.
Questes emergentes e persistentes.
Biotica e justia social
38. BIOTICA E TECNOCINCIA PROJETOS TECNOLGICOS DO SCULO XX:
a)Projeto Manhattan (1943) - Microcosmo
b) Projeto Apolo (1969) - Macrocosmo
c) Projeto Genoma Humano - De sujeito o homem tornou-se objeto da cincia.
39. BIOTICA
Definio: Estudo sistemtico das dimenses morais incluindo viso, deciso, conduta e normas das cincias da vida e da sade, utilizando uma variedade de metodologias ticas num contedo interdisciplinar.
Nascer. Quando comea a vida? Conceito de pessoa. Vulnerabilidade.
Viver. Dignidade de vida e busca de qualidade.
Final da vida. O que significa dignidade humana na fase final da vida? Vulnerabilidade.
40. BIOTICA Nascer: aborto, reproduo assistida, clonagem, pesquisas com clulas tronco, terapia gnica.
Viver: responsabilidade, precauo, prudncia
Final da vida: eutansia, distansia, mistansia e ortotansia.
41. PRINCIPIALISMO
- Benevolncia
- No-maleficncia
- Justia
- Autonomia
- (Princpio da reverncia vida)
42. PRINCPIOS FILOSFICOS
- Dignidade Humana
- Justia
- Autonomia
- Liberdade
- Qualidade de vida
- Felicidade
43. BIOTICA NA PESQUISA CIENTFICA
Consentimento livre e esclarecido do sujeito de pesquisa.
Consentimento livre e esclarecido do responsvel.
Consentimento livre e esclarecido do paciente.
Cuidados paliativos.
44. BIOTICA E PESQUISA
A experincia com seres humanos (nazismo e recentemente nos EUA). Consentimento livre e esclarecido.
Se para a cincia tudo o que pode ser feito deve ser feito, para a tica nem tudo o que pode ser feito deve ser feito.
45. BIOTICA E PESQUISA
A tica no contrria aos avanos da cincia, mas chamar a ateno para os custos e benefcios de tais conquistas. Uma boa tica far uma boa cincia.
Levar em conta o princpio da NO-MALEFICNCIA numa pesquisa.
46. BIOTICA E PESQUISA
Resoluo 196
Normatiza as pesquisas com seres humanos
47. BIOTICA E BIOTECNOLOGIA Engenheirar: verbo usado para designar o trabalho de cientistas na manipulao gentica.
Terapia de Gene: insero de genes externos em pacientes numa tentativa de corrigir vrias desordens genticas.
Empresas genmicas: empresas caadoras de genes
.
48. BIOTICA E BIOTECNOLOGIA Poluio gentica: forma de destruir habitats, desestabilizando ecossistemas e diminuindo as reservas remanescentes de diversidade biolgica do planeta.
Eugenia: cincia que se ocupa com o estudo de condies que tendem a melhorar as qualidades fsicas e morais de geraes futuras, podendo envolver a eliminao sistemtica de traos biolgicos indesejveis.
49. BIOTICA E BIOTECNOLOGIA Sistemas gentico de castas: uma maneira de segregar pessoas por algum tipo de risco gentico.
Classe geneticamente desempregada: forma de discriminar pessoas menos adequadas ao trabalho, a partir da avaliao gentica
50. CONCLUSO TICA DE PROTEO
Contra possveis ameaas a indivduos e populaes humanas que podem nadificar seus Direitos Humanos Fundamentais.
Os que esto sem guarida e sem ethos protetor (sem cidadania civil, social e econmica).
Proteger as populaes vulnerveis.
Esse deve ser um dever das Cincias.
51. CONCLUSO TICA DE PROTEO COMO HOSPITALIDADE INCONDICIOANAL
Dar guarida aos desamparados.
Substituir a categoria obsoleta de cidadania por hospitalidade incondicional, democracia do porvir, solidariedade mundial.
Somente uma hospitalidade incondicional pode dar seu sentido e sua racionalidade prtica a qualquer conceito de hospitalidade.
52. CONCLUSO TICA DE PROTEO
Muitos seres humanos e no humanos esto desamparados diante das ameaas de terceiros.
Promover a biotica da proteo, resgatando o sentido mais antigo da palavra ethos (guarida), a hospitalidade incondicional (Derida).
Van Renselaer Potter props ultrapassar a separao entre cultura cientfica e cultura humanstica. Props uma scientia nova capaz de guiar a ao humana e vista da sobrevivncia da humanidade.
A biotica da proteo talvez possa ajudar a recuperar esta vocao da filosofia primeira.
53. BIOTICA SABEDORIA PRTICA
O sbio comea a fazer o que quer ensinar, depois ensina...
Prov. Chins