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Sociologia e Hist ória das Danças de Salão

Sociologia e Hist ória das Danças de Salão. Sociologia e Hist ória das Danças de Salão. “Ela merecia uma catedral, no entanto existem apenas algumas capelas onde podemos nos aventurar sem um guia.” Rolf Maré, 1932 (Fundador dos Arquivos Nacionais de Dança da França).

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Sociologia e Hist ória das Danças de Salão

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Presentation Transcript


  1. Sociologia e História das Danças de Salão

  2. Sociologia e História das Danças de Salão “Ela merecia uma catedral, no entanto existem apenas algumas capelas onde podemos nos aventurar sem um guia.” Rolf Maré, 1932 (Fundador dos Arquivos Nacionais de Dança da França) Rolf Maré, 1932 (Fundador dos Arquivos Nacionais de Dança da França)

  3. Sociologia e História das Danças de Salão Paradoxo de uma área da cultura popular largamente praticada Indeterminação enquanto objeto de estudo > não lugar Milênios de cultura da escrita X três décadas de ‘culto ao corpo’ Anos 50 > conciliação alma e corpo Frívola (moralmente perigosa), fútil (não produtiva), como mera diversão e sem valor industrial

  4. Sociologia e História das Danças de Salão I - Período de formação das bases – danças européias II - Miscigenação, surgimento e desenvolvimento das danças mestiças no continente americano III - Últimas décadas, profissionalização, escolas, mudanças de costumes, transposição para os palcos

  5. Sociologia e História das Danças de Salão Como podemos definir música ou dança popular?

  6. Sociologia e História das Danças de Salão キNew York キHavana キSalvador e Rio de Janeiro キBuenos Aires

  7. Sociologia e História das Danças de Salão

  8. Sociologia e História das Danças de Salão Mudanças das definições para a palavra baile ao longo do tempo: Até o séc. XVII baile e dança são duas noções similares. A partir da segunda metade do séc. XVII o baile passa a ser uma reunião de pessoas de ambos os sexos com o intuito de dançar. Somente a partir do séc. XIX, o baile designa um estabelecimento (aberto ou fechado) onde se dança.

  9. Sociologia e História das Danças de Salão Ruptura entre as danças da corte e as danças populares. Historicamente, saber dançar com um par e se portar num baile, significava ser educado. Passagem dos salões da corte aos da burguesia.

  10. Sociologia e História das Danças de Salão “danse sur un théâtre come elle danserait au bal” - Marie Taglioni (1827) “si elle danse sur scène comme au bal, c’est que la frontière entre le spectacle et la vie s’efface, dans un mouvement lui aussi propre au romantisme oú rêve et réalité fusionnent” - Jacq-Mioche (1998)

  11. Sociologia e História das Danças de Salão As danças “abertas” do séc. XIX (contradança, quadrilha) são substituídas pelas danças onde o casal se individualiza. Isso traz fortes consequências relativas ao imaginário do baile, principalmente relativas ao encontro entre os dois sexos.

  12. Valsa – Origens e Influências Na história da humanidade a valsa aparece como a primeira dança de par elaborada, fixada não somente como técnica, mas também com um repertório musical considerável.

  13. Valsa – Origens e Influências Através da valsa, surge o par dançante na forma que conhecemos hoje. E também uma sociedade que cede espaço a este par dançante, onde as tradições das danças estavam embasadas nas danças de grupo como o minueto e a contradança. Antes da valsa, a sociedade ainda não reconhecia a real existência do casal, individualizado. Por isso a valsa encontra muitas dificuldades sociais, inclusive pelo fato do par estar por primeira vez peito com peito, quadril com quadril, girando "em transe ao som de uma música selvagem", um sentindo a respiração do outro.

  14. Valsa – Origens e Influências Com a valsa, se descobre uma nova forma de sedução. Uma sedução que cede lugar a um terceiro - a presença de um público. A alternância possível e desejável de parceiros, estrutura o baile de valsa em torno de uma sedução que não é somente dual, mas plural. Rolf Maré, 1932 (Fundador dos Arquivos Nacionais de Dança da França)

  15. Valsa – Origens e Influências Se redefine a interação entre espectadores e dançarinos. Estes não se encontram mais sobre um palco. O casal se individualiza e se liberta de formalidades de coreografias em grupo. A todo momento, cada casal pode se juntar aos dançarinos ou se colocar como espectador. O "espetáculo" passa a ser uma improvisação permanente. Rolf Maré, 1932 (Fundador dos Arquivos Nacionais de Dança da França)

  16. Valsa – Origens e Influências Igualdade de movimentos masculinos e femininos Condução como reflexo da maior liberdade para criatividade e improvisação Rolf Maré, 1932 (Fundador dos Arquivos Nacionais de Dança da França)

  17. Valsa – Origens e Influências Os professores surgem pagos pela nobreza que faz da valsa um dos eixos da boa educação, juntamente com a esgrima e equitação. Popularmente, o aprendizado se dava informalmente durantes as festas e bailes, onde os que sabiam mais ensinavam a quem nao sabia dançar. Muitos professores então começam a criar figuras ou complicar passos básicos simples. Anteriormente, para se ensinar danças de salão era necessário ter dançado na 'Ópera'. Cellarius então promove uma ruptura entre as danças de salão e as danças dos teatros. Rolf Maré, 1932 (Fundador dos Arquivos Nacionais de Dança da França)

  18. Valsa – Origens e Influências Rolf Maré, 1932 (Fundador dos Arquivos Nacionais de Dança da França)

  19. Valsa – Origens e Influências Conseguia-se simplificar o ensino da valsa em pouquíssimas aulas. Mas como manter a profissão de professor de dança desta maneira? > Inventando novos passos e novas danças regularmente. Rolf Maré, 1932 (Fundador dos Arquivos Nacionais de Dança da França)

  20. Valsa – Origens e Influências Excesso de puritanismo da Igreja Católica > Viena (capital européia da valsa) é poupada porque os monastérios eram proprietários de vinhedos e protegiam as tabernas. Desta forma, nunca se punham contra o vinho, as mulheres e a dança. Rolf Maré, 1932 (Fundador dos Arquivos Nacionais de Dança da França)

  21. Valsa – Origens e Influências Danças honestas Danças do mal (indescentes e obscenas) Danças duvidosas (perigosas) (Toque das mãos e giros) Rolf Maré, 1932 (Fundador dos Arquivos Nacionais de Dança da França)

  22. Valsa – Origens e Influências Chega nas colônias através de professores e os senhores de escravos os obrigam a dançar. Assim começam a surgir as valsas "mestiças". Rolf Maré, 1932 (Fundador dos Arquivos Nacionais de Dança da França)

  23. Valsa – Origens e Influências A valsa é militar e mecânica, enquanto o jazz representa o diálogo entre músicos e dançarinos. A valsa fala de nacionalismo e temas grandiosos, enquanto o blues, o tango falam dos problemas e sofrimentos do indivíduo. - A valsa normalmente é composta em tons maiores enquanto o tango é composto em tons menores. Rolf Maré, 1932 (Fundador dos Arquivos Nacionais de Dança da França)

  24. Sociologia e História das Danças de Salão Termina o etnocentrismo europeu e começa a interculturalidade Rolf Maré, 1932 (Fundador dos Arquivos Nacionais de Dança da França)

  25. Sociologia e História das Danças de Salão Últimas décadas do séc XIX > forte urbanização, abolicionismo. Rolf Maré, 1932 (Fundador dos Arquivos Nacionais de Dança da França)

  26. Sociologia e História das Danças de Salão Características principais das danças de origem africana: o Constante postura agachada, com joelhos flexionados, coluna inclinada para frente, como se fossem caçadores prontos para atacar. o Os movimentos, muitas vezes imitam animais. o Como eles normalmente estavam descalços, logo foram eliminadas as influências de danças européias como Jig e Clog, onde os sons dos sapatos no chão de madeira eram essenciais. Rolf Maré, 1932 (Fundador dos Arquivos Nacionais de Dança da França)

  27. Sociologia e História das Danças de Salão o Grande importância da improvisação e da sátira, agregando grande liberdade para a expressão individual. O que também contribui para a permanência dessas danças em contraste com o desaparecimento de outras. o Os movimentos são centrífugos, sempre “explodindo” dos quadris e dos ombros pra fora. o As danças são executadas com ritmos percussivos e propulsivos, agregando o swing às danças até o último grau. Rolf Maré, 1932 (Fundador dos Arquivos Nacionais de Dança da França)

  28. Sociologia e História das Danças de Salão Nas primeiras décadas do séc. XX, muitas danças são importadas da América para a Europa, mas são desvirtuadas nas suas formas originais, inclusive de modo a se adequarem aos “bons costumes” europeus. Pela primeira vez na Europa, um novo estilo de dança e música vem de fora, das Américas

  29. Sociologia e História das Danças de Salão Créoles: filhos de escravas com brancos, não eram considerados escravos tendo os mesmos direitos que os brancos. Por isso eram mandados para estudar na Europa, inclusive música, fazendo melhorar a qualidade técnica Um período em que as músicas européia e africana eram totalmente opostas. No entanto a “filha” das duas (que em princípio era vista como bastarda pelos brancos) depois se tornou a filha favorita por ser a soma exata entre as duas partes. Os europeus buscavam tocar da maneira tecnicamente mais perfeita e pura. Enquanto os africanos procuravam tocar as notas das mais diferentes maneiras possíveis. Síncope Rolf Maré, 1932 (Fundador dos Arquivos Nacionais de Dança da França)

  30. Sociologia e História das Danças de Salão Século XX: Início do século XX > formação Período de ouro: décadas de 20, 30 e 40 Pós-guerra: décadas de 40 e 50 Período de hibernação: 60 e 70 Retorno e profissionalização: 80 Boom: 90 (mudanças na função social do baile)

  31. Sociologia e História das Danças de Salão Idade de ouro no período entre as duas grandes guerras, facilitado pela forte imigração intercontinental. Desde a primeira metade do séc. XIX que os professores de danças de salão buscavam maneiras de manter a clientela e não desencorajar os alunos ensinando movimentos muito complexos. No período entre guerras, com o mesmo intuito anterior, é feita a codificação das danças “exóticas”, de modo a simplificar, torná-las acessíveis ao grande público e à competição.

  32. Sociologia e História das Danças de Salão Uns se inspiravam nos outros... dançarinos se inspiravam nos músicos e vice versa. Grandes dificuldades nas turnês devido ao preconceito. Entretanto foi a arte (música e dança) que começou a abrir as portas para os negros discriminados nos EUA. Casamento perfeito entre arte e comércio. A explosão do rádio e do cinema como grandes veículos de comunicação de massa. Lifestyle, como o rock na década de 50, na verdade foi o precursor do que viria a se tornar um marco na diferenciação entre os hábitos de consumo. Rolf Maré, 1932 (Fundador dos Arquivos Nacionais de Dança da França)

  33. Sociologia e História das Danças de Salão As principais influências culturais no continente americano, que antes eram inglesas e francesas, passam a ser exercidas pelos EUA. >> Influência do Jazz em praticamente todas as músicas e danças populares

  34. Sociologia e História das Danças de Salão キII Grande Guerra. Grandes músicos e dançarinos eram recrutados, dificuldades para viajar, grande escassez de matérias primas, nazismo considerava o swing como música de judeus, aumento dos impostos das casas noturnas. Os soldados já não voltavam tão jovens da guerra e tinham seus pensamentos voltados para outras coisas como formar uma família. キMuitas Big Bands sobreviveram, no entanto já não eram mais dominantes. Seus shows já não contavam mais com os dançarinos. キO boom da música mecânica e da televisão. キInvasão dos ritmos latinos, principalmente o Mambo キSurgimento do Bebop – Dizzy Gillespie`s – com ênfase nas dissonâncias e melodias pobres, se tornou uma música pouco dançante. キAparecimento do jump blues, precursor do rock`n roll. キOrquestras com uma formação menor de apenas sete músicos. Rolf Maré, 1932 (Fundador dos Arquivos Nacionais de Dança da França)

  35. Sociologia e História das Danças de Salão Depois de 1945 começa a decair: televisão, automóvel, disco, novas formas de lazer, novo modo de vida > folclorização. Com o rock’n roll nos anos 60, inicia o período de hibernação. Com isso cessa o modo tradicional de transmissão e ensino das danças de salão: familiar, de geração para geração. Rolf Maré, 1932 (Fundador dos Arquivos Nacionais de Dança da França)

  36. Sociologia e História das Danças de Salão Os bailes hibernam, mas, na Europa, as escolas destinadas às danças esportivas (sem o objetivo do baile) proliferam (anos 1970). Ocorre a separação entre escola de dança e baile. As escolas inclusive se desinteressam por transmitir os fatores de socialização das danças. O que interessava era a técnica, o trabalho físico e a competição. As danças esportivas são apresentadas como uma maneira de reabilitar as danças de salão tão fora de moda para a juventude. * São apresentadas em ginásios esportivos, salões... muito raramente em teatros equipados para a dança artística.

  37. Sociologia e História das Danças de Salão MOTIVOS PARA O RENASCIMENTO DAS DANÇAS DE SALÃO キProgressão lógica do “ciclo nostálgico” キMudanças no comportamento sexual キReconhecimento e respeito pelos valores das antigas gerações キRevalorização das diferenças entre homens e mulheres キRetorno do glamour em detrimento da androginia que estava na moda キInternet e a facilidade de informação. キNovas tecnologias de gravação e vídeo キBusca de exercícios físicos mais interessantes e prazerosos que uma academia de ginástica キRomantismo

  38. Sociologia e História das Danças de Salão Estamos vivendo os últimos anos em que ainda podemos ter contato com alguns dos dançarinos que presenciaram, que criaram o período de verdadeiro surgimento das bases das danças que dançamos hoje. Daqui a pouco nenhum deles estará mais aqui…

  39. Sociologia e História das Danças de Salão Territórios de aprendizagem: família baile escola

  40. Sociologia e História das Danças de Salão Profissionalização e seus reflexos: Ensino Bailes e seus rituais Apresentações

  41. Sociologia e História das Danças de Salão

  42. Sociologia e História das Danças de Salão A maioria dos dançarinos formados depois dos anos 1980 ignoram os rituais do baile. O universo da aula de dança passa a ser o momento da prática.   As estatísticas mostram que é errada a idéia de que as pessoas aprendem a dançar para poder praticar nos bailes. Dançarinos dos bailes (que nunca fizeram aula) X dançarinos que começaram nas escolas Ao contrário de outras práticas corporais em que o avançar da idade traz a diminuição da capacidade, na dança de salão a experiência do baile forma e vai acumulando benefícios complexos para um professor ensinar sem tal vivência.

  43. Sociologia e História das Danças de Salão Bailes de escolas: Perda da espontaneidade e da riqueza de estilos Estandardização

  44. Sociologia e História das Danças de Salão Gafieirase bailes tradicionais > surgimento “invasão” da classe média fechamento tentativa de retomada

  45. Sociologia e História das Danças de Salão Proliferação de “novos” gêneros Especialização de professores e dançarinos Fusões e desconstruções Surgimento e proliferação das danças em linha

  46. Sociologia e História das Danças de Salão Transposição da linguagem coreográfica dos salões para os palcos de forma contemporânea. Diálogo com a dança contemporânea Entretenimento X Arte

  47. Sociologia e História das Danças de Salão “Não sei onde não há coisas que os modernos tenham dito, que os antigos não tenham dito de maneira mais bonita, simples e profunda” - Jung

  48. Sociologia e História das Danças de Salão Associação Cultural Mimulus Mimulus Escola de Dança Mimulus Cia. De Dança ------ Jomar Mesquita – Diretor Artístico 31-3295 5213 31-3295 4367 mimulusjomar@uol.com.br

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