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TEOLOGIA B BLICA

ETAPAS DA ELABORA

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TEOLOGIA B BLICA

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    1. TEOLOGIA BBLICA ESCOLA DIACONAL SANTO ESTVO Diocese de Ponta Grossa Paran Pe. Slvio Mocelin www.pspsp.com.br

    2. ETAPAS DA ELABORAO DO ANTIGO TESTAMENTO Conhecendo como se formou esta biblioteca (Bblia, plural de biblion = livro) feita em mutiro, se adquire uma noo mais justa do que seja realmente este livro divino-humano que no caiu pronto do cu, mas que foi sendo lenta e pacientemente vivido, antes de ser escrito, por homens movidos pelo Esprito Santo (Cf 2Pd 1,20).

    3. HISTRIA BBLICA Segundo o prprio texto bblico, a histria comea na migrao de uma famlia, a famlia de Tar, pai de Abrao, que saiu de Ur dos caldeus e se deslocou para Har.

    4. HISTRIA BBLICA Depois da morte do patriarca Tar, a famlia, liderada por Abro, migrou para Cana, onde, aps muitas idas e vindas, se estabelece. Devido a um perodo de seca e de fome, seus descendentes, chamados de hebreus, migram para o Egito. L no Egito, os migrantes se transformam num povo grande e numeroso. Os egpcios, temerosos, escravizam os hebreus, obrigando-os a trabalhar na construo civil.

    5. HISTRIA BBLICA Surge, ento, um grande lder, chamado Moiss, que, aps muitas peripcias, consegue conduzir o povo pelo deserto em direo a Cana. Nesta travessia, aqueles hebreus se transformam no povo de Israel. Comandados por Josu, os hebreus conquistam todo de Cana, numa campanha rpida. Esta a histria que encontramos nos livros de Gnesis, xodo, Nmeros e Josu.

    6. HISTRIA BBLICA No entanto, vrios indcios dentro do prprio texto bblico mostram que esta narrativa mais uma viso teolgica da histria do que propriamente um relato histrico moderno. O povo de Deus no estava preocu-pado em transmitir a histria tal como a concebemos em nosso tempo.

    7. HISTRIA BBLICA Hoje consideramos histria uma narrativa linear, fundamentada em fatos, datas, personagens e lugares histricos, comprovados pela arqueologia por muita documentao escrita. O povo de Deus no tinha esta viso histrica moderna. A preocupao deles era transmitir fatos que comprovassem que Deus era o construtor e o protetor do povo em sua caminhada histrica.

    8. HISTRIA BBLICA A histria presente na Bblia no veio de livros didticos, mas surgiu nas rodas de conversa, noite ao p do fogo, relembrando os feitos antigos de gente que lutou pela liberdade do povo. Nestas rodas no importavam tanto as datas precisas, mesmo porque o calendrio naquela poca no era muito preciso.

    9. HISTRIA BBLICA O mais importante era que os acontecimentos principais fossem transmitidos de gerao em gerao, para que no se perdesse a memria dos fatos e dos personagens antigos (cf. Sl 78,1-8). A grande preocupao do povo de Deus era a fidelidade a Deus e aos antepassados chamados por Deus.

    10. A ESCRITA: SUMRIOS escrita cuneiforme, 3.500 anos a.C., na regio de Warkah, sul da Babilnia. SINAIS IDEOGRFICOS cartas enigmticas, conceitos de slabas, smbolos orais.

    11. A Bblia, antes de ser escrita foi vivida, contada, relembrada, narrada, celebrada. Para eles, a presena do Deus da vida, principal personagem nestas histrias, era muito mais importante do que qualquer exatido histrica.

    12. HISTRIA BBLICA Por isso mesmo, quando buscamos reconstruir a histria a partir dos dados presentes na Bblia, temos que ter em mente que o texto no caiu pronto do cu. Ele fruto de um longo processo de elaborao, passando por muitas mos, antes de ficar como est hoje registrado nos livros. Para que este trabalho de reconstruo da histria seja possvel, temos que entender como era a sociedade onde surgiu um povo, o povo de Israel.

    13. O PAS DE CANA O povo de Israel surgiu num determinado espao geogrfico (ver os mapas do mundo antigo oriental nas primeiras folhas das nossas bblias): o cobiado corredor de passagem entre as grandes potncias da poca. Do lado ocidental estava a civilizao egpcia no vale do Nilo. Uma civilizao antiga, exuberante e poderosa. Do lado oriental, a civilizao mesopotmica, ocupando os vales dos rios Tigre e Eufrates. Tambm ela uma civilizao muito antiga, exuberante e poderosa.

    14. O PAS DE CANA A ligao entre estas duas potncias eram as rotas comerciais que atravessavam uma pequena faixa de terra entre o mar mediterrneo e o deserto. Esta faixa de terra era o pas de Cana, com suas cidades-estados, independentes umas das outras, mas todas sob a autoridade do fara do Egito. Fora das cidades estavam as aldeias, sobretudo de agricultores.

    15. O surgimento do povo de Israel Percebemos, atravs de uma leitura cuidadosa do texto bblico, que diferentes grupos se unem na formao do povo de Israel. No sabemos qual foi o grupo numericamente mais importante. Dentre estes grupos, a proposta de vida era muito mais importante que o nmero.

    16. O texto bblico d mais importncia ao grupo dos escravos que fugiram do Egito e este, sem dvida, no era o mais numeroso. No entanto, era o grupo com mais vivncia e mais tradio de luta. Tambm havia famlias de pastores e bandos de nmades em Cana.

    17. O surgimento do povo de Israel Quando os grupos que fugiram do Egito atravessaram o deserto e chegaram a Cana, encontraram o pas mergulhado numa situao de crise econmica. Esta crise levou a conflitos entre as cidades e as aldeias, com a consequente runa do sistema das cidades em Cana ( cf. Jz 12,7-24).

    18. Neste vazio de poder urbano surge o povo de Israel. A palavra Israel significa Deus quem luta (Gn 32,12). Sinal de uma divindade que luta ao lado dos camponeses. As famlias de pastores permaneceram fiis suas divindade caseiras (Gn 14,22; 34,46; Ex 3,6; Sl 23; 80,2).

    19. O surgimento do povo de Israel Outros grupos entraram posteriormente nesta fuso bsica e se estabeleceram em Israel, como os gabaonitas (Js 9,3-18), a tribo de Benjamim (Jz 20,12) ou grupos de edomitas (Gn 36,20-29).

    20. Mas, aos poucos, desta fuso de grupos to distintos vai surgindo nas aldeias, agrupadas em tribos, a conscincia de que todos agora pertencem ao povo de Israel, o povo libertado pela fora de Deus (Sl 44,4). Com a fuso de todos os grupos, Jav o Deus Libertador que luta por Israel e liberta todos os grupos da opresso do fara. Este passa a ser o novo contedo da festa da Pscoa.

    21. JAH WEH = EU SOU NOME ENDEREO PROFISSO FAMLIA JESUS = EU SOU TUP MAGNFICO QUEM S?

    22. O surgimento do povo de Israel Israel no tinha fronteiras fixas, mas o povo se identificava territorialmente atravs de uma rede de santurios nas montanhas centrais de Cana. O povo de Israel tinha conscincia de que seu pas ia desde o santurio mais ao sul, Bersabia, at o santurio mais ao norte, D (cf. 1Sm 3,20).

    23. O surgimento do povo de Israel Alguns santurios eram centrais como Silo (1Sm 4,4), onde ficava a arca da Aliana, os santurios de Betel (Gn 28,19) e de Masfa (1Sm 10,17), centros das tribos de Efraim e Manasss, e o santurio de Hebron (2Sm 2,1), centro da tribo de Jud. O povo de Deus ocupou este espao conquistado na luta libertadora e passa a implantar uma nova maneira de viver em sociedade. o que veremos no perodo dos juzes.

    24. A literatura desta poca Nesta poca j temos uma ampla literatura no mundo vizinho a Israel. Eram cartas-relatrios dos reis cananeus ao fara, conhecidas como Cartas de Amarna, mostram o desenvolvimento de uma bem treinada classe de escritores em Cana, ocupando a rede de santurios.

    25. Toda a escrita era em caracteres cuneiformes, o que mostra dependncia da cultura mesopotmica. Destes santurios os Israelitas herdaram muitas leis (por ex.: Ex 21,28-36).

    26. A literatura desta poca Mas a Bblia tambm informa sobre livros antigos que se perderam. O roteiro do xodo estava registrado num livro chamado Livro das Guerras de Jav (Nm 21,14), sobre os feitos relacionados com a conquista de Cana. Sabemos tambm da existncia do Livro do Justo (Js 10,13-14; 2Sm 1,18). Estes livros no foram preservados e se perderam na histria.

    27. A literatura desta poca Outro tipo de literatura que surge nesta poca so as tradies tribais, preservadas pelos contadores de histrias. Bons exemplos destas tradies: o Hino de Libertao de Maria (Ex 15,21). O Cntico do Poo (Nm 21,17-18), a histria do surgimento dos povos vizinhos (Gn 19,30-38), as tradies dos pais e mes de Israel (Gn 12 a 38).

    28. Estas tradies eram orais e assim foram transmitidas de gerao em gerao. Posteriormente, foram sendo compiladas e preservadas em santurios israelitas, tais como o santurio de Hebron, da tribo de Jud, relacionado com as tradies de Abrao, ou o santurio de Bersabia, da tribo de Simeo, relacionada ao patriarca Isaac. Aos poucos, estas tradies, ligadas a uma determinada tribo, passaram a fazer parte da histria de todas as tribos.

    29. A Monarquia e a literatura do pr e do contra Falamos que a literatura nasce a partir de tradio oral. Podemos imaginar um pai de famlia sentado tardinha porta da tenda ou j de sua casa em Cana, contando aos seus filhos as histrias de seus antepassados. A isso chamamos de tradio oral.

    30. Mais tarde, quando Israel no mais uma confederao de tribos espalhadas pelo pas, mas se rene em torno de um Rei, residente em Jerusalm (Dav e Salomo), ou em alguma outra cidade ao norte (depois da diviso em dois reinos 930 a.C.) a corte necessita de atas, estatutos, registros comerciais. Uma monarquia exige unidade de povo, e aquelas tradies cultivadas em torno a tantos santurios tendem agora a serem unificados como tradies de Israel

    31. A Monarquia e a literatura do pr e do contra Nascem novas tradies como aquelas que avaliam o reinado como uma afronta a toda a experincia vivida com Jav conduzindo o seu povo (Jz 9,7-15; 1Sm 12,19). Outras tradies defendem a chegada da monarquia com Saul (1Sm 9,1-10,16; 11,12-15); justificam a ascenso ao trono por parte de Dav e sucesso ao trono por parte de Salomo, como vontade divina (2Sm 10-19; 1Rs 1-2).

    32. A Monarquia e a literatura do pr e do contra Os funcionrios da corte necessitavam de conhecimentos e de tradies nas reas jurdica e administrativa. Os sbios foram buscar nas casas israelitas e no estrangeiro os conhecimentos necessrios para administrar o pas. Surgem assim as colees de provrbios reunidos pela casa real.

    33. O livro dos Provrbios, que vai ficar pronto apenas na poca persa (aps 538 a.C.), traz estas colees caseiras (cf. Pr 25,1), mas tambm as colees importadas, como as Mximas de Amenemop, trazidas do Egito (Pr 22,17 a 24,22).

    34. A Monarquia e a literatura do pr e do contra Da mesma forma a liturgia dos templos estatais incentiva as colees de cnticos litrgicos. Surgem, assim, os vrios saltrios, mais tarde reunidos no livro dos Salmos. Destacam-se aqui os chamados "Salmos Reais" (Sl 2; 18; 20; 21; 45; 61; 72; 89; 110; 132; 144), utilizados nas liturgias presididas pelo prprio rei.

    35. A Monarquia e a literatura do pr e do contra Nascem tambm as correntes profticas que fornecero as bases para o desenvolvimento futuro de uma literatura propriamente proftica, com verdadeiras obras literrias como aquela de Isaas (66 captulos ao todo). Temos pelo menos duas fortes correntes profticas em Israel. A corrente israelita, mais camponesa e revolucionria (Samuel, Elias, Eliseu, Ams, Osias e Jeremias), e a corrente judata, de sacerdotes crticos do Estado (Isaas, Ezequiel).

    36. A Monarquia e a literatura do pr e do contra Esta diviso se reflete na literatura proftica. Antes de Ams, temos narraes de atividades de confrarias de profetas e de grandes figuras como Samuel, Elias, Eliseu e Miquias.

    37. Mais tarde estas narraes autnomas foram juntadas histria do povo de Israel, e por isso se encontram espalhadas nos livros que chamamos Histricos (1 e 2 Samuel; 1 e 2 Reis). Os profetas posteriores revolta de Je, um rei do Reino do Norte, tiveram suas mensagens preservadas em livros independentes (Ams, Osias, Miquias e Isaas).

    38. O exlio na Babilnia: o antes e o depois na histria de Israel A monarquia no se desenvolveu com aquela paz desejvel para uma histria que tambm religiosa. O primeiro rei, Saul, logo se mostrou um rei ciumento e confuso. Caiu em desgraa diante de Deus e, claro, do povo.

    39. O prprio Dav, o eleito de Jav, teve que ser perdoado e muito. A verdadeira histria de Salomo em nada se parece com aquele rei piedoso e sbio de alguma tradio tambm bblica.

    40. O sonho de um s rei e reino, como um s Deus e seu santurio, logo deu lugar fria realidade da diviso entre o Norte e o sul. Enquanto o Sul cultivou a tradio da casa de Dav, prometida pelo profeta Nat (2Sm 7,1ss), o Norte se desfazia em contnuas lutas pelo poder.

    41. O que aconteceu a Israel As intrigas internas e a falta de senso para a poltica externa, logo levaram o Reino do Norte, chamado Israel, com a capital em Samaria, para a perda total, num exlio sem volta para a Assria (em 772 a.C.).

    42. Sozinho, o Reino do Sul, chamado Jud, com a capital em Jerusalm, prosseguiu at que em 587 a.C. teve o mesmo fim, mas agora por mos dos babilnios. De nada adiantou o castigo exemplar do irmo ao norte, nem as admoestaes dos profetas (sobretudo Jeremias), e Jud teve sua capital saqueada e seu templo destrudo.

    43. A Crise do Povo de Deus Foi a maior das crises do povo de Deus. Perdeu as principais referncias: a terra, o rei, o templo. A religio dos novos governantes, os babilnios, comea a penetrar nas casas e nas famlias. Afinal, como chamar Deus a Jav, se ele no conseguiu proteger o seu povo dos invasores? (Jr 44,7). Muitos abandonam a religio dos seus pais e se voltam para prticas religiosas antigas, dos tempos dos ris cananeus (Jr 44,17) ou ento do novo deus dos babilnios Marduk.

    44. A Crise do Povo de Deus O profeta Ezequiel reanima o seu povo, mostrando que Deus no se prende a um templo, mas que foi em exlio com o seu povo. Deus est ali onde seu povo se encontra (Ez 11,22-25). O estado de nimo do povo de Deus pode ser lido nas linhas nostlgicas do Sl 137: Como cantar em terra estrangeira os cantos de Sio?.

    45. Consolai, consolai o meu povo (Is 40,1) Surge um profeta anunciando um retorno, maior que aquele do antigo xodo do Egito, que Deus est preparando para seu povo. Ele mesmo, Jav, ir frente conduzindo o seu povo. O seu livro foi conservado entre os captulos 40 a 55 de Isaas, e por isso comumente chamado Segundo Isaas. Este livro um marca o incio da releitura da histria e da profecia, a partir da crise gerada pelo exlio, para no perder a esperana e manter a identidade do povo de Deus.

    46. Neste trabalho, em primeiro lugar, foram relidos os textos profticos que circulavam pelos antigos santurios, como as sagas de Elias e de Eliseu. Estes textos j estavam includos dentro da obra deuteronomista de histria, reunindo os atuais livros de Josu, Juzes, 1 e 2Samuel e 1 e 2Reis. MEMRIA E RELEITURA

    47. Mas esta Histria Deuteronomista tambm relida a partir da crise do exlio, recebendo sua verso definitiva. O ponto alto desta releitura mostrar que Deus continuamente advertia seu povo para suas faltas e transgresses atravs de seus servos, os profetas.

    48. MEMRIA E CONVERSO Mas o povo no deu ouvidos aos mensageiros de Deus. Mas havia ainda um caminho para que houvesse um retorno. A histria toda deve ser lida dentro do esquema "transgresso/falta/pecado - castigo (o exlio) - converso (voltar-se para Deus e o seu projeto) - libertao (o povo voltaria para Jud)". Tal esquema encontra-se bem definido em Jz 3,7-11. O momento que o povo vivia era de converso total e sincera, aguardando o sinal libertador de Deus (cf. 2Rs 25,27-30).

    49. PROFETAS E CONVERSO A crise levou valorizao da literatura proftica. Os textos dos profetas do sculo oitavo (Ams, Osias, Isaas e Miquias) foram recuperados e acolhidos como sinais de Deus. A literatura proftica passa a ter uma autoridade que no tinha antes do exlio. O mesmo acontece com os profetas contemporneos catstrofe, principalmente Jeremias. Os seguidores de Jeremias deveriam ser muitos e bastante atuantes.

    50. PROFETAS E CONVERSO As palavras do profeta contra a elite dirigente de Jud estavam na memria de muitos. Neste processo de releitura, o livro do profeta Jeremias recebeu muitos acrscimos e re-elaboraes. Na comunidade dos exilados em Babilnia surgiu entre os sacerdotes um profeta chamado Ezequiel. Era membro de uma famlia sacerdotal, da linhagem de Sadoc, levado para o exlio na primeira leva (597 a.C.).

    51. RESTAURAO DO POVO Ezequiel o primeiro profeta a exercer sua atividade longe da terra, da cidade de Jerusalm, do recinto sagrado do templo. Ezequiel, ou os grupos a ele ligados, comeam a esboar um projeto de restaurao para o povo na terra prometida (Ez 40-48).

    52. Dois tempos da histria Na histria do povo de Deus, o perodo do exlio da Babilnia um divisor de guas. At hoje os judeus dividem a histria em perodo do primeiro tempo (de Abrao at o exlio) e o perodo do segundo tempo (de 538 a.C. at 70 d.C.). Tambm nos estudos bblicos falamos do perodo pr-exlico e perodo "ps-exlico".

    53. LIES DO EXLIO O exlio deixou marcas profundas no povo, como tambm na literatura presente na Bblia. certo que, depois do exlio, Jud deixou de ser uma nao independente e passou a ser uma pequena colnia de imensos imprios, como o Imprio Persa, o Imprio Grego e o Imprio Romano. Durante muito tempo no haver reis, ficando o poder nas mos de um imperador distante, que ningum conhecia.

    54. A religio dos opressores era uma ameaa constante. Muita gente que no foi para a Babilnia tinha abandonado a religio de Jav e se voltado para cultos pr-Israelitas. Mas dentro do curto tempo de exlio o povo descobriu novos caminhos para superar suas dificuldades, manter a f recebida de seus antepassados e se lanar na aventura de reconstruir seu pas.

    55. A Bblia surge neste contexto de exlio. Nesta poca os livros comeam, a ser colecionados para servir de apoio na liturgia e no ensino. No final do perodo do exlio, as colees dos livros histricos e dos profticos esto prontas.

    56. A Escritura no perodo ps-Exlico (538 50 a.C.) Tendo durado mais de 50 anos (a primeira leva de deportados aconteceu em 597), o longo perodo de Exlio levou tentao de acomodar-se nova situao, devendo sentir-se pouco entusiasmo com os orculos do Segundo Isaas e com a volta a Jud e a reconstruo do Templo (Cf, a propsito, os conselhos de Jeremias aos primeiros exilados em Jr 29,1-14).

    57. Problemas e caractersticas do incio desse perodo Na comunidade que se formou em torno do Templo a duras penas reconstrudo (inaugurado em 515, graas aos insistentes apelos de Ageu e Zacarias). No era fcil manter a unidade, tal a divergncia de opinio entre os conservadores, mais apegados ao culto antigo, ao reino de Davi e exclusividade do povo escolhido, e os progressistas, mais tolerantes e abertos aps a mesma experincia de exlio e dispora.

    58. Outras caractersticas da poca a) O Templo, reconstrudo de 521 a 515 a.C., novamente como santurio central, no foi aceito pelos samaritanos, desde ento sempre mais separados e adversrios dos judeus. b) O culto e a Lei, foram se tornando cada vez mais caractersticos do judeu fiel, especialmente pelos esforos de Neemias, coadjuvado pelo sacerdote Esdras, em meados do sculo V: Neemias lutou ferrenhamente contra os casamentos mistos (cf Esd 10,1ss) e insistiu na observncia do sbado e nas taxas para o culto (cf Ne 13).

    59. c) Escritura e Tradio: Os escritores do perodo interessam-se relativamente pouco pelos acontecimentos contemporneos, preferindo retomar as antigas tradies e os antigos escritos, reescrevendo-os luz da renovada insistncia sobre o culto e a Lei. ento que se elabora a redao final do Pentateuco, o Cronista redige sua obra histrica (1 e 2 Cron + Esdras e Neemias) e se renem os escritos dos antigos profetas.

    60. Escritos do Perodo Ps-exlico Em meados do sculo V, um redator sacerdotal quem vai refundir os escritos anteriores, incluindo os de sua corrente Sacerdotal (sigla P). Especialmente nos quatro primeiros livros do Pentateuco (Gnesis, xodo, Levtico, Nmeros), evidente o enfoque cultual dado pelo redator P, que tanto insiste no culto e na Aliana com Jav.

    61. Redao Final do Pentateuco (sc V a.C.) Nessa redao final encontramos s vezes longos trechos justapostos, como o caso da narrativa da Criao, apresentada primeiro pelo Sacerdotal (Gn 1,1-2,4a) e depois por um antigo autor que os estudiosos do assunto chamam Javista (Gn 2,4b-3,24), com perspectivas bastante diversas. E encontramos tambm muitos trechos que so verdadeiras colchas-de-retalho.

    62. Quanto aos onze primeiros captulos do Gnesis, ali encontramos duas correntes narrativas que se alternam: Sacerdotal e Javista, sendo que o primeiro contribuiu especialmente com as genealogias e os dados cronolgicos. Esses onze captulos no oferecem uma histria cientfica das origens da humanidade e dos antepassados de Abrao, mas antes constituem uma reflexo teolgica sobre o passado remoto, uma narrativa doutrinria e sapiencial, com vrios elementos semelhantes aos dos mitos babilnicos, embora desmitologizando-os, e preludiando a escolha divina de Abrao em Gn 12.

    63. A Obra Histrica do Cronista (sc. V IV a.C.) semelhana do Deuteronomista, que compilou sua obra histrica durante o Exlio, tambm neste perodo ps exlico foi sentida a necessidade de recordar mais uma vez o passado de Israel, remontando inclusive atravs das genealogias de 1Cron 1-9, at Ado! (Cf a genealogia de Jesus, segundo Lc 3,23-38).

    64. Mas este apelo ao passado tinha, para o Cronista, uma finalidade especfica: ele queria justificar historicamente as solues que, no perodo ps-exlico, foram dadas a problemas complexos, especialmente atribuindo a Davi o papel de fundador do culto e iniciador do modo de vida que se verificava agora, no judasmo contemporneo ao autor.

    65. Idias teolgicas centrais do Cronista: 1 Israel deve aprender a reconhecer, na histria, a interveno divina. Seja de salvao, seja de castigo, seja de vitria ou derrota, a ao de Deus sempre justa! 2 O grande modelo o rei Davi, apresentado sem falhas humanas, como o heri perfeito e o liturgo exemplar... e cuja devoo devia acender ainda mais a grande expectativa de um novo Davi o Messias! 3 A insistncia no culto, nas funes sacerdotais levticas, visava certamente a legitimar o sacerdcio levtico e o culto em Jerusalm, tornada sede de uma hierocracia (poder poltico exercido pelo sacerdote), cuja figura central era o Sumo Sacerdote. Essa insistncia parece ter visado tambm a oposio dos samaritanos.

    66. Os Profetas ps-Exlicos (Sc. VI II a.C.) Eles no tm mais o porte dos grandes profetas de antes do Exlio, seus escritos so em geral breves, s vezes repetindo os seus predecessores. Entre eles destacam-se, no perodo da reconstruo do Templo, o Terceiro Isaas (Is 56 66), Ageu e Zacarias (a primeira parte do livro deste profeta: Zc 1 8). Em meados do sculo V, Malaquias e Abdias. Possivelmente no sculo IV, os escritos do Segundo Zacarias (Zc 9 14) e Joel.

    67. DOZE PROFETAS (Profetas Menores) A coleo dos escritos profticos deve ter sido encerrada, no mais tardar, durante o sculo III (Cf o testemunho de Ben Sirac, autor do Eclesistico, no incio do sculo II a.C. Referindo-se aos Doze Profetas = os profetas menores, j como uma unidade estabelecida Eclo 49,12. Leia tambm todo o trecho do Eclo 48,23 49,12 sobre Isaas-Jeremias-Ezequiel e os Doze Profetas, onde falta a referncia ao livro de Daniel, certamente ainda no escrito nesta poca).

    68. A Literatura Sapiencial (sc. VI I a.C.) Em parte j cultivada no perodo pr-exlico (Cf Pr 10-22 e 25-29, bem como muitos salmos), a literatura sapiencial bblica floresceu no perodo ps-exlico, do sculo VI at o ano 50 A.C., produzindo obras importantes como a redao final dos Provrbios (Pr 1-9, bem como os captulos 23-24 e 30); O impressionante livro de J (sc VI? V?); o Cntico dos Cnticos (sc.IV?); o enigmtico e pessimista Qohlet ou Eclesiastes (m/m 30 a.C.), a sabedoria de Ben Sirac ou Eclesistico (incios do sculo II, traduzido para o grego m/m 130 a.C.); O livro de Baruc, com o seu problema sapiencial de Bar 3,9-4,4 (sc III -I a.C.) e, por ltimo, o livro da Sabedoria (m/m 50 a.C.), j redigido originalmente em Grego.

    69. Influncia da Sabedoria A sabedoria Israelita versou, no comeo (Cf a parte mais antiga do Provrbios), os mesmos temas do humanismo individualista e terreno que se encontravam nas literaturas sapienciais vizinhas. Pouco a pouco, porm, foi se deixando penetrar pelo Javismo e procurou descobrir as manifestaes da Sabedoria de Deus, tanto na sua Palavra, como na Criao, como sobretudo na histria do seu povo.

    70. Quanto ao Qohlet ou Eclesiastes (m/m 300 a.C.), notar que o seu pessimismo e a sua insistncia na vaidade das coisas humanas, no absurdo de tantas situaes da vida, na insatisfao mesmo das situaes chamadas felizes, no lhe tiram a f em Deus - um Deus, alis, poucas vezes mencionado, a quem o autor se refere em termos talvez mais de conformismo que de confiana. Qohlet ainda no vislumbra, como Daniel 12, o 2 livro dos Macabeus e o livro da Sabedoria, a retribuio na outra vida.

    71. A Literatura Midraxe O vocbulo midraxe, do hebraico darash, quer dizer procura, investigao. um tipo de literatura religiosa que, partindo de tradies e textos antigos e ampliando-os com novos dados, inclusive lendrios, procurou dar respostas a muitas perguntas que precisavam de uma soluo que s a f podia dar. Assim os problemas levantados a partir do particularismo da reforma de Esdras-Neemias, proibindo os casamentos mistos e insistindo na situao particular de Israel como povo escolhido, encontraram resposta, no sculo V a.C., nos livros de Jonas e Rute: Rute, mesmo sendo moabita, entrou na genealogia do rei Davi... e Jonas teve de submeter-se, embora a contragosto, ordem divina de pregar a converso aos ninivitas!

    72. Proposta da Midraxe Nos tempos difceis dos Macabeus (meados do sc. II a.C.), os livros de Judite e Ester mostraram plasticamente como Deus pode servir-se dos acontecimentos e das pessoas para dirigir a histria segundo seu beneplcito, salvando o seu povo mesmo do maior perigo. Quanto ao livro de Tobias, do sculo III a.C. (?), um convite a confiar na providncia divina que pode tardar, mas no falha nunca ao mesmo tempo que apresenta modelos de fidelidade na provao, na vida familiar, na bondade para com o prximo (cf. tambm, a histria de Jos, em Gn 37,39-50).

    73. Daniel (sc. II a.C.): literatura apocaltica bom distinguir a literatura apocalptica da literatura proftica, que a precede e que tem um enfoque bem diverso: 1 O profeta fala a seus contemporneos, interpreta e quer transformar a realidade presente, para isso anunciando bnos e/ou castigos divinos; 2 O escritor apocalptico, escrevendo em tempos de perturbao e perseguio, de certo modo descr da realidade presente e projeta-se para o futuro de Deus, que surgir aps a destruio desta era...

    74. O livro de Daniel, uma obra tpica do final do Antigo Testamento: seus catorze captulos esto redigidos nos dois gneros literrios acima descritos. Os captulos 1-6 e 13-14 pertencem ao gnero midrxico, relatando casos edificantes de Daniel em Babilnia (compostos talvez j no sculo III a.C.); e os captulos 7-12, escritos durante a perseguio de Antoco IV Epifnio (175-163 a.C.), so do gnero apocalptico propriamente dito. Por isso mesmo so redigidos em linguagem misteriosa, cheia de smbolos, nmeros e enigmas, mas propondo inequivocamente a vitria final de Deus e dos que perseveram na f.

    75. Literatura Apocalptica Narrando fatos e aludindo a pessoas do passado, por exemplo, ao destino fatal de Nabucodonosor e Baltazar, seu autor tem em vista a situao e as dificuldades do seu tempo, e prenuncia idntico fim trgico para Antoco IV, o perseguidor mas sem nome-lo! enquanto assegura aos compatriotas perseguidos o triunfo definitivo.

    76. Assim o apocalipse quer ser, como a palavra grega o indica, uma revelao, embora enigmtica, do mistrio da histria conduzida por Deus. Notar em Dn 7,13-14 a meno do Filho do homem, encarregado de estabelecer o reino que no ter fim e em Dn 12,2 o anncio explcito da ressurreio da carne e da retribuio escatolgica (dos tempos finais da histria).

    77. Os Livros dos Macabeus (anos 120 100 a.C.) So duas obras de autores diferentes e de diferentes mentalidades, que no se encontram no cnon hebraico, contando-se por isso entre os livros dutero-cannicos. O 2Mc, mais rico em contedo teolgico, mas de menor valor histrico-cronstico, foi redigido por volta de 120 a.C., em forma de resumo dos cinco livros de Jaso de Cirene (Cf 2Mc 2,19-32).

    78. Seu autor vibra de entusiasmo e recorre freqentemente s hiprboles (exageros deliberados), s circunstncias maravilhosas como expresso do poder visvel de Deus, cujo nome freqentemente invocado. A doutrina da Ressurreio corporal e da retribuio escatolgica claramente expressa, o sofrimento dos mrtires tem valor de expiao, j afirmada (Cf 2Mc 12,43-46) a comunho dos santos, sua intercesso pelos mortos.

    79. Os Livros dos Macabeus (anos 120 100 a.C.) O 1Mc, o mais documentado segundo a historiografia helenstica, abrange um perodo bem maior de tempo (175-134 a.C.) e foi redigido por volta do ano 100 a.C. A f e o patriotismo do seu autor v nas derrotas do povo o castigo por seus pecados e, nas vitrias dos Macabeus, a assistncia divina. A observncia da Lei o bem essencial, ao passo que a helenizao deve ser rejeitada a todo custo!

    80. SNTESE 1 Redao Javista no tempo da Monarquia (sculo VIII a.C.). 2 Reforma do Rei Josias e descoberta do Livro da Lei (cf 2Rs 22-23) em 622 a.C., em Jud. 3 Compilao final do Pentateuco (sc V a.C.) com Esdras. 4 Compilao final dos escritos profticos no sculo III (cf aluso em Eclo 49,10-12). 5 Estabelecimento definitivo do Cnon do Antigo Testamento no snodo judaico de Jmnia, em 90 d.C.

    81. TEOLOGIA BBLICA

    82. Histria do Antigo Oriente Prximo O Antigo Oriente Prximo compreende o Egito, a Sria-Palestina, a Anatlia (Turquia), a Mesopotmia (Iraque), a Prsia, a Pennsula rabe, e constitui-se em zona de encontro dos continentes asitico, africano e europeu. Podemos limitar a histria do Antigo Oriente at a conquista da Babilnia por Dario, da Prsia (539 a.C.).

    83. A proto-histria mesopotmica (3100-2850 a.C.) Com a inveno da escritura e a sua rpida expanso se inaugura uma nova fase na vida do homem: Em Uruk (ao sul da cidade de Babilnia, e noroeste de Ur; cf Gn 4,9; 10,10) onde nasceu a escritura, foram encontrados em arquivos de templos 4.000 textos de carter econmico-administrativos, escritos em lngua sumria. neste perodo entre o IV e III milnio que se encontram as bases da civilizao entre rios. Se desconhece o lugar de origem e a pertena tnica dos sumrios.

    84. A Proto-dinastia mesopotmica (2850-2334a.C.) e os prximo-orientais A Mesopotmia em trs perodos: Proto-dinastia I (2850-2750 a.C.), a poca do auge da urbanizao e assentamentos em torno aos rios; Proto-dinastia II (2750-2600 a.C.), perodo da proeminncia das cidades de Kis e Uruk; Proto-dinastia III, prevalecendo Ur (destaque arqueolgico para as tumbas reais), Nippur (capital da religio sumria), Kis, e Mari (abundante documentao da poca).

    85. O Imprio Semtico de Accad (2334-2154 a.C.) Consistiu na primeira grande alternativa potncia sumria. Accad se localiza na regio da Babilnia, em confins com o norte sumrico. Com Sargo, que sucedeu potncia sumrica, se difundiu a ideologia do imprio universal baseado na divinizao do soberano. So abundantes as documentaes da sua lngua semita, o acdico.

    86. Os guteus (2154-2120 a.C.) Destruidores do prspero imprio acdico, os guteus provindos do Zagros dominaram a regio babilnica por pouco tempo.

    87. A III dinastia Sumrica de Ur (2112-2004 a.C.) Foi a responsvel pela recuperao do poder aps o intervalo acdico-guteu com Ur-Nammu, autor do primeiro cdigo de leis da humanidade. Com o fim desta dinastia, obra de invases e conquistas semticas/amorreus-elamitas, termina tambm a histria sumrica, absorvida etnicamente pelos semitas da Mesopotmia.

    88. Os semitas-amorreus (vindos do Oeste) Enriquecidos pela cultura sumrica, os semitas-amorreus recuperam a Mesopotmia estendendo-se ao norte (Assria) e sul (Babilnia): a) Primeiro perodo (ca. 2004-1760 a.C.): prevalece a cultura sumrica, gradualmente substituda pela acdica; Mari (1810-1760), no mdio-Eufrates, destaca-se pelos copiosos arquivos reais tratando de poltica e diplomacia (descobertos em 1933); Hammurabi (1792-1750): autor (?) de famoso cdigo de leis da tradio mesopotmica, mas com muitos pontos comuns com a Bblia. Foi um perodo frtil pelas conquistas, organizao scio-administrativa, e produo literria. Sucumbiu sob os cassitas.

    89. Os cassitas Vindos das montanhas do Zagros, os cassitas conquistaram a Babilnia em 1594 a.C. Adotaram a lngua acdica, absorvendo a cultura babilnica. Constituiram o Mdio Reino babilnico, destrudo pelos assrios e elamitas em 1157;

    90. O Mdio Reino Assrio (1363-1076 a.C.) Se destacam Salmanasar I (1274-1245 a.C.) e Teglat-Falasar I (1115-1077 a.C.), a quem se deve as leis mdio-assrias.

    91. O Novo Reino Assrio (1010-609 a.C.) A refundao do imprio (745-705) foi obra de Teglat-Falasar III. Sargo II conquistou a Samaria (722), pondo fim ao estado de Israel (reino do norte). Assurbanipal (668-627 a.C.) elevou Nnive a capital e ali criou a famosa biblioteca contendo 25.000 tabuinhas cuneiformes. Nnive caiu sob os medos e babilnios (610a.C.). O Novo Reino, pela sua organizao estatal e militar, pela literatura e arte, constitui-se em um dos prottipos da cultura mesopotmica.

    92. O Novo Reino Babilnio (626-539 a.C.) Foi o ltimo perodo da Mesopotmia independente. Nabucodonosor II (604-562) dominou toda a Sria-palestina, e em 587 destruiu Jerusalm. Ciro da Prsia, em 539 ps fim ao esse imprio. A cidade de Babilnia, ainda depois da queda cultivou a literatura, as artes e cincias. Foi tambm sede da grande escola talmdica para os hebreus que no retornaram, com o Edito de Ciro, para a Palestina.

    93. O Imprio Persa (559-331 a.C.) Fundado por Ciro II, o Grande (559-530), compreendia a Mesopotmia (desde 539 com a tomada de Babilnia), o Egito (desde 525 a.C.) e a Sria-palestina. Possibilitou o retorno dos povos exilado na Babilnia s sua ptrias de origem, entre os quais os hebreus. Foi vencido por Alexandre Magno em 333.

    94. O Egito do II milnio a.C. O Mdio Reino (Tebano) de 1991-1785, foi um perodo prspero poltica, economica e literariamente, em estreito relacionamento com a rea siro-palestina. Da segunda metade do II milnio destaca-se a poca dos Ramss (1305-1347), famosa pelas tumbas, templos (Luxor, Karnak), e pela literatura (Livro dos Mortos, Textos das Pirmides, etc.).

    95. Hititas, ou Eteus, filhos de Het (cf Gn 23): Indo-europeus influenciados pelos prximo-orientais, eram habitantes da Anatlia centro-oriental (capital Hattusa). Chegaram a constituir imprio (1370-1152 a.C.), dissolvido pela invaso dos Povos do Mar, dando origem a uma srie de estados neo-hititas na Sria (Karkemis e Hatina, etc.).

    96. Os Hurritas Foram notveis a partir do III mil. (Ebla), habitavam a Mesopotmia setentrional e fundaram importantes cidades como Urkis a leste do Tigre. Muitos dos seus textos do II mil. foram encontrados a Nuzi. Ebla, descoberta em 1968, vizinha de Alepo, na Sria. Teve seu esplendor a 2500-2400 a.C., como documentam seus fartos arquivos reais (ca. 17.000 textos e fragmentos). Com ela se conhece a mais antiga lngua semtica.

    97. Sria-Palestina As poucas informaes do II mil. a.C. provm da Mesopotmia e Egito. Discretas informaes se encontram em Mari, Ugarit, Biblo. Ugarit nos deixou notvel documentao dos sc. XV-XIII a.C., representando uma ponte entre a cultura mesopotmica e a futura cultura-fencia, pondo base para um alfabeto na rea, com auge em Biblo, de onde se difundiu na Sria-Palestina e Ocidente.

    98. Os Povos do Mar Tentaram invadir o Egito (1200 a.C) numa poca de crise para as potncias (Egito, Assria e Hititas). Expulsos por Ramss III, dispersaram-se pelo Mediterrneo. Dentre eles conhecemos seguramente os filisteus.

    99. Os Fencios De 1200 a.C. a 323 a.C. com a morte de Alexandre Magno. Nunca criaram estado, porque suas cidades permaneciam autnomas. Um de seus mritos de ter criado um alfabeto prprio (Biblo) e de t-lo transmitido Grcia e ocidente.

    100. Os arameus Descendentes dos amorreus do final do III mil, fixaram pequenos estados (I mil.) na Sria e Mesopotmia setentrional e centro-meriodional (Sippar e Babilnia). Apoiados na escritura alfabtica adotada, impuseram-se como lngua internacional no Oriente Prximo, suplantando a acdica (sc. VIII-VII).

    101. Este material foi retirado de forma gratuita do site da Parquia So Pedro e So Paulo Veja outros artigos e materiais disponveis no site www.pspsp.com.br

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