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Marcos 5, 21-43 // 13 domingo Tempo Comum –B- // 28 junho 2009

As religiões orientais negavam à mulher a sua natureza racional. O judaísmo manifestou -se sempre como uma religião de varões . Mais ainda : no idioma do Antigo Testamento, as palavras piedoso , justo e santo não têm feminino .

fawzia
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Marcos 5, 21-43 // 13 domingo Tempo Comum –B- // 28 junho 2009

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Presentation Transcript


  1. As religiõesorientaisnegavam à mulher a suanatureza racional.O judaísmo manifestou-se sempre como umareligião de varões. Maisainda: no idioma do Antigo Testamento, as palavraspiedoso, justo e santo nãotêmfeminino. Pois que todos somos filhos do mesmoPai, Jesus coloca os homens e as mulheres no mesmonível. E preocupa-Se continuamente comelas durante a sua vida pública. Um grupo femininoseguia o Mestre por povoações e cidades. Algo inconcebível para os rabinos de então, que proibiamfalarcomumamulherfora de casa. Alémdisso, numerosos milagres de Jesustêm como destinatárias as mulheres.Marcos narra-nos doisdessesmilagres, intercalados um no outro, e os dois realizados embenefício de duasmulheres. Marcos 5, 21-43 // 13 domingo Tempo Comum –B- // 28 junho 2009

  2. Naquele tempo, depois de Jesus ter atravessado de barco para a outramargem do lago, reuniu-se grande multidão à sua volta, e Ele deteve-se à beira-mar. Chegouentãoum dos chefes da sinagoga, chamado Jairo. Ao ver Jesus, caiu a seuspés e suplicou-Lhecominsistência:–A minhafilha está a morrer. Vemimpor-lhe as mãos, para que se salve e viva.Jesusfoicom ele, seguido por grande multidão que O apertava de todos os lados. Os caminhos da fé, os graus de adesão e relação com Jesus, são distintos em cada pessoa. Mas a fé supõe sempre o encontro e diálogo pessoal com Ele.

  3. Ora, certamulher que tinhaumfluxo de sanguehaviadoze anos, que sofreramuitonasmãos de vários médicos e gastara todos os seusbens, sem ter obtidoqualquerresultado, antes piorava cada vez mais, Hoje em dia é difícil compreender a magnitude da tragédia da mulher que o texto narra. Qualquer emanação de sangue deixava em estado de impureza por um tempo. Neste caso, doze anos. Doze anos em que esta mulher não tinha recebido nem um beijo, nem um abraço, nem um aperto de mão de nenhum ser humano. Não podia tocar nem ser tocada. Nem o seu marido nem os filhos, se os tinha, podiam passar por cima da norma. A sociedade inteira a recuzava. Sociedade hipócrita que valoriza as pessoas pelos sinais externos e não pelo que verdadeiramente são.

  4. Tendoouvidofalar de Jesus, veio por entre a multidão e tocou-Lhe por detrás no manto, dizendo consigo: «Se eu, ao menos, tocar nassuas vestes, ficarei curada». A mulher atreveu-se; mesmo não sendo fácil. Crê que Jesus é o único que a pode curar. Desembaraça-se dos preconceitos religiosos que a impedem por-se em contacto com Ele. Atreve-se a tocar aquele homem que emana bondade e compreensão, que tem uns olhos profundos que não recusam o seu olhar, que convidam à confiança, à fé. Atreveu-se. Tocou para ser curada.

  5. No mesmo instante estancou o fluxo de sanguee sentiu no seucorpo que estava curada da doença. O contacto comJesustinha-a curado, tinha-a tornado livre para voltar a beijar, a abraçar, a acariciar os seus e a todos os que necessitassem. O seucoração, tãonecessitado de contactos humanos, sentia a plenitude que a levava a amar o mundo inteiro, em especial aqueles que, como ela, erampessoas recusadas e excluidas pela sociedade. Podemos compreender os sentimentos que Jesuslhetrasmitiu: ligeireza de alma, plenitude de espírito, alegriatransbordante, necessidade de partilhar...

  6. Jesusnotou logo que saíraumaforça de Si mesmo. Voltou-Se para a multidão e perguntou: –Quemtocounasminhas vestes? Jesusquerconhecer a quempõe a suafén’Ele. Nãoterminou o milagre. Quer devolver a confiançaem si mesmaàquelamulher. Ajudá-la a sair do anonimato. Não era fácil confessarem público o que tinhafeito. A suaactuaçãotinha convertido Jesusem impuro (Lv 11, 44-45 – 15, 25-27). De novo se atreveu e foi capaz de se sobrepor a todos os medos e ao “que dirão”. Dar testemunho da fé implica sair do anonimato e dar a cara.

  7. Os discípulos respnderam-Lhe:–Vês a multidão que te apertae perguntas: “Quem Me tocou”?Mas Jesusolhouem volta, para ver quem O tinha tocado. A mulher, assustada e a tremer, por saber o que lhetinha a contecido, veio prostrar-se diante de Jesus e disse-lhe a verdade. Jesusrespondeu-lhe:–Minhafilha, a tuafé te salvou. Muitas pessoas tocam Jesus, mas poucas com a fé desta mulher. Não são iguais todas as formas de se aproximar de Jesus. Jesus não atribui as curas a si mesmo. Recorda algo realmentesurpreendente: “A tua fé te salvou”. “A tua fé te curou”. Jesus diz à mulher que a fé é a causa da sua saúde. Na pessoa que crê há sempre algo que a pode salvar e libertar de tudo o que a desumaniza e a impede viver. A fé opera o milagre. A fé é uma postura de total confiança numa Pessoa, de entrega, de esperança. A fé cura integralmente, a fé salva.

  8. Ainda Ele falava, quandovieramdizer da casa do chefe da sinagoga:–A tuafilhamorreu. Porque estás ainda a importunar o Mestre?Mas Jesus, ouvindo estas palavras, disseaochefe da sinagoga:–Não temas; basta que tenhasfé.E nãodeixou que ninguém O acompanhasse, a não ser Pedro, Tiago e João, irmão de Tiago. Já não se trata de curar uma doença. Agora o problema é maior. Jesus pede que se mantenha a fé, ainda que as circunstâncias se agravem. Ao colocarem-se as coisas mais difíceis, aparentemente sem solução, talvez a fé vacile. Também nessas ocasiões Jesus continue a dizer: “Não temas, basta que tenhas fé".

  9. Quandochegaram a casa do chefe da sinagoga, Jesusencontrougrande alvoroço, com gente que chorava e gritava. Ao entrar, perguntou-lhes:–Porquê todo este alarido e tantas lamentações? A menina nãomorreu; está a dormirRiram-se d’Ele. Jesus, depois de os ter mandado sair a todos, levando consigo apenas o pai da menina e os que vinhamcom Ele, entrou no local ondejazia a menina. Jesusimpede a entrada nacasa àqueles que formam o coro dos lamentos,àqueles que zombam das suaspalavrase impedemque ocoraçãomantenha a esperança.Palavraspronunciadas comfirmeza, comconvicçãointerna, que soama música celestial aopaie à mãe da menina. Agorasim: cresce a esperança! Econfiaram. ConfioeuemJesusenasuaPalavra?

  10. Pegou-lhenamão e disse:–Talithakum (que significa: Menina, Eu te ordeno: levanta-te).Elaergueu-se imediatamente e começou a andar, poisjátinhadoze anos. Jesusactuasempensar nascosequências e nascomplicações. Tudofoi simples. Tomou a menina pela mãoeordenouque se levantasse. Aotocar umcadáver, Jesus volta a tornar-se impuro (Núm 19,11),o que parece quenãolheimporta emabsoluto nemlhedá medo algum.Jesusdiz-me essasmesmaspalavras: "a ti te digo, levanta-te". Levanta-te da preguiça, da rotina, do desânimo, da prepotência, do medo, da tristeza, do egoísmo... Jesusdeseja curar-me, tocar-me, vira minhacasa. Diz-me: temféebasta. A tua fe está a curar-te. Olha-me, pregunta-me, dá-me a mão...

  11. Ficaram todos muitomaravilhados. Jesusrecomendou-lhes insistentemente que ninguémsoubesse do caso e mandou dar de comer à menina. Esta revelação é todaviaimperfeita. Háque esperar a outravitóriamaissublime e reveladora: a vitóriasobre a suaprópriamorte. Então, poderão divulgar tudo.Para se levantare continuar a viver, a menina necessita de comer. Todas as pessoasnecessitam ter alimento para umavida justa e digna.A nossamissão é dar de comer, partilharpão, alegria, consolo, esperança... àqueles que se cruzam no nossocaminho.

  12. As mãos de Jesus Tenhamos presente agora as mãos de Jesus. Mãos capazes de transmitir confiança, de expressar afecto, de oferecer segurança,de dar amor... Mãos abertas para acariciar e abençoar as crianças, mãos estendidas para socorrer os que são lançados à beira do caminhoincapazes de seguir a sua caminhada, mãos sanadoras para curar os corpos dilacerados e os espíritos maltratados, mãos trabalhadoras que lançam as redes ou moldam a pedra, mãos que marcam o caminho e estimulam a seguir adiante,mãos que levam à plenitude. Pedimos-Te que nos estendas a tua mão para que o teu toque nos revitalize,o teu beijo nos vivifique e o teu abraço consiga que sejamos conscientes da tua proximidade. Acompanhados por Ti também seremos capazes de nos tornarmos próximos dos nossos irmãos e irmãs. Ajuda-nos a estender as nossas mãos a quem precisa delas. Contamos com o teu apoio. Ajuda-nos a não perder a fé e a sentir o contacto das tuas mãosnas nossas. AMÉN

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