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Alcoolismo: quem paga essa conta ?

Alcoolismo: quem paga essa conta ?. Dr. Sérgio de Paula Ramos Psiquiatra e Psicanalista Doutor em Medicina pela UNIFESP Coord. do Serviço de Psiquiatria do Sistema de Saúde Mãe de Deus(POA).

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Alcoolismo: quem paga essa conta ?

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Presentation Transcript


  1. Alcoolismo: quem paga essa conta ? Dr. Sérgio de Paula Ramos Psiquiatra e Psicanalista Doutor em Medicina pela UNIFESP Coord. do Serviço de Psiquiatria do Sistema de Saúde Mãe de Deus(POA)

  2. Evolução da prevalência de consumo de álcool, nicotina, maconha e cocaína, em adolescentes escolarizados na rede pública de ensino na cidade de Porto Alegre, nos anos de 1987, 1989, 1993 e 1997 CEBRID e (Ramos & Saibro, 2002)

  3. SINAIS E SINTOMAS DA SDA (Edwards & Gross,1987) • Empobrecimento do repertório • Relevância do beber • Aumento da tolerância • Sintomas repetidos de abstinência • Alívio ou esquiva dos sintomas de abstinência através de mais bebida • Percepção subjetiva da compulsão • Reinstalação rápida da tolerância após quebra da abstinência

  4. PROBLEMAS USO NOCIVO DEPENDÊNCIA DEPENDÊNCIA USO

  5. Quanto custam os problemas decorrentes do consumo de álcool, tabaco e outras drogas para uma empresa ?

  6. Impacto no Consumo pós abordagem (SESI)

  7. Impacto Econômico pós abordagem (SESI)

  8. Em resumo: Para cada R$ 1,00 aplicado no programa correspondeu uma economia de R$ 4,00

  9. Faces de uma Política X procura oferta controle e repressão prevenção

  10. Por uma Política Efetiva sobre o Álcool 1) Bebidas alcoólicas não deveriam ser consideradas como bens de consumo quaisquer, mas sim como algo que causa problemas econômicos, sociais e de saúde para os usuários e para a sociedade como um todo 2) Os problemas gerados pelo consumo de álcool são maiores que o alcoolismo.

  11. Principais Metas Afetar o mercado do álcool O nível e os padrões de consumo A ocorrência de problemas relacionados com o consumo

  12. O processo de formação das políticas deveria se inscrever num círculo que começasse pela obtenção de dados, prosseguisse na implementação de estratégias baseadas em evidências e que gerasse dados de avaliação sistemática, que, por sua vez, alimentassem novas estratégias.

  13. Medidas Sociais Propostas que contam com Apoios Relevantes • idade mínima para o consumo • campanhas de esclarecimento público • programas escolares educacionais • limites de concentração máxima de álcool para dirigir (diminuir para pessoas acima de 25 anos, zerar para os de 18 a 25)

  14. Medidas Propostas que Afetam o Mercado das Bebidas Alcoólicas • aumento da taxação (inclusive de forma diferenciada para, por ex, bebidas fermentados e destilados) • diminuição da acessibilidade (licenças para pontos de venda, horários de venda, restrição à áreas específicas em supermercados, etc.) • proibição de publicidade e patrocínios de eventos esportivos e artísticos-culturais

  15. Diadema: Homicídios por 1000 Residentes Laranjeira, 2004

  16. Nossos desafios • Reconhecer que os determinantes na arena são, como sempre, principalmente econômicos • Geração de dados econômicos. • Articulação com interesses econômicos contrariados, por ex., seguradoras de saúde, de automóveis, etc. • Elaboração de uma agenda mínima, sem grandes conflitos

  17. Resumo Álcool não é um produto qualquer e seu uso por adolescentes precede o de outras drogas Taxação é eficaz desde que não exceda o limite fomentador de produção clandestina É possível controlar a disponibilidade das bebidas alcoólicas e seu controle tem baixo custo Licença para pontos de venda é eficaz Álcool é o principal agente em acidentes de trânsito e violência Certeza de punição diminui consumo no volante Proibição da publicidade baixa consumo a médio e longo prazo

  18. E numa empresa, o que pode ser feito ? 1) Reconhecer que os transtornos por uso de álcool são freqüentes, atigem todos os níveis hierárquicos, causam sérios problemas para o usuário, sua família e para a empresa 2) A proximadamente 20% dos funcionários têm problemas por beber. 3) O desenvolvimento de programas centrados na valorização da vida saudável possibilitam que a empresa faça economia relevante, além de melhorar seu balanço social 4) Os programas mais bem sucedidos foram aqueles capazes de construir uma parceria com os sindicatos dos funcionários

  19. Medidas indicadas 1) Promoção coletiva da saúde: campanhas, folders, palestras, reforço positivo, incentivo de atividades lúdicas, etc… 2) Treinamento das chefias para suspeição precoce de casos 3)Treinamento dos profissionais de saúde para otimização diagnóstica nos exames médicos periódicos 4)Encaminhamento precoce para tratamento especializado ambulatorial (para pacientes e familiares)

  20. Medidas indicadas 5) Desenvolvimento de programa hospitalar em hospital geral 6) Ação na comunidade

  21. O diagnóstico EPIDEMIOLÓGICO: questionários (CAGE) bafômetro Clínico: história médica (atentar para queda de produtividade, atrasos, faltas e atestados) exame físico exames laboratoriais (gama-gt, tgp, tgo,colesterol,triglicirídios)

  22. CAGE: 2 ou mais = + Alguma vez o Sr.(a) sentiu que deveria reduzir a quantidade de bebida, ou mesmo parar de beberC de “cut down” As pessoas lhe aborrecem por criticar seu hábito de beber A de annoyed O(a) Sr.(a) se sente culpado (chateado(a) consigo mesmo(a) por beber g de guilty O Sr.(a) constuma beber pela manhã para diminuir seu nervosismo ou ressaca e de eye opnner

  23. A Ética do bafômetro INVASÃO DA PRIVACIDADE X O BEM COLETIVO

  24. E se vocês acharem tudo isso muito difícil, lembrem-se do que diz Mencken: Para todo problema complexo existe uma solução simples… e errada !!!

  25. MUITO OBRIGADO serramos@terra.com.br

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