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DOENÇAS EMERGENTES

DOENÇAS EMERGENTES. Doenças Emergentes: conceito básico. São aquelas cuja incidência, no homem, tem vindo a aumentar nas últimas duas décadas ou irão aumentar num futuro próximo. Conceito intimamente relacionado com as doenças infecciosas mas não exclusivo. Doenças Emergentes: exemplos.

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DOENÇAS EMERGENTES

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Presentation Transcript


  1. DOENÇAS EMERGENTES

  2. Doenças Emergentes: conceito básico • São aquelas cuja incidência, no homem, tem vindo a aumentar nas últimas duas décadas ou irão aumentar num futuro próximo. • Conceito intimamente relacionado com as doenças infecciosas mas não exclusivo

  3. Doenças Emergentes: exemplos • Obesidade • Dislipidémia • Doença cardio e cerebrovascular (previsto aumento de 120% mulheres e 137% homens) • Suicídio • Doenças alérgicas

  4. Causas de Morte em 1990 • Número de mortes por suicídio (786 000) foi superior ao número de mortes por infecção VIH/SIDA (312 000) • Número de mortes por afogamento (504 000) foi superior ao número de mortes por guerra (502 000)

  5. De 1990-2000 • Aumento do número de mortes por doenças isquémicas (cardíacas e cerebrovasculares), que se mantêm como as mais frequentes • Aumento do número de mortes por DPOC, por cancro do pulmão, acidentes e suicídio.

  6. Causas de Morte em 1990 50,5 milhões de mortes no mundo Primeiras 10 causas, em milhões: • Doença coronária isquémica: 6,3 • Doença cerebrovascular: 4,4 • Infecções respiratórias baixas: 4,3 • Doenças diarreicas: 2,9 • Alt. perinatais: 2,4 • Doença pulmonar obstrutiva crónica: 2,2 • Tuberculose (sem infecção VIH): 2,0 • Sarampo: 1,0 • Acidentes trânsito: 0,99 • Neoplasia pulmão, traqueia ou brônquios: 0,94

  7. Exemplo de áreas de intervenção por forma a reduzir riscos de doença cardiovascular: • Tratamento da HTA, dislipidémia • Luta contra o tabagismo • Promoção estilos de vida saudável • Acção sector público e privado para promoção ambiente saudável (locais de trabalho, alimentação mais saudáveis) • Acções governamentais: aumento impostos sobre tabaco, gorduras origem animal

  8. Doenças Infecciosas Emergentes: definição São aquelas que: • pela 1ª vez são identificadas em humanos • a sua incidência aumenta rapidamente • expandem-se geograficamente • desenvolvem-se pelo aumento ou aparecimento de resistências aos antibióticos

  9. Doenças Infecciosas Emergentes: factores do seu aumento • Alt. demográficas • Alt. sociais • Alt. genéticas nos agentes infecciosos • Decisões políticas • Infra-estruturas de Saúde Pública • Alt. climáticas

  10. Doenças Infecciosas Emergentes: factores do seu aumento • Alt. demográficas: crescimento da população mundial nos últimos 50 anos; 10 biliões de pessoas no ano 2050; migração para centros urbanos; alt. na prática da agricultura, aumento da deflorestação

  11. Doenças Infecciosas Emergentes: factores do seu aumento • Alt. sociais: alterações do estilo de vida, de práticas sexuais, avanços tecnológicos, realização de viagens, transplantação, infecções nosocomiais em unidades de cuidados intensivos

  12. Doenças Infecciosas Emergentes: factores do seu aumento • Alt. genéticasnos agentes infecciosos: aumento das resistências aos antibióticos, fruto do uso indiscriminado; alt. dos vírus (exemplo do vírus influenzae)

  13. Doenças Infecciosas Emergentes: factores do seu aumento • Decisões políticas: necessário um financiamento adequado para o desenvolvimento e implementação de estratégias de prevenção

  14. Doenças Infecciosas Emergentes: factores do seu aumento • Alt. climáticas: ao longo das últimas duas décadas houve alt. climáticas que incluem aumento da temperatura, do nível do mar, da frequência e duração de fenómenos meteorológicos extremos. • Estas alterações podem exacerbar muitos problemas de saúde pública actuais, trazer novos e não esperados, ou mesmo desconhecidos. Pode haver comida, água potável insuficientes, domicílios seguros escassos

  15. Doenças Infecciosas Emergentes: factores do seu aumento • Infra-estruturas de Saúde Pública: necessário reactivação de estruturas de saúde pública abandonadas quando as doenças infecciosas não eram mais um problema importante (a partir dos anos 60)

  16. Elementos essenciais na estratégia de controlo das doenças infecciosas emergentes • Sistema de vigilância epidemiológica • Reforço das infra-estruturas de saúde pública • Estímulo à investigação • Treino de pessoal

  17. Doenças Emergentes Conceito dinâmico, variável consoante a região do globo e o momento considerado

  18. in “New and Reemerging Diseases: The Importance of Biomedical Research”. Emerg Infect Dis. 1998;4:374-378.

  19. Doenças EmergentesSéculo XXI • Ebola e Marburg • Monkeypox • Encefalopatia Espongiforme Bovina • SARS • Vírus West Nile • Gripe das Aves (H5N1)

  20. Doenças EmergentesEbola e Marburg • Pertencem à família dos Filovírus • Causam febres hemorrágicas graves, não têm tratamento específico e a mortalidade é elevada • O reservatório animal é desconhecido em ambos

  21. Doenças Emergentes Ebola • Observado pela 1ª vez em humanos em 1976 (Sudão e Zaire) • Tem havido vários surtos em África, ocorrendo ao mesmo tempo surtos entre mamíferos (gorilas, chimpanzés e alguns antílopes) • A transmissão por aerossóis foi verificada entre macacos, mas não parece ocorrer entre humanos

  22. Doenças EmergentesMarburg • Identificado em 1967 (Marburg – Alemanha) em macacos verdes africanos, que tinham adoecido • Vários surtos têm aparecido, o último dos quais foi em 2004 em Angola, tendo sido declarado extinto em Novembro de 2005 • Foram notificados 374 casos, dos quais 329 foram fatais

  23. Doenças EmergentesMarburg • A transmissão faz-se por contacto directo com os fluidos infectados de humanos e animais (saliva, sangue, vómito, gotículas, urina e fezes), e por contacto com objectos contaminados (agulhas e seringas) • A preparação, cozinhar e comer animais contaminados pode transmitir a doença • A transmissão sexual (sémen) pode ocorrer semanas após a recuperação

  24. Doenças EmergentesMonkeypox • Algumas semelhanças com a varíola (orthopoxivirus) • O 1º caso verificou-se em 1970 na República Democrática do Congo, sendo agora considerada endémica na África central e ocidental • O quadro clínico cursa com febre, cefaleias, odinofagia, dispneia e aparecimento de pequenas pápulas/pústulas. Pode aparecer um quadro de encefalite grave

  25. Doenças EmergentesMonkeypox • Não tem tratamento específico, mas o uso de Cidofovir e imunoglobulina podem ser úteis • Em África a mortalidade é de 1 a 10%, sendo mais elevada nas crianças e nos imunossuprimidos

  26. Doenças EmergentesMonkeypox • A transmissão é por contacto ou mordedura de animal infectado, ou ainda por preparação e ingestão de carne de macaco e roedores • A transmissão inter – humana faz-se por contacto directo com gotículas respiratórias, e há o risco teórico de se transmitir por aerossóis

  27. Doenças EmergentesEncefalopatia Espongiforme Bovina (BSE) • O surto epidémico surgiu no Reino Unido em 1980, tendo-se espalhado posteriormente a outros Países • A doença de Creutzfeldt – Jakob verificou-se pela 1ª vez em 1996, ocorrendo a variante de doença, mais frequente em adultos jovens (< 50 anos) • O contágio faz-se por ingestão de carne de vaca contaminada com priões que causam a BSE

  28. Doenças EmergentesEncefalopatia Espongiforme Bovina (BSE) • É uma doença neurológica degenerativa, progressivamente fatal • O período de incubação é longo, geralmente anos • Aparecem alterações do comportamento, sintomas neuropsiquiátricos progressivos como ataxia, incontinência, demência e mutismo, que levam inevitavelmente à morte

  29. Doenças EmergentesSARS • O agente etiológico é um novo Coronavírus • Foi denominado a 1ª pandemia do séc XXI, e em 2003 o número de casos começou a diminuir, levando a OMS a declarar controlada a pandemia • É altamente contagioso por contactos fechados entre pessoas, e por gotículas e aerossóis • Em 2004 foram verificados casos de SARS na China

  30. Doenças EmergentesWest Nile • É um Flavivírus com uma cadeia simples de RNA • A transmissão é feita por picada de mosquito infectado (culex), transfusões sanguíneas, transplantes, através da placenta e do leite materno, e por inoculação directa • O mosquito infecta-se ao picar pássaros, cavalos ou outros vertebrados infectados, incluindo humanos

  31. Doenças EmergentesWest Nile • Em 80% dos casos os sintomas não são detectados, mas pode aparecer febre e mialgias que são autolimitadas nos imunocompetentes (20%) • Pode haver atingimento do SNC, manifestando-se como encefalite ou meningite (1%), sendo mais frequente em idades superiores aos 50 anos

  32. Doenças EmergentesWest Nile • Não tem tratamento específico • Medidas profiláticas como evitar as picadas dos mosquitos, mudanças de comportamento e informação são fundamentais no controlo da doença

  33. OS SURTOS DE GRIPE POR H5N1: crónica de uma pandemia anunciada www.vetsurgeonboardwa.au.com/0304_02cartoons

  34. Gripe • As infecções pelos vírus influenza ocorrem todos os anos no Inverno, com picos mais ou menos acentuados • O aparecimento recente de casos de gripe aviária em humanos, levanta o problema de se poder desenvolver uma pandemia, com os problemas relacionados com o seu controlo

  35. Pandemias de Gripe • Os picos epidémicos da gripe sazonal são provocados por subtipos de vírus já existentes entre os humanos, enquanto que as pandemias são provocadas por novos subtipos que nunca circularam entre os humanos, ou que já há muitos anos não circulavam

  36. 1918 - 19 – “Gripe Espanhola” (H1N1)– 50 milhões mortes 1957 - 58 – “Gripe Asiática” (H2N2) – 70.000 mortes EUA 1968 - 69 – “Gripe de Hong Kong” (H3N2) – 34.000 mortes EUA www.dhhs.gov/nvpo/pandemics/ www.alumnireview.queensu.ca/q/spring2003/images

  37. 1918-19 – A Gripe Espanhola (H1N1) 500.000.000 pessoas infectadas (1/3 população mundial) 50.000.000 mortes

  38. Pandemias de Gripe • Durante o século XX, o aparecimento de novos subtipos do vírus A, causou 3 pandemias: 1918-19 – A Gripe Espanhola (H1N1) 1957-58 – A Gripe Asiática (H2N2) 1968-69 – A Gripe de Hong-Kong (H3N2) Os vírus H1N1 e H3N2 ainda circulam entre a população, e as pandemias de 1957 e 1968 foram provocadas por vírus que continham combinação genética de vírus da gripe humana e vírus da gripe aviária

  39. Vírus Influenza • Vírus Influenza A: Infecta humanos, aves, porcos, cavalos, cetáceos e outros animais, sendo as aves o hospedeiro natural Divide-se em subtipos com base em duas proteínas de superfície, a hemaglutinina (HA) e a neuraminidase (NA) Só os subtipos H1N1; H1N2 e H3N2 circulam em geral entre os humanos

  40. Vírus Influenza • Vírus Influenza A: Infecta humanos, aves, porcos, cavalos, cetáceos e outros animais, sendo as aves o hospedeiro natural Divide-se em subtipos com base em duas proteínas de superfície, a hemaglutinina (HA) e a neuraminidase (NA) Só os subtipos H1N1; H1N2 e H3N2 circulam em geral entre os humanos

  41. Estrutura do Invólucro do Vírus Influenza Neuraminidase Hemaglutinina Membrana lipídica

  42. Vírus Influenza • Vírus Influenza B: só é encontrado normalmente entre os humanos, podendo causar epidemias, mas não causa pandemias • Vírus Influenza C: causa doença moderada nos humanos, e não causa epidemias ou pandemias

  43. Vírus Influenza • Ag. Drift: produz novas estirpes de vírus que não são reconhecidas pelos anticorpos, substituem os vírus mais antigos, podendo ocorrer infecção com a nova estirpe e explicando o facto da mesma pessoa poder adoecer com gripe mais que uma vez

  44. Vírus Influenza • Ag. Shift: causa uma variação abrupta nos vírus influenza A, resultando no aparecimento de um novo vírus com uma combinação de HA ou de HA e NA, que há muitos anos não circulava entre humanos Se se disseminar facilmente entre humanos, pode ocorrer uma pandemia

  45. Vírus Influenza • Ainda que a vacinação seja a primeira medida estratégica na prevenção da gripe, os fármacos antivíricos têm um papel importante na abordagem racional das epidemias de gripe, e são fundamentais no planeamento do controlo de uma pandemia

  46. Vírus da GripeFármacos Disponíveis

  47. Vírus Influenza – Estádios de Pandemia I OMS – Definição de estádios de pandemia Período Inter-pandémico Fase 1 – Nenhum novo subtipo de vírus Influenza isolado em humanos. Pode estar presente como causa de doença em animais. Risco baixo de infecção/doença humana Fase 2 – Nenhum novo subtipo de vírus Influenza isolado em humanos. Vírus Influenza animal em circulação, condicionando risco importante de doença humana. www.who.int/csr/resources/publications/influenza/WHO CDS CSR GIP 2005 5.pdf

  48. Vírus Influenza – Estádios de Pandemia II OMS – Definição de estádios de pandemia Período de Alerta Pandémico Fase 3 – Ocorrência de infecções humanas por novo subtipo de vírus Influenza, sem transmissão inter-humana, ou em raras circunstâncias, transmissão após contacto directo. Fase 4 – Existência de pequeno cluster com infecção inter-humana limitada e com expansão localizada. Fraca adaptação do vírus ao Homem. Fase 5 – Cluster de grandes proporções, com infecção inter-humana ainda localizada e limitada, sugerindo melhoria da adaptação viral ao Homem. Risco elevado de pandemia. Taxa de transmissão, localização geográfica, gravidade da doença, presença de genes de estirpes humanas. www.who.int/csr/resources/publications/influenza/WHO CDS CSR GIP 2005 5.pdf

  49. Vírus Influenza – Estádios de Pandemia III OMS – Definição de estádios de pandemia Período Pandémico Fase 6– Transmissão da infecção, de forma mantida, a toda a população. www.who.int/csr/resources/publications/influenza/WHO CDS CSR GIP 2005 5.pdf

  50. Vírus Influenza A(H5N1)– Epidemiologia da Infecção humana I Desde 1997, têm sido detectados vários surtos de infecção por vírus Influenza em aves (H5N1- Hongkong/97, H9N2 – China/99, H7N2 – EUA/02, H7N7 – Holanda/03, H7N3 – Canadá/04), com casos de transmissão ao Homem, porém sem transmissão inter-humana mantida ou sustentada. Vírus Influenza A (H5N1) – isolado em 1961 em aves na África do Sul 1996 – isolado vírus A(H5N1) num ganso em Gangdong, uma das províncias da China. Hong Kong 1997 Objectivada pela primeira vez a transmissão directa de um vírus aviário ao homem. Surtos em aves domésticas. 18 pessoas hospitalizadas – 6 mortes 1,5 milhões de aves mortas 2003 - Dois casos fatais numa família de Hong Kong que viajou para a China. www.cdc.gov/flu/avian/gen-info/avian-flu-humans.htm www.who.int/csr/disease/avian_influenza/chronology www.santa.laurencia.com/imagens/avian.spg

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