1 / 95

Caso Clínico: Desnutrição com hipoproteinemia

Internato de Pediatria – HRAS Escola Superior de Ciências da saúde Aluno: Gustavo Lessa Batista Coordenação: Elisa de Carvalho Escola Superior de Ciências da Saúde (ESCS0/SES/DF) www.paulomargotto.com.br (Pediatria ESCS). Caso Clínico: Desnutrição com hipoproteinemia. Caso Clínico.

toki
Télécharger la présentation

Caso Clínico: Desnutrição com hipoproteinemia

An Image/Link below is provided (as is) to download presentation Download Policy: Content on the Website is provided to you AS IS for your information and personal use and may not be sold / licensed / shared on other websites without getting consent from its author. Content is provided to you AS IS for your information and personal use only. Download presentation by click this link. While downloading, if for some reason you are not able to download a presentation, the publisher may have deleted the file from their server. During download, if you can't get a presentation, the file might be deleted by the publisher.

E N D

Presentation Transcript


  1. Internato de Pediatria – HRAS Escola Superior de Ciências da saúde Aluno: Gustavo Lessa Batista Coordenação: Elisa de Carvalho Escola Superior de Ciências da Saúde (ESCS0/SES/DF) www.paulomargotto.com.br (Pediatria ESCS) Caso Clínico: Desnutrição com hipoproteinemia

  2. Caso Clínico • Identificação: • J.M.S.R., 1 ano e 9 meses de idade, natural de Brasília-DF, procedente de Pedregal. • QP: vômitos e febre há 3 dias • HDA: • Criança com história de vômitos e febre há 3 dias, internado no Hospital do Guará com diagnóstico de pneumonia e sepse, tratado com diversos esquemas terapêuticos, sem melhora. • Transferido para enfermaria de DIP do HRAS, com tratamento para pneumonia por Pneumocistis jiroveci. • Apresentou piora clínica, caracterizada por edema e insuficiência respiratória, sendo transferido para UCIP do HRAS.

  3. Caso Clínico • HPP: varicela com 1 ano e 5 meses. • HFis: Pré-natal 3 consultas, sem intercorrências. GII PII AO. Parto cesariano.chorou ao nascer. PN:2770g. E:51cm. PC: 33cm. Eliminação de mecônio no 1º dia de vida. queda do coto umbilical com 3 dias. • Vacinação em dia. • HF:Mãe,21 anos, traço falcêmico, HIV negativo • Pai, 22 anos, saudável. Tabagista. • Irmã, 5 anos, saudável. • Nega consangüinidade.

  4. Caso Clínico • HS: reside em casa de alvenaria, com água e esgoto encanado, luz elétrica. Água filtrada. • H alimentar: • Leite materno exclusivo até 6 meses • Introdução de leite de vaca, carne, trigo e guloseimas antes de 1 ano de vida. • Antes da internação: Leite materno + 2 refeições de sal (arroz, feijão, legumes, caldo da carne) + 2 lanches (suco, pão, biscoito) + 1 mamadeira com mucilagem.

  5. Caso Clínico • Na UCIP apresentava hepatomegalia, ascite, desnutrição e edema generalizado. • Intubado, Ventilação mecânica, Suporte hemodinâmico, NPT. • Tratado com SMX-TMP (10 dias), Fluconazol IV (7 dias) e Anfotericina B lipossomal (8 dias), e Meropenem (14 dias). Hemoconcentrados. • Imunoglobulina IV para reposição por 3 dias.

  6. Caso Clínico • Manteve evolução grave e edema generalizado, suscitando suspeita de Sd veia cava superior. Ecocardiograma: • Albumina 1g/kg/dia (24/01 a 03/02) e furosemida (25/01 a 13/02), com regressão do edema. • Paracentese  espironolactona. Disfunção ventricular esquerda leve a moderada- FEj=47%

  7. Caso Clínico • Tentado dieta trófica  vômitos fecalóides. • Avaliado pela Cirurgia Pediátrica que suspeitou de semi-obstrução intestinal ou distúrbio hidroeletrolítico (hipocalemia na ocasião), porém radiografia de abdome não apresentava indicação cirúrgica. • Evoluiu com 2 paradas cardiorrespiratórias nesta noite, com rápida recuperação após manejo volumétrico, respiratório e medicamentoso.

  8. Caso Clínico • Evoluiu com melhora clínica, radiológica e laboratorial. Extubado com sucesso. • Manteve drenagem de líquido bilioso por SNG, mas apresentando evacuações raras e abdome sempre flácido. • Tentado dieta enteral por diversas ocasiões, porém com aumento do débito por sonda. Necessitou reposições de potássio devido perda gástrica.

  9. Caso Clínico • Houve piora clínica e suspeita de semi-obstrução intestinal em mais 2 ocasiões. • Dificuldade fechar diagnóstico • Não distendia • Evacuações • Sonda produtiva sem vômitos • Progressão lenta do contraste • Intervenção cirúrgica dia 13/02: Estenose de jejuno com várias aderências locais. Ressecção de segmento de jejuno (10 cm) + anastomose jejuno-jejunal.

  10. Caso Clínico • Recuperação pós-operatória sem intercorrências. • Recebeu alta para enfermaria e encaminhado para ambulatório.

  11. Data 22/01 23/01 26/01 27/01 28/01 30/01 Hb/Htc 12,6/ 38 11/ 37 9,3/ 28 8/ 24,4 Leuc 21900 18900 10300 13900 Plaq 152000 125000 55000 80000 AST/ALT 30/ 35 43/ 52 43/ 82 78/143 62/121 36/ 71 Na+/K+ 133/4,1 110/3,7 134/3,4 137/2,8 132/2, 133/2,5 PT/Alb 2,8/ 1,3 3,2/ 1,0 3,6/ 1,3 4,2/ 2,9 Caso Clínico 2 Sorologias:VDRL, Toxoplasmose, CMV, Hepatite A, B e HIV: negativos • Recuperação pós-operatória sem intercorrências. • Recebeu alta para enfermaria e encaminhado para ambulatório da gastroenterologia pediátrica.

  12. Seg 65% Seg 61% Bast 05% Bast 01% Linf 25% Linf 30% Eos 02% Eos 03% Bas 01% Bas 02% Mono 02% Mono 03% Exames Laboratoriais • Diferencial do leucograma final: • Diferencial do leucograma inicial:

  13. Exames Laboratoriais • TAP: 100% • EAS: normal (sem proteinúria) • EPF: negativo

  14. Resumo • Pcte de 1 ano e 9 meses. • Antecedentes de varicela (1 ano) e erro alimentar. • Vômitos e febre há três dias. • Pneumonia grave. • Insuficiência respiratória. • Desnutrição, com hipoproteinemia. • Septicemia. • Hepatomegalia. • Anasarca, com ascite.

  15. Resumo • Insuficiência cardíaca. • Semi-obstrução intestinal. • Intervenção cirúrgica que revelou uma estenose de jejuno com várias aderências locais. • Ressecção de segmento de jejuno (10 cm) + anastomose jejuno-jejunal. • Melhora clínica.

  16. Pneumonia grave Septicemia + Desnutrição Causa? + Estenose de jejuno Semi-obstrução intestinal

  17. aspiração? Pneumonia grave imunodeficiência secundária? desnutrição (hipoproteinemia) Septicemia hepatomegalia edema + ascite insuficiência cardíaca

  18. Desnutrição (hipoproteinemia) primária: secundária: - ingestão inadequada - perda gastrointestinal - má absorção - falha na síntese protéica (hepatopatias) - catabolismo aumentado (neoplasias) - doença renal (proteinúria) - lesões cutâneas (queimaduras) - doenças cardíacas (aumento da pressão ou obstrução linfática)

  19. Diagnósticos Diferenciais mais prováveis • Estão entre as doenças infecciosas ou inflamatórias que cursam com má absorção ou perdas gastrointestinais de proteína e que podem apresentar estenose de jejuno. • Devemos lembrar que o quadro pulmonar é um acometimento agudo e a desnutrição um acometimento mais crônico.

  20. Diagnósticos Diferenciais mais prováveis • Fibrose cística má absorção • Gastroenteropatias perdedoras de proteína • Alterações linfáticas • Alterações da mucosa intestinal • vasculites

  21. Gastroenteropatias perdedoras de proteínas • Alterações linfáticas • Linfangiectasia intestinal primária • Linfangiectasia intestinal secundária • Carcinomas retroperitoneais • Insuf. cardíaca direita grave • Intoxicação por arsênio • Má rotação • Pericardite constritiva • Pós-cirurgia de Fontan • Quimioterapia • Radioterapia • Sarcoidose

  22. Gastroenteropatias perdedoras de proteínas • Alterações da mucosa intestinal • Causas infecciosas • Clostridium difficile, Helicobacter pylori, Salmonella, Shigella • Tuberculose extra-pulmonar • Supercrescimento bacteriano • Vírus (rotavírus) • Parasitas (Giardia lamblia, Strongyloides stercoralis) • Causas inflamatórias e imunológicas • Doença de Ménétrier • Gastroenteropatia eosinofílica • Alergia alimentar • Doença celíaca • Doença do enxerto vs hospedeiro • Enterite por irradiação • Imunodeficiência comum combinada • Jejunite ulcerativa • Enterocolite necrosante • Doença de Hirschsprung • Doença inflamatória intestinal

  23. Gastroenteropatias perdedoras de proteínas • Vasculites • Artrite reumatóide • Dermatomiosite • Doença de Behçet • Doença mista do tecido conjuntivo • Esclerodermia • Lúpus eritematoso sistêmico • Poliarterite nodosa • Púrpura de Henoch-Schönlein • Síndrome hemolítico-urêmica • Vasculite pós-transplante de medula óssea

  24. Fibrose Cística • Doença de herança autossômica recessiva. • População caucasiana, 1: 2.500 nasc. Vivos. • Mutação no gene FS1, que codifica a proteína reguladora da condutância transmembrana (CFTR). • Altera o transporte de água e eletrólitos nas células dos aparelhos respiratório, digestório, hepatobiliar, reprodutor e das glândulas sudoríparas. • Pneumonias bacterianas recorrentes + DPOC (muco viscoso com diminuição do clerance mucociliar + aumento da resp. inflamatória)

  25. Fibrose Cística • Elevação do cloro no suor. • Azoospermia obstrutiva. • Insuficiência pancreática exócrina (diarréia, esteatorréia, hipoproteinemia, edema, distúrbio de coagulação). • Íleo meconial (distensão abdominal, vômitos e ausência de eliminação de mecônio 24-48hs). • Síndrome de obstrução intestinal distal (obstrução ileal por material fecal cólica e distensão abdominal). • Diagnóstico: teste do suor (Cl ≥ 60 mEq/L). • Não cursa com estenose de jejuno.

  26. Tuberculose Extra-pulmonar • Agente etiológico: Mycobacterium tuberculosis ou M. bovis ou M. africanum. • Disseminação linfo-hematogênica (primo infecção) ou mais raramente por deglutição de bacilos pulmonares (forma gastrointestinal). • Focos extra-pulmonares estão em um ambiente inóspito para o BK (↓ tensão de O2). • Forma muito mais rara que a pulmonar e quando ocorre, é caracteristicamente pauci-bacilar, dificultando o seu diagnóstico bacteriológico.

  27. Tuberculose Extra-pulmonar • Tuberculose Gastrointestinal • Pode acometer qualquer segmento do tubo digestivo, além das ‘glândulas’ digestivas fígado e pâncreas. • Dois tipos principais: hepatite granulomatosa e tuberculose íleo-cecal. • O primeiro é diagnosticado por biópsia. A clínica é de febre, dor abdominal, hepatomegalia e aumento das enzimas hepáticas, especialmente a fosfatase alcalina.

  28. Tuberculose Extra-pulmonar • O segundo (TB íleo-cecal) tem um quadro muito semelhante à doença de Crohn, com alteração dos hábitos intestinais (diarréia ou constipação), má absorção com esteatorréia, obstrução intestinal (estenose), massa palpável em FID, dor abdominal, perda ponderal (desnutrição/hipoproteinemia) com febre baixa, fístula. • O jejuno e íleo próximo às placas de Peyer e o apêndice são os locais mais acometidos. Os achados típicos são úlceras rasas. • A adenite mesentérica geralmente complica a infecção. Os nodos aumentados podem causar obstrução intestinal ou erodir o omento, causando peritonite generalizada.

  29. Tuberculose Extra-pulmonar • Antigamente, a ingestão de leite não pasteurizado associava-se freqüentemente à TB íleo-cecal pelo M. bovis. • Cultura de fezes positiva pode ocorrer na TB pulmonar, mesmo sem haver o comprometimento intestinal. • O diagnóstico é pela biópsia guiada por colonoscopia ou laparotomia. • Deve-se suspeitar da doença em qualquer criança com queixas gastrointestinais crônicas e um PPD reator.

  30. Tuberculose Extra-pulmonar • Dados negativos: • Sem história ou evidências de TB pulmonar prévia. • Sem PPD. • Ausência de queixas gastrointestinais crônicas. • Rápida recuperação clínica após a cirurgia.

  31. Gastroenteropatia Eosinofílica • Doença crônica, benigna, rara, de etiologia desconhecida. • Predominante em adultos jovens, embora também ocorra em crianças. • Caracteriza-se por densos infiltrados eosinofílicos do trato gastrointestinal e, habitualmente, eosinofilia no sangue periférico (pode estar ausente). • Acomete com mais freqüência o estômago e o intestino delgado (íleo, jejuno e duodeno respectivamente) e, mais raramente, o colon e o reto, sendo possível o acometimento de uma ou várias dessas áreas. • Os sinais e sintomas relacionam-se ao local, à extensão e à camada da parede intestinal envolvida.

  32. Gastroenteropatia Eosinofílica • Mucosas (comumente idiopática e por sensibilidade a proteínas): • Vômitos, diarréia, retardo do crescimento, dor abdominal, atopia, alergia alimentar, disfagia, pirose, edema periférico, hipoalbuminemia, anemia, perda de sangue oculto, colite eosinofílica. • Forma mais comum. • Envolvimento habitual do estômago (antro) e/ou do intestino delgado

  33. Gastroenteropatia Eosinofílica • Cerca de ⅓ dos pctes pediátricos têm história pessoal ou familiar de doença atópica e/ou alergia alimentar, com elevação de IgE total ou específico para alimentos, ou testes cutâneos positivos.

  34. Gastroenteropatia Eosinofílica • Com acometimento da camada muscular (idiopática e por sensibilidade a proteínas): • Vômitos, dor abdominal, perda de peso e obstrução intestinal decorrente do espessamento e da rigidez da parede gastrointestinal, sendo a estenose pilórica e obstrução cecal as mais comuns. • Estenoses em outros locais no intestino podem mimetizar os estreitamentos da doença de Crohn, bem como os seus sintomas e a sua resposta ao tratamento.

  35. Gastroenteropatia Eosinofílica • Serosas (menos comuns, idiopáticas): • Distensão e dor abdominal, ascite eosinofílica (típico) e maior contagem de eosinófilos. • Sem sintomas gastrointestinais significativos. • Derrames pericárdicos e mesmo pleurais podem ocorrer, simulando um polisserosite. • A eosinofilia tissular pode raramente envolver órgãos extra-intestinais, como o peritônio, a vesícula biliar, o baço, o pancreas, a bexiga e o pericárdio.

  36. Gastroenteropatia Eosinofílica • Diagnóstico: • Biópsia, com significativa eosinofilia tissular. • Níveis elevados de IgE sérica e eosinofilia periférica (cerca de 75% dos casos). • Ausência de eosinofilia periférica (25%): - Infiltração tecidual por eosinófilos focal. - Degradação dos eosinófilos (↑ inflamação, levando a uma permeabilidade anormal da mucosa intestinal).

  37. Gastroenteropatia Eosinofílica • Tratamento: • Classificada nas formas sensível à proteína e idiopática. • Dieta de exclusão (isenta de produtos bovinos e proteína de soja). • Corticoterapia (predinisona, inicialmente na dose de 1 mg/kg/dia, podendo haver redução gradual após 1 a 4 semanas). • Agentes estabilizadores de mastócitos (cromoglicato de sódio ou cetotifeno) têm sido usados em ensaios clínicos. • A cirurgia, com ressecção completa do segmento afetado, é indicada para os casos de obstrução, perfuração gastrointetinal ou doença refratária.

  38. Gastroenteropatia Eosinofílica • Dados negativos: • Doença rara,predominante em adultos jovens. • Ausência de eosinofilia no sangue periférico (25%). • Ausência de história pessoal ou familiar de doença atópica ou alergia alimentar.

  39. Doença de Crohn • Doença intestinal inflamatória crônica de etiologia desconhecida. • Fatores ambientais (desmame precoce, infecções perinatais, alergia ao leite de vaca,etc), genéticos, agentes infecciosos (Mycobacterium paratuberculosis, Listeria monocytogenes, paramixovírus), mecanismos imunológicos (↑ citocinas pró-inflamatórias, ↓ relativa de citocinas antiinflamatórias) e células não-imunes estão envolvidos no desenvolvimento da doença.

  40. Doença de Crohn • O pico de incidência está situado na segunda década de vida. • Pouco freqüente em idades precoces. Marx et al. relataram a ocorrência de sete casos que foram diagnosticados antes dos dois anos de idade. • O acometimento é transmural (estenose, fístulas) e pode envolver qualquer segmento do trato gastrointestinal, da boca ao ânus. • É assimétrico, com áreas de mucosa normal intercalando áreas acometidas pela doença.

  41. Doença de Crohn • Em crianças, a área mais acometida é o íleo terminal (75% dos casos), sendo que mais de 50% dos pacientes pediátricos têm envolvimento colônico, geralmente ceco e cólon ascendente. • Os sinais e sintomas dependem da área do intestino acometida. • As manifestações extra-intestinais são observada em 25% a 35% dos pacientes, e podem ser o único sintoma em alguns casos.

  42. Doença de Crohn • Manifestações Clínicas: • Tipicamente pode cursar com dor abdominal em cólica, agravada pela alimentação. Em alguns a dor pode ser agravada pela defecação, que pode, então, trazer algum alívio. • Fezes amolecidas e numerosas. • A urgência para defecar, diarréia noturna e evacuações com sangue e muco estão presentes quando o colon é acometido.

  43. Doença de Crohn • Sangramento digestivo baixo maciço é raro, mas pode ser muito grave. • Diminuição do apetite durante os estágios iniciais ou durante as exacerbações agudas da doença, levando à anorexia. • Náuseas e vômitos podem ser devido ao quadro anorético ou podem indicar uma colite severa ou uma obstrução. • Massa palpável no quadrante inferior direito (alça edemaciada ou abscesso).

  44. Doença de Crohn • As manifestações extra-intestinais são: febre (70%), lesões aftosas orais, lesões perianais, queilite, artralgia ou artrite, eritema nodoso, pioderma gangrenoso, conjuntivite ou uveíte. • Déficit de ganho ponderal e estatural (< p3 ao diagnóstico). • Desnutrição causada por: ingesta diminuída, má absorção, perdas intestinais aumentadas (hipoproteinemia, dist. hidroeletrolítico, anemia), interações droga-nutrientes, aumento das necessidades.

  45. Doença de Crohn • Diagnóstico: • História detalhada e exame físico. • Exames laboratoriais, estudos radiológicos e endoscópicos (ileocolonoscopia), assim como avaliação histopatológica da mucosa são utilizados para confirmar o diagnóstico e verificar a extensão e a distribuição da doença. • Devemos excluir as infecções bacterianas e parasitárias através das biópsias, de coproculturas e EPF.

  46. Doença de Crohn • Tratamento: • Objetiva induzir e manter a remissão da doença, além de permitir o desenvolvimento e o crescimento normal da criança. • Cada caso deve ser avaliado individualmente e tratado de acordo com a extensão e a gravidade da doença.

  47. Doença de Crohn • Alternativas terapêuticas incluem: formulações com ác. 5-aminossalicílico (5-ASA), corticóides, incluindo budesonida, drogas imunomoduladoras, como azatioprina, 6-mercaptopurina e talidomida, metronidazol e outros antibióticos, imunossupressores, como metotrexate e ciclosporina, e novas terapias biológicas, como os anticorpos TNF-α monoclonais em adição à terapia nutricional e a cirurgia.

  48. Doença de Crohn • A cirurgia é útil em casos selecionados de doença complicada ( estenoses, fístulas e abscessos), entretanto não é curativa.

  49. Doença de Crohn • Principais Dados Negativos: • Pouco frequente em crianças menores de dois anos. • Ausência de dor abdominal ou diarréia crônica. • Ausência de febre. • Ausência de relatos de déficits ponderais e estaturais. • Sem lesões extra-intestinais.

  50. Hipótese Diagnóstica • Gastroenteropatia eosinofílica ??? • Doença de Crohn???

More Related