1 / 30

A Dislexia

Universidade Fernando Pessoa . A Dislexia. Disciplina : Avaliação Programação e Técnicas de Intervenção Pós Graduação em Domínio Cognitivo e Motor Docente: Doutora Fátima Paiva Discentes: Celeste Cordeiro Inês Pedro Marisa Claro

tex
Télécharger la présentation

A Dislexia

An Image/Link below is provided (as is) to download presentation Download Policy: Content on the Website is provided to you AS IS for your information and personal use and may not be sold / licensed / shared on other websites without getting consent from its author. Content is provided to you AS IS for your information and personal use only. Download presentation by click this link. While downloading, if for some reason you are not able to download a presentation, the publisher may have deleted the file from their server. During download, if you can't get a presentation, the file might be deleted by the publisher.

E N D

Presentation Transcript


  1. Universidade Fernando Pessoa A Dislexia Disciplina: Avaliação Programação e Técnicas de Intervenção Pós Graduação em Domínio Cognitivo e Motor Docente:Doutora Fátima Paiva Discentes:Celeste Cordeiro Inês Pedro Marisa Claro Sílvia Pereira

  2. Índice

  3. Introdução No âmbito da Disciplina , leccionada pela Professora Doutora Fátima Paiva foi-nos proposto a realização de um trabalho, cujo objectivo é apresentar uma problemática no âmbito das dificuldades de aprendizagem e as respectivas estratégias de actuação. Assim, cruzando algumas experiências e dificuldades dos vários membros do grupo, achámos pertinente não falar somente da dislexia e, na impossibilidade de abordar as quatro (dislexia, disgrafia, disortografia e discalculia), optámos por apresentar também a disgrafia.

  4. O conceito de Dislexia "A Dislexia é uma dificuldade duradoura de aprendizagem da leitura e aquisição do seu automatismo, junto de crianças inteligentes, escolarizadas, sem quaisquer perturbações sensoriais e psíquicas já existentes.” (APEDYS-França). Etimologicamente, a palavra dislexia deriva do étimo «dis», que significa dificuldade ou perturbação, e do étimo «lexia», que significa leitura em língua latina e linguagem em grego. Logo, o termo dislexia refere-se a dificuldades na leitura ou na linguagem. (Serra, 2002) “A Dislexia é uma dificuldade na aprendizagem da leitura que resulta lenta, silabada ou com erros, e que não pode ser explicada por ensino deficiente, défice cognitivo ou razões socioculturais.” (Antunes, A.L.,2009)

  5. Como funciona o cérebro humano ? A região inferior-frontalé a área da linguagem oral. É a zona onde se processa a vocalização e articulação das palavras e onde se inicia a análise dos fonemas. A subvocalização ajuda a leitura fornecendo um modelo oral das palavras. Esta zona está particularmente activa nos leitores iniciantes e disléxicos. A região occipital-temporalé a área onde se processa o reconhecimento visual das palavras, onde se realiza a leitura rápida e automática. É a zona para onde convergem todas as informações dos diferentes sistemas sensoriais e onde se encontra armazenado o “modelo neurológico da palavra”. A região parietal-temporalé a área onde é feita a análise das palavras. Esta área realiza o processamento visual da forma das letras, a correspondência grafo-fonémica, a segmentação e a fusão silábica e fonémica. Esta leitura analítica, que se processa lentamente, é a via utilizada pelos leitores iniciantes e disléxicos.

  6. Sinais de Alerta… Na Infância… • Atraso significativo na aquisição da linguagem. • Problemas de linguagem durante o seu desenvolvimento, em pronunciar determinados sons, linguagem muito infantil , … • Dificuldades de memorização e acompanhamento de canções infantis , rimas e das lenga-lengas. • Dificuldade na consciência e manipulação fonológica. • Falta de consciencialização ao nível da divisão dos sons das palavras e na consequente manipulação desses sons. • Moura (2010)

  7. Sinais de Alerta… Na Sala de Aula…. • Distrai-se com bastante facilidade, curtos períodos de atenção. • Melhores resultados nas avaliações orais do que nas escritas. • Dificuldades de memorizarão de informações verbais (memória de trabalho verbal). • Dificuldades ao nível da organização pessoal. • Apresenta “oscilações no processo de aprendizagem: nuns dias parece assimilar e compreender os conteúdos curriculares e noutros parece ter esquecido o que tinha aprendido anteriormente. • Lentidão na aprendizagem da leitura e escrita; • Dificuldades na descodificação grafema/fonema; • Na leitura de textos, inventa palavras; • A velocidade da leitura é inadequada para a idade; • Escrita com muitos erros ortográficos e a qualidade deficiente da caligrafia; • Dificuldades graves ao nível da organização das ideias no texto e da construção frásica; • Criação de estratégias e truques para fugir à leitura. ( Moura, 2010) • Revela contudo grande imaginação e criatividade, bom raciocínio lógico e abstracto, podendo evidenciar capacidades acima da média, destacando-se em áreas que não exijam a leitura e a escrita.

  8. Causas da Dislexia (Figueiredo, 1991)

  9. Tipos de Dislexia

  10. Como o leitor disléxico decifra um texto escrito A leitura integra dois processos cognitivos distintos e indissociáveis: a descodificação (a correspondência grafofonémica) e a compreensão da mensagem escrita. Deste modo, para que um texto escrito seja compreendido tem que ser primeiro lido, isto é, descodificado. O défice fonológico dificulta apenas a descodificação. Todas as competências cognitivas superiores, necessárias à compreensão, estão intactas: a inteligência geral, o vocabulário, a sintaxe, o discurso, o raciocínio e a formação de conceitos. Shaywitz,( 2008)

  11. De acordo com o esquema (fig. 1 ), usar o contexto consome tempo. Uma vez que a via directa para o significado não está ao alcance do leitor disléxico, ele tem de aplicar a sua inteligência, o seu vocabulário e raciocínio ao contexto em que se encontra a palavra desconhecida, para aceder ao respectivo significado. Isto significa encontrar uma via secundária para a leitura, a qual exige tempo extra. Texto Descodificação Significado Tempo extra Shaywitz,( 2008)

  12. Factores a ter em conta antes do diagnóstico definitivo de Dislexia … • Imaturidade ou falta de vontade para aprender; • Problemas emocionais; • Métodos de ensino/ aprendizagem inadequados; • Falta de conhecimentos científicos/ culturais; (Samaia, sd. )

  13. O Papel do Professor de Educação Especial O papel dos Psicólogos Educacionais e Técnicos de Educação Especial é, em primeiro lugar, confirmar o diagnóstico e definir as dificuldades que a criança apresenta, para depois trabalhar de forma lúdica, de forma a tornar esse esforço menos penoso (mas atenção! Só se aprende a ler…lendo!) Não se pode diagnosticar Dislexia antes de uma criança iniciar a aprendizagem da leitura. (Antunes, 2009)

  14. As Características mais frequentes nos alunos Disléxicos… • Substituição de letras, sílabas ou palavras que se assemelham graficamente (a-o, e-c, f-t, m-n, v-u); • Inversão de letras com grafia semelhante (b/p, d/p, d/q, b/q, b/d, n/u, a/e); • Troca de sílabas inversas (em/me, sol/los, las/sal, par/pra.) • Adição ou omissão de sons (casa> casaco, prato > pato) • Na leitura, pula linhas ou volta à anterior. • Leitura faseada: palavra a palavra, sílaba a sílaba, ou letra; • Ritmo lento de leitura (para a idade). • Ao ler, move os lábios e murmura.

  15. As Características mais frequentes nos alunos Disléxicos… (continuação ) • Dificuldades de orientação espacial, nomeadamente pela incapacidade de distinguir direita de esquerda. • Dificuldade de memorização de sequências, mesmo as mais simples como letras do alfabeto, dias da semana, meses do ano, as horas. • Dificuldade de memorização de acontecimentos passados como datas importantes. • Dificuldades em nomear objectos, nomes, sons, palavras ou mesmo letras. • Dificuldade de elaboração de textos escritos espontâneos, como ditados e composições.

  16. Estratégias para construir uma ponte para o sucesso… • O Papel do computador no processo de ensinar uma criança disléxica a ler: • com o recurso aos meios audiovisuais, disponibilizados • Por exemplo em CD-ROM, as crianças podem seleccionar palavras, • expressões ou páginas inteiras especificas que ouvirão serem-lhes • lidas em voz alta pelo computador. • A motivação é crucial na aprendizagem e pode ser reforçada aderindo a alguns princípios simples: • A criança disléxica, necessita de saber que o professor se preocupa com ela; • A motivação aumenta quando a criança tem alguma noção de controlo, tal como ter opção nos trabalhos a realizar (que livro irá ler ou que tópico irá desenvolver); • A criança necessita de ver de alguma forma reconhecido o facto de trabalhar afincadamente. O professor deve valorizar todo o seu esforço para atingir os objectivos. Shaywitz,( 2008)

  17. Não estimule a competição com colegas nem exija que ele responda no mesmo tempo que os demais. Oriente o aluno para que escreva em linhas alternadas, para que tanto ele quanto o professor possam entender o que escreveu e corrigi-los. Quando a criança não estiver disposta a fazer a lição, esporadicamente, não a force. Procure alternativas mais atractivas para que ele se sinta estimulado. Nunca critique negativamente os seus erros. Procure mostrar-lhe onde errou, porque o fez e como evitá-los. Mas não exagere nas correcções, isso pode desmotivá-lo. Procure mostrar apenas os erros mais relevantes. Peça aos pais que releiam os textos escritos pelos filhos sem os criticarem por não conseguirem fazê-lo, pois a criança pode esquecer o que foi lhe pedido e/ou não conseguir ler as instruções. Shaywitz,( 2008)

  18. Ensino através do recurso aos pares O objectivo é fazer com que um aluno com elevado rendimento ajude o colega que tenha dificuldades. Por exemplo, a leitura partilhada permite que os alunos com dislexia observem a forma como as estratégias de leitura são usadas pelos colegas. (Hennigh, 2008) Leitura partilhada A leitura partilhada constitui um momento agradável, cheio de energia, durante o qual as crianças interagem entre si e com o texto, num ambiente não intimidamente . (Routman, 1998. citado por Hennigh, 2003 ) Tutorias estabelecidas com alunos de diferente idades O objectivo é que o aluno mais velho reforce competências de leitura essenciais e promova uma perspectiva positiva da leitura, enquanto que o aluno mais novo recebe atenção particularizada. Isto auxiliará o professor que tem um aluno disléxico mais velho na sala de aula, na medida em que lhe permitirá desenvolver a responsabilidade, o reforço de competências indispensáveis e a auto-estima de forma positiva. (Hennigh, 2003)

  19. Para a Dislexia não existem remédios …só o treino faz com que as dificuldades sejam minimizadas !!! Os estudos que diferenciam os disléxicos em subtipos têm contribuído para que os investigadores considerem, cada vez mais, a dislexia como um conceito indicador não de um distúrbio único, mas de vários problemas relacionados com a aprendizagem da leitura e da escrita. Por isso, muitas vezes, à Dislexia podem estar associadas a Disgrafia, a Discalculia e a Disortografia. (Rebelo, 1993).

  20. A Disgrafia A escrita, de um modo geral, tem sido menos estudada mas, normalmente, o atraso na leitura traz associado o atraso na escrita. • Ao nível da escrita podem surgir dois tipos genéricos de problemas : • a disgrafia– que se prende com a codificação escrita, isto é, com problemas de execução gráfica e de escrita das palavras; • adisortografia– que se relaciona com a composição escrita, ou seja, destaca problemas ao nivel da planificação e da formulação escrita (Baroja, Paret & Riesgo, 1993; Monedero, 1989; Fonseca, 1984, citado em Cruz, 1999).

  21. O conceito de Disgrafia « A disgrafia é a falta de habilidade motora para transpor através da escrita o que captou no plano visual ou mental, a criança apresenta lentidão no traçado e letras ilegíveis. É uma desordem resultante de um distúrbio de integração visual-motora. Isso acontece devido a uma incapacidade de recordar a grafia da letra. Também conhecido como letra feia. A criança com esse tipo de dificuldade não possui deficiência visual nem motora, e tão pouco qualquer comprometimento intelectual ou neurológico. No entanto não consegue transmitir informações visuais ao sistema motor.» (Magalhães etal., sd.) A Disgrafia atinge cerca de 8% das crianças, em regra em associação com outros problemas, nomeadamente a Dislexia. (Antunes, 2009)

  22. Tipos de Disgrafia • Disgrafia perceptiva • - não consegue fazer a relação entre o sistema simbólico e as grafias que representam o sons, as palavras e frases; • - associada à leitura e à escrita. • Disgrafia motora (discaligrafia) • - consegue falar e ler; • - dificuldades na coordenação • motora fina (escrever as letras, • palavras e números); • - vê a figura gráfica, mas não • consegue fazer os movimentos • para escrever.

  23. Problemas associados à Disgrafia … • Pedagógicas • Orientação deficiente e inflexível; • Dificuldade de mudança de letra de imprensa para letra manuscrita; • Ênfase excessiva na qualidade ou na rapidez da escrita; • Prática da escrita como actividade isolada das exigências gráficas e das restantes actividades discentes. • Pessoais • Maturidade física; • Motora; • Inaptidão para a aprendizagem das destrezas motoras; • Falta de habilidade para pegar no lápis; • Adopção de posturas incorrectas; • Défices em aspectos do esquema corporal e da lateralidade.

  24. Biológicos: • Perturbação da lateralidade, do esquema corporal e das funções perceptivo-motoras. • Perturbação da eficiência psicomotora (motricidade débil): • - perturbações ligeiras do equilíbrio e da organização cinético-tónica; • - instabilidade • (APPDAE, 2010)

  25. Características Gerais da Disgrafia… • Dificuldade no traçado correcto das letras • Falta de paralelismo nas linhas • Letra ilegível e de tamanho irregular da • Alterações na pressão/ preensão do instrumento de escrita • Lentidão na escrita;

  26. Características da Disgrafia • Escrita desorganizada; traços irregulares ou muito fortes que chegam a marcar o papel ou muito leves); • Desorganização geral na folha por não possuir orientação espacial; • Desorganização do texto,pois não conservam a margem parando muito antes ou ultrapassando, quando este último acontece, tende a amontoar letras na borda da folha; • Desorganização das letras:letras retocadas, hastes mal feitas, atrofiadas omissão de letras, palavras, números, formas distorcidas, movimentos contrários a escrita ( um s ao invés do 5, por exemplo); • Desorganização das formas: tamanho muito pequeno ou muito grande, escrita alongada ou comprida; liga as letras de forma inadequada e com espaçamento irregular O Disgráfico não apresenta características isoladas, mas um conjunto de algumas destas citadas.

  27. Estratégias para combater a Disgrafia … • Consciencialização do aluno para o seu problema e simultânea desdramatização das dificuldades; • Estimulação linguística global; • Um atendimento individualizado complementar à escola; • Recurso ao reforço positivo sempre o aluno consiga realizar uma tarefa difícil. • Evitar o uso de canetas vermelhas na correcção dos cadernos e provas. • Os agentes educativos ( pais, professores,…) devem evitar repreender a criança; • Em termos escolares, privilegiar a expressão oral. • Encorajar a expressão através de diferentes materiais (plasticina, pinturas e lápis). Todas as tarefas que impliquem o uso das mãos e dos dedos são positivas. • Incitar a criança a recortar desenhos e figuras, a fazer colagens e picotar. • Promover situações em que a criança utilize a escrita • (ex.: escrever pequenos recados, fazer convites e postais). • Fazer actividades como contornar figuras, pintar dentro de limites, ligar pontos, seguir um tracejado, etc. • Deixar a criança expressar-se livremente no papel, sem corrigir nem julgar os resultados.

  28. Conclusão Ao longo deste trabalho, abordámos duas problemáticas comuns em crianças e adolescentes das escolas onde leccionamos: a Dislexia e a Disgrafia. De uma forma geral, apresentámos a sua natureza e indicámos algumas estratégias para contornar os diversos obstáculos por elas impostos. Deste modo, ficámos a conhecer mais profundamente um conjunto de possíveis formas de trabalhar a Dislexia e a Disgrafia, que além de nos serem úteis no imediato poderemos vir a complementar futuramente com novos conhecimentos. Assim sendo, este documento constitui para nós, professoras de educação especial ainda em formação, um ponto de partida, que nos permite simultaneamente fazer face a alguns obstáculos com que nos temos deparado e assegurar uma melhor aprendizagem para os nossos alunos.

  29. Bibliografia • Antunes, L.M.(2009). Mal Entendidos. Verso de Kapa. • Figueiredo, M (1991). Projecto de Formação contínua à distância Bola de Neve. Língua Portuguesa . Tema 2 Dislexia. Sl., se. • Shaywitz, S(2008). Vencer a Dislexia: Como dar resposta às perturbações da leitura em qualquer fase da vida. Porto Editora. • Hennigh, A. K. (2003).Compreender a Dislexia: um guia para pais e professores. Porto Editora

  30. Webgrafia • Samaia, S. (2008) «Distúrbios e transtornos» . Texto disponível on-line em http://prolilipropathy.blogspot.com/2008/09/disturbio-e-transtornos.html, consultado em 19 de Fevereiro de 2010. • Moura, A. (2009) «O que é a dislexia?» texto disponível on-line em http://psicopedagogiaeducacao.blogspot.com/2009/10/o-que-e-dislexia.html, consultado em 28 de Fevereiro de 2010. • Moura, O (2010) «Portal da Dislexia». texto disponível on-line em http://www.dislexia.web.pt/, consultado em 20 de Março de 2010. • Santiago, J. C. ( 2005) « Causas e Tratamentos da dislexia» . Texto disponível on-line em http://www.jcsantiago.info/dislexia.html, consultado em 19 de Fevereiro de 2010. • Sem autor «Dislexia e disgrafia» texto disponível on-line em disponível em http://www.educ.fc.ul.pt/icm/icm2000/icm32/dislexia/disgrafia.htm, consultado em 27 de Fevereiro de 2010. • APPDAE - Associação Portuguesa de Pessoas com dificuldades de Aprendizagem Específicas (2010). «Disgrafia» texto disponível em http://www.appdae.net/disgrafia.html, consultado em 17 de Março de 2010. • Guerreiro, s. (2007) « Dislexia, Disortografia e Disgrafia» in Cravo e Canela. Texto disponível on-line em http://soniaguerreiro.blogs.sapo.pt/56791.html, consultado em 19 de Fevereiro de 2010.

More Related