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PRINCIPAIS BIOMAS BRASILEIROS

PRINCIPAIS BIOMAS BRASILEIROS. Prof. Regis Romero. O Brasil, quinto país do mundo em extensão territorial, ocupa 5,7% das terras emersas do planeta.

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PRINCIPAIS BIOMAS BRASILEIROS

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  1. PRINCIPAIS BIOMAS BRASILEIROS Prof. Regis Romero

  2. O Brasil, quinto país do mundo em extensão territorial, ocupa 5,7% das terras emersas do planeta. • Foi o primeiro signatário da Convenção sobre a Diversidade Biológica (CDB), e é considerado um país megabiodiverso pela ConservationInternational (CI), pois reúne ao menos 70% das espécies vegetais e animais do Planeta. • A biodiversidade pode ser qualificada pela diversidade em ecossistemas, em espécies biológicas, em endemismos e em patrimônio genético. • No século passado, muito antes do uso de satélites, os exploradores começaram a notar que grandes regiões da Terra possuíam vegetação semelhante, e que eram determinadas pelo clima (em especial temperatura e pluviosidade), mesmo em continentes diferentes. • Começaram então a surgir classificações das grandes formações vegetais ou biomas da terra.

  3. Devido a sua dimensão continental e à grande variação geomorfológica e climática, o Brasil abriga 7 biomas, 49 ecorregiões, já classificadas, e incalculáveis ecossistemas. • Biomas são grandes estruturas ecológicas com fisionomias distintas encontradas nos diferentes continentes, caracterizados principalmente pelos fatores climáticos (temperatura e umidade) e formações vegetais relacionados à latitude. Assim, podemos dizer que bioma é um conjunto de vida (vegetal e animal) em escala regional de condições geoclimáticas similares e história compartilhada de mudanças, o que resulta em uma diversidade biológica própria. • Entende-se por ecorregião um conjunto de comunidades naturais, geograficamente distintas, que compartilham a maioria das suas espécies, dinâmicas e processos ecológicos, e condições ambientais similares, que são fatores críticos para a manutenção de sua viabilidade a longo prazo (Dinnerstein,1995).

  4. Biomas são grandes estruturas ecológicas com fisionomias distintas encontradas nos diferentes continentes, caracterizados principalmente pelos fatores climáticos (temperatura e umidade) e formações vegetais relacionados à latitude.

  5. São eles: • Floresta Amazônica (Hiléia) • Cerrado • Caatinga • Floresta de Cocais (Babaçuais) • Pantanal mato-grossense • Floresta Pluvial Costeira (Floresta Atlântica) • Pampa • Manguezais • Floresta de Araucárias

  6. FLORESTA DE COCAIS FLORESTA DE ARAUCARIA

  7. Localização dos principais Ecossistemas Brasileiros. Fonte: http://educar.sc.usp.br/ciencias/ecologia/ecologia.html

  8. BIOMAS BRASILEIROS E SUAS TRANSIÇÕES • Amazônia. • Cerrado. • Caatinga. • Mata Atlântica. • Pantanal. • Pampa (campos sulinos). • Zona Costeira e Marinha. Fonte: http://cienciahoje.uol.com.br/controlPanel/materia/view/2470

  9. Amazônia • A grande maioria das florestas tropicais brasileiras está concentrada neste bioma que fica localizada a norte do continente sul-americano. • 67% estão em território brasileiro, sendo o restante distribuído entre a Venezuela, Suriname, Guianas, Bolívia, Colômbia, Peru e Equador. • A existência de uma expressiva diversidade biológica é determinada por fatores como a grande heterogeneidade ambiental e a sua dimensão.

  10. Amazônia • Existem de 5 a 30 milhões de plantas diferentes, a maioria não identificada. • 30 mil espécies vegetais reconhecidas, ou 10% das plantas do mundo, espalhadas em 3,7 milhões de Km2 (parte brasileira). • A Floresta Amazônica está distribuída em diversos tipos de ecossistemas associados como: • Florestas fechadas de terra firme; • Várzeas ribeirinhas; • Campos; • Campinas; • Igapós; • Campinaranas.

  11. Amazônia • As matas alagadas possuem várias espécies arbóreas de importância econômica e estão ao alcance das enchentes anuais. • As flutuações do nível da água podem chegar a 10 metros ou mais. • As árvores das florestas alagadas têm várias adaptações morfológicas e fisiológicas para viverem submersas, como raízes respiratórias e sapopemas*, raízes laterais situadas na base da árvore. • Plantas e animais da floresta alagada vivem em função das suas diversas adaptações especiais para sobreviver durante as enchentes. *Sapopemas: Raízes que formam divisões tabulares em torno da base do tronco de certas árvores.

  12. Amazônia • A vegetação das florestas de várzea é mais rica do que as da floresta de igapó devido à fertilidade oriunda dos sedimentos. • As várzeas são especialmente ricas e produtivas. • Concentrava grandes comunidades indígenas. • Atualmente são desenvolvidos vários projetos agropecuários e industriais.

  13. Amazônia • A região da bacia amazônica ostenta a maior variedade de aves, primatas, roedores, jacarés, sapos, insetos, lagartos e peixes de água doce de todo o planeta. • Por ali circulam 324 espécies de mamíferos, como a onça-pintada, a ariranha, a preguiça e o macaco-uacari. • Vivem cerca de 25% da população de primatas do globo e 70 das 334 espécies de papagaios existentes. • Com relação a peixe de água doce, concentra de 2500 a 3000 espécies diferentes. Só no Rio Negro podem ser encontradas 450 espécies enquanto que na Europa não se contam mais de 200.

  14. CERRADO • É o nome regional dado às savanas Brasileiras. • Estende-se pela região central do País, compreendendo os estados de Goiás, Tocantins, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, o oeste da Bahia, o sul do Maranhão e parte de Piauí, chegando a Rondônia e Pará. • Cerca de 85% do grande platô que ocupa o Brasil central era originalmente dominado pela paisagem do cerrado, representando cerca de 1,5 a 2 milhões de km2, ou aproximadamente 20% da superfície do País.

  15. CERRADO • O clima típico é quente, semi-úmido, com verão chuvoso e inverno seco. A pluviosidade anual fica em torno de 800 a 1600 mm. • A paisagem do cerrado é caracterizada por extensas formações de savana, com matas ciliares ao longo dos rios, no fundo de vale. • Outras vegetações podem aparecer na região dos cerrados, como os campos úmidos e as veredas de buritis. • Nas maiores altitudes podem ocorrer os campos rupestres.

  16. CERRADO • As árvores do cerrado são muitos peculiares, com troncos tortos, cobertos por uma cortiça grossa, e de folhas geralmente grandes e rígidas. Muitas plantas herbáceas têm órgãos subterrâneos para armazenar água e nutrientes. • Cortiça grossa e estruturas subterrâneas podem ser interpretadas como algumas das muitas adaptações desta vegetação às queimadas periódicas. • Acredita-se que, como em muitas savanas do mundo, os ecossistemas de cerrado vêm co-existindo com o fogo desde tempos remotos, inicialmente como incêndios naturais causados por relâmpagos ou atividades vulcânicas e, posteriormente, causados pelo homem.

  17. CERRADO • As árvores do cerrado são muitos peculiares, com troncos tortos, cobertos por uma cortiça grossa, e de folhas geralmente grandes e rígidas. Muitas plantas herbáceas têm órgãos subterrâneos para armazenar água e nutrientes. • Cortiça grossa e estruturas subterrâneas podem ser interpretadas como algumas das muitas adaptações desta vegetação às queimadas periódicas. • Acredita-se que, como em muitas savanas do mundo, os ecossistemas de cerrado vêm co-existindo com o fogo desde tempos remotos, inicialmente como incêndios naturais causados por relâmpagos ou atividades vulcânicas e, posteriormente, causados pelo homem.

  18. CERRADO • Mais de 1.600 espécies de mamíferos, aves e répteis já foram identificados nos ecossistemas de cerrado (Fauna do Cerrado, Costa et al., 1981). • Entre a diversidade de invertebrados, os mais notáveis são os térmitas (cupins) e as formigas cortadeiras (saúvas). São eles os principais herbívoros do cerrado, tendo uma grande importância no consumo e na decomposição da matéria orgânica, constituindo uma importante fonte alimentar para outras espécies animais. • Considerado até recentemente como um ambiente pobre, o cerrado é hoje reconhecido como a savana mais rica mundo com a presença de alta diversidade vegetal e animal. • A fauna apresenta diversas espécies de aves, mamíferos, anfíbios e répteis, sendo muitas delas endêmicas.

  19. CERRADO • Estima-se que existam no bioma 10.000 espécies plantas, sendo 4.400 endêmicas. • O cerrado se constitui ainda, num verdadeiro pomar natural, em que frutos se destacam pela variedade de formas, cores, sabores e aromas. • Centena de espécies vegetais dessa região fornecem ao homem frutas saborosas e nutritivas, e um número incalculável é utilizado pela fauna silvestre. • Destacam-se a mangaba, cagaita, marmelada-de-cachorro, o batiputá ou bacupari, o baru, marolo, pequi, guabiroba, araçá, araticum, caju, jatobá e o murici. • Estudos recentes estimam o número de plantas vasculares em torno de 5 mil.

  20. CERRADO • O bioma permaneceu relativamente preservado até a década de 1950. • A partir do início dos anos 60 iniciou-se um processo de ocupação e o estabelecimento de atividades agrícolas na região o que propiciou a rápida redução da biodiversidade. • Nas décadas de 1970 e 1980 muitos programas governamentais foram lançados com o propósito de estimular o desenvolvimento da região do cerrado. • Este acelerado crescimento da fronteira agrícola originou desmatamentos, queimadas, uso de fertilizantes químicos e agrotóxicos que resultou em 67% de áreas do cerrado a serem consideradas altamente modificadas com voçorocas, assoreamento e envenenamento dos ecossistemas.

  21. CERRADO • Atualmente, a região contribui com mais de 70% da produção de carne bovina do País (Corrêa, 1989). • É também um importante centro de produção de grãos (soja, feijão, milho e arroz). • Como uma atividade secundária, grandes extensões de cerrado são ainda utilizadas na produção de polpa de celulose para a indústria de papel. • Outra atividade recentemente implantada é o turismo. No entanto, as introduções dessas atividades reduziram o cerrado a cerca de apenas 20% de área do bioma em estado conservado. • A necessidade urgente de se criar e manejar adequadamente novas unidades de conservação representativas do cerrado, é de enorme importância para a preservação da rica e variada biodiversidade deste bioma.

  22. CAATINGA • Considerado como o único bioma exclusivamente brasileiro, está localizado na faixa sub-equatorial, entre a floresta amazônica e a floresta atlântica, compreendendo quase 10% da área total do território brasileiro, com aproximadamente 740.000 km2. • Abrange os estados do Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Sergipe, Alagoas, Bahia, sul e leste do Piauí e norte de Minas Gerais. • Possui um clima semi-árido com temperaturas médias anuais entre 27ºC e 29ºC, e índices pluviométricos irregulares variando de 250 a 1000mm por ano, concentrando-se durante 3 a 5 meses. Na estação seca a temperatura do solo, que é raso, pedregoso e alcalino, pode chegar a 60ºC.

  23. CAATINGA • A vegetação da caatinga é extremamente diversificada proporcionando a ocorrência de espécies adaptadas às condições do ambiente (solo e clima). • As espécies arbóreas e arbustivas apresentam folhas pequenas ou modificadas em espinhos, outras, com raízes superficiais para absorver o máximo de águas pluviais. • Foram registradas cerca de 932 espécies vegetais, sendo 380 endêmicas (MMA, 2002). • Algumas das espécies nativas da caatinga são: barriguda, amburana, aroeira, umbu, baraúna, maniçoba, macambira, mandacaru e juazeiro. Mandacaru

  24. CAATINGA • A paisagem mais comum da caatinga é aquela apresentada durante a seca. • As plantas apresentam um aspecto seco porém não estão mortas, apenas perdem as suas folhas para suportar a ausência de água. • Suas folhas são caducas ou caducifólias, ou seja, caem na época da seca. Visão da Caatinga na Época de Estiagem Visão da Caatinga na Época das Chuvas

  25. CAATINGA • Os rios são intermintentes, correm apenas durante o período de chuvas, tendo seus cursos interrompidos durante a estação seca. • O escoamento superficial é intenso, pois os solos são rasos e situados acima de lajedos cristalinos. • Após as chuvas as plantas florescem e os animais se reproduzem, deixando descendentes que já possuem adaptações para suportar o longo período de seca seguinte. • Mesmo durante a seca, a vida animal também é rica e diversificada. • Espalhados pela caatinga existem regiões úmidas e de solo fértil chamadas de “brejos”.

  26. CAATINGA • Vive na caatinga as duas espécies de aves mais ameaçadas de extinção do país a ararinha-azul (Cyanopsitta spixii) e a arara-azul-de-lear (Anodorhynchus leari). • Alguns animais típicos da caatinga são o sapo cururu, asa-branca, cotia, preá, veado catingueiro, tatu-peba, sagüi-do-nordeste e cachorro-do-mato. Ararinha Azul Veado catingueiro Sagui Arara Azul de Lear

  27. CAATINGA • O sertão nordestino é uma das regiões semi-áridas mais populosas do mundo. • Os principais problemas que ameaçam o bioma são: • Não utilização de técnicas adequadas em sistemas de irrigação o que resultou na salinização de determinadas áreas e tornou a agricultura impraticável; • A contaminação da água por agrotóxicos; • O corte ilegal da vegetação nativa para a produção de lenha e carvão por parte de siderúrgicas e olarias. • Todos esses fatores têm contribuído na transformação de aproximadamente 40mil km2 da caatinga em áreas desérticas.

  28. FLORESTAS DE COCAIS (BABAÇUAIS) • Localiza-se em certas áreas dos estados do Maranhão, Piauí e Rio Grande do Norte

  29. Planta típica é o Babaçu (Orbignya martiana)

  30. A floresta de babaçu é economicamente importante; das sementes da palmeira extrai-se o óleo, as folhas são utilizadas para a cobertura de casas e para a fabricação de utensílios domésticos

  31. PANTANAL • Com uma área aproximada de 496.000Km2 somente 140.000 km2 são áreas de planície alagável. • A planície do pantanal é considerada a maior área úmida contínua do mundo. • Formada por uma grande bacia sedimentar, sua altitude varia de 75 a 100m acima do nível do mar. • Este bioma engloba os estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, e ainda uma pequena parte do território da Bolívia e Paraguai. • A planície do pantanal se insere na chamada bacia hidrográfica do alto Paraguai, formada por tributários do Rio Paraguai provenientes das cabeceiras do Planalto Central do Brasil.

  32. PANTANAL • Os principais rios existentes no Pantanal são: o Rio Paraguai, Prata, Cuiabá, Taquari, Miranda, Aquidauana, Pantanal do Rio Negro e Taboco. • O clima da região é o tropical semi-úmido, e o índice pluviométrico médio gira em torno de 1500mm por ano, onde as chuvas se concentram no período do verão. • A temperatura média anual varia entre 17ºC e 23ºC, podendo atingir mínimas de 0ºC no inverno devido a massas polares que penetram pelos vales do sistema Paraná-Paraguai. • As maiores temperaturas, acima de 40ºC, são registradas nos arredores da cidade de Cuiabá.

  33. PANTANAL • Estima-se que existam 650 espécies de aves, 260 de peixes e 50 de répteis (IBAMA, 2002). • Além de servir de habitat para várias espécies raras e ameaçadas, a região tem uma alta taxa de produtividade, permitindo inclusive o desfrute comercial de algumas essências nativas. • A fauna é bastante rica e diversificada, porém, há muitas espécies ameaçadas de extinção como a capivara, tamanduá-bandeira, veado-mateiro, onça pintada, entre outros. • O Tuiuiú ou Jaburu (Jabiru mycteria), ave-símbolo do Pantanal, com as asas abertas ultrapassa os 2 metros de envergadura. • O maior peixe do Pantanal é o jaú que pode atingir 1,5m de comprimento e pesar até 120Kg.

  34. PANTANAL • Estimativas recentes indicam que cerca 20% da cobertura vegetal original da região já foi modificada. • Apesar de todos os impactos que a região tem sofrido, grande parte dela permanece ainda intacta ou pouco alterada, mantendo populações significativas de espécies raras e ameaçadas. • Desenvolveu-se na região uma cultura bastante sintonizada com o seu meio, conseguindo unir exploração econômica à manutenção do patrimônio natural da região. • Esse quadro que vem sendo alterado, em função da pressão pela intensificação de sua produtividade econômica.

  35. PANTANAL • A vegetação do Pantanal é um mosaico de matas, cerradões, savanas, campos inundáveis de diversos tipos, brejos e lagoas. • A flora pantaneira tem alto potencial econômico como as pastagens nativas, plantas apícolas, comestíveis, taníferas e medicinais. • Margeando os rios encontram-se as matas-ciliares ou matas de galeria, que são formadas por vegetais de grande e médio porte, intercalados por arbustos e ricas em trepadeiras ou lianas. • Entre as espécies vegetais mais comuns nessas matas estão o tucum, o jenipapo, o cambará e o pau-de-novato.

  36. PANTANAL • Em regiões mais baixas e úmidas, onde as gramíneas predominam, encontram-se os campos limpos, pastagens ideais para a criação do gado que lá convive em harmonia com muitas espécies de animais silvestres. • Em pequenas elevações, quando o solo é rico, encontram-se capões de mato formados por árvores de porte elevado, como aroeira, imbiruçu, angico e ipês. • Durante as chuvas, a maioria dos campos limpos é inundada, mas os capões permanecem secos.

  37. PANTANAL • A região tem atraído a atenção de diversas organizações conservacionistas em função da riqueza de sua vida silvestre, e do importante papel que exerce como reguladora do hidrológico de toda a bacia do rio da Prata. • A maioria das ameaças ao equilíbrio da região está associada a formas de manejo e uso da terra baseada em técnicas não sustentáveis como: • Poluição de sistemas aquáticos; • Monocultura; • Queimadas e desmatamentos; • Turismo praticado fora dos padrões ambientalmente adequados; • Assoreamentos provocados pelo desmatamento de matas ciliares; • Contaminação de peixes por mercúrio; • Caça predatória de animais silvestres;

  38. MATA ATLÂNTICA • Os primeiros estudos e registros sobre a Mata Atlântica mostram que esta floresta cobria boa parte do litoral brasileiro, estendendo-se tanto na região litorânea como nos planaltos e serras do interior. • Até 1850 foram devastadas enormes áreas de mata em busca dos recursos naturais existentes, o primeiro a ser explorado foi o Pau Brasil (Caesalpinia echinata) que ocorria em toda a extensão da Floresta. • Fatores como a mineração, os ciclos da cana-de-açúcar, do café, a pecuária, o processo desordenado de ocupação e a industrialização, contribuíram para a redução desse bioma.

  39. MATA ATLÂNTICA • Localizada sobre uma imensa cadeia de montanhas, ao longo da costa brasileira, seu substrato dominante compreende rochas cristalinas. • As montanhas mais antigas foram formadas por atividades tectônicas enquanto que os seus morros arredondados foram formados por grandes blocos normalmente de rochas magmáticas. • O solo apresenta pH ácido, é pouco ventilado, sempre úmido, bastante raso e extremamente pobre, recebendo pouca luz devido à absorção dos raios solares pelo extrato arbóreo. • O solo raso e encharcado é favorável ao desbarrancamento e à erosão.

  40. MATA ATLÂNTICA • Apresenta um alto índice pluviométrico chegando a valores entre 1800 a 3600mm por ano, devido a condensação da brisa oceânica carregada de vapor que é empurrada para as regiões continentais. • Nesse bioma a maioria dos rios é perene, possuindo rios de águas claras e rios de águas pretas. • Os rios alimentados pela chuva são chamados “rios de água clara” que com maior intensidade, contribuem para a sua mudança de curso, resultando na erosão de suas margens externas e acúmulo de sedimento nas margens internas.

  41. MATA ATLÂNTICA • Os rios de “água preta”, que possuem lentos cursos de água, drenam as planícies das restingas e mangues, recebendo grande quantidade de matéria-orgânica ainda em decomposição, o que lhes confere a coloração escuta. • São rios que formam os estuários e, portanto, possuem relação com a água salgada, dependendo das condições da maré e da época do ano. • A partir da mudança de curso, também podem ser formadas lagoas de água doce, brejos e lagunas de água salobra (próximas ao mar).

  42. MATA ATLÂNTICA (Fonte: http://www.apremavi.com.br)

  43. MATA ATLÂNTICA • A fauna da Floresta Atlântica é uma das mais ricas em diversidade de espécies, estando entre as cinco regiões do mundo com maior número de espécies endêmicas. • Apresenta uma das mais elevadas riquezas de aves do planeta. • Com a possibilidade de existirem diversas espécies desconhecidas, os mamíferos são os componentes que mais sofreram com os vastos desmatamentos e a caça. • Possui alto grau de endemismo devido ao processo de evolução das espécies, em área isolada das demais bacias hidrográficas brasileiras (MMA, 2000).

  44. MATA ATLÂNTICA • Aves • 1020 espécies; • 188 endêmicas; • 104 ameaçadas de extinção. • Mamíferos • 250 espécies; • 55 endêmicas. • Anfíbios • 370 espécies; • 90 são endêmicas. • Répteis • 150 espécies. • Peixes • 350 espécies; • 133 são endêmicas.

  45. MATA ATLÂNTICA • A vegetação presente nos ecossistemas da Mata Atlântica são formações florestais e não florestais, tais como: • Floresta Ombrófila Densa; • Floresta Ombrófila Aberta; • Floresta Ombrófila Mista; • Floresta Estacional Semidecidual; • Floresta Estacional Decidual; • Manguezais; • Restingas; • Campos de Altitude; • Brejos Interioranos; • Encraves Florestais do Nordeste.

  46. MATA ATLÂNTICA • Atualmente, os principais fatores de degradação da Mata Atlântica são o crescimento urbano e o consumo desordenado de seus recursos naturais. • Este bioma possui uma grande importância social, econômica e ambiental para o país. • Restam apenas 8% da cobertura original. • É necessário que sejam adotadas medidas eficientes para a conservação, recuperação e o efetivo incentivo do seu uso sustentável.

  47. PAMPAS ou CAMPOS SULINOS • Este bioma abrange uma área de 210mil km2, que se estende pelo Rio Grande do Sul e ultrapassa as fronteiras com o Uruguai e Argentina. • Marcados pelo clima subtropical, apresentam temperaturas amenas e chuvas regulares durante todo o ano. • No verão pode alcançar altas temperaturas chegando a 35ºC, enquanto que o inverno é marcado por geadas e neve em algumas regiões, podendo marcar temperaturas negativas. • A precipitação anual está em torno de 1200mm, com chuvas concentradas nos meses de inverno. O clima é frio e úmido. • A vegetação é predominantemente herbácea, com alturas que variam de 10 a 50cm.

  48. PAMPAS ou CAMPOS SULINOS • A paisagem é homogênea e plana, assemelhando-se, a um imenso tapete verde. • No litoral do Rio Grande do Sul, a paisagem já se apresenta diferenciada, com ambientes alagados e com vegetação formada por espécies como o junco, gravatás e aguapés. • Nas encostas do planalto, ocorrem os chamados campos altos, área de transição com predomínio de araucárias, sendo mais conhecida como Mata dos Pinhais. • Agricultores e pecuaristas foram atraídos para a região devido ao seu solo fértil e condições naturais favoráveis, o que ocasionou uma desordenada expansão, gerando um acelerado desgaste do solo e iniciando um processo de desertificação em algumas áreas desse bioma.

  49. PAMPAS ou CAMPOS SULINOS • A conversão dos campos em outros tipos de uso vem transformando profundamente sua paisagem e colocando suas espécies sob ameaça de extinção. • As queimadas ilegais, praticadas anualmente, estão entre os principais problemas que afetam os Campos Sulinos. • A expansão dos plantios de soja tem descaracterizado intensamente a paisagem. • Possuem uma diversidade de mais de 515 espécies vegetais, tendo as árvores de maior porte como fornecedoras de madeira. • Já os terrenos planos das planícies e planaltos gaúchos e as coxilhas, são colonizados por espécies pioneiras campestres que formam uma vegetação tipo savana aberta.

  50. PAMPAS ou CAMPOS SULINOS • É um dos ecossistemas mais ricos em relação à biodiversidade de espécies animais, contando com espécies endêmicas, raras, ameaçadas de extinção, espécies migratórias, cinegéticas e de interesse econômico. • As principais espécies ameaçadas de extinção são: • Onça-pintada; • Jaguatirica; • Macaco mono-carvoeiro; • Macaco-prego; • Guariba; • Mico-leão-dourado; • Preguiça-de-coleira; • Caxinguelê. Onça Pintada (Panthera onca)

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