1 / 21

CSO 089 – Sociologia das Artes

CSO 089 – Sociologia das Artes. Aula 7 – 16/04/2012 dmitri.fernandes@ufjf.edu.br auladesociologia.wordpress.com. Televisão , consciência e indústria cultural (1963).

sheryl
Télécharger la présentation

CSO 089 – Sociologia das Artes

An Image/Link below is provided (as is) to download presentation Download Policy: Content on the Website is provided to you AS IS for your information and personal use and may not be sold / licensed / shared on other websites without getting consent from its author. Content is provided to you AS IS for your information and personal use only. Download presentation by click this link. While downloading, if for some reason you are not able to download a presentation, the publisher may have deleted the file from their server. During download, if you can't get a presentation, the file might be deleted by the publisher.

E N D

Presentation Transcript


  1. CSO 089 – Sociologia das Artes Aula 7 – 16/04/2012 dmitri.fernandes@ufjf.edu.br auladesociologia.wordpress.com

  2. Televisão, consciência e indústria cultural (1963) • Adornopretendeenquadrar as “mensagensabertasouocultastransmitidasaoespectadorpelasproduções de TV” dentro do sistema de que a envolve. • Nãose podeisolar um únicofatorpara o estudo: a TV encontra-se atreladaaoesquemaabrangente da IC, queconfiguraumatotalidade e um “clima” (rádio, revistas, cinema, jornal e suastécnicas e efeitos).

  3. Um Novo Espírito do Mundo? • “A televisãopermiteaproximar-se da meta, que é ter de novo a totalidade do mundosensívelemumaimagemquealcançatodososórgãos, o sonhosemsonho; aomesmo tempo, permiteintroduzirfurtivamentenaduplicata do mundoaquiloque se consideraadequadoao real”. P. 346. • Manifetações da IC invademtodososâmbitosfora (e dentro) do trabalho: “nãoháespaço (…) paraquequalquerreflexãopossatomarar e perceberque o seumundonão é mundo”. P. 347.

  4. Força de sedimentação do existente • “É de se suporque a televisãofazdelas [pessoas] maisumavezaquiloque de qualquer forma jásão, sóqueaindamais do quejásão”. P. 347. • Segundo Freud, a sociedadeé fundadanarepressão do inconsciente, dos impulsosprimevos; IC realiza “trabalho” de manutençãoperpétua do refreamento do inconscienteembenefício do status quo.

  5. Entregaemdomicílio • TV diverge do cinema no sentido de queentranasresidências e formatode exibição é menor. • Torna-se significativoo desejoem se “aumentar” o tamanhodas telas (estamosfalando de texto dos anos 1960). É necessárionaturalizar o tamanhopara a identificação e a heroicização. • Aumento de tamanhotransformaria a percepçãoestilizada de “miniaturas”, o queimpediria, emtese, a meraduplicação do real. Aproxima-se dos quadrinhos, nestesentido.

  6. Integração de elementosdíspares • Adornoutilizarecursocomumemsuaobra: a homologia de obras de arte, técnicasouefeitos dos meiosde comunicação com governostotalitários e seuselementos. • “quantomaisoselementosdivergentessãointegrados sob a vontadeditatorial, mais a desintegraçãoavança, e tantomais se esfacelaaquiloquenão se vincula porsipróprio mas apenas é somado a partir do exterior. O mundosem lacunas de imagenstorna-se quebradiço”. P. 348. O quenão é garantia de resistência.

  7. Diminuição da Distância • Tal diminuição da distância entre produto e telespectador é traçadoliteral e figurativamente. • Arte para o consumidor: sendo um produtoestandartizado, deveapenaslheagradar o suficiente, semrequereratenção, concentração, esforço e compreensão. • “[imagens] devemdarbrilhoaosseucotidianocinzento, e se lheassemelharem no essencial (…). O que fosse diferenteseriainsuportável, porquerecordariaaquiloquelhe é vedado. Tudo se apresentacomo se lhepertencesse, porqueelepróprionão se pertence”. P. 349.

  8. Íntimo? • “O mundodesafiadoramentefrio se lheachegaconfiadamente, como se lhe fosse íntimo: ele se desprezanele”. P. 349. • Paródia à fraternidade e solidariedade. • TV evitalembrarqualquercoisaqueremeta à arte, à aura, à distância. Devehaverdublagem do mundo (luz). Fronteira entre realidade e imagemdeveser de continuidade. Imagemcomoparcela da realidade. • Realidade da TV recriaa e incidesobre a realidade.

  9. Conteúdo da TV • “É elucidativa a afirmação de que a televisãoleva à deterioração e não à melhora, de modosemelhanteaoqueocorreunaépoca da descoberta do registrosonoro, quando a qualidade social e estética do filme se viurebaixada com a introduçãodessainovação, semquehoje se possareintroduzir o filmemudo, oueliminar a televisão. O responsávelporisso, contudo, é o como e não o quê”. P. 350.

  10. Proximidade de Mudos • Adornorefere-se aqui à falta de capacidade de se dialogar e de se narrarnamodernidade e à situação de falsafraternidadeque “estultifica”, independentemente do conteúdo(W. Benjamin). • “Aquela ‘proximidade’ fatal da televisão, quetambém é causa do efeitosupostamentecomunitário do aparelho, emtorno do qualosmembros da família e os amigos, que de outra forma nãosaberiam o quedizerunsaos outros, se reúnememmutismo, (…) se torna o sucedâneo de umaimediação social que é vedadaaoshomens. Elesconfundemaquiloque é totalmentemediatizado e ilusoriamenteplanejado com a solidariedade, pelaqualanseiam”. P. 350.

  11. Audição X Palavras X Imagem • Audição é maisarcaica do que a visão; linguagem das imagenstelevisivas, no entanto, dispensamediaçãoconceitual, tornando-se maisprimitiva do quepalavras. • Nãoháprocesso de sínteseconsciente, háapenasimagensdespontecializadasqueassumempapel principal. • Discurso da TV é redundante; pessoassãodesacostumadas à palavra. Palavrana TV redobra o queestásendovisto, é comentário das indicaçõesderivadas da imagem.

  12. Voz do EspíritoObjetivo • Pesquisasprojetivas e psicanalíticasdeveriamserefetuadaspara se compeender de fatoosresultantes da recepçãotelevisiva (reaçõesespecíficasou “matar”o tempo livredestituído de sentido?). • Nãohámanifestaçãopura do inconscientecoletivona TV; hásimrelaçãomediata, cujosimpulsosreprimidosouinsatisfeitosencontramrealizaçãono consumo de produtosculturaisdotados de conteúdos deviolênciacrua e dessexuada, compondoumarelaçãocomplexa de leiturasubliminar das mensagenstelevisivas.

  13. Inconsciente • “Na medidaemque nesses é despertado e representadoemimagensaquiloquenelesdormitavaaonívelpré-conceitual, é-lhestambémdemonstradocomodevemcomportar-se”. P. 352. • “A vista é levadapelafitacomo se esta fosse a sentença, e no suave solavanco da mudança de cenasvira-se a página”. P. 352.

  14. Linguagem-Imagem • Ela é figura, meio de regressão, ondeprodutor e receptor se encontram. • Elatambém é escrita, reatualizando no inconsciente as imagensarcaicas de acordo com conteúdodeterminado, ouseja, moderno. • Imagens da TV sãomodelos de comportamentoquecorrespondemtantoàsestruturas do sistemaquanto à vontade dos controladores do sistema. • Linguagem-imageminvocamomentos da vidaconsciente e inconscienteaomesmo tempo no sentido de ajustaro públicoaoconformismo.

  15. Hieróglifopolissêmico • “Se um filmeapresentaumagarotareluzente, elepodeoficialmenteestar contra elaou a seu favor; elapodeserentronizadacomoheroína de sucessooupunidacomo “vamp”. Enquantolinguagem-imagem (signoescrito), porém, a garotareluzenteanunciaalgototalmentediferente dos dísticospsicológicosquesaem de suabocasorridente. A saber, a instruçãoddeque se deveserparecida com ela. O novo contexto, no qual as imagensdirigidas se encontram é, antes de tudo, o do comando”. In: Dialética do esclarecimento.

  16. Conformismo • Formas de reaçãoconfomistasjáhaviamsidoincorporadaspelaspessoas no sistemacapitalista antes mesmo do advento da IC. IC tão-somente as reafirma e tornarepetitiva a engrenagem do mundo, quejáestavapronta. • “Tantomaisela [IC] podeapontarque a culpa nãocabeaoassassino, mas aomorto: queelaajude a trazer à luzaquiloque de qualquer forma está no homem”. P. 353.

  17. Esmagar a emancipação • IC reduzhomens a formas de comportamentosinconscientes. • IC instituiprêmiosaoqueidolatra o existente, e sofrimentosaosquedescobremseussegredos. • Inconscientepassa a serpré-formadopela IC. • Sketches, estereótipos e urgênciaformatam o conteúdo das mensagenstransmitidaspela IC, engessando o funcionamento do esquemainconsciente-consciente.

  18. Estereótipos da TV • Têmcomofinalidadeassemelhar-se exteriormenteaohomem “comum”, emtodas as suasmaneiras de ser. • Conversasaparentementebanaisoulinguagens-imagensreafirmam a ode aoexistente, comoospreconceitos e o máximo a que se podeaspirarnavida – o sucesso. • Processo é descritoporAdornocomo de “aviltamentocivilizatório”.

  19. Arte • Protesto do inconscientedegradadopelacivilização; • Permiteaoinconsciente e aopré-conscienteque se consumampormeio do esforço da consciência e da individualização. • Na IC inconsciente é instigado a se manifestarautomaticamente, reduzindo-se à meraideologiaparaalvosconscientes.

  20. Síntese da Barbárie • “A circunstância de que, numafasenaqual a diferenciação e individualizaçãoestéticasforamelevadas com talforçalibertadoracomonaobraliterária de Proust, essaindividualizaçãosejarevogadaem favor de um coletivismofetichizado, alcado à condição de fimemsi, e posta a serviço de um punhado de aproveitadores, implicasancionar a barbárie”. P. 354.

  21. Desejos • Esperança de modificação do papel da TV sópodeser vista no todo da sociedade. • Habitual se passapelodiferente, mentiraquemantém o falsosentido do cotidiano de todos. • Abortanosindivíduos a capacidade de desejar o melhor. • “(…) a realização dos desejosraramenteredundapara o bem de quemexprimiu o desejo. (…) O seusonho de onipotência se realizacomoimpotênciatotal. Atéhoje as utopias só se realizamparaescorraçar o utópico dos homens e paracomprometê-los aindamais com o existente e com a fatalidade”. P, 354.

More Related