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Linha de pesquisa: construção social do Meio Ambiente.

Contribuições da Educação a Distância para a Educação Ambiental: utilização da rede sociotécnica na análise das concepções de meio ambiente e saúde no Polo de Nova Friburgo. Linha de pesquisa: construção social do Meio Ambiente. Orientadora: Prof a Dr a Fátima Teresa Braga Branquinho.

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Linha de pesquisa: construção social do Meio Ambiente.

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Presentation Transcript


  1. Contribuições da Educação a Distância para a Educação Ambiental: utilização da rede sociotécnica na análise das concepções de meio ambiente e saúde no Polo de Nova Friburgo. Linha de pesquisa: construção social do Meio Ambiente. Orientadora: Profa Dra Fátima Teresa Braga Branquinho Fátima Kzam Damaceno de Lacerda 13/02/2012

  2. O caminho percorrido: • Introdução • Capítulo 1 – Reflexões sobre os problemas ambientais vivenciados na atualidade e o papel da educação • Capítulo 2 – O nosso laboratório: o CEDERJ • Capítulo 3 – Os botões guardados na caixa de costura • Capítulo 4 – A Educação a Distância e a Educação Ambiental: discutindo a relação • Considerações finais

  3. Introdução • Problemas ambientais • Papel da educação • Formação de professores • Inclusão • Motivação da pesquisa Pergunta: “os cursos semipresenciais de formação de professores oferecidos pela UERJ/CEDERJ modificam as concepções prévias de seus alunos sobre meio ambiente e saúde?”

  4. Introdução • Objetivo: analisar e descrever mudanças nas concepções dos estudantes, a fim de coletar informações sobre o processo educacional na área ambiental que possam contribuir para EA e EAD. • Como? Utilização dos pressupostos da antropologia das ciências e das técnicas (Bruno Latour, 1994, 1997, 2001, 2004). Pesquisa qualitativa, abordagem antropológica do tipo etnográfica (etnografia de objetos).

  5. Premissa: Esta pesquisa tem como premissa que os objetos técnico-científicos agem, fabricam a sociedade à medida que são fabricados, sendo, portanto, híbridos: quase sujeitos – quase objetos. Desta forma, a sala de aula (presencial ou virtual) é considerada como um “laboratório” que pode ser observado através do ponto de vista proposto por Latour.

  6. Capítulo 1 – Reflexões sobre os problemas ambientais vivenciados na atualidade e o papel da educação • A crise da racionalidade e os limites da ciência “moderna”: moderno quem? (dualismos) • A educação e a ampliação da consciência ambiental • A relação sujeito-objeto na Educação: o que é sujeito e o que é objeto nas questões educacionais? • A Educação ambiental e suas redes

  7. Como fazer EA? • Para Latour é insustentável a distinção entre ciência e política, bem como entre a natureza (os objetos em si) e a cultura (os homens entre eles). • Ecologia Política dos coletivos de humanos e não humanos • Diálogo entre o saber científico e o saber popular • Temos desde sempre misturado nossas crenças, nossos deuses, nossas paixões com os objetos técnico-científicos que inventamos nos laboratórios.

  8. A Educação ambiental e suas redes • A adjetivação das Educações Ambientais: crítica, emancipatória, transformadora, para a cidadania, para o desenvolvimentos sustentável...EAs...EAs...(Carvalho, Loureiro, Layrargues, Guimarães, Lima, Novick, Sauvé). • Historicidade da Educação ambiental: tempo, tempo, tempo, tempo... “Jamais, desde as primeiras discussões dos Gregos sobre a excelência da vida pública, se falou de política sem falar de natureza...” (flecha do tempo). • O agenciamento da Educação ambiental nos cursos de formação de professores: reflexões e questionamentos Abordagens – disciplinar, multidisciplinar, interdisciplinar, transdisciplinar, transversal

  9. Importante!!!! Sem alterar o pressuposto teórico metodológico, a concepção de sujeito e objeto das propostas pedagógicas, não conseguiremos realizar através da EA uma crítica ao modelo hegemônico de fazer ciência, indispensável à emancipação a que se propõe!!!

  10. Considerar os objetos como híbridos de natureza e cultura traz consequências para a educação em ciências e ambiental, pois modifica nossa concepção de ciências... Propomos a inserção de uma linha pedagógica :A abordagem em que a ciência não é entendida como única verdade, ao contrário, é reconhecida como um saber que não está separado de valores e que interfere e muda a realidade, não sendo portanto um critério para a distinção entre as sociedades. Ecologia Política!

  11. Capítulo 2 – O nosso laboratório: o CEDERJ • Por que fazer uma etnografia? • A proposta do CEDERJ. • O Polo de Educação a Distância de Nova Friburgo

  12. 2.1 - Por que fazer uma etnografia? Coleta de dados: observação participante, análise documental, conversas e entrevistas semi-estruturadas • Cena 1- Questionários • Cena 2- Conversas e entrevistas • Cena 3- Visitas às escolas parceiras • Cena 4- Participação em Congressos • Cena 5- Visita à Secretaria de MA/MEC • Cena 6- Realização de cursos EAD • Cena 7- Pesquisa em sites de busca • Cena 8- Realização de eventos no Polo • Cena 9- Orientação de trabalhos de final de curso • Cena 10- Participação de projetos de IC, EIC, ID e extensão • Cena 11- Análise do material didático • Cena 12- Disciplinas PPGMA • Cena 13 – Escrever – pesquisar o familiar

  13. 2.2- A proposta do CEDERJ • UERJ - Universidade do Estado do Rio de Janeiro • UNIRIO - Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro • UENF - Universidade Estadual do Norte Fluminense • UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro • UFF - Universidade Federal Fluminense • UFRRJ - Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro • CEFET-RJ – Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca PrefeiturasMunicipais

  14. ▪ Licenciatura em Matemática - UFF e UNIRIO ▪ Licenciatura em Ciências Biológicas - UENF, UERJ e UFRJ ▪ Licenciatura em Física - UFRJ ▪ Licenciatura em Pedagogia - UERJ e UNIRIO ▪ Licenciatura em Química - UENF e UFRJ ▪ Licenciatura em Turismo - UFRRJ ▪ Licenciatura em História - UNIRIO ▪ Tecnologia de Sistemas de Computação - UFF (UFF e UFRJ) ▪ Administração e Administração Pública - UFRRJ • Licenciatura em Letras (UFF) • Tecnologia em Gestão de Turismo (CEFET-RJ)

  15. Localização dos Polos Regionais:

  16. Plataforma CEDERJ (AVA)www.cederj.edu.br

  17. Circuitos que mantêm o laboratório CEDERJ em atividade (LATOUR, 2001): • Mobilização do mundo – inserção dos atuantes não humanos • Autonomização – convencimento dos colegas • Alianças – UAB, CAPES, BNDES, Faperj, RedeRio, ministros, vereadores... • Representação pública – pessoas comuns • Vínculos e nós – união a coletivos cada vezmaiores

  18. 2.3 - O Polo de Educação a Distância de Nova Friburgo • Mobilização dos atuantes no Polo Friburgo

  19. Cursos de graduação semipresenciais (2011/2): • Curso de Pedagogia para as séries iniciais: 2003/2 – 2007/2, 52 alunos em curso, 206 estudantes formados (11 turmas), • Curso de Licenciatura em Pedagogia: desde 2008/1, 306 alunos em curso, • Curso Licenciatura em Ciências Biológicas: desde 2006/1, 380 alunos em curso, 7 estudantes formados. 738 estudantes de graduação Outras atividades: PVS, extensão, Pós Graduação

  20. Perto ou longe da universidade?

  21. A mobilização do mundo não se faz de maneira única...

  22. Capítulo 3 – Os botões guardados na caixa de costura • A caixa: relatos do trabalho de campo - Os botões: a classificação adotada - Misturando novamente os botões

  23. Síntese categorias Meio Ambiente

  24. Síntese categorias saúde

  25. Rede de categorias • Afastamento – bem individual • Religação – aspecto social • Aumento do senso crítico • Maior sensibilidade com relação aos outros • Aumento na auto-estima • Crescimento pessoal e profissional • Amadurecimento pessoal • Valorização da vida • Mudança de atitudes individuais • Crença no papel da tecnologia

  26. Síntese das categorias Meio Ambiente e Saúde

  27. “Foi muito bom, eu demorei muito pra fazer faculdade....por questões financeiras e tudo, foi uma oportunidade agora que eu tive...”. (40 anos, 6o período PSI). “eu passei a enxergar e valorizar muito mais todo tipo de vida depois do curso.” (21 anos, 8o período BIO). “eu passei a perceber as pessoas de uma outra forma, principalmente os alunos.” (ex-aluna) “você se vê mais responsável, atuante, questionador, mais crítico...” (47 anos, 3º período PSI) “ o nosso material didático nos faz pensar” (ex-aluna) “Paguei todos os meus pecados. Mouse eu não sabia nem o que era. A gente não consegue mais viver sem esta máquina, ela veio pra ficar. É uma humilhação pra gente, meus filhos sabem. É uma grande mudança que veio na nossa vida. Vc tem que ter um na sua casa, eu me sentia humilhada...” (53 anos, 6o período PSI, aluna cotista).

  28. O curso de graduação modifica a vida de seus estudantes no que se refere à utilização das TICs, • A TD é uma ferramenta importante no sistema CEDERJ, mas ainda é subutilizada pelos estudantes, • Opiniões divergem com relação à eficiência da TD (0800), • Utilização dos fóruns somente se for atividade obrigatória, • TP é a preferida! • Importância do MDI (atualizações) • Resgate do potencial avaliativo do MDI e TD (interatividade) • Atuantes não humanos não são utilizados em todo seu potencial • Preparo dos docentes para atuar na EAD – reprodução de práticas • Plataforma como quase sujeito – viva o moodle! • Dificuldade de acesso ao computador e internet – mistura de tempos • Modificação de concepções? Existência relativa...

  29. Capítulo 4 – A Educação a Distância e a Educação Ambiental: discutindo a relação • As facetas da EAD: este obscuro objeto híbrido (do desejo?) • A formação de professores via EAD • Racionalidade e emoção: o que isto tem a ver com EAD e EA? • A EAD como meio para realizar EA: alguns exemplos e concepções

  30. 4.1- As facetas da EAD: este obscuro objeto híbrido (do desejo?) Nomenclatura, preconceito, expectativas... • Políticas educacionais – interesses empresas • MEC, FMI, OMC, Banco Mundial • Coletivo: economia/ciência/moral/política • NTICs, EAD, órgãos internacionais: amigos ou inimigos? • Coletivo provisório - Externalização: quem é o inimigo?

  31. Bases legais e EAD: quem veio primeiro, o ovo ou a galinha? Legitimidade/legalidade dos objetos técnico-científicos: lei e demanda social • Onde estava a EAD antes da internet? Terra de contrastes – mistura de todos os tempos Existência relativa – coexistência de EADs • A relação sujeito-objeto na EAD: humanos e não-humanos entrelaçados na composição do coletivo

  32. 4.2- A formação de professores via EAD • Os professores que estão formando novos professores estariam preparados para trabalhar com estas novas tecnologias, ou para propor novas formas de relação ensino aprendizagem? • Mill (2010): EAD como modalidade para a formação de professores e formação de professores para a docência em EAD. • Oportunidade de ressignificação paradigmática: Educação como sistema aberto, conhecimento como processo viabilizado em rede, construção coletiva, autonomia do estudante (NEDER, 2006). • Críticas Berbat (2008), greve da USP (2009).

  33. Rede sociotécnica de um laboratório de EAD – Modelo CEDERJ (Modificado de LACERDA e BRANQUINHO, 2010).

  34. 4.3- Racionalidade e emoção: o que isto tem a ver com EAD e EA? • Maturana (1999): amor e aceitação do outro como legítimo outro na convivência • Papel do professor-tutor: amorosidade e acolhimento “A educação a distância inseriu-nos numa modalidade mediatizada pela tecnologia digital, que traz como desafio conjugar a agilidade da informação devidamente correlacionada à amorosidade das relações, integrando tecnologia, educação à distância e afeto.[...] Em nosso curso que já se diz a distância, urge a expressão do afeto como resgate da proximidade. A comunicação on-line agiliza a informação e pode nos proteger da intimidade. Nesse tempo aqui, tenho podido exercitar o meu olhar para ver, sentir e escutar o que vem do outro”. (TP, LICPED)

  35. 4.4 - A EAD como meio para realizar EA: alguns exemplos e concepções • Projeto EDAMAZ (SATO, 2000), • O Professor em construção (FARIA, FIORENTINI, BERTONI, 1996), • Curso básico de Educação ambiental a distância: questões ambientais, conceito história, problemas e alternativas (LEITE e MININI-MEDINA, 2000), • Fundação CECIERJ • Processo formador em Educação Ambiental a Distância (CGEAD/SECAD) • Instituto Biosfera – www.conhecer.org.br • Form-Ação em Educação Abiental e Agenda 21 escolar: elos da cidadania

  36. Considerações finais: • Utilizando como suporte teórico metodológico a noção de objeto híbrido que participa de redes sociotécnicas, apropriada da antropologia das ciências e das técnicas, foi possível analisar o papel da educação na modificação dos graves problemas ambientais vivenciados na atualidade sob o prisma da não modernidade: tentativas de purificação, agenciamentos, historicidade, composição de coletivos, fóruns híbridos; • Concebendo a questão política como uma escolha epistemológica, e portanto ligada ao que se entende por ciência, entendemos que é possível fazer uma Ecologia Política, isto é, uma ecologia sem distinção entre o que é científico e o que é político.

  37. Considerações finais: • Etnografia de objetos: o objeto estudado, quase-sujeito – o laboratório EAD – inter relaciona ao mesmo tempo, afetividade, conflitos, negociações e interesses, evidenciando a construção simultânea da natureza e da sociedade. Seus experimentos, protocolos e práticas se realizam sem muros; • O Polo é uma extensão da universidade: questionamos o componente territorial no qual se baseia a instituição universitária, entendendo que a produção de conhecimento pode ser então compartilhada pelos não especialistas e, mais do que isso, por atuantes que não possuem a ciência como instrumento de leitura do mundo. • Resultado-contribuição da tese: necessidade de convocação do coletivo! • Rede sociotécnica – existências relativas – indissociabilidade em entre atividade cognitiva e fatores sociais;

  38. Considerações finais: • Rede EAD brasileira reúne elementos de todos os tempos – híbrido de naturezas-culturas; • A EAD sempre esteve em toda parte; • Atuantes não humanos na rede EAD do Consórcio CEDERJ não são utilizados em todo seu potencial; • A EAD pode colaborar para democratizar a política de educação ambiental brasileira; • Educação-EAD-EA – nos moldes propostos por Latour – Educação cromática?

  39. EDUCAÇÃO

  40. As conclusões (provisórias) aqui apresentadas passam a ser uma contribuição teórica dupla, para o campo da EAD e para a EA: olhar para esses dois campos do conhecimento a partir do conceito de rede sociotécnica pode mudar a história da constituição desses campos e o seu futuro como campo político de produção de verdades sobre a realidade.

  41. O conceito de rede sociotécnica possui uma importante contribuição à pesquisa no campo da educação em geral e à educação em ciência, ambiente e saúde, em particular, por ampliar o entendimento da nossa relação com os objetos técnico científicos que invadem o cotidiano, entendendo-os como híbridos, quase-humanos, quase-objetos que participam conosco da construção da nossa realidade.

  42. Referências Bibliográficas: • BRANQUINHO, F.T.B. Contribuição da antropologia da ciência a educação em ciência, ambiente e saúde. In: Sociedade, Democracia e Educação: Qual Universidade? 27a ANPED. Petrópolis: Vozes, v. único, p. 91-100, nov., 2004. • LATOUR, B. Jamais fomos modernos: ensaio de antropologia simétrica. Rio de Janeiro: Editora 34, 1994. • ______. A esperança de Pandora: ensaios sobre a realidade dos estudos científicos. Bauru, SP: EDUSC, 2001. • ______. Políticas da natureza: como fazer ciência na democracia. Bauru, SP: EDUSC, 2004. • LATOUR, B.; WOOLGAR, S. Vida de laboratório: a produção dos fatos científicos. Rio de Janeiro: Relume Dumará, 1997. • MATURANA, H. Emoções e linguagem na educação e na política. Belo Horizonte: Editora UFMG, 1999. • VELHO, G. Observando o familiar. In: NUNES, E. (Org.) A aventura sociológica. Rio de Janeiro: Zahar, 1978. p. 123-132.

  43. Friburgo tem gente... Friburgo tem gente que chora, triste, profundamente magoada. Que vive o drama de perda de filhos, de pais, de toda a família, numa única noite de destruição... Friburgo tem gente que agoniza em hospitais, em casas e abrigos. Gente que, ainda tonta, mal entende o que aconteceu... Friburgo tem gente na rua, na poeira, surda de tantos barulhos urgentes de sirenes... Friburgo tem gente que fala, conversa; outros que teorizam, especulam; outros que adoram um palanque... Friburgo tem gente que cala. Friburgo tem gente que se embrenha na mata, na lama, no universo dos desaparecidos... Friburgo tem gente que perdeu o senso, a razão, que chega, inclusive, a triplicar o preço da água e só pensar na desvalorização de seu imóvel... Friburgo tem gente boa, solidária. Ao fundo, língua de barro escorrem entre o verde cintilante da floresta. Friburgo tem gente. André Lacerda, 21 de janeiro de 2011.

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