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Tendências e realizações no Brasil

COOPERAÇÃO INTERNACIONAL EM INFORMAÇÃO Célia Ribeiro Zaher Coordenadora de Ensino e Pesquisa em Ciência e Tecnologia da Informação - IBICT/MCT Aula inaugural. Seminários Interdisciplinares em Informação e Conhecimento. PPGCI (IBICT-UFF), 2007.

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Tendências e realizações no Brasil

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Presentation Transcript


  1. COOPERAÇÃO INTERNACIONAL EM INFORMAÇÃOCélia Ribeiro ZaherCoordenadora de Ensino e Pesquisa em Ciência e Tecnologia da Informação - IBICT/MCTAula inaugural. Seminários Interdisciplinares em Informação e Conhecimento. PPGCI (IBICT-UFF), 2007.

  2. A cooperação internacional em informação se reveste, nos dias de hoje, de grande importância principalmente dentro do conceito de aldeia global , lançado desde a década de 70, nos primórdios do advento de toda a modernidade no campo da comunicação .

  3. Essa perspectiva tornou impossível trabalhar isoladamente, sendo essencial a cooperação entre indivíduos e instituições, dentro e fora de suas fronteiras, em âmbito internacional e em espaço cibernético, não mais se aplicando a idéia de local físico da informação, mas sim a idéia de compartilhamento virtual.

  4. Tendências e realizações no Brasil • Algumas experiências básicas à evolução da ciência da informação e o testemunho desse trabalho.

  5. A classe de profissionais brasileiros acompanhou a evolução da área de biblioteconomia para a da ciência da informação, através do trabalho de alguns colegas que seguiram os movimentos internacionais.

  6. A criação do IBBD, atual IBICT, em 1953 por Lydia de Queiroz Sambaquy reafirmou a tendência em transformar a tradicional biblioteconomia para o campo da documentação, abrindo para outras profissões essa área de trabalho.

  7. Nesse movimento, os cursos de especialização foram criados como complementação à formação dos bibliotecários nas novas técnicas da documentação, abrindo o conceito de aceitação de profissionais de outras áreas do conhecimento, que quisessem trabalhar na recém criada área da documentação.

  8. Esses cursos ajudaram a criar novas áreas de trabalho e ensino e modificaram o currículo dos cursos de graduação. No entanto, após duas décadas a necessidade de renovação surgiu novamente e tornou-se essencial formar professores com mestrado para lecionar nos cursos de graduação existentes no país, de acordo com nova legislação da época.

  9. Essa tendência de renovação se concretizou na criação do curso de mestrado, na década de 70, atualmente, pós-graduação em ciência da informação. • Essa iniciativa teve origem na necessidade de renovação das cadeiras de graduação de todos os cursos existentes no país e foi criado sob minha iniciativa como Diretora do IBBD naquela época.

  10. Essa iniciativa teve base na nova legislação naquela época de exigir curso de mestrado aos professores lecionando em cursos de graduação superior. Foi direcionado para fortalecer a formação dos professores dos cursos de graduação de biblioteconomia existentes nos estados, e foram aceitos apenas professores e chefes do IBBD como alunos nas primeiras turmas do curso.

  11. A inovação era os cursos serem dados, exclusivamente, por professores estrangeiros e em língua inglesa. Em 1970, o numero de professores com mestrado e ou doutorado no Brasil era mínimo e a política de inclusão de novos temas com professores altamente qualificados no exterior, valeu muita crítica, mas deu ótimos resultados.

  12. O resultado desses cursos foi a introdução no ensino e na pesquisa das novas filosofias de classificação, e a criação de novos conceitos de pesquisa, tais como a bibliometria e a automação. • Esses conhecimentos foram, também, introduzidos na criação de cursos de mestrado nos Estados, resultante da atualização de seus professores, que haviam cursado as primeiras turmas de mestrado no IBBD.

  13. A informática foi outro tema introduzido em 1968 com o primeiro Seminário de Informática organizado pelo então IBBD, sob a minha Presidência, que mostrava o futuro das bibliotecas com processos de automação em seus serviços, e que parecia, na época, futurismo não muito real e que hoje é uma realidade, mas aquém do imaginado.

  14. Em 1969 foi organizado no Rio de Janeiro o Primeiro Congresso Regional de Documentação congregando os profissionais de outros países e marcando uma nova abertura na cooperação regional nessa área.

  15. O IBBD mais uma vez estava à frente das inovações e participou e liderou movimentos de renovação da classe de profissionais na América Latina. Isso resultou das atividades na Presidência da Federação Internacional de Documentação/Comissão da América Latina, que ocupei de 1970-72, e que era a ramificação Latino-americana da FID, órgão máximo dessa área no mundo.

  16. Novos trabalhos na região foram liderados pelo IBBD, do qual eu fui Presidente de 1968-72 durante essa época de transformação. Simultaneamente, o Instituto iniciou, pela primeira vez na Região, a automação das bibliografias brasileiras, que eram editadas em forma de livro impresso, e o catálogo coletivo automatizado de periódicos.

  17. Esses processos de automação influenciaram os cursos de especialização e mestrado e houve uma verdadeira simbiose entre as atividades de pesquisa e ensino e a prática e o estudo.

  18. Permanecendo nessa linha o Instituto Brasileiro de Bibliografia e Documentação (IBBD) mudou seu nome para Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (IBICT) Essa mudança enterrava a documentação como assunto já ultrapassado e limitado, face aos novos rumos da ciência da informação, que havia nascido com os cursos de pós-graduação e com a criação da Revista Ciência da Informação em 1972, iniciada na minha gestão e impressa um ano depois.

  19. A designação documentação fez com que algumas bibliotecas de diversos ministérios mudassem para centros de documentação, em vez de bibliotecas, tentando dar mais visibilidade ao conteúdo e a outros suportes além do livro. • Por outro lado ,essa denominação permitia que tais centros de documentação pudessem ser dirigidos por outros profissionais que não bibliotecários, abrindo assim o leque de outros profissionais na área da documentação.

  20. Em outras áreas, a Biblioteca Nacional teve um papel preponderante colaborando com o catálogo cooperativo automatizado da FGV, ou seja, o Bibliodata que disponibiliza às bibliotecas cooperantes as fichas catalográficas e que utilizava o catálogo de livros da Biblioteca nacional como base.

  21. Foi dado início, em 1982, à catalogação automatizada de seu acervo, durante minha gestão como Diretora Geral da Biblioteca Nacional de 1982-84, tendo vindo da UNESCO, em Paris, onde dirigia o Departamento de Documentação, Bibliotecas e Arquivos, para efetuar o trabalho de renovação e modernização dessa instituição, tendo sido cedida pela UNESCO por dois anos, à Secretaria de Cultura, posteriormente Ministério da Cultura.

  22. Os padrões da Biblioteca Nacional se refletem em seus trabalhos técnicos de catalogação e automação a nível nacional e já colaboraram na mudança de perspectivas em bibliotecas virtuais e catalogação on-line, e preservação de registros digitais a nível nacional com cursos regionais e internacionais e na propagação dessas novas dimensões da informação em bibliotecas.

  23. Panorama Regional e Internacional

  24. Dentro dessa evolução ocorrida nos órgãos máximos da informação no País devemos contemplar o cenário regional e internacional. • Podemos dizer que a cooperação internacional e a regional se manifestam em associações e ONGS que tratam de temas diversos cobrindo a cooperação em áreas de recursos humanos e formação acadêmica, centros de informação e bibliotecas especializadas e bibliotecas nacionais e arquivos nacionais.

  25. Os órgãos regionais vinculados a agencias internacionais têm estruturas mais formais e recebem subsídios dessas agencias e dos governos onde estão localizados. Todos praticam a informação virtual e o compartilhamento de projetos e auxílios, sem o qual já não poderiam subsistir no contexto internacional atual. • Existe uma preocupação de não duplicar programas e recursos entre órgãos e associações regionais e diversos esforços têm sido realizados nesse sentido.

  26. A UNESCO colabora na coordenação dos ONGS mais importantes da área da informação, ou seja, àqueles que lidam com os bibliotecários, IFLA; os arquivistas, ICA, os museólogos, ICOM; os patrimônios culturais, ICOMOS e os órgãos de pesquisa nessas áreas. • A liderança da UNESCO se concentra na cooperação entre essas classes de instituições e especialistas visando programas que reflitam as preocupações desses profissionais no campo da informação.

  27. A transformação do tipo de informação a ser disponibilizada e o tipo de órgão ou atividade a ser criada, como resultado das mudanças da área de comunicação e informação, fizeram com que a formação dos profissionais da informação modernizasse as suas ferramentas de trabalho, com a finalidade de adaptar-se aos novos desafios da era da informação.

  28. Grupos de pesquisa de cooperação internacional surgiram para fazer face aos desafios da transformação das instituições de informação, tais como a Conference of Directors of National Libraries (CDNL), que estuda e pesquisa novas formas de trabalho e compartilha essa pesquisa entre as outras bibliotecas nacionais do mundo.

  29. As Bibliotecas Nacionais que lideram essas pesquisas são àquelas que possuem recursos próprios para executar esse trabalho que, após concluído, beneficia a todas as demais bibliotecas nacionais na modernização dos processos de identificação, acesso a seus acervos e treinamento de pessoal em técnicas modernas de gestão e tratamento da informação.

  30. Esse órgão privado congrega 160 bibliotecas nacionais em todo o mundo e tem grupos regionais na América Latina, Ásia e Oceania, África e Europa que disseminam esses estudos, adaptando-os aos próprios problemas das regiões, que são discutidos em reuniões anuais e relatórios. Esse trabalho trouxe muita modernidade às bibliotecas nacionais, que criaram um foro de pesquisa e discussão.

  31. Fui eleita Presidente desse órgão de 2004-06, no Congresso da IFLA em 2004 em Buenos Aires, representando a América Latina e o Caribe. Este cargo de muita responsabilidade foi uma experiência extremamente interessante por proporcionar um diálogo com as Bibliotecas mais avançadas do mundo.

  32. Por outro lado, presidi de 1999 a 2002 o grupo regional da América Latina e Iberoamerica – ABINIA - Associação de Bibliotecas Nacionais da Iberoamerica, sendo agraciada com o título de presidente honorário dessa Associação, que oferece programas de pesquisa e formação nos países participantes.

  33. ESCUDO AZUL

  34. Esse programa internacional foi criado pelos ONGS de informação e responde as necessidades da UNESCO resultantes do Protocolo de Haia de 1999 a Convenção de Proteção da Propriedade Cultural no evento de Conflito Armado (1954 ) que nomeia o Comitê Internacional do Escudo Azul (ICBS) como órgão assessor das autoridades internacionais para demarcar os locais culturais a serem protegidos contra ataques.

  35. Comitê Brasileiro do Escudo Azul . Existem 14 comitês em operação em todo o mundo e o Brasil acabou de criar em 9 de Novembro de 2006 o comitê brasileiro que Congrega os mesmos ONGS no âmbito Nacional, ou seja, IFLA, ICA, ICOM, ICOMOS, Biblioteca Nacional e Arquivo Nacional, além do Escritório Regional da IFLA. Esse comitê demarcará as entidades culturais brasileiras a serem protegidas contra desastres naturais e roubo e vandalismo.

  36. Constituição Esse comitê foi criado sob a autorização do Comitê Internacional que me designou como Coordenadora para esse fim. Após criado fui eleita Presidente com o mandato de dois anos pelos membros do Comitê que elaborou seus estatutos e portal do programa. Serão criados comitês regionais para defender os interesses das entidades culturais de todo o Brasil.

  37. IFLA /LAC • A IFLA – International Federation of Library Associations divide seu trabalho de reflexão e estudos, bem como apoio financeiro em Comissões de trabalho por assunto ou região. O Comitê Permanente para a America Latina e o Caribe (IFLA/LAC) é constituído por especialistas eleitos pelos membros da IFLA ( 5.000 membros)para trabalhar nesses comitês.

  38. A presente eu sou membro do Comitê Permanente da América Latina e o Caribe ( IFLA/LAC) ,bem como do Comitê de Bibliotecas Nacionais sendo o meu mandato para ambas as Comissões até 2008 data da próxima eleição para membros das Comissões da IFLA em Durban, na Africa do Sul

  39. A próxima reunião do comitê IFLA /LAC é em 26-28 de março de 2007 em San Jose de Costa Rica e apresentei um trabalho sobre Escudo Azul: a Cruz Vermelha internacional dos bens culturais que será discutido naquela ocasião para dar início a esse programa em outros países da América Latina e o Caribe. O Chile e Cuba já deram início ao programa e outros países serão incentivados a trabalhar com o Brasil. Essa cooperação tem o incentivo do Comitê IFLA/LAC e do Escritório Regional da IFLA no Brasil.

  40. Council on Information and Library Resources (CLIR) O CLIR substitui os comitês de Preservação e de bibliotecas criados nos EUA entre as universidades americanas e fundações americanas que patrocinam essa organização. É um grupo de reflexão e pesquisa de representantes das universidades em número de 12 personalidades que discutem estudos, publicações e formação especializada em temas de preservação convencional e digital e bibliotecas digitais.

  41. É reconhecido como um “think tank” inovador. Eu sou membro do Comitê Diretor e a única estrangeira. O Comitê financia as reuniões semestrais em Washington para discutir os programas a serem desenvolvidos, em resposta às necessidades das universidades americanas no campo da informação e da preservação convencional e digital. • Os documentos de estudo são amplamente divulgados.

  42. Programas Internacionais de Repercussão Mundial

  43. Memória do Mundo

  44. Outro trabalho de grande repercussão no mundo, na área da informação, é um projeto da UNESCO intitulado Memória do Mundo, que procura identificar as coleções ou peças bibliográficas e documentais de valor para a identidade cultural mundial, e que tenham tido papel reconhecido como influente e único de contribuição à cultura universal.

  45. Para isso, avalia e analisa as propostas dos diferentes paises que submetem seus pedidos para inclusão no Registro Internacional da UNESCO da Memória do Mundo, o qual apenas aprova para inclusão as consideradas como peças únicas do saber e que influenciaram a cultura da humanidade, cabendo ao país detentor desses tesouros responsabilizar-se pela sua salvaguarda à perpetuidade.

  46. O Comitê Internacional de Seleção do Programa Memória do Mundo é escolhido pelo Diretor Geral da UNESCO é fui nomeada para o período de 2001-2005. • Em 2002 fui eleita Vice- Presidente do Comitê representando a região da América Latina e do Caribe, permanecendo nesse cargo por dois períodos.

  47. Durante esse período o Brasil, através da Biblioteca Nacional, submeteu e obteve o Registro Internacional da Memória do Mundo da Coleção Thereza Cristina Maria de Fotografias do século XIX de Dom PedroII, que está sob a sua tutela e guarda. Até hoje, não foram registrados outros tesouros documentais localizados no Brasil.

  48. Esse projeto visa a divulgação através de compartilhamento virtual, exigência para que todos esses tesouros fiquem disponibilizados no portal da UNESCO, em textos e imagens, e essa formalidade solicitada pelos organizadores, assegura a difusão cultural entre os povos.

  49. Na área da informação no campo internacional a UNESCO tem lançado, através dos anos, projetos de promoção da leitura e informação acompanhando e criando novos conceitos e tendo iniciado o movimento Livros para todos, e na década de 70 avançado para um movimento de Sociedade de leitura e, posteriormente, Informação para todos.

  50. Como diretora dos Departamentos de Bibliotecas, Documentação e Arquivos, do Livro e da Historia da Humanidade, entre outros, no período de 1972 a 1991, tive a oportunidade de divulgar e promover esses programas nos países em desenvolvimento, procurando identificar as necessidades de infraestrutura e formação nos diferentes países e desenvolver suas capacidades operacionais e de recursos humanos.

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