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Doença Péptica Gastroduodenal

Doença Péptica Gastroduodenal. R4 Marcela Barbosa Correia. Definição. Decorre da ação cloridopéptica da secreção gástrica sobre a mucosa do trato digestório Doenças decorrentes da ação do ácido clorídrico e da pepsina na sua patogênese. Definição. Esôfago Estômago Duodeno Jejuno.

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Doença Péptica Gastroduodenal

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Presentation Transcript


  1. Doença Péptica Gastroduodenal R4 Marcela Barbosa Correia

  2. Definição • Decorre da ação cloridopéptica da secreção gástrica sobre a mucosa do trato digestório • Doenças decorrentes da ação do ácido clorídrico e da pepsina na sua patogênese

  3. Definição • Esôfago • Estômago • Duodeno • Jejuno

  4. Classificação • Primária - Associada ao H. pylori - H. pylori negativo • Secundária – Sepse, trauma, queimadura • Ulcerosa • Não Ulcerosa

  5. Fatores de Agressão • Ácido • Pepsina • Stress • Drogas e Toxinas • Helicobacter pylori

  6. Acheson, DWK, Keusch, GT. Afection of the Gastrointestinal Tract, • Blaser, MJ, Smith, PD, Ravdin, JI, et al (Eds), • Raven, New York 1995. p.763. O grau de inflamação e desequilíbrio entre os mecanismos de defesa e os fatores de agressão podem resultar em graus variáveis de lesão:

  7. GASTRITE Presença à Microscopia de Inflamação da Mucosa Gástrica.

  8. DUODENITE Presença de Neutrófilos na lâmina própria, Criptas ou Eptélio superficial, além do aumento no número de Mononucleares.

  9. EROSÃO Lesão superficial da mucosa que não penetra a camada muscular da mucosa.

  10. ÚLCERA Lesão da mucosa, mais profunda, atingindo a camada muscular da mucosa.

  11. Doença Péptica Primária

  12. Doença Péptica Primária A doença Péptica Primária tem vários fatores envolvidos na etiopatogenia, mas o principal deles é o Helicobacter pylori. Após a redescoberta desta bactéria por Warren e Marshall em 1983, vários trabalhos têm demonstrado uma forte associação entre H. pylori e Gastrite e Úlcera Duodenal. Pediatric Gastroinetstinal Disease-2002

  13. Doença Péptica Primária Cerca de 55 a 100% das crianças com Úlcera Duodenal e cerca de 40% daquelas com Úlcera Gástrica são infectadas. A relação menos consistente com a Úlcera Gástrica talvez decorra do fato que a maioria das Úlceras Gástricas em criança seja associada a outras causas específicas. O tratamento com antimicrobianos altera substancialmente a evolução da doença com taxas de recidiva próxima a zero naqueles em que a bactéria foi erradicada. Kotloff, K.L.; et al. Safetyandimunogenicityof oral inactivaled whole-cel H. pylori. InfectImmun. 2001, 69: 3.581-90

  14. Helicobacter pylori Epidemiologia Transmissão • Pessoa a Pessoa Fecal – Oral Oral – Oral Gástrica – Oral • Aparelhos endoscópicos contaminados • Animais • Água e alimentos contaminados • Vetores

  15. Helicobacter pylori

  16. Helicobacterpylori Epidemiologia Fatores de Risco • Nível sócio econômico baixo na infância • Idade: a infecção ocorre na infância, geralmente antes dos cinco anos. Prevalência aumenta com a idade, mas em países em desenvolvimento já é alta (80%) em crianças menores de 10 anos • Etnia • História Familiar de Doença Péptica, principalmente materna.

  17. Helicobacter pylori Como ocorreria a lesão? Fatores de Virulência • Urease – Promove a hidrólise da uréia, fisiologicamente presente no suco gástrico, com formação de amônia que age como aceptor de H+, aumentando o PH ao redor da bactéria. Esta amônia gerada pela atividade ureásica do Hp tem ação lesiva sobre a mucosa gástrica. • Aumenta a difusão retrógrada de íons H+ na célula eptelial. • Aumenta a aderência bacteriana. • Inativação do complemento.

  18. Helicobacter pylori Fatores de Virulência • Morfologia em Espiral e Flagelos • Fatores de aderência • Citotoxinas

  19. Helicobacter pylori Fatores de Virulência • A produção da Citotoxinavacuolizante está associada à produção de uma proteína, que não apresenta atividade Citotóxica, mas está presente em 100% dos pacientes com Úlcera Duodenal. O gene que codifica esta proteína associada à Citotoxina é o gene CagA. As amostras que não possuem CagA não são toxigênicas. Apesar disto, em vários países onde quase todas as cepas são CagA positivas, a prevalência da Úlcera Péptica não é maior.

  20. Resposta Inflamatória do Hospedeiro Seguindo-se a infecção pelo H. pylori, o organismo monta uma forte resposta imune local e sistêmica, mas apesar disso a infecção, se não tratada, persiste por toda a vida.

  21. Em consequência... Alteração da Secreção Ácida Gástrica • Maiores níveis séricos de gastrina • Maior nível de Pepsinogênio I • Maiores níveis do conteúdo de gastrina na mucosa antral • Maior nível de ácido no duodeno (Predisposição a metaplasia gástrica)

  22. Doença Péptica Secundária

  23. Doença Péptica Secundária Causas • Gastropatia de Stress (Gastrite e Úlcera) • Quadro agudo, ocorrendo em pacientes criticamente doentes • Asfixia Perinatal, Parto Traumático, Sepse, Queimaduras, Trauma Craneoencefálico, Múltiplos Traumas, Grandes Cirurgias, Insuficiência Respiratória, Coagulopatia, Choque e Hipoglicemia.

  24. Doença Péptica Secundária Causas • Drogas e toxinas • Corticóide • Anti-Inflamatórios não hormonais • Corrosivos • Etanol • Outros agentes (Ferro, Cloreto de Potássio, Sais de Cálcio, Penicilinas, Sulfonaminas, Cloranfenicol, Tetraciclinas e Cefalosporinas

  25. Doença Péptica Secundária Causas • Doenças associadas • Doença de Crohn • Fibrose Cística • Anemia Falciforme • Diabetes Melitus • Gastrite Eosinofílica • Causas raras em crianças - Síndrome de Zollinger-Ellison, Doença de Ménétrier, Gastrite Linfocítica, Gastrite Infecciosa em Imunodeprimido (CMV, Herpes, Simplex e Cândida albicans), Refluxo Biliar e Gastrite Auto-Imune.

  26. Doença Péptica Quadro Clínico A sintomatologia varia com o tipo, se primária ou secundária, e com a idade.

  27. Doença Péptica Quadro Clínico Após período neonatal e lactente • L.S.F., 4 meses, sexo feminino, internadacom insuficiência respiratória (bronquiolitee pneumonia) apresentou à internação, sangramento digestivo alto. Iniciado bloqueador H2.

  28. Doença Péptica Quadro Clínico Período neonatal e lactente jovem • Predominam as úlceras secundárias • Localização gástrica • Fatores de agressão • Hemorragia • Perfuração • Não tendem a recidiva • Gravidade e prognóstico dependem da doença de base e da extensão e profundidade das lesões

  29. Doença Péptica Quadro Clínico Pré-escolares e crianças menores de 12 anos • L.O.F., 8 anos, dor abdominal que iniciou aos 6 anos de idade. Bom ganho ponderal, sono tranqüilo, sem história de doença péptica na família. Tratado previamente com Amoxicilina + Claritromicina e Inibidor de Bomba de Prótons, por gastrite Hp+. Mantendo sintomatologia após tratamento. Segunda EDA – gastrite crônica inativa, Hp negativo.

  30. Doença Péptica Quadro Clínico Pré-escolares e crianças menores de 12 anos • C.J.M., 10 anos, sexo masculino, referindo dor abdominal difusa, intensa, com períodos de acalmia de até semanas. Vômitos pós alimentares nos períodos que cursa com dor.EDA - gastrite antral – Hp + - duodenite erosiva

  31. Doença Péptica Quadro Clínico Pré-escolares e crianças menores de 12 anos • Predominam as úlceras secundárias • Dor abdominal incaracterística, podendo localizar-se no abdome superior, periumbilical ou mais raramente difusa • Vômitos • Sangramento

  32. Doença Péptica Pré-escolares e crianças menores de 12 anos Causas • Drogas e Toxinas • Gastropatia de stress • Álcool • Associação com outras doenças

  33. Doença Péptica Pré-escolares e crianças menores de 12 anos Valorizar • Intensidade da dor • Dor que acorda a criança • Dor que interfere com as atividades normais da criança • Dor relacionada a alimentação • Vômitos • História de doença péptica na família

  34. Doença Péptica Quadro Clínico Crianças maiores de 12 anos • M.F.S., 13 anos, sexo feminino, referindo perda de peso, empachamento, náuseas e dor abdominal epigástrica, que piora após as refeições.Acorda à noite por causa da dor. EDA - úlcera duodenal Hp+.

  35. Doença Péptica Quadro Clínico Crianças maiores de 12 anos • Aumenta a incidência de úlceras primárias • Dor abdominal – queixa mais comum • Localização epigástrica em 2/3 • Caracterização da dor – em queimação em 1/3 • Relação temporal com a alimentação em 50% a 75% • Vômitos • Hematêmese • Outros sintomas – náuseas, azia, empachamento, distensão abdominal, meteriorismo, eructação e emagrecimento

  36. Doenças associadas ao H. pylori na população pediátrica • Gastrite, Erosões e Úlceras • Gastrite Nodular: Endoscópica • Duodeno – metaplasia gástrica com ou sem colonização pelo H. pylori, Inflamação aguda ou crônica, erosões e úlceras • Alterações das células D e G • Metaplasia intestinal gástrica (raro)

  37. Desordens associadas com infecção pelo Hp em adultos, porém raras em crianças • Gastrite atrófica / Anemia perniciosa • Carcinoma • Pólipos inflamatórios • Linfoma Malt • Gastrite Hipertrófica / Doença de Ménétrier

  38. Doença Péptica Diagnóstico Radiologia RX Simples de Abdome – Nos casos de suspeita de perfuração – presença de ar livre no peritônio.

  39. Método de Escolha Endoscopia Digestiva Alta • Caracterização da lesão • Presença de sangramento • Técnicas para controle de sangramento • Coleta de material para pesquisa de Hp e histologia

  40. Sempre deverá ser colhido biópsias nas Endoscopias Pediátricas • Fraca correlação entre o aspecto endoscópico e a presença ou ausência de gastrite. Aspecto nodular da mucosa antral tem sido descrito em associação com gastrite por Hp em crianças, mesmo nos casos sem associação com úlcera duodenal.

  41. Doença Péptica Secundária Indicação para Endoscopia • Casos duvidosos • Necessidade terapêutica endoscópica • Recidiva dos sintomas sem a ação dos fatores ulcerogênicos que estavam presentes anteriormente

  42. Dosagem da Gastrina Sérica Indicada nos casos com ulcerações múltiplas ou de localização atípica e nos pacientes não infectados pelo Hp que se mostram refratários ao tratamento com inibidores de bomba de prótons.

  43. Diagnóstico da Infecção pelo Hp Métodos Invasivos • Urease – basea-se na atividade ureásica da bactéria. Utiliza como substrato, ágar, uréia e vermelho de Fenol (indicador de pH).

  44. Diagnóstico da Infecção pelo Hp Métodos Invasivos • Cultura – Padrão Ouro • Histologia – Pode ser realizada com várias colorações, boa acurácia diagnóstica • PCR – Pode ser realizado em material de biópsia, fezes, saliva e placa dentária

  45. Diagnóstico da Infecção pelo Hp Métodos Não-Invasivos • Sorologia – É a técnica mais empregada em estudos epidemiológicos. Não indicada para um caso individual, nem antes ou após tratamento. Os níveis séricos de anticorpos decrescem lentamente após erradicação da bactéria, podendo persistir por mais de um ano. • Medida de anticorpos IgG específico para Hp na saliva. • Teste imunoenzimático para detecção de Ag de Hp nas fezes.

  46. Diagnóstico da Infecção pelo Hp Métodos Não-Invasivos Teste respiratório com uréia marcada pelo carbono (13C ou 14C). • Baseia-se no mesmo princípio do teste da urease. • Em crianças utiliza-se o 13C por não ser radioativo. • Colhe-se amostras de ar expirado 30 minutos antes e após a ingestão da uréia marcada e determina-se a excreção de CO2 nas duas amostras.

  47. Diagnóstico da Infecção pelo Hp • É um teste altamente específico e sensível em crianças com mais de 2 anos de idade. • Para controle de erradicação deve ser realizado no mínimo 4 semanas após tratamento antimicrobiano.

  48. Doença Péptica Tratamento Objetivos • Aliviar os sintomas • Cicatrizar a lesão • Prevenir recidivas

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