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INTERVENÇÃO PSICOLÓGICA EM CENTROS DE SAÚDE Isabel Trindade José A. Carvalho Teixeira

INTERVENÇÃO PSICOLÓGICA EM CENTROS DE SAÚDE Isabel Trindade José A. Carvalho Teixeira. Ms. Andréa Batista Magalhães Pontifícia Universidade Católica de Goiás Departamento de Psicologia. Caracterizar e contextualizar a intervenção psicológica em Centros de Saúde;

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INTERVENÇÃO PSICOLÓGICA EM CENTROS DE SAÚDE Isabel Trindade José A. Carvalho Teixeira

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Presentation Transcript


  1. INTERVENÇÃO PSICOLÓGICA EM CENTROS DE SAÚDEIsabel TrindadeJosé A. Carvalho Teixeira Ms. Andréa Batista Magalhães Pontifícia Universidade Católica de Goiás Departamento de Psicologia

  2. Caracterizar e contextualizar a intervenção psicológica em Centros de Saúde; • Valorizar a intervenção nos cuidados de saúde primários; • Os cuidados primários são o contexto fundamental no qual se deverá delinear a intervenção dos psicólogos nos cuidados de saúde do século XXI;

  3. A idéia de outros profissionais do trabalho do Psicólogo da Saúde não condiz com a proposta de trabalho realizada nos cuidados primários de saúde;

  4. Psicologia da Saúde • Poucos profissionais contratados nos Serviços de Saúde, com exceção em hospitais psiquiátricos e de saúde mental; • Em países da Europa e EUA psicólogos já contribuem significativamente para a promoção de saúde, projetos de prevenção, humanização dos serviços de saúde e promoção da qualidade dos cuidados;

  5. Onde está a insatisfação??? • Na qualidade dos cuidados de saúde; • Falta de resposta às necessidades psicológicas dos sujeitos que recorrem aos serviços em contextos de crise; • Dificuldades de adaptação; • Problemas familiares; • Doença física; e • Pacientes que necessitam cada vez mais de apoio psicológico regular em conseqüência de acidentes e doenças de evolução prolongada e/ou incapacitantes.

  6. Em cuidados de saúde primários • O aconselhamento psicológico aumenta a satisfação dos usuários; • Diminui a influencia do comportamento individual no aparecimento de alteração do estado de saúde; • Ameniza a evolução da doença; • Ex: doenças coronárias; enfarte do miorcárdio; hipertensão arterial; diabetes mellitus; obesidade, doenças sexualmente transmissíveis, dependências químicas, acidentes de viação e de trabalho.

  7. Papel da Psicologia da Saúde • Promoção e prevenção de saúde; • Tratamento das doenças e das disfunções psicológicas individuais e familiares; • Papel do Psicólogo como ciência e como profissão; • Inclui saúde física e mental e todo o campo da Medicina; • Se insere nos contextos sociais, culturais, ambientais, relacionados com a saúde e a doença.

  8. Papel da Psicologia da Saúde A abordagem psicológica em saúde precisa considerar simultaneamente o sujeito, a família, os técnicos de saúde e/o a equipe e todo suporte social envolvido, com modelos integrados de avaliação e de intervenção, bem como uma perspectiva multissetorial que abrange o sistema de saúde e o sistema social, e atualmente, os de segurança social e de suporte comunitário.

  9. As consequências essenciais • Contribuições multivariadas da ciência psicológica, educacionais, sociais, clínicas, organizacionais, psicobiológicas, comunitárias e outras; • Os locais privilegiados para o serviço são os de saúde, mas podem se estender às empresas, escolas, e organizações comunitárias; • Especificidades técnicas – acadêmicas ou de formação

  10. Os parâmetros da Psicologia da Saúde • Definição do objeto; • Delimitação de objetivos em diversas áreas de intervenção e de investigação; • Modelos teóricos diversificados (destaque para o modelo biopsicossocial e para as teorias sóciocognitivas, relevantes na educação e promoção da saúde e na prevenção das doenças;

  11. Os parâmetros da Psicologia da Saúde (2) • Métodos de avaliação – Incluem os métodos tradicionais de avaliação individual que são próprios da Psicologia (entrevista clínica, exame psicológico), e outros que são específicos da avaliação psicológica em saúde, quantitativos ou qualitativos, bem como a necessidade de desenvolver competências em avaliação neuropsicológica.

  12. Os parâmetros da Psicologia da Saúde (3) • Método de intervenção; • Investigação; • Formação e treino. A saúde é um constructo multifactorial que resulta de uma interacção complexa entre factores culturais, sociais, psicológicos, físicos, biológicos e espirituais, pelo que a sua promoção e a sua manutenção implica vários processos psicossociais na interacção entre o sujeito, o sistema de saúde e a sociedade.

  13. Intervenção Psicológica em Centros de Saúde • Caracterizar o papel profissional dos psicólogos nos cuidados de saúde primários; • Divulgar as potencialidades da intervenção psicológica junto de outros técnicos de saúde; • O interesse da integração dos psicólogos nos cuidados de saúde primários pouco tem que ver com os campos da patologia mental, das perturbações por uso de substâncias e das perturbações psicossomáticas,nos quais o interesse essencial dos Centros de Saúde é, a nosso ver, o de uma articulação eficaz com equipas de psiquiatria e saúde mental;

  14. Intervenção Psicológica em Centros de Saúde (2) • Contribuição para programas de promoção da saúde e de prevenção das doenças, em especial aquelas nas quais o comportamento está implicado; • Adesão a exames de saúde e rastreios, em diferentes fases do ciclo vital; • Processos de confronto e adaptação à doença (física e mental) e à incapacidade; • Stress induzido pelo confronto com procedimentos médicos de diagnóstico e/ou tratamento; • Problemas de adesão a tratamentos médicos, regimes alimentares, desenvolvimento de auto-cuidados e medidas de reabilitação • Desenvolvimento da informação relacionada com a saúde e processos de comunicação em contextos de saúde • Comportamentos de procura de cuidados de saúde e determinantes da utilização dos serviços de saúde • Qualidade dos cuidados de saúde e humanização dos serviços.

  15. Papel do Psicólogo nos cuidados de Saúde Primários • A equipe de cuidados de saúde primários é constituída pelo médico (que pode ser um médico de família ou um médico de saúde pública),enfermeiro (que pode ser um enfermeiro «de cabeçeira» ou um enfermeiro de saúde pública), técnico de serviço social e outros técnicos, entre eles o PSICÓLOGO.

  16. Papel do Psicólogo nos cuidados de Saúde Primários (2) • A equipe de cuidados de saúde primários assume todas as funções que tendem para garantir e melhorar o nível da saúde individual e comunitária aos níveis: • (1) Na promoção da saúde, em particular na implementação de práticas de saúde e de políticas de saúde que contribuam para o bem-estar individual e coletivo e capacitem os sujeitos para aumentarem cada vez mais o seu controlo sobre a saúde, • Na proteção da saúde, designadamente na implementação de segurança no trabalho, na prevenção de acidentes (profissionais, de viação e de lazer) e na luta contra as ameaças ecológicas para a saúde.

  17. Papel do Psicólogo nos cuidados de Saúde Primários (3) • (3) Nos serviços preventivos, nomeadamente de saúde materna, saúde infantil, saúde escolar, saúde oral, saúde ocupacional, saúde dos idosos, prevenção das doenças sexualmente transmissíveis, das doenças cárdiovasculares, dos tumores malignos, bem como nas contribuições que, no âmbito da cooperação com os médicos de família possam ser úteis na mudança de estilos de vida e na facilitação da adesão a tratamentos, a programas de auto-cuidados (em especial nas doenças crónicas) e a comportamentos saudáveis.

  18. Promoção da Saúde e Prevenção • Atividades de saúde comunitária, não só as desenvolvidas pelo Centro de Saúde mas também as que são desenvolvidas por organizações comunitárias autarquias locais; • Ações de informação e educação para a saúde e de desenvolvimento comunitário relacionadas com alimentação, prática de exercício físico, contracepção e planeamento familiar, tabaco, álcool e drogas, prevenção de acidentes/ segurança no trabalho; • Schmidt (1994) afirma que é necessário promover uma abordagem psicológica dos problemas de saúde comunitária;

  19. Promoção da Saúde e Prevenção (2) • Prestar atenção particular a características da comunidade que podem ter efeitos desfavoráveis sobre a saúde, nomeadamente pobreza e condições degradadas de habitação, mobilidade de certos grupos sociais,exposição a violência e erosão de redes sociais; • Participação em programas de saúde escolar, saúde oral, saúde materna, saúde infantil, saúde ocupacional, saúde dos idosos, bem como em programas de prevenção das doenças cárdiovasculares, cancro e doenças sexualmente transmissíveis, entre outros.

  20. Promoção da Saúde e Prevenção (3) • Atuar ao nível individual e/ou familiar,em grupos com as crianças ou adolescentes, com as famílias ou com os professores; • A saúde dos idosos, dado o crescimento rápido do número de idosos associado ao envelhecimento da população portuguesa, especialmente no referente a aconselhamento de saúde para idosos (nas áreas do comportamento alimentar e do exercício físico de lazer) e intervenção associada a dificuldades de memória, perturbações cérebrovasculares,demências e incontinência (Santos & Trindade,1997). • Atividades específicas relacionadas com programas de supressão tabágica, modificação do comportamento tipo A em sujeitos com doença coronária, controlo da dor crónica e aconselhamento preventivo.

  21. Função Assistencial • É desenvolvida no quadro de uma consulta de psicologia funcionando como (1) consulta de referência para os clínicos gerais/médicos de família, mas também como (2) dispositivo de apoio aos diferentes programas de saúde que são desenvolvidos no Centro de Saúde; • Fatores que influenciam o desenvolvimento e a mudança de comportamentos em saúde – o estilo de vida do sujeito individual é considerado no contexto das interrelações dinâmicas estabelecidas com o ambiente familiar, social e físico e poderá conduzir à necessidade de intervenção em múltiplos níveis.

  22. Diferenciais entre a Psicologia Clínica • O Número de consultas é elevado; • O tempo de cada consulta é mais curto; • Os usuários não apresentam geralmente perturbações mentais relevantes; • A colaboração com o médico de família é essencial;

  23. Prioridades de Atendimento da Função Assistencial • Mudança de comportamentos e prevenção; • Processos de confronto e adaptação à doença e incapacidade; • Stress induzido por procedimentos médicos de diagnóstico e tratamento; • Comportamentos de adesão; • Crises pessoais e/ou familiares (luto, problemas conjugais, etc.); • Perturbações de ajustamento (ansiosas e depressivas); • Perturbações do desenvolvimento e comportamento infantil; • Dificuldades de comunicação dos utentes com os técnicos (relacionada com informação de saúde, tratamentos, etc.)

  24. Função Assistencial • Grande número de intervenções individuais são do âmbito do aconselhamento psicológico em saúde, quer na perspectiva da promoção da saúde individual e da prevenção, quer do confronto e adaptação à doença (física e mental) e aos seus tratamentos (Corney, 1996). • O aconselhamento psicológico em saúde de orientação cognitivo-comportamental é o mais ajustado à integração do psicólogo em equipas de cuidados de saúde primários.

  25. Reabilitação • A intervenção psicológica é direcionada para a integração social e profissional de sujeitos com doença crônica incapacitante, com a finalidade de promover adaptação mais satisfatória à situação, por parte do sujeito e da família. • São importantes as estratégias de confronto e os processos de ajustamento psicológico à hospitalização, cirurgia, dor crônica, (Blanco & Leon, 1994), bem como às conseqüências de traumatismos cranianos e de acidentes vasculares cerebrais. • O psicólogo poderá também desempenhar papel mediador entre a equipe de saúde e a equipe de reabilitação, bem como entre a equipe de saúde e os suportes comunitários necessários para a integração.

  26. INVESTIGAÇÃO • Fatores psicológicos relacionados com o comportamentos saudáveis e dos comportamentos de risco para a saúde; • Determinantes psicológicos da mudança de comportamentos em saúde • Influência do stress e do suporte social na saúde e na doença. • Implementação da qualidade de vida relacionada com a saúde.

  27. Formação de outros técnicos e voluntários • É desejável a participação do psicólogo em ações de formação contínua destinadas a outros técnicos (técnicos de saúde, técnicos de serviço social) e voluntários (de organizações comunitárias) em especial centrada em aspectos psicológicos relacionados com as suas intervenções na prestação de cuidados; • O psicólogo pode influenciar as atitudes dos outros técnicos (Derksen, 1986): educação para a saúde e prevenção, participação comunitária, ciclo de vida e saúde, influência social e cultural nos cuidados de saúde, informação e comunicação em saúde, comportamentos de adesão e desenvolvimento de autocuidados, saúde dos idosos, minorias étnicas e culturais, comportamentos de procura de cuidados de saúde e utilização de serviços de saúde, e qualidade dos cuidados.

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