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BARROCO séc. XVII- Seiscentismo

BARROCO séc. XVII- Seiscentismo. Características. Contrarreforma Teocentrismo Fé Exagero Complexidade Obscurantismo Predileção pelo feio Preocupação com a alma Memento mori – “lembra-te de que és mortal” Uso abusivo de antíteses – conflito Tema mais importante = efemeridade da vida.

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BARROCO séc. XVII- Seiscentismo

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Presentation Transcript


  1. BARROCOséc. XVII- Seiscentismo

  2. Características • Contrarreforma • Teocentrismo • Fé • Exagero • Complexidade • Obscurantismo • Predileção pelo feio • Preocupação com a alma • Memento mori– “lembra-te de que és mortal” • Uso abusivo de antíteses – conflito • Tema mais importante = efemeridade da vida

  3. QUADROS DO PINTOR De La Tour Nestes quadros poderemos verificar algumas características barrocas como o uso de antíteses, a preferência pelo feio e pelo grotesco, a denúncia de pecados, a efemeridade da vida e o memento mori.

  4. Estilos do Barroco CULTISMO CONCEPTISMO

  5. CULTISMO ou GONGORISMO Padre Luís de Gôngora – Espanha Estilo culto, complexo Apela para os sentidos, principalmente a visão – descritivo, cores, texturas... Vocabulário requintado Muitas figuras de linguagem Jogos de palavras

  6. Exemplo de texto cultista A Serpe, que adornando várias cores,Com passos mais oblíquos, que serenos,Entre belos jardins, prados amenos,É maio errante de torcidas flores;

  7. CONCEPTISMO Padre Quevedo Razão, raciocínio, lógica Contra os gongóricos Uso de Silogismos : Premissa Maior- Todo homem é mortal Premissa menor – Sócrates é homem Conclusão – Sócrates é mortal

  8. Exemplo de raciocínio conceptista • NUVEM – relâmpago trovão raio olhos ouvidos coração muitos TODOS um VOZ DO PREGADOR

  9. Barroco em Portugal Início – 1580 - Portugal cai sob domínio Espanhol – D. Sebastião desaparece na batalha de Alcácer-Quibir Morre Camões = maior nome da literatura classicista em Portugal Autor mais famoso – Padre Antônio Vieira

  10. Padre Antônio Vieira • Mestre da oratória • Estilo conceptista • Perseguido pela Inquisição, sai de Portugal e vem ao Brasil – Salvador • Estilo claro, preciso e dialético • Produção literária – Sermões, cartas e profecias • Famoso pelos sermões • Sebastianista • Protetor dos judeus e cristãos novos

  11. Técnicas de oratória Vestimenta Posicionamento das mãos Tom de voz Olhar Profundo conhecimento do assunto

  12. Sermões famosos Sermão da Sexagésima Sermão pelo bom sucesso das armas de Portugal contra as da Holanda Sermão do ladrão Sermão de Santo Antônio aos peixes

  13. Trecho de Sermão da Sexagésima, de Padre Antônio Vieira Fazer pouco fruto da Deus no Mundo pode proceder de um de três princípios: ou da parte do pregador, ou da parte do ouvinte, ou da parte de Deus. Para uma alma se converter por meio de um sermão, há se haver três concursos: há de concorrer o pregador com a doutrina, persuadindo; há de concorrer o ouvinte com entendimento, percebendo; há de concorrer Deus com a graça, alumiando. Para um homem ver a si mesmo, são necessárias três coisas: olhos, espelho e luz. Se tem espelho e é cego, não se pode ver por falta de olhos; se tem espelho e olhos, e é noite, não se pode ver por falta de luz. Logo, há mister luz, há mister espelhos e há mister olhos.

  14. Barroco no Brasil Início – 1601, com a obra Prosopopeia, de Bento Teixeira Ciclo econômico da cana-de-açúcar Bahia

  15. Gregório de Matos e Guerra • Apelidado de “ Boca do inferno” • Nasceu em 7 de abril de 1633, na cidade de Salvador (Bahia).  • Estudou num colégio Jesuíta da Bahia e depois continuou seus estudos na cidade de Lisboa e depois na Universidade de Coimbra • Preso em 1694, foi deportado para Angola (África).  • Morre no Recife em 26 de novembro de 1696 de febre que havia contraído em Angola.

  16. Produção artística de Gregório de Matos • POETA • Estilos cultista e conceptista • Tipos de poesia: Lírica: amorosa, religiosa e reflexiva Satírica Graciosa Encomiástica Escatológica ou fescenina

  17. Alguns poemas de Gregório de Matos Pequei, Senhor, mas não porque hei pecado,Da vossa piedade me despido, Porque quanto mais tenho delinqüido, Vós tenho a perdoar mais empenhado. Se basta a vos irar tanto um pecado, A abrandar-vos sobeja um só gemido, Que a mesma culpa, que vos há ofendido, Vos tem para o perdão lisonjeado. Se uma ovelha perdida, e já cobrada Gloria tal, e prazer tão repentino vos deu, como afirmais na Sacra História: Eu sou, Senhor, a ovelha desgarrada Cobrai-a, e não queirais, Pastor divino, Perder na vossa ovelha a vossa glória

  18. Lírica amorosa Anjo no nome, Angélica na cara.Isso é ser flor, e Anjo juntamente, Ser Angélica flor, e Anjo florente,em quem, senão em vós se uniformara? Quem veria uma flor, que a não cortara De verde pé, de rama florescente?E quem um Anjo vira tão luzente, Que por seu Deus, o não idolatrara? Se como Anjo sois dos meus altares, Fôreis o meu custódio, e minha guarda, Livrara eu de diabólicos azares. Mas vejo, que tão bela, e tão galharda, Posto que os Anjos nunca dão pesares, Sois Anjo, que me tenta, e não me guarda.

  19. Sátira crítica A cada canto um grande conselheiro Que nos quer governar cabana e vinha, Não sabem governar sua cozinha, E podem governar o mundo inteiro. Em cada porta um frequentado olheiro, Que a vida do vizinho, e da vizinha, Pesquisa, escuta, espreita, e esquadrinha Para a levar à Praça, e ao Terreiro. Muitos mulatos desavergonhados, Trazidos pelos pés os homens nobres, Posta nas palmas toda a picardia. Estupendas usuras nos mercados, Todos, os que não furtam, muito pobres, e eis aqui a cidade da Bahia

  20. POESIA ENCOMIÁSTICA - Ao conde de Ericeira Dom Luís de Menezes pedindo louvores ao poeta não lhe achando ele préstimo algum Um soneto começo em vosso gabo; Contemos esta regra por primeira, Já lá vão duas, e esta é a terceira, Já este quartetinho está no cabo. Na quinta torce agora a porca o rabo: A sexta vá também desta maneira, Na sétima entro já com grã canseira, E saio dos quartetos muito brabo. Agora nos tercetos que direi? Direi, que vós, Senhor, a mim me honrais, Gabando-vos a vós, e eu fico um Rei. Nesta vida um soneto já ditei, Se desta agora escapo, nunca mais; Louvado seja Deus, que o acabei.

  21. Poesia crítica satírica e metalinguística Neste mundo é mais rico, o que mais rapa: Quem mais limpo se faz, tem mais carepa: Com sua língua ao nobre o vil decepa: O Velhaco maior sempre tem capa. Mostra o patife da nobreza o mapa: Quem tem mão de agarrar, ligeiro trepa; Quem menos falar pode, mais increpa: Quem dinheiro tiver, pode ser Papa. A flor baixa se inculca por Tulipa; Bengala hoje na mão, ontem garlopa: Mais isento se mostra, o que mais hupa. Para a tropa do trapo vazio a tripa, E mais não digo, porque a Musa topa Em apa, epa, ipa, opa, upa.

  22. Poesia religiosa em estilo cultista O todo sem a parte não é todo, A parte sem o todo não é parte, Mas se a parte o faz todo, sendo parte, Não se diga, que é parte, sendo todo Em todo o Sacramento está Deus todo, E todo assiste inteiro em qualquer parte, E feito em partes todo em toda a parte, Em qualquer parte sempre fica o todo. O braço de Jesus não seja parte, Pois que feito Jesus em partes todo, Assiste cada parte em sua parte. Não se sabendo parte deste todo, Um braço, que lhe acharam, sendo parte, Nos disse as partes todas deste todo.

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