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Análise de Conjuntura Sócio-Econômico-Política e Religiosa - Diocese de Rio Preto -

Análise de Conjuntura Sócio-Econômico-Política e Religiosa - Diocese de Rio Preto -. Alex de Souza Rossi Economista e Professor da Faculdade Barretos. Para começar a pensar.

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Análise de Conjuntura Sócio-Econômico-Política e Religiosa - Diocese de Rio Preto -

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  1. Análise de Conjuntura Sócio-Econômico-Política e Religiosa- Diocese de Rio Preto - Alex de Souza Rossi Economista e Professor da Faculdade Barretos

  2. Para começar a pensar... • O homem contemporâneo escuta com melhor boa vontade as testemunhas do que os mestres; ou, então, se escuta os mestres, é porque eles são testemunhas. (Paulo VI)

  3. Referências • A Igreja perplexa: as novas perguntas, novas respostas (Agenor Brighenti) • Análise de conjuntura (Fev 2012) – Ao CONSEP – CNBB • Análise de Conjuntura – PUC SP • Bíblia de Jerusalém – Paulus. • Deus em nós: o reinado que acontece no amor solidários aos pobres (Hugo Assmann e Jung Mo Sung) • DGAE 2008-2010 / DGAE 2011-2015 • Documento de Aparecida • Gaudium et Spes • Evangelii Nuntiandi • Era dos extremos – Eric Hobsbawn • Estudo do CNLB rumo ao VI Encontro Nacional do Laicato • Livro do Desassossego – Fernando Pessoa • Modernidade Líquida – Z. Bauman • O mundo pós-crise – Carlos Eduardo Gonçalves (USP) • Política e território: a geografia das desigualdades – Maria Adélia Aparecida de Souza. • Território e Sociedade – Milton Santos

  4. ECONOMIA

  5. O sistema econômico • Oikos-nomo: cuidado da casa • Como? Tradição, mando ou mercado • A opção: “existe uma mão invisível no mercado que regula o mercado” (A. Smith). • As bases do sistema econômico capitalista: • Mercado de terra; • Mercado de capital; • Mercado de dinheiro. • Sistema progressista, contraditório e antagônico

  6. Revolução Industrial • Fase concorrencial (1760 a 1840) • Fase monopolista (1840 a 1910) • Fase financeira (1970) e financeira globalizada (pós 1989).

  7. O breve século XX • Maturação dos projetos da segunda revolução industrial. • Duas grandes guerras • Crise de 1929 • Terceira revolução industrial: tecnico-científica-financeira • Crise de 2008-2009

  8. A inserção do Brasil • A reboque da economia mundial, “arcaizando o moderno e modernizando o arcaico” (Florestan Fernandes). • Inserção na 2ª revolução industrial: • substituição de importações • Modernização conservadora • Diante do tripé capital nacional privado, capital nacional estatal e capital estrangeiro – capital estrangeiro

  9. “As torneiras fecharam...” • Aumento da taxa de juros nos EUA; • No início dos anos 80, crise da dívida; • Dívida gêmeas • Submissão ao FMI • Inflação • Bretton Woods e cartilha neoliberalizante

  10. Como se resolvem os problemas? • Ausência do projeto de Nação; • Plano Cruzado – congelamento de preços, aumento do poder aquisitivo da população, inflação. • Plano Collor – abertura comercial e contenção do dinheiro na economia. • Plano Real – contenção da memória inflacionária (URV) e conversão monetária parcial e total (Itamar Franco e FHC).

  11. A opção pelo monetarismo • Ausência de Reformas Estruturais; • Planos monetaristas – resolução dos problemas de maneira imediatista. • Variável importante: INFLAÇÃO versus crescimento.

  12. Novas possibilidades • Programa de Aceleração do Crescimento. • Políticas de redistribuição da renda.

  13. Duas questões • Desenvolvimento Sustentável; • Reformas Estruturais.

  14. O mundo pós crise • Brasil: política intervencionista do Estado em relação ao IPI e manutenção da política antiinflacionária. • Credito mundial, que é o motor da inovação e crescimento, mais contido. • Criação de passivos fiscais dignos de crise nos países desenvolvidos. • Famílias norte-americanas endividadas, pagando suas dívidas e diminuindo as compras internacionais.

  15. O mundo pós crise... • Aumento do clima de incerteza no mundo e aversão ao risco. • Intervencionismo Estatal. • Volta ao crescimento lenta e gradual.

  16. Conjuntura econômica hoje • Final de 2011 – produção na industria voltou a cair; • Banco Central tenta conter a taxa de juros e governo busca estimular a economia (redução de impostos sobre eletrodomésticos, geladeiras e máquina de lavar – efeito aquém do esperado). • Diminuição do gasto devido a incerteza. • Real valorizado: aumenta importação e diminui exportação. • Incerteza quanto à economia externa: norte-americana e européia. • Aumento da inadimplência no sistema de crédito pessoal. • Aumento do salário mínimo colocou 47 milhões a mais na economia, o que volta a estimular a economia.

  17. Aumento de importação, mas ainda superávit comercial no final do ano de 2011. • Redução de imposto sobre operação financeira para estimular as bolsas de valores. • Em 2011, Brasil cumpre o pagamento da dívida em 99%. • Aumento do emprego teve desaceleração. E o crescimento de emprego se deu àqueles que se submetem a ganhar até 2 salários mínimos. • Necessidade de maior qualificação da população empregada. • Expectativa de que o governo não consiga arcar com seus compromissos fiscais em 2012. • Crise internacional: o governo permitiu que parte do compulsório dos bancos comerciais fossem destinado a crédito. • Para evitar queda no crédito, o governo estuda liberar provisoriamente empréstimo de suas reservas internacionais ao setor privado.

  18. Impostos de proteção em alguns setores da industria, por causa do câmbio, desde que provado na OMC que não existe concorrência comercial irregular. • Previsão de crescimento de 3% ou menos para 2012. • O consumo começa a aumentar, por causa do salário mínimo maior. • Presidente do Banco Central afirma que inflação será mantida nas metas e que o crescimento no 1º semestre de 2012 será maior que em 2011. • Barreiras dos EUA contra etanol de cana produzido no Brasil. • Carta-ouro: equilíbrio das receitas e despesas dos países. • Grande questão que se coloca: dívida pública.

  19. Uma breve análise • CAPITALISMO NEOLIBERAL, • CONCENTRAÇÃO DE RIQUEZA, • EXCLUSÃO SOCIAL, tornando o pobre descartável e supérfluo. • Transforma o desemprego em DESEMPREGO ESTRUTURAL. • A lógica é do ‘salve-se quem puder’, onde não há espaço para dignidade da pessoa e a solidariedade.

  20. Nesta perspectiva, não há espaço para pequenas e médias empresas. Estas dão espaço aos GRANDES CONSÓRCIOS, que subordinam as economias locais e o próprio meio-ambiente (agronegócio). • MOBILIDADE HUMANA, na busca de melhores condições de vida, sujeitando as pessoas a exploração, em diversos aspectos.

  21. Sócio cultural

  22. Sentido que unifica toda experiência humana. • FRAGMENTAÇÃO DOS REFERENCIAIS DE SENTIDO e relativização dos valores. • CRISE DE SENTIDO, que deixa as pessoas frustradas, ansiosas e angustiadas por não conseguirem influir nos acontecimentos. • Antes o sentido era dado pela tradição. Hoje , os meios de comunicação fornecem informações variadas, intensificando a ansiedade de quem se percebe num mundo opaco, que não compreende.

  23. A globalização traz um AUMENTO DE RISCOS E MEDO, diante das desigualdades, ausência de projeto de Nação, catástrofes ambientais, terrorismo, entre outros. Temem a violência, seu posto de trabalho e o futuro incerto para si e sua família. • Diante da incerteza, busca-se uma satisfação imediata, através do CONSUMO, criando novas necessidades e tendo a impressão que pode comprar o que quiser. • Os desejos tornam-se felicidade, na lógica de uma SATISFAÇÃO HEDONISTA.

  24. Sobretudo as novas gerações, afirmam o presente, porque o passado perdeu relevância, pelo caos demonstrado, e o futuro é incerto. A vida é um espetáculo e o corpo é o centro da realidade presente. • Entretanto, nosso olhar de fé e esperança visualiza aspectos positivos, como a AFIRMAÇÃO DO VALOR FUNDAMENTAL DA PESSOA. Na lógica de construir o seu destino e encontrar razão para a existência, o pequeno torna-se essencial, o que permite que a simplicidade e o reconhecimento do fraco e do pequeno surjam como valor, apontando para novos horizontes, de busca de partilha do vivido.

  25. Há uma pluralidade de experiências e expressões culturais. Busca-se apoio fundamental na família, além de apoio em líderes e de comunidades. • Nos movimentos sociais percebemos que Deus caminha conosco.

  26. Sócio Política

  27. Há um ENFRAQUECIMENTO DA POLÍTICA, decorrente das mudanças culturais, como o individualismo, e o crescimento dos grandes grupos econômicos, o que traz riscos para a democracia. • Paralelamente a isso, há um DESENCANTO E DIMINUIÇÃO DA CONFIANÇA do povo nos políticos. As pessoas se procuram, com isso, participar em ONGs e organizações alternativas. • A vida harmônica e pacífica está se deteriorando, pois a EXCLUSÃO GERA A VIOLÊNCIA, que banaliza a vida. • Há uma FALÊNCIA DO SISTEMA PENAL E DA SAÚDE. • Diante disso não podemos nos calar.

  28. Partidos políticos se preparam para novo ano eleitoral, o que influencia as decisões do congresso sobre verbas. • CNJ – garantia de poder julgar os magistrados no Brasil. • A situação de Pinheirinho abre debate sobre os movimentos sociais. • Situação de demarcação das terras indígenas em várias etnias.

  29. Internacionalmente: • Crise na Grécia (grito de socorro atendido pela Europa). • Crise deixa já 15 milhões de desempregados na Europa. • América Latina e Caribe: • Conflitos com brasileiros no Paraguai. • Povos indígenas em situação de isolamento no Peru.

  30. Visita da Presidenta Dilma Rousseff a Cuba e ao Haiti, deixando de estar no Fórum Econômico Mundial, em Davos. E presença no Fórum Social Temático em Porto Alegre. • Dificuldade de se alterar a política brasileira. • Oposição fragmentada e sem identidade.

  31. Congresso Nacional • Ato médico. • Estatuto da Juventude – Conferências da Juventude. • Reforma política – parado.

  32. ECOLÓGICA

  33. ECOLÓGICA – SUTENTABILIDADE • Existe no Brasil uma RICA BIODIVERSIDADE, expresso nos diferentes biomas. Porém isso desperta COBIÇA INTERNACIONAL e DEVASTAÇÃO AMBIENTAL, SOBRETUDO DA AMAZÔNIA, a qual é acompanhada de aniquilação da cultura de seus povos. • A lógica do mercado faz com que a TERRA E ÁGUA TORNEM-SE MERCADORIAS, bem como os outros produtos naturais.

  34. Assim sendo, os recursos naturais são utilizados meramente para gerar lucro, sem preocupação ambiental, o que desencadeia o AQUECIMENTO GLOBAL. • Nesta lógica, o AGRONEGÓCIO se impõe, com produção de vastas monoculturas que degrada o ambiente. • Diante disso, lembramos a necessidade das cisternas no semi-árido, reforma-agrária, agricultura familiar entre outros.

  35. Eco 92 e Rio +20 • Em 1992, foi realizada a Conferência “Eco-92” na cidade do Rio de Janeiro, que pautou mudanças na abordagem socioambiental no país, levando a muitas conquistas, como, por exemplo, a Política de Recursos Hídricos. • No próximo mês de junho, na capital fluminense, ocorrerá a Conferência Rio +20. • Este foi o foco principal do debate no Fórum Social Temático, ocorrido no final de janeiro de 2012, em Porto Alegre (RS). • Diferente da preparação ocorrida para a Eco-92, o tempo está curto e a crise ambiental cada vez mais crítica devido a uma série de fracassos nas negociações para renovação do Acordo de Quioto ocorridos em Copenhague, Durban, Cancun, Nagoya. • “A crise de valores é a mais grave de todas porque afeta toda a • sociedade nas suas decisões econômicas, sociais, ambientais” (Marina Silva).

  36. RELIGIÃO

  37. RELIGIOSA • No contexto pluralista e a mentalidade individualista, cada qual ESCOLHE A RELIGIÃO, com normas que lhe agrade. • Temos uma ADESÃO PARCIAL, com fraco sentido de pertença institucional, ou se CONSTRÓI UM MOSAICO, fazendo sua religião pessoal, eu e Deus. Há uma tendência ao esoterismo e a ‘religião invisível’.

  38. Explicita-se uma TEOLOGIA DA PROSPERIDADE, com uma religião utilitarista, com a busca do bem-estar, cura, terapia. Esta religião a mídia tende a gostar, pois ela divide e não gesta a comunidade. Nela, toda culpa dos problemas é do demônio, e não do próprio ser humano. • No catolicismo, há uma tendência a DEPENDÊNCIA DO PADRE E DA PARÓQUIA. Não há uma criatividade pastoral. • Diante disso, conforme Aparecida nos convoca, temos que ousar uma CONVERSÃO PASTORAL, que substitua a pastoral de manutenção pela pastoral missionária.

  39. MARCAS DO NOSSO TEMPO DGAE 2011 – 2015 PALAVRAS CHAVE

  40. 1. Inseridos numa realidade histórica... • Como o Filho de Deus assumiu a condição humana, exceto o pecado, nascendo e vivendo em determinado povo e realidade histórica, nós, como discípulos missionários, anunciamos os valores do Evangelho do Reino na realidade que nos cerca, à luz da PESSOA, da VIDA e da PALAVRA de JESUS CRISTO, Senhor e Salvador. • As alegrias e esperanças, angustias e tristezas dos homens e mulheres são ... dos cristãos. (GS)

  41. 2. Contínua atitude de diálogo... • Concílio Vaticano II • Evangélica visão crítica • Busca de elementos comuns • Que permitam em meio à diversidade estabelecer fundamentos para a ação.

  42. 3. Mudança de época • Mais que uma época de mudanças, uma mudança de época. • Atinge todos os setores da vida humana • Parece que a história acelerou.

  43. 4.Tempos desnorteadores • Pessoas estressadas e desnorteadas; • Agudo relativismo ou ... • ...Fundamentalismos. • Desdobra-se em: • Laicismo militante, • irracionalidade da cultura midiática, • amoralismo generalizado, • atitudes de desrespeito diante do povo e • um projeto de nação aquém às necessidades do povo.

  44. 5. Vida determinada pelo mercado • Os critérios que regem as leis de mercado, do lucro e dos bens materiais regulam também as relações humanas, familiares e sociais, incluindo certas atitudes religiosas. • Individualismo e aversão ao bem comum. • Pobres são supérfluos e descartáveis. • Equilíbrio dos povos, nações, acesso a terra e renda, preservação ambiental comprometidos.

  45. 6. Repensar as funções do Estado • Função do Estado • Consciência da concidadania comprometida.

  46. 7. Em defesa da vida plena • Discípulo missionário em defesa e promoção da vida negada o ameaçada. • Condições de vida da população. • Aborto e homicídios. • Saúde, trabalho, moradia. • E as crianças, jovens e idosos? • Juventude.

  47. 8. Práticas religiosas mercadológicas • Práticas religiosas emocionalistas e sentimentalistas. • Mercado: faço minhas “compras” de Deus e retribuo. • Prescinde o bem maior, o amor de Deus e aos semelhantes. • Manipulação do Evangelho. • Exclui-se a salvação em cristo e a transforma em prosperidade material, saúde física e realização afetiva. • Reduz-se o sentido de pertença e compromisso comunitário-institucional. • Experiência religiosa de momentos. • Não é mais a pessoa que se coloca diante de Deus, mas Deus que está a serviço das vontades da pessoa.

  48. Carências da mínimas condições de vida por grande parte da população. • Incertezas de um tempo de transformação que levam as pessoas a buscarem tábuas de salvação. • Isso gera fundamentalismo e individualismo. • Apelo ao amor e ao convívio. • O amor aos mais pobres tende a desaparecer.

  49. 9. Sinais dos tempos • Evangelização para a promoção da vida humana. • Tempo propício para volta às fonte e busca de aspectos centrais da fé. • A espiritualidade, a vivência da fé e do compromisso de conversão e transformação nos orientam para a construção da caridade, da justiça, da paz, a partir das pessoas e dos ambientes onde há divisão, desafetos, disputas pelo poder ou por posições sociais. • Novo ardor, novos métodos e nova expressão.

  50. Uma análise transversal Como a nossa Igreja se situa nessa conjuntura: dilemas e possibilidades.

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