E N D
1. CANGAO COMPONENTES: 9 B
MARIANA DANTAS
LARA OHANNA
JOO DINARTE
WAGNER GADELHA
Prof.: GECIONNY SOUZA
INGRIDI AGUIAR
LUIZ FELIPE
CAROLINNE VANESSA
2. Histria do Cangao e dos Cangaceiros
Lampio, Maria Bonita, coronelismo,situao do Nordeste, Histria do Brasil no sculo XX.
Resumo: No comeo do sculo XX, o Nordeste do Brasil viveu momentos difceis, atemorizado por grupo de homens que espalhava o terror por onde passava. Eram os cangaceiros, bandidos que abraaram a vida nmade e irregular de malfeitores por motivos diversos. Alguns deles foram impelidos pelo despotismo de homens poderosos. Lampio e seu bando foram os mais importantes representantes do cangao.
3. Lampio, Maria Bonita,
coronelismo,
situao do Nordeste, Histria do Brasil no sculo XX.
4. No comeo do sculo XX, o Nordeste do Brasil viveu momentos difceis, atemorizado por um grupo de homens que espalhava o terror por onde passava. Eram os cangaceiros, bandidos que abraaram a vida nmade e irregular de malfeitores por motivos diversos. Alguns deles foram impelidos pelo despotismo de homens poderosos. Lampio e seu bando foram os mais importantes representantes do cangao.
5. As causas do surgimento do cangao foram de natureza variada. A pobreza, a falta de esperanas e a revolta no foram as nicas. Isso mais que certo. Mas foram estas circunstncias as mais importantes para que comeassem a surgir os cangaceiros. Muitos, como dissemos, eram pequenos proprietrios, mas mesmo assim tinham que se sujeitar aos coronis. Do meio do povo sertanejo rude e maltratado surgiram os cangaceiros mais convictos de que lutavam pela sobrevivncia.
- Se no me do os meios de conseguir, eu tomo.
- pareciam dizer.
Virgolino Ferreira era um trabalhador. Do tratamento duro e injusto que o trabalhador Virgolino Ferreira e sua famlia receberam surgiu Lampio, o "Rei do Cangao".
Lampio nunca foi um lder de rebelies ou um dolo que servisse para a formao de camponeses revoltados. Poltica nunca foi parte de sua vida. Mas as populaes humilhadas e ofendidas viam em Lampio um exemplo, naquele meio termo entre temer o que ele era e querer ser igual a ele, quase a justificar sua existncia de bandoleiro errante.
6. Lampio subverteu a ordem imposta, mesmo que no fosse esse seu objetivo. Latifndios que, durante dcadas e at mesmo sculos imaginavam-se intocveis, sentiram o peso de sua presena e o terror das consequncias do no atendimento de suas exigncias.
O caminho que Lampio traou nas sendas da Bahia, Sergipe, Pernambuco, Alagoas, Paraba, Cear e Rio Grande do Norte, hoje claramente observado nos mapas e na memria viva da histria do cangao, praticamente no foi alterado nos ltimos 60 anos. E pouco, talvez nada, ser alterado durante os prximos 60 anos ou mais.
Onde lutou Lampio ainda esto, nos dias de hoje, as sobras da subservincia, a presena macia da ignorncia, a explorao dos pequenos e dos humildes. E, de forma geral, tambm a indiferena nacional continua a mesma.
A economia brasileira progrediu, mas esse progresso deixou de lado a estrutura catica e ultrapassada das distncias sertanejas.
Existem dois pases neste nosso Brasil: um mantm a mesma ordem, a mesma estrutura e os mesmos vcios do passado; o outro caminha para o progresso, modificando-se e modernizando-se, seguindo os modelos apresentados por outras naes.
7. No norte-nordeste at a imagem fsica das localidades permanece quase a mesma do sculo passado. Quase nada mudou desde os tempos em que Lampio decidiu que no seria mais o trabalhador Virgolino Ferreira, j que no valia a pena. E o pouco de pacincia que tivera se acabara por causa dos abusos.
8. Os cangaceiros Todos os personagens mencionados at agora foram muito importantes na histria do cangao e, direta ou indiretamente, participantes da formao e da vida de Lampio. No entanto as principais figuras da saga do cangao eram os prprios cangaceiros, inmeros e de personalidades distintas entre si.
Os grupos e subgrupos formados pelos cangaceiros existiam em grande quantidade. Era habitual que depois de participar de um agrupamento durante algum tempo o indivduo se sentisse apto a ter seu prprio bando. No momento em que achava que estava preparado para ter sua prpria organizao ele se dirigia a seu lder e expunha seus planos. Geralmente no havia nenhum problema. O mais comum era encontrar respaldo em seu chefe que, por sua vez, sabia que, no futuro, se necessrio, poderia contar com a ajuda desse seu ex-subalterno.
9. Antonio Silvino
Nascido na Serra da Colnia, em Pernambuco, no dia 02 de novembro de 1875, foi batizado como Manoel Batista de Moraes.
Sinh Pereira
Sebastio Pereira da Silva, conhecido como Sinh Pereira, nasceu em 20 de janeiro de 1896, em Pernambuco. Sinh Pereira foi o nico chefe de Lampio antes deste ter o seu prprio grupo.
10. Cabeleira
Era o nome pelo qual Jos Gomes tornou-se conhecido. Nasceu em 1751, em Glria do Goit, Pernambuco.
Lucas da Feira
Assim era conhecido Lucas Evangelista, por haver nascido em Feira de Santana, Bahia. Lucas da Feira nasceu em 18 de outubro de 1807.
Jesuno Brilhante
A data de nascimento deste cangaceiro objeto de muitas controvrsias. Dizem uns que ele nasceu em 02 de janeiro de 1844, outros que foi em maro de 1844. Seu nome de batismo era Jesuno Alves de Melo Calado.
11. Lampio e seu bando
12. Lampio e Maria Bonita
13. Os combates
14. Depois de participar do bando de Sinh Pereira, durante um bom tempo, a maior parte dele agindo como brao direito do chefe, Lampio estava apto a dirigir seu prprio grupo. O prprio comandante fizera a escolha, indicando-o para continuar em seu lugar. Essa preferncia j havia ficado clara, quando o escolhera para chefiar seu bando em vrias incurses anteriores, como no ataque cidade de Matinha de gua Branca.
E foi assim, entronizado pelo cangaceiro que respeitava e admirava, que Lampio comeou a escrever sua prpria histria.
15.
SECA DE JOO MIGUELCANIND DO SO FRANCISCO FERRO E FOGO - AO E MORTE
1933
TRAIO
1934
DESCUIDO FATAL
1935
O OLHO ESQUERDO DE LAMPIOMORTE DA FAMLIA ALVES
1936
O COMEO DO FIM
1937
MARIA BONITA FERIDA COMBATE NO CRAU
1938
ANGICO
16. Alguns de seus ataques LAMPIO CRUZA O SO FRANCISCOPRIMEIRO COMBATE COM FORAS DA BAHIA
1929
COMBATE EM ABBORAMORTE DO CABO MILITOLAMPIO EM SERGIPEQUEIMADASMIRANDELA
1930
SALINAMARIA BONITAMULHERES NO CANGAO
1931
MORTE DE EZEQUIEL FERREIRARASO DA CATARINA
17. Lampio por ele mesmo (entrevista em juazeiro) Lampio, durante sua visita a Juazeiro do Norte, para onde se dirigira a convite do padre Ccero Romo, para integrar o Batalho Patritico no combate coluna Prestes, foi entrevistado pelo mdico de Crato, Dr. Octaclio Macdo. Naquela ocasio, como dissemos anteriormente, Lampio estava hospedado no sobrado de Joo Mendes de Oliveira e, durante a entrevista, foi vrias vezes janela, atirando moedas para o povo que se aglomerava na rua.
18. Essa entrevista considerada pelos historiadores como pea fundamental no estudo e no conhecimento do fenmeno do cangao. Vale a pena transcrever seus trechos mais importantes, atualizando a linguagem e traduzindo os numerosos termos regionais para a linguagem de hoje.
19. entrevista teve dois momentos. O primeiro foi travado o seguinte dilogo:
- Que idade tem?- Vinte e sete anos.
- H quanto tempo est nesta vida?- H nove anos, desde 1917, quando me ajuntei ao grupo do Senhor Pereira.
- No pretende abandonar a profisso? A esta pergunta Lampio respondeu com outra:- Se o senhor estiver em um negcio, e for se dando bem com ele, pensar porventura em abandon-lo? Pois exatamente o meu caso. Porque vou me dando bem com este "negcio", ainda no pensei em abandon-lo.
20. Em todo o caso, espera passar a vida toda neste "negcio"?- No sei... talvez... preciso porm "trabalhar" ainda uns trs anos. Tenho alguns "amigos" que quero visit-los, o que ainda no fiz, esperando uma oportunidade.
- E depois, que profisso adotar?- Talvez a de negociante.
- No se comove a extorquir dinheiro e a "variar" propriedades alheias?- Oh! mas eu nunca fiz isto. Quando preciso de algum dinheiro, mando pedir "amigavelmente" a alguns camaradas
21.
Sobre o futuro Lampio mostrou-se incerto, apesar de ter planos:- Estou me dando bem no cangao, e no pretendo abandon-lo. No sei se vou passar a vida toda nele. Preciso trabalhar ainda uns trs anos. Tenho de visitar alguns amigos, o que no fiz por falta de oportunidade. Depois, talvez me torne um comerciante.
Aqui termina a entrevista concedida por Lampio em Juazeiro.
Na despedida Lampio nos acompanhou at a porta. Pediu nosso carto de visita e acrescentou:
- Espero contar com os "votos" dos senhores em todo tempo!
- Que dvida... respondemos.
Como sabemos, Lampio, o "Rei do Cangao", no viveu o suficiente para ver todos seus planos concretizados.
22. Era madrugada do dia 28 de julho de 1938 e o sol ainda no tinha nascido quando os estampidos ecoaram na Grota do Angico, perto da cidade de Poo Redondo, margem sergipana do Rio So Francisco. Depois de uma longa noite de tocaia, 48 soldados da polcia de Alagoas avanaram contra um bando de 35 cangaceiros. Apanhados de surpresa, muitos ainda dormiam, os bandidos no tiveram chance de se defender. Combateram por apenas 15 minutos. Entre os onze mortos, o mais temido personagem que j cruzou os sertes do Nordeste: Virgulino Ferreira da Silva. No momento da sua morte, levava consigo 5 quilos de ouro e uma quantia em dinheiro equivalente a 600 mil reais. Apenas no chapu, ele ostentava 70 peas de ouro puro.
23. Era o fim da incrvel histria de um menino que nasceu no serto pernambucano e se transformou no mais forte smbolo do cangao. Depois de vencer vrias batalhas contra a polcia e escapar de outras tantas, Lampio e seu bando foram vencidos pela tropa do tenente Joo Bezerra. Era o fim do reinado de Virgulino Ferreira no serto. Os que conseguiram escapar se renderam mais tarde ou se juntaram a Corisco, o Diabo Loiro, numa tentativa insana de vingana que durou mais dois anos, at a morte deste em Brotas de Macabas, na Bahia. Estava decretado o fim do cangao.Para intimidar outros cangaceiros, a polcia exps suas cabeas na escadaria da Prefeitura de Piranhas, em Alagoas. No primeiro degrau, ficou a cabea de Lampio e, no de cima, a de Maria Bonita, sua mulher.
24. As cabeas dos cangaceiros.
25. Ordem das cabea dos cangaceiros.
26. Conte-me, e vou esquecer.
Mostre-me, e vou lembrar.
Envolva-me, e vou entender .
Confcio (551-479 AC)