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PONTÍFICIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO

PONTÍFICIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO. PUC - SP. Marilda Prado Yamamoto. A PRÁTICA INTERDISCIPLINAR NO MESTRADO ACADÊMICO: IMPLICAÇÕES NO DESENVOLVIMENTO PESSOAL E PROFISSIONAL DOS ESTUDANTES. DOUTORADO EM EDUCAÇÃO:CURRÍCULO. SÃO PAULO 2013.

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PONTÍFICIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO

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  1. PONTÍFICIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO PUC - SP Marilda Prado Yamamoto A PRÁTICA INTERDISCIPLINAR NO MESTRADO ACADÊMICO: IMPLICAÇÕES NO DESENVOLVIMENTO PESSOAL E PROFISSIONAL DOS ESTUDANTES DOUTORADO EM EDUCAÇÃO:CURRÍCULO SÃO PAULO 2013

  2. PONTÍFICIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO PUC - SP Tese apresentada a Orientadora Profa. Dra. Ivani Catarina Arantes Fazenda e à Banca de Defesa para obtenção do título de Doutora em Educação: Currículo 2013

  3. A PRÁTICA INTERDISCIPLINAR NO MESTRADO ACADÊMICO: IMPLICAÇÕES NO DESENVOLVIMENTO PESSOAL E PROFISSIONAL DOS ESTUDANTES Os fatos são o ar do cientista. Sem eles nunca podeis voar. Sem eles, vossas ‘teorias’ são vãos esforços. Quer aprendendo, experimentando, observando, tentai não permanecer na superfície dos fatos. Não vos torneis arquivistas de fatos. Tentai penetrar o segredo de sua ocorrência, buscai com persistência as leis que os governam 1 1(Ivan Petrovich Pavlov – Conselho aos estudantes de Ciências, escrito aos 27 de fevereiro de 1936, pouco antes de sua morte aos 87 anos) (WOLFF, 1967, p. 05)

  4. Estrutura do Trabalho A escolha das metáforas: Imaginação criativa O olhar em camadas As Matrioskas Interconexão sistêmica entre os níveis contextuais vivenciadas pelo pesquisador e sujeitos de pesquisa Interconexão entre diferentes olhares – o olhar ampliado sobre o fenômeno investigativo Ousadia do Fazer Interdisciplinar continua

  5. Ousadia do Fazer Interdisciplinar A utilização de metáforas tem o sentido de dizer de uma forma nova, algo novo sobre a realidade (FAZENDA, 2003) Pensar mais sob a condição do princípio vivificante é que constitui a “alma da interpretação” (RICOEUR, 1983, p. 459 – grifos do autor).

  6. A escolha das metáforas: Representação criativa 2ª matrioska A cumplicidade do olhar: Interdisciplinaridade e DH 1ª matrioska O olhar indagativo: Descerrando os véus Matrioska Sistêmica E o olhar interdisciplinar 4ª matrioska O olhar compartilhado: O encontro de olhares 3ª matrioska O olhar de confiabilidade: Um olhar não olhado 5ª matrioska O olhar para si: A Beira do Rio O enigma do discurso metafórico é, algo que parece, poder inventar no duplo sentido da palavra: o que ela cria, descobre-o, o que ela encontra, inventa-o (RICOEUR, 1983, p. 357.

  7. CARACTERÍSTICAS DA INVESTIGAÇÃO • Não convencional; • Pesquisador e pesquisados constituem o grupo pesquisador (GAUTHIER, 2004); • Pesquisador e pesquisados são interlocutores parceiros da investigação; • Dialogicidade privilegia os participantes e alarga o campo conceitual; • Compreensão do papel fundamental da pesquisa; • Mudança de concepção na construção do conhecimento; A ciência pós-moderna sabe que nenhuma forma de conhecimento é em si mesma racional: só a configuração de todas elas é racional (SANTOS, 1996, p. 55) continua

  8. “O homem da ciência que estuda fatos físicos, biológicos ou sociais não poderá aceitar a condição de simples recebedor de métodos fabricados por especialistas em disciplinas filosóficas abstratas, “lógicas”, mas deve sentir-se capacitado a entender que a ele incumbe a descoberta das inovações metodológicas pela razão muito simples de que é ele no trabalho efetivo, que percebe as deficiências dos instrumentos teóricos de análise e interpretação de que dispõe e se acha motivado para conceber outros, ensaiá-los, aplicá-los e recolher os resultados dessa tentativa (PINTO, 1969, p. 388-389).

  9. QUAL A MISSÃO DO PESQUISADOR INTERDISCIPLINAR? O pesquisador interdisciplinar descobre pedras valiosas em sua pesquisa, pedras raras que surgem “na medida do interesse específico do individuo que pesquisa” (FAZENDA, 2003, p. 18). O pesquisador interdisciplinar reconhece a exigência de um novo compromisso epistemológico. No universo dos fenômenos sociais e humanos, os obstáculos só podem ser vencidos na medida que se compreende que as grandes questões que dominam hoje o conhecimento não são disciplinares e sim temáticas.

  10. Hipótese da Investigação O Curso de Mestrado em Desenvolvimento Humano: Formação, Políticas e Práticas Sociais mexeu com as estruturas internas dos mestrandos 2010? O que representou esse movimento para o desenvolvimento pessoal e profissional desses mestrandos?

  11. Qual a resposta que a interpretação de dados procura compreender? Se a realidade compartilhada e construída no cotidiano vivenciado, e as expectativas esperadas foram concretizadas para o desenvolvimento pessoal e profissional dos mestrandos 2010.

  12. Questões fundamentais dE investigação Qual a contribuição do Mestrado em Desenvolvimento Humano: Formação, Políticas e Práticas Sociais para o desenvolvimento pessoal e profissional dos mestrandos? Qual a percepção dos mestrandos do ponto de vista dos relacionamentos estabelecidos?

  13. FONTES DA INVESTIGAÇÃO • Plano de Desenvolvimento Institucional; • Plano de curso do Mestrado Acadêmico em Desenvolvimento Humano: Formação, Políticas e Práticas Sociais; • Histórias de vida em memoriais autobiográficos; • Fala dos mestrandos captadas no convívio cotidiano em sala de aula; • Questionário com questões abertas.

  14. Os sujeitos de Pesquisa Os sujeitos de pesquisa são os alunos do Mestrado em Desenvolvimento Humano: Formação, Políticas e Práticas Sociais, que ingressaram no Programa de Pós Graduação no ano de 2010. Caracterização Do dezenove mestrandos matriculados, quatro não depositaram os volumes de suas dissertações, solicitando prorrogação do prazo e um trancou a matrícula. Contribuíram com esta pesquisa catorze destes, denominados mestrandos 2010. • As dissertações tiveram os seguintes focos: • 06 área de Educação; • 01 área de saúde (enfermagem) • 01 área da psicologia; • 02 área de Políticas Públicas; • 02 área do Serviço Social; • 02 sistemas organizacionais próprios das empresas. continua

  15. Os sujeitos de Pesquisa Caracterização • Especialização dos mestrandos 2010: • 02 (dois) são pedagogos; • 02 (dois) são licenciados em Educação Física; • 02 (dois) são assistentes sociais; • 04 (quatro) são psicólogos; • 01 (um) é licenciado em Filosofia; • 01 (um) é bacharel em Ciências Contábeis; • 01 (um) é engenheiro; • 01 (um) é enfermeiro. • Campo de trabalho dos mestrandos 2010: • 06 (seis) trabalham na área da educação; • 02 (dois) em obras assistenciais; • 03 (três) na área empresarial; • 03 (três) em prefeituras municipais .

  16. Contexto de Investigação • O contexto de investigação é o microssistema, onde se alicerçam as atividades proximais ou aquelas nas quais um comportamento continuado é percebido, como tendo significação pelos participantes do ambiente; • Esta zona contém o mundo que se acha ao meu alcance, um mundo em que atuo, a fim de modificar a realidade dele, o mundo em que trabalho” (BERGER; LUCKMANN, 2009, p. 38-39). Um fenômeno pode ser muitas coisas ao mesmo tempo, a pesquisa e o foco dado a ela que decomporá as diferentes dimensões que o fenômeno contém.

  17. Natureza da investigação Perspectiva Qualitativa • A fonte de investigação é o microssistema cotidiano onde foram recolhidos os dados que dão suporte à investigação: fala dos alunos, narrativas em memoriais e respostas a questionário sobre o percurso vivenciado. • O interesse predominante é pelo processo de construção do sentido partilhado da realidade; • A atuação do pesquisador é participativa e produz observações que servem de base à interpretação de dados segundo sua perspectiva ou pontos de vista.

  18. Natureza da investigação Perspectiva Quantitativa: • A quantidade de aspectos trazidos na narrativa dos memoriais propiciaram o tratamento de dados pelo Software ALCESTE – Análise Lexical por Contexto de um Conjunto de Segmentos do Texto; • O tratamento da investigação na perspectiva “quali/quanti” está voltado para a compreensão da interconexão entre conceitos de realidades múltiplas recolhidas no cotidiano da investigação. Utilização conjunta de abordagem qualitativa e quantitativa.

  19. Contexto teórico: Pesquisa “quali/quanti” 2 2 Nuvem de palavras originada a partir do software ALCESTE no aplicativo Wordle

  20. QUAL A RELEVÂNCIA DA INVESTIGAÇÃO PARA A PESQUISADORA E PESQUISADOS? Contribuir para o avanço do conhecimento relativo a interdisciplinaridade e suas possíveis aplicações na formação em Desenvolvimento Humano. Possibilitar a retomada individual do percurso existencial dos mestrandos 2010 e da pesquisadora, por meio de histórias de vida que contribuem para o autoconhecimento e desenvolvimento pessoal e profissional. Analisar o indispensável engajamento no trabalho conjunto, tendo como fundamento a concepção da sociedade como produção humana e o conhecimento como construção social. Contribuir para aperfeiçoamento dos estudos de práticas interdisciplinares, em um curso de Mestrado que se propõe interdisciplinar no seu tratamento metodológico.

  21. QUAL A RELEVÂNCIA DA INVESTIGAÇÃO PARA OS ESTUDOS ACADÊMICOS? Um novo olhar, sobre o avanço do conhecimento relativo a interdisciplinaridade e suas aplicações na formação e no desenvolvimento humano.

  22. 8 LÓGICAS INTERDISCIPLINARES LÓGICA FRANCESA LÓGICA ANGLO-SAXONICA LÓGICA BRASILEIRA Relevância epistemológica e conceitual Relevância na pessoa e na reflexão do agir humano Relevância prática e instrumental Saber / Fazer Saber / Ser Saber / Saber A investigação privilegia a lógica brasileira de Fazenda – O saber Ser. 8 LENOIR, 2005/2006

  23. Metodologia Inserção ecológica – Modelo PPCT 3 Pesquisador e pesquisado movimentam-se em direção à investigação interdisciplinar no mestrado acadêmico. Pilares Metodológicos Convívio prolongado entre pesquisador e pesquisado (sala de aula, seminários de pesquisa, bancas de qualificação, defesa de dissertação, encontros informais). Interesse persistente no acompanhamento do andamento da pesquisa e respectiva interpretação dos dados. Fortalecimento de vínculos proporcionados pelos processos proximais estabelecidos no convívio acadêmico. Os temas abordados são de interesse do pesquisador e pesquisado pois tratam das histórias de vida e a forma como se dá o desenvolvimento inserido no contexto em estudo (PRATI etal, 2008, p. 64) 3 CECCONELLO; KOLLER (2003).

  24. A primeira matrioska: o olhar indagativo 4 Vídeos das Matrioskas desenvolvido s pelo Professor Felipe Piccina para Marilda Prado Yamamoto .

  25. As Grandes Áreas de Concentração e as Linhas de Pesquisa. Mestrado em Desenvolvimento Humano: Formação, Políticas e Práticas Sociais 5 Desenvolvimento Humano (Produto e Processo) 5 Quadro adaptado a partir das considerações de CHAMON etal (2009).

  26. O Mestrado em Desenvolvimento Humano: Formação, Políticas e Práticas Sociais tem como finalidade o próprio desenvolvimento dos sujeitos que nele convivem e para eles destinam seus processos formativos e projetos de pesquisas, aprimorando competências para agir nas políticas de promoção e intervenção social nos contextos formativos e informativos em comunidades de prática e ambientes não escolares.

  27. Fundamentos Epistemológicos e Metodológicos das linhas de Pesquisa 6 AVALIAR: COMPREENDER: • EPISTEMOLOGIA • Teoria das representações sociais; • Interacionismo simbólico; • Abordagem ecológica do Desenvolvimento Humano. • METODOLOGIA • Pesquisa qualitativa e quantitativa; • História de vida, entrevistas e questionário, grupo focal; • Tratamento de dados por ferramentas computacionais • a influência da formação na: • Construção das identidades; • Construção de representações • sociais. • EPISTEMOLOGIA • Análise cognitiva marxista; • Análise socio-histórica da construção da modernidade e pós-modernidade. • METODOLOGIA • Pesquisa quantitativa • Políticas Públicas; • Instâncias reguladoras; • Implementação de direitos sociais para o exercício da cidadania. DH 2 1 7 3 INVESTIGAR: • Ambientes imediatos e distantes; • Contextos da formação. • EPISTEMOLOGIA • Formas de aprendizagem; • Práticas de formação mediadas pelo trabalho, saúde e doença; • Rede de relação e práticas sociais. • METODOLOGIA • Pesquisa quantitativa (questionário, escalas); • Pesquisa qualitativa: diários de formação, entrevistas, grupo focal, tratamentos computacionais e sociogramas. 6 Proposta do mestrado acadêmico Interdisciplinar (CHAMON et al, 2009, p. 14-15) 7 Identificação por algarismos arábicos das propostas temáticas da linha de pesquisa

  28. Proposta Interdisciplinar Do fazer Interdisciplinar Para o pensar diferentes olhares prática da tolerância afastamento da arrogância É preciso do olhar do outro para o aproximar da totalidade do conhecimento Reorientação para agregação de valores éticos e humanos para o desenvolvimento humano. MOVIMENTO INTERDISCIPLINAR

  29. MOVIMENTO INTERDISCIPLINAR Dialogicidade Espera vigiada Alteridade Escuta sensível Parceria Humildade Envolvimento Cumplicidade Comprometimento Reciprocidade Desvendar novos saberes Posicionamento Pró-ativo Desafios Redimensionar o Já conhecido Alargamento do Campo conceitual

  30. O mundo fisionômico 8 Com o quê? encantos desencantos De que forma? com o seu jeito próprio de ser O que dele flui? compartilhamentoS indagações cumplicidades Do que? • de sentimentos • de expectativas Para que? Construção de forma persistente e continuada para o desenvolvimento pessoal e profissional do pesquisador e pesquisados. 8 Imagem mundo fisionômico. Disponível em: http://ipco.org.br/ipco/acao/plinio-correa-de-oliveira/o-problema-dos-4-irmaos#.UmhRiHDDxOI

  31. Decorrente de Relação interpessoal Processo Organização das atividades de pesquisa Pessoa Contexto Dimensão humana e social Espaços formativos e informativos Tempo Específico do curso Compreensão do indivíduo em seus ambientes Interativos: família, escola, trabalho, trocando relações complexas 8 9 Teoria Bioecológica do Desenvolvimento Humano de Brofenbrenner (1996,2011).

  32. Qual o tempo da pesquisa interdisciplinar? É o tempo do movimento do aprender, que leva ao cruzamento das fronteiras, do conhecimento para assumir o espaço do “entre”, do “vazio” entre uma disciplina e outra. Construir um diálogo e criar um novo saber, um novo fazer, contendo a dimensão criativa do tempo vivido (QUELUZ, 2001, p. 141).

  33. A segunda matrioska: a cumplicidade do olhar Interdisciplinaridade e Desenvolvimento Humano

  34. Novo compromisso epistemológico da interdisciplinaridade Valorização do conhecimento das pessoas Respeito ao ponto de vista de diferentes especialistas Ênfases Construção do conhecimento novo - “Tornar novo o velho” (FAZENDA, 2003, p. 82) Interlocução e diálogo entre diferentes áreas do conhecimento Compreensão da provisoriedade do conhecimento A unicidade do conhecimento e a construção de um paradigma integrador sistêmico Reflexão sobre diferentes aspectos da verdade, revelados por diferentes pontos de vista Ênfases O saber pensar

  35. Novo compromisso epistemológico de interdisciplinaridade O conhecimento é revelado na interlocução entre pesquisador e pesquisado O pesquisador é o locutor. Os interlocutores são os próprios pesquisados Ênfases Relação Pesquisador -Pesquisado Partilhamento de conhecimento e experiências versadas no respeito mútuo e reciprocidade; Relações cotidianas no microssistema estáveis e significativas Proximidade do pesquisador com o universo investigativo: história de vida da pesquisadora e dos pesquisados Pesquisador e pesquisado são “pesquisadores de si mesmo” Resgate da memória do pesquisador coloca o curso da pesquisa na dimensão interdisciplinar Ênfases O saber ser

  36. Novo compromisso epistemológico de interdisciplinaridade Trazer à reflexão diferentes aspectos da verdade – Desconstrução conceitual Partilhamento de novas e velhas ações Ênfases Processo Esforço intencional para expressar descobertas e contradições na compreensão da realidade Funcionamento das coisas é mais importante que os agentes que as determinam Revelação do mundo significativo para a vida Diálogo intenso entre objetividade e subjetividade que questiona o que é conhecimento e onde ele está? Ênfases O saber fazer

  37. O que se compreende por interdisciplinaridade? É atitude de ousadia e busca frente ao conhecimento e principalmente a construção do conhecimento novo (FAZENDA, 2008, p. 7)

  38. Quando ouço que não sabemos o que é interdisciplinaridade eu me preocupo. Sabemos o que é e o que não é. Não sabemos tudo porque não existe verdade absoluta. Mas sabemos. Como não sabermos? A procura é contínua e eminente, mas neste momento com o que sabemos a interdisciplinaridade é prática e propicia metodologias práticas (FAZENDA, 2002). 10 10 Colocação feita em sala de aula, sistematizada em registros de memória em 06 de novembro de 2002 – PUC/SP.

  39. Atitude Interdisciplinar Categoria de ação Coerência Humildade Fio condutor • Compartilhamento harmônico, entre os acontecimentos do fenômeno investigativo para sua conexão lógica. • Respeito • Próprio • Com os outros • Olhar em camadas: • Sobre si mesmo; • Sobre o outro; • Sobre o objeto; • Sobre o contexto; • Sobre o cotidiano. • Abertura e respeito ao olhar do outro. • Reconhecimento da pessoa diante de si mesma e diante do contexto social. Reconhecimento da dignidade e da autonomia pessoal é imperativo ético Reconhecimento do desenvolvimento pessoal e profissional é imperativo ético Espera Desapego • Movimento de maturação permanente que incita à atitude de alerta (espera vigiada); • Incursão detalhada às conexões relacionais do universo rodeante para novas possibilidades de ser, pensar e fazer. • Desvinvculamento das certezas absolutas e referencias estabilizadas, permitindo-se à incorporação de novos olhares e pontos de vista para a construção do conhecimento novo.

  40. Pesquisa Interdisciplinar: Interdisciplinaridade Científica Interdisciplinaridade Metodológica Desafios : Teóricos, Pessoais e Metodológicos. • Fundamentada na descoberta pela pesquisadora de sua própria história de vida – o que de mais significativo e profundo nela existe. • Fundamentada na criteriosa revisão conceitual e revisita dos clássicos aos velhos livros e anotações persistentes.; • Percepção da provisoriedade do conhecimento. Interdisciplinaridade Prática Interdisciplinaridade Profissional • Sustentada pela compreensão da importância do cotidiano, como o local privilegiado onde a complexa rede de relações interpessoais acontecem; • Sustentada pela evidência da prática na intimidade com os fenômenos investigados. • Sustentada pela importância e sentido do trabalho, como parte significativa da vida; • Sustentada pela importância da reflexão do tipo de profissional que somos e do percurso para nos tornarmos no que hoje somos.

  41. Metodologia de Pesquisa Interdisciplinar O pesquisador deve descobrir na sua própria história de vida, as motivações que conduzem até “aquela” reflexão, até então irrefletida e a sua relação com ela. Retomada da história de vida da pesquisadora e dos sujeitos de pesquisa do Mestrado 2010 em Desenvolvimento Humano: Formação, Políticas e Práticas Sociais.

  42. Porque Fazenda reafirma ser a interdisciplinaridade um olhar em camadas? Porque permite o aprofundamento do percurso ontogênico dos sujeitos de pesquisa e de cada pesquisador que se voltam para as questões de retomada subjetiva e cultural de seu curso de vida.

  43. O que é o olhar interdisciplinar para Fazenda? “é aquele que enxerga em camadas para aos poucos descobrir o que estava aparentemente oculto” (FAZENDA, 2011). 11 Imagem de olhar. Disponível em: http://pesquisadisclosure.blogspot.com.br/

  44. O olhar em camadas permite interpretar o contexto ou o mundo pessoal de cada um com diferentes metáforas. É o olhar em múltiplas direções, que vai buscar na subjetividade (do indivíduo) e objetividade (construção compartilhada da realidade) o sentido próprio do real.

  45. É o olhar sobre si mesmo, sobre o outro, sobre o objeto, sobre as circunstâncias, sobre o próprio cotidiano, que dá vida e colorido à pesquisa. 12 Olhar para o outro. Disponível em: http://assuntogeral.spaceblog.com.br/

  46. O olhar interdisciplinar é o princípio estruturante da interdisciplinaridade. Um olhar de dentro para fora e de fora para dentro, para os lados e para os outros. Um olhar que desvende os olhos e, vigilante, deseja mais do que lhe é dado ver. Um olhar que transcende as regras e as disciplinas, olhar que só acredita que só existe o mundo de ordem para quem nunca se dispôs a olhar. Um olhar inflado de desejo, de querer mais, de querer melhor, um olhar que recuse a cegueira da consciência (GAETA, 2001, p. 224). 13 Olhares. Disponível em: http://mariateresareno.blogspot.com.br/2011/06/olhares.html

  47. O que é investigar o Desenvolvimento Humano? É penetrar num território de grande extensão, mas nem por isso desértico. Exige generosidade, compreensão, abertura para o novo, ultrapassando áreas cinzentas do conhecimento, para que ele flua, além dos limites hermenêuticos de cada ciência criando acima do que já foi criado. Necessidade de um paradigma integrador e de reconhecimento da complexidade das relações humanas.

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