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Em tempos de Inquisição medieval, uma jovem moça está prestes a ser lançada do alto

Em tempos de Inquisição medieval, uma jovem moça está prestes a ser lançada do alto de uma ponte. São tempos medievais, e a morte é o destino certo de todos aqueles que não se alinham com os dogmas impostos pela Igreja Católica.

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Em tempos de Inquisição medieval, uma jovem moça está prestes a ser lançada do alto

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Presentation Transcript


  1. Em tempos de Inquisição medieval, uma jovem moça está prestes a ser lançada do alto de uma ponte.

  2. São tempos medievais, e a morte é o destino certo de todos aqueles que não se alinham com os dogmas impostos pela Igreja Católica.

  3. Na sentença acusatória são apontados como hereges, praticantes de bruxaria, ou simplesmente seguidores de outra crença que não o catolicismo.

  4. Mais terrível do que qualquer episódio da história humana até então, a Inquisição enterrou a Europa sob um milênio de trevas, deixando um saldo de incontáveis vítimas de torturas e perseguições.

  5. No chamado “auto-de-fé”, o inquisidor fazia pública a sentença, – um ritual de penitência pública, uma cerimônia de humilhação daqueles condenados por heresia.

  6. Em tais ocasiões, espectadores de todas as partes do reino lotavam as praças, – em sua maioria, vibravam.

  7. A iminente queda no vazio. A fragilidade do corpo diante de um cruel destino.

  8. O destino mais frequente daqueles julgados culpados era a fogueira.

  9. A Inquisição – um tribunal eclesiástico constituído para defender a fé católica, a vigiar, perseguir e condenar aqueles que ousassem professar outras crenças e ideias. O terrorismo consciencial.

  10. Ideias inovadoras têm que ser combatidas, defendia a Igreja, diante do receio de que viessem a conduzir os crentes à dúvida religiosa e à contestação da autoridade do Papa.

  11. A imposição de uma severa vigilância sobre o comportamento moral dos fiéis; a censura de toda produção cultural, a forte restrição a toda manifestação do pensamento crítico, e qualquer inovação científica.

  12. A chama em nome de Deus acesa, a consumir a delicada carne.

  13. O fim dos sonhos, anseios, e das mais tênues esperanças...

  14. Sobe para as abóbadas o canto dos pássaros, Subirão ou não ao céu as preces dos humanos...

  15. A Inquisição constituiu a mais insana contradição. Como se pode, em nome da verdade, e ainda mais de uma verdade religiosa, perseguir, torturar, matar tanto e de forma tão obsessiva?

  16. Diante de tal absurdo contexto, um grupo de seres humanos traumatizados conspirou, em meados do século XVIII, por um novo paradigma. (cabe aqui um elogio aos traumatizados, esses que captam na própria pele a dor de uma humanidade dilacerada, muitas vezes, mortalmente ferida)

  17. Diante de tal absurdo contexto, um grupo de seres humanos traumatizados conspirou, em meados do século XVIII, por um novo paradigma. Os filósofos iluministas pretenderam substituir a ideia de salvação pela de felicidade na terra. Os dogmas de paraíso e vida eterna foram rechaçados, a providência divina foi substituída pela certeza científica e pela ideologia do progresso material. (cabe aqui um elogio aos traumatizados, esses que captam na própria pele a dor de uma humanidade dilacerada, muitas vezes, mortalmente ferida)

  18. A transcendência, a religiosidade e a espiritualidade seriam preteridas, postas de lado, desprezadas. As ideias de progresso material, de perfectibilidade humana, aliadas à defesa do conhecimento racional, passariam então a ocupar o centro das atenções da sociedade humana.

  19. A nossa atual sociedade e o mundo moderno se apoiam nos conceitos que tais pensadores desenvolveram. Inegável é o valor do legado que deles herdamos:...

  20. Galileu, – ao abandonar a servil obediência às autoridades estabelecidas, ao senso comum e à tradição –, iniciou a renovação da ciência de sua época.

  21. As questões científicas, afirmava, devem ser confirmadas ou refutadas através da experiência e da observação, estabelecendo a Natureza como ‘o livro da ciência’. A discussão dos problemas naturais, defendia, deve começar pelos experimentos objetivos e não pelos textos sagrados ou escrituras.

  22. Após Galileu, considerado o “pai da física moderna”, outros pensadores levariam avante a revolução iniciada no pensamento humano.

  23. Francis Bacon, – tido como o arauto e fundador da ciência moderna, o “primeiro dos modernos e último dos antigos” –, argumentou que a ciência deve restabelecer o ‘imperium hominis’ (império do homem) sobre as coisas.

  24. O conhecimento, o saber, seria um meio seguro e vigoroso de conquistar poder sobre a natureza, que deve ser, conforme defendia, dominada e subjugada em favor do homem.

  25. Descartes, “o pai da razão”, tão traumatizado estava pelos dogmas de então, que partiu da dúvida como método sistemático: “para duvidar eu penso e, se eu penso, logo existo”.

  26. Filósofo, físico e matemático, Descartes sugeriu a fusão da álgebra com a geometria – fato que gerou a geometria analítica e o sistema de coordenadas, fazendo dele uma das figuras-chave na revolução científica.

  27. Finalmente podemos citar Isaac Newton, que fez a síntese da matematização de Galileu, do empirismo baconiano e do racionalismo de Descartes.

  28. Ao destrinchar a física mecânica, extrapolou a metáfora da máquina para o universo inteiro, regido por leis precisas.

  29. No entanto, aquilo que era para ser o movimento compensatório dialético, histórico, infelizmente levou a uma outra esclerose.

  30. A revolução científica conduziu a humanidade de um extremo, onde a ciência era reprimida em nome de algo que confusamente era chamado Deus,...

  31. ...para os momentos obscuros da modernidade, onde a experiência sublime, onde toda essa dimensão essencial – de onde jorram os princípios da ética – é reprimida em nome de algo que confusamente tem sido chamado ciência.

  32. E o cego apego ao progresso tecnocientífico, sem a contraparte de transcendência, de espiritualidade, do divino, fez com que as mesmas trevas medievais recaíssem sobre os nossos atuais tempos modernos.

  33. Robert Oppenheimer, nesta foto ao lado de Einstein, era uma das mentes mais brilhantes de sua época.

  34. E por ser uma das mentes mais brilhantes de sua geração, foi designado pelo governo norte-americano para liderar a ‘Operação Manhattan’.

  35. Durante 28 meses – de abril de 1943 a agosto de 1945 –, Oppenheimer encabeçou uma equipe formada por centenas de cientistas de ponta, e outros milhares de técnicos e assistentes.

  36. E como resultado desta incansável dedicação: a primeira bomba nuclear.

  37. Uma enorme concentração de energia engendrada em um pequeno espaço, capaz de ser liberada subitamente, com resultados devastadores, aliada a um subproduto letal: a radioatividade.

  38. O dia 6 de agosto de 1945 tinha tudo para ser apenas mais uma segunda-feira como tantas outras. O sol já despontara, e os habitantes da cidade de Hiroshima, ao sul do Japão, se preparavam para a semana por começar.

  39. Seria um dia como tantos outros, não fosse o avião a sobrevoar sorrateiramente a cidade, e lançar, às 8h 16min, a primeira bomba atômica jogada sobre uma cidade povoada.

  40. “Meu Deus, o que foi que nós fizemos?” Foi a primeira interrogação de um dos tripulantes do avião diante da cena de absoluta devastação.

  41. “Meu Deus, o que foi que nós fizemos?” Nos aviões, devido ao sigilo da missão, quase ninguém sabia do poder destrutivo da bomba que transportavam.

  42. Cerca de 100 mil pessoas morreram instantaneamente, – as vítimas eram civis, cidadãos comuns, já que a cidade não era um alvo militar importante. Gerações inteiras, pais e filhos, avós e netos, crianças, jovens e velhos, cães, gatos, e passarinhos, dizimados num piscar de olhos.

  43. A chama que devora a delicada carne, transformando-a em cinzas. Dor, sofrimento, suplício, – o fim de toda esperança.

  44. Sobe para as abóbadas o canto dos pássaros, Subirão ou não ao céu as preces dos humanos...

  45. Que pensamentos terão ecoado na mente de Oppenheimer diante dos resultados do mais avançado projeto científico de sua época, que ele liderou com tamanho afinco?

  46. Além dos cem mil mortos no ataque, outros tantos milhares viriam a falecer em consequência das feridas e do envenenamento radioativo.

  47. E três dias mais tarde, na manhã do dia 09 de agosto de 1945, a chama radioativa consumiria outros 80.000 em Nagasaki.

  48. Philip Morrison, um físico que participou decisivamente na criação da bomba, viajou ao Japão logo após a explosão, em 1945, e confessou ter ficado chocado com o que viu. “Não havia restado nada, apenas uma ‘cicatriz’ sobre o solo”.

  49. Oppenheimer, ao refletir sobre o resultado de seus esforços, quase enlouqueceu, e disse a célebre frase:...

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