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Bento de Jesus Caraça

Bento de Jesus Caraça. (1901-1948). A minha Biografia.

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Bento de Jesus Caraça

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Presentation Transcript


  1. Bento de Jesus Caraça (1901-1948)

  2. A minha Biografia Bento de Jesus Caraça nasceu a 18 de Abril de 1901, na Rua dos Fidalgos, em Vila Viçosa, numa modesta dependência do Convento das Chagas, onde se alojavam alguns criados da casa de Bragança. Era filho de trabalhadores rurais: João António Caraça e Domingas da Conceição Espadinha. viveu os primeiros cinco anos da sua vida na “herdade da Casa Branca”, na freguesia de Montoito, onde aprendeu a ler e escrever com um trabalhador, José Percheiro. A extraordinária rapidez com que aprendia impressionou a esposa de Raul de Albuquerque (de quem o pai de Bento era feitor), que decidiu tomar a seu cargo a educação do jovem.  Tendo concluído com distinção o exame de instrução primária em 1911, em Vila Viçosa, fez o curso liceal nos liceus de Santarém e de Pedro Nunes, em Lisboa, que terminou em 1918, ano em que ingressou no Instituto Superior do Comércio, posteriormente designado Instituto Superior de Ciências Económicas e Financeiras(I.S.C.E.F.), actual Instituto Superior de Economia e Gestão.

  3. Bento de Jesus Caraça na Década de 30 Bento de Jesus Caraça no seu lúcido e aparentemente sereno apostolado cultural e cívico. Para ele, a década de 30 (e os primeiros anos da década de 40) foi um período de intensa actividade universitária, cívica e cultural no sentido mais lato do termo, actividade de estudo e reflexão pessoal por um lado, igualmente de comunicação e socialização, por outro. Dedica-se à docência no Instituto Superior de Ciências Económicas e Financeiras; profere conferências na Universidade Popular Portuguesa e noutros âmbitos; colabora em jornais de combate(como O Diabo, O Sol )Nascente, Liberdade e O Globo ) e em revistas de doutrinação ( Seara Nova e Vértice ; publica obras científico-pedagógicas para o ensino das Matemáticas; funda o Centro de Estudos de Matemáticas Aplicada à Economia (1938); já em 1940 funda, com outros prestigiados Matemáticos, a Gazeta de Matemática e a Sociedade Portuguesa de Matemática. Em 1941 lançará um notável monumento da cultura portuguesa do século XX, a Biblioteca Cosmos, que surgiu como a materialização de um projecto de formação e divulgação que vinha prosseguindo desde uma década atrás através da Universidade Popular Portuguesa , a que a sua experiência pessoal e a rede de “cumplicidades” entretanto estabelecida entre a intelectualidade esclarecida conferiram imediato sucesso.

  4. Na década de 40A partir de 1942 a intervenção cultural e cívica de Bento de Jesus Caraça vai intensificar-se na sua vertente mais directamente política. O que não significa quebra de continuidade da sua acção pedagógica e científica. Por um lado assegura com dedicação, e o entusiasmo dos seus alunos, a cátedra no Instituto Superior de Ciências Económicas e Financeiras; em 1940 funda e dirige a Sociedade Portuguesa de Matemática e a Gazeta de Matemática (de colaboração com António A. Monteiro, M. Zaluar Nunes, J. Silva Paulo, Ruy Luís Gomes, A. Mira Fernandes); participa em 1942-44-46 como delegado nos Congressos da Associação Luso-Espanhola para o Progresso das Ciências; prossegue a sua acção como conferencista e publica obras para o ensino e a divulgação da Matemática; dirige a grande Biblioteca Cosmos (1941-48). Mas, por outro lado, empenha-se (ainda nos anos 30) no Socorro Vermelho Internacional, na Liga dos Amigos da URSS, no Comité Mundial Contra a Guerra e o Fascismo (e na sua secção a Liga Portuguesa contra a Guerra e o Fascismo), na Frente Popular Portuguesa, no Bloco Académico Antifascista (todas estruturas de resistência clandestinas). Já durante a Grande Guerra, é elemento central na constituição em 1943 do clandestino MUNAF (Movimento de Unidade Nacional Antifascista) e, logo após o termo da Guerra em 1945, do MUD (Movimento de Unidade Democrática), de que assumiria a vice-presidência e em nome do qual subscreverá representações e manifestos. Era o inicio de um acidentado e recorrente movimento cívico unitário de massas que viria a impulsionar a revolução democrática e nacional que eclodiria em 1974-75.

  5. Integrou o Conselho Administrativo da Universidade Popular Portuguesa desde a sua fundação, em 1919, quando era ainda estudante universitário, tendo assumido a sua presidência em Dezembro de 1928, encetando a sua reactivação . Reorganiza a biblioteca, cria um conselho pedagógico e prepara-se para organizar um cooperativa de cinema educativo. Realiza ali uma conferência sobre “Comércio e Finanças”, em 1927 ou 1928,um “Curso de Iniciação Matemática”, de 1931 a 1933, diversas conferências e palestras sobre os mais variados temas, de que se destacam: “Galileo Galilei, Valor científico e valor moral da sua obra “(1933), “A Arte e a Cultura Popular”(1936) , “Rabindranath Tagore”(1939) e diversas outras . No âmbito da mesma actividade de esclarecimento cultural dá aulas em cursos de aperfeiçoamento no sindicato do Arsenal da Marinha no princípio dos anos 30, profere a célebre conferência sobre “A Cultura Integral do Indivíduo Problema central do nosso tempo”, na União Cultural “Mocidade Livre”(1933) e sobre a “Escola Única”, na Sociedade de Estudos Pedagógicos(1935).

  6. Esta verdadeira “enciclopédia do saber”, pioneira mesmo a nível da Europa, publicou 114 títulos, com uma tiragem global de 793.500 exemplares (tiragem média por livro:6960 volumes). Nela publicou Bento Caraça o seu notável livro “Conceitos Fundamentais da Matemática” que revolucionou a abordagem da história da Matemática focada dum ponto de vista interdisciplinar e dialéctico.   Foi eleito Presidente da Direcção da Sociedade Portuguesa de Matemática para o biénio de 1943-44 e Delegado da Sociedade aos Congressos da Associação Luso-Espanhola para o Progresso das Ciências, de 1942 a 1944 e de 1946 a 1948.

  7. A subida do fascismo ao poder leva Bento Caraça a intensificar a sua actividade política quer a nível clandestino como militante comunista, quer a nível legal e semi-legal : participa activamente na Liga Portuguesa contra a Guerra e o Fascismo e no Socorro Vermelho Internacional; mais tarde participa na fundação do MUNAF, em 1943, e do MUD, em 1945. constantemente perseguido, nunca abdicou dos seus ideais. Acabou por ser preso pela PIDE e, posteriormente, demitido do seu lugar de professor catedrático do I.S.C.E.F., em Outubro de 1946.

  8. Bento de Jesus Caraça, morreu em Lisboa, a 25 de Junho de 1948, com apenas 47 anos de idade. O seu funeral transformou-se numa impressionante manifestação de pesar e de homenagem sentida a um dos maiores vultos da intelectualidade portuguesa que jamais traiu a sua humilde e honrada condição de classe.

  9. Bibliografia http://www.instituto-camoes.pt/cvc/ciencia/p19.html http://www.cgtp.pt/bjc/biografia/biografia.htm

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