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Les es Traum ticas da Coluna no Adulto

Trauma raquimedular.

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Les es Traum ticas da Coluna no Adulto

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Presentation Transcript


    1. Leses Traumticas da Coluna no Adulto

    2. Trauma raquimedular interessante antes de iniciarmos o estudo das leses traumticas na coluna vertebral do adulto termos noes sobre trauma raquimedular, desde seu diagnstico at tratamento. Ocorre em cerca de 20% da fraturas de coluna vertebral. Mais comum em homens 4:1; faixa etria de 15 a 40 anos. 2/3 das leses medulares ocorrem na coluna cevical, 10% coluna torcica e 4% toracolombar.

    3. Trauma raquimedular Aspectos anatmicos: cauda equina, inicia em T11 e vai at S3, a partir de L2 s h cauda equina. Corno anterior da medula esto localizados os corpos celulares dos neurnios motores e visceromotores (aferentes). No corno posterior, o neurnios sensitivos (eferentes). No corno lateral os simpticos.

    4. Trauma raquimedular Principais tratos: 1 Trato espinotalmico ventral: impulsos relacionados ao tato. Origem na coluna posterior. 2 Trato espinotalmico lateral: impulsos sensitivos dolorosos e temperatura do lado contralateral. Origem na coluna posterior. 3 Tratos epinocerebelares ventral e dorsal: propriocepo. 4 Fascculos grcil e cuneiforme: poro posterior da medula. Impulsos proprioceptivos provenientes de msculos, tendes e articulaes, impulsos de localizzao e discriminao tteis e sensaes vibratrias. 5 Trato corticoespinhal lateral e ventral: controlam a fora motora (voluntria e involuntria mediante estimulo doloroso)

    5. Trauma raquimedular Fisiopatologia: leso de clulas nervosas + rotura de vasos = leso primria (at 8 horas) hemorragia e necrose de substncia cinzenta edema e hemorragia. Petquias na substncia cinzenta podem chegar branca reduo do fluxo no local. Clulas inflamatrias migram para local + proliferao de clulas da glia.

    6. Trauma raquimedular Separao fsica dos tratos raramente ocorre. Tem sido relatados em ferimento por PAF. Isquemia celular leva falha nas mitocndrias e ativao das fosfolipases, das proteases e adenosina trifosfatase = perda de energia na membrana celular e imediata produo de radicais livres e ativao das fosfolipases e lipases = resulta em peroxidao lipdica = falha na membrana celular e progresso da leso.

    7. Trauma raquimedular Avaliao clnica: Deve-se examinar: motricidade + sensibilidade + reflexos. a) Motricidade: fazendo oposio, comparando lados. Msculos a serem examinados: C5 = flexo do cotovelo (bceps braquial); C6 = Extenso do punho (extensor radial longo e curto do carpo); C7 = Extenso do cotovelo (trceps); C8 = flexo dos dedos (flexor profundo dos dedos); T1 = Abduo do dedo mnimo (abdutor do dedo mnimo); L2 = Flexo da coxa (iliopsoas); L3 = Extenso do joelho (quadrceps); L4 = Dorsoflexo do p (tibial anterior); L5 = Extenso do hlux (extensor do hlux); S1 = flexo plantar do p (gastrocnmio, sleo).

    8. Trauma raquimedular Quando paciente tiver discretos dficits motores deixando dvidas: MMSS: manobra dos braos estendidos (2 minutos); MMII: Manobra de Mingazzini = flexo da coxa e joelho (90/90). Reflexos: superficiais e profundos (j citados) + anal e bulbocavernoso.

    9. Escala de Avaliao de Fora Motora

    10. Trauma raquimedular Classificao de Frankel A = Motricidade e sensibilidade ausente. B = Motricidade ausente e sensibilidade presente. C = Motricidade presente no til e sensibilidade presente. D = Motricidade presente til e sensibilidade presente. E = Motricidade e sensibilidade normais.

    11. Trauma raquimedular b) Sensibilidade: Superficial (dolorosa + trmica + tctil). Profunda (artretesia e sensibilidade vibratria).

    12. Trauma raquimedular Pontos de Memorizao dos Dermtomos: C2 protuberncia occipital. C3 fossa supraclavicular. C4 salincia da articulao acromioclavicular. C5 borda lateral da fossa antecubital. C6 polegar. C7 dedo mdio. C8 dedo mnimo. T1 borda medial da fossa antecubital. T2 pice da axila. T3 terceiro espao intercostal. T4 linha do mamilo. T5 quinto espao intercostal. T6 nvel do processo xifide. T7 stimo espao intercostal. T8 rebordo costal. T10 cicatriz umbilical. T12 ponto mdio do ligamento inguinal. L2 poro ntero-medial da coxa. L3 cndilo medial do fmur. L4 malolo medial. L5 poro proximal do hlux. S1 superfcie externa do calcanhar. S2 linha mdia da fossa popltea. S3 tuberosidade isquitica. S4/5 rea perianal.

    13. Trauma raquimedular Profundos: Artretesia: olhos fechados manobra ndex-nariz e calcanhar joelho. Principais sndromes medulares: 1 Sndrome da medula central: principalmente na regio cervical e apresenta um comprometimento dos membros superiores mais acentuado que dos membros inferiores.

    14. Trauma raquimedular 2 - Sndrome da medula anterior: existe preservao da propriocepo e perda varivel da funo motora e da sensibilidade dor. 3 Sndrome de Brown-Squard: hemisseco da medula ocasiona perda das funes motora e proprioceptiva do lado da leso e perda da sensibilidade dor e temperatura do lado oposto.

    15. Trauma raquimedular 4 Sndrome de medula posterior: funo motora e a sensibilidade dor e ao tato esto preservadas, enquanto a propriocepo est alterada. 5 Leso do cone medular: leso ao nvel sacral, com incontinncia fecal e vesical e alterao da funo sexual. Anestesia em sela e reflexo bulbocavernoso ausente.

    16. Trauma raquimedular 6 Leso da cauda equina: geralmente na fraturas de L1 e L2, leso nos nervos espinhais e no na medula! Clnica depende da raiz atingida observa-se paresia, arreflexia, distrbios da sensibilidade e incontinncia vesical e fecal.

    17. Trauma raquimedular Tratamento: 1 Inicia-se no local do trauma, pode at ser o principal momento! 2 Metilprednisolona (inibe peroxidao lipdica): 30 mg/kg bolus em 15 minutos, a seguir 5,4mg/kg em 45 min nas primeiras 23 horas (se trauma at 3 horas de atendimento; entre 3 e 8 manter 48 horas; > 8 horas = no faz). 3 Contra-indicaes: grvidas, ferimentos por PAF ou arma branca, paciente com risco de vida, idade < 14 anos. 4 Tratar fraturas. Traes esquelticas e fixao definitiva. Uso de clulas tronco. Preveno = melhor!

    18. 1 Leses da coluna cervical Causas: acidentes de trnsito, quedas e mergulhos em lugares rasos. Diviso em grupos: occipitocervical e cervicais (C3 a C7). Cervical alta: fraturas do cndilo occipital, fraturas do atlas, luxaes C1 C2, fraturas do dente do xis (processo odontide) e fratura do enforcado.

    19. 1 Leses da coluna cervical 1.1 - Fraturas co cndilo occipital. Anatomia e biomecnica: movimentos possveis entre cndilo e atlas, so estabilizados por conjunto de ligamentos (ligamento longitudinal posteiror , nucal e cruciforme) e membrana tectorial. Classificao de Anderson e Montesano: Tipo 1 fratura impactada do cndilo. Trauma axial. Tipo 2 fratura do cndilo + base do crnio. Tipo 3 fratura-avulso do cndilo occipital pelo ligamento alar + leso da membrana tectorial.

    20. 1 Leses da coluna cervical Diagnstico: quase sempre obrigatrio TC. Tratamento: conservador para tipos 1 e 2, colar Philadlphia por 3 meses. E Halogesso ou minerva para tipo 3. 1.2 Fraturas e luxaes de C1-C2: Fratura de Jefferson: compresso axial do crnio sobre o atlas rompendo aos arcos e as massas laterais. Fraturas isoladas do arco posterior por compresso vertical com extenso do crnio.

    21. 1 Leses da coluna cervical Fraturas de Jefferson importante estudar se houve ruptura do ligamento transverso. Se afastamento > que 7 mm houve ruptura = artrodese occipitocervical. Em geral nas fraturas de Jefferson trata-se com reduo por trao e imobilizao por 3 a 4 meses.

    22. 1 Leses da coluna cervical 1.2 Luxaes do atlas-xis: Luxaes puras sem fraturas do odontide so raras devido fatalidade dos casos. Diagnstico feito pelo RX perfil: distncia entre margem posterior do arco anterior do atlas e a margem anterior do dente > que 3 mm no adulto e 5 mm na criana. Se dvida faz-se RX com hiperflexo e hiperextenso. Tratamento: cirrgico , reduo e amarrilho metlico a atrodese entre os arcos posteriores de C1-C2.

    23. 1 Leses da coluna cervical 1.3 Fratura do dente do axis Podem ou no apresentar desvio. Classificao de Anderson e DAlonso: Tipo I - Fraturas oblquas atravs da parte superior do dente, considerados como avulso do ligamento de alar. Tipo II - Fraturas da base do dente, provocadas por foras laterais ou oblquas. Tipo III Fratura do corpo do xis.

    24. Classificao de Anderson e DAlonso

    25. 1 Leses da coluna cervical Tratamento: Tipos I e III: conservador. Tipo II: cirrgico. Prognstico: I e III consolidam bem, II mais difcil consolidao. 1.4 Fratura do enforcado: Espondilolistese traumtica do xis. Ocorre hiperextenso-distrao, fratura dos pedculos de C2 com deslizamento do corpo desta vrtebra sobre C3. Raramento h leso medular, por que alarga canal. Tratamento: se pouco desvio = gesso de imediato; desvio moderado, reduo + gesso. Cirurgia s se houver pseudartrose.

    26. 1 Leses da coluna cervical 1.5 Fraturas e luxaes da coluna cervical baixa: Tipos: 1 compresso-flexo; 2 compresso vertical; 3 distrao-flexo; 4 compresso-extenso; 5 distrao-extenso; 6 flexo lateral.

    27. 1 Leses da coluna cervical Tratamento: Reduo + trao com halo craniano de imediato verificar se h leso medular e iniciar pulsoterapia. Cuidado com excesso de trao para no levar a estiramento MEDULAR. De preferncia ver conduta deifinitiva logo. Leso medular, grandes desvios, dificuldade de manter na trao, pacientes politrauamtizados, so indicaes de cirurgia.

    28. 2 Leses da coluna toracolombar Correspondem a 89% das fraturas do coluna vertebral. Cifose normal torcica de 200 a 450. Coluna torcica = rgida (+ dficts neurolgicos). Lombar = flexvel (+ fraturas).

    29. 2 Leses da coluna toracolombar Diagnstico: RX: Ap = aumento do dimetro do corpo em relao vertebra adjacente, aumento da altura da vtebra, assimetria do corpo vertebral, assimetria dos pedculos, aumento da distncia interpedicular, alinhamento dos processos espinhosos, continuidade em facetas articulares, fratura dos processos tranversos, frturas de costelas, manuteno de curvas sagitais.

    30. 2 Leses da coluna toracolombar Perfil: altura dos espao discais, contiuidade das facetas articulares, distncia entre os processos espinhosos, altura e aspecto do corpo vertebral, continuidade das lminas e dos pedculos. TC e RNM. Classificao: Denis introduziu o conceito de 3 colunas, mdia (LC post., do nulo firoso e parte posterior do corpo vertebral), coluna anterior (LLA, poro anterior do corpo vertebral, disco intervetebral) e coluna posterior (ligamento amarelo, cpsulas e facetas articulares, ligamento supra e interespinhoso).

    31. 2 Leses da coluna toracolombar Classificao AO: Grupo A: compresso A.1 - Impactadas: A.2 Split (separao): A.3 Exploso: Grupo B: distrao B.1 leso ligamentar posterior B.2 leso ssea posterior B.3 leso anterior-hiperextenso Grupo C: rotao C.1 Tipo A + rotao C.2 Tipo B + rotao C.3 - Cisalhamento

    32. Classificao AO Grupo A: compresso A.1 - Impactadas: A.1.1 - Impactao da placa terminal A.1.2 -colapso do corpo vertebral A.1.3 - Fratura encunhamento A.2 Split (separao): A.2.1 sagital A.2.2 coronal A.2.3 pina A.3 Exploso: A.3.1 incompleta A.3.2 exploso-separao A.3.3 - completa

    33. Classificao AO Grupo B: distrao B.1 leso ligamentar posterior B.1.1 ruptura transversa do disco B.1.2 associada fratura tipo A B.2 leso ssea posterior B.2.1 fratura transversa da vrtebra (Chance) B.2.2 espondillise com leso dos disco B.2.3 espondillise com fratura tipo A B.3 leso anterior-hiperextenso B.3.1 hiperextenso-subluxao B.3.2 hiperextenso-espondillise B.3.3 luxao posterior

    34. Classificao AO Grupo C: rotao C.1 Tipo A + rotao C.1.1 impactada C.1.2 separao (split) C.1.3 exploso C.2 Tipo B + rotao C.2.1 leso B.1 + rotao C.2.2 leso B.2 + rotao C.2.3 - leso B.3 + rotao C.3 Cisalhamento C.3.1 fratura tipo slice C.3.2 fratura oblqua

    35. 2 Leses da coluna toracolombar Tratamento: Cirrgico: quando houver dficit neurolgico ou instabilidade do segmento vertebral. Parmetros: leso neurolgica, cifose > 20 graus, diminuio da altura do corpo vertebral > 50% e TC com fragmento no canal neural + leso neurolgica. Grupo A: rteses (OTLS, Jewett) por 6 a 12 semanas. Grupo B: cirrgico - fratura de Chance B.2.1. Grupo C: leses + graves, indicao cirrgica.

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