E N D
3. Epiglotite e Laringotraqueobronquite
4. Introduo Caractersticas anatmicas em crianas
epiglote mais alongada e menos rgida
laringe mais anteriorizada
menor dimetro interno da traquia
- cabea proporcionalmente maior do que a do adulto
5. Introduo A causa mais comum de infeco e obstruo da via area superior o crupe viral, ou laringotraqueobronquite viral aguda.
Crupe sndrome clnica caracterizada por tosse ladrante, rouquido, estridor inspiratrio e disfuno respiratria em vrios graus de severidade.
6. Causas de obstruo larngea que podem apresentar-se como sndrome do crupe Larigotraqueobronquite viral aguda (crupe viral)
Crupe espasmdico
Epiglotite
Traquete bacteriana
Abscesso peritonsilar
Abscesso retrofarngeo
Uvulite
Inflamao larngea causada por queimadura
Obstruo por corpo estranho
Neoplasia/hemangioma
Laringite diftrica
Paralisia de cordas vocais
7. Epidemiologia Crupe viral Crianas de 1 a 6 anos, com pico de incidncia no segundo ano de vida, quando ocorrem em torno de 5 casos para 100 crianas.
Internao 1,2%
Maior incidncia - final do outono e durante o inverno.
Meninos so mais afetados.
8. Epidemiologia epiglotite bacteriana Pico de incidncia dos 2 aos 6 anos.
Predominncia no sexo masculino.
Mais freqente no final do inverno e incio da primavera.
Incidncia - modificaes com a recomendao rotineira da vacina conjugada (reduo estimada de mais de 95%).
9. Etiologia Crupe viral
Vrus parainfluenza I metade dos casos
Parainfluenza II, influenza A, adenovrus, vrus respiratrio sincicial e Mycoplasma pneumoniae mais raros.
10. Etiologia - Epiglotite Haemophilus influenza tipo b (Hib) era responsvel pela grande maioria dos casos antes da vacina conjugada contra Hib.
Outros agentes envolvidos - Streptococcus dos grupos A,B,C; Streptococcus pneumoniae; Klebsiella pneumoniae; Haemophilus influenza no tipado; Candida albicans; Staphylococcus aureus; Neisseria meningitidis; varicella zoster; herpes simples tipo I; vrus parainfluenza e influenza tipo b.
11. Fisiopatologia Crupe viral
Infeco inicia na nasofaringe e dissemina-se para o epitlio respiratrio da laringe e traquia. Desenvolve-se inflamao difusa com eritema e edema na parede da traquia, alterando a mobilidade das cordas vocais.
12. Fisiopatologia Crupe viral Na regio subgltica, poro mais estreita da via area superior da criana, um pequeno edema j restringe de forma significante o fluxo areo, levando a um estridor, inicialmente inspiratrio. O edema das cordas vocais ser o responsvel pelo aparecimento da voz rouca.
13. Fisiopatologia - Epiglotite
Ocorre uma celulite de estruturas supraglticas, com localizao preferencial na epiglote. Ocorrem edema e eritema que evoluem, levando a uma obstruo gradativamente rpida da via area superior, caracterizando uma emergncia clnica.
14. Quadro clnico Crupe viral A LTVA geralmente precedida de um quadro de infeco de vias areas superiores caracterizado por coriza, febre baixa e tosse leve. Em 12 a 72 horas o paciente desenvolve tosse ladrante, rouquido, estridor inspiratrio e disfuno respiratria em vrios graus de severidade.
15. Quadro clnico Crupe viral
Quando ocorre obstruo grave, observa-se taquipnia, retraes supra-esternais e supraclaviculares, com agitao intensa. Pode ocorrer sibilncia associada, quando houver um acometimento mais significativo, de maneira concomitante, da rvore brnquica.
16. Escore clnico para o crupe (Adaptado de Am J Dis Child 1978; 132:484-7) Nvel de conscincia
Normal ou dormindo 0
Desorientado 5
Cianose
Nenhuma 0
Com agitao 4
Em repouso 5
Estridor
Nenhum 0
Com agitao 1
Em repouso 2
Entrada de ar
Normal 0
Diminuda 1
Muito diminuda 2
Retraes
Nenhuma 0
Leve 1
Moderada 2
Grave 3
17. Escore clnico para o crupe
Zero representa a ausncia de sinais e a maior pontuao obtida (=17) representa a disfuno mais severa.
18. Quadro clnico - Epiglotite Ocorre em crianas previamente saudveis que, repentinamente, apresentam dor de garganta e febre alta. Em poucas horas, o paciente adquire aspecto toxmico, com disfagia, salivao abundante, ausncia de tosse e disfuno respiratria progressiva associada a estridor larngeo importante, predominantemente inspiratrio.
19. Quadro clnico - Epiglotite
Posio sentada com hiperextenso cervical e protuso do mento, para tentar manter a via area permevel. medida que aumenta o grau de hipoxemia, ocorrem alteraes avaliao do nvel de conscincia.
20. Diagnstico
Inspeo direta da cavidade oral no departamento de emergncia ( evitar sempre que a hiptese de epiglotite considerada ).
21. Epiglotite
22. Epiglotite
23. Diagnstico radiolgico Afilamento abaixo das cordas vocais causado pelo edema da mucosa, conhecido como o sinal da ponta de lpis.
Hiperdistenso de hipofaringe durante a inspirao CRUPE.
Imagem correspondente a um aumento da epiglote definido por sinal do polegar EPIGLOTITE.
24. Diagnstico radiolgico sinal do polegar
25. Diagnstico radiolgico abscesso retro-farngeo
26. Diagnstico radiolgico Nos pacientes com epiglotite bacteriana, a investigao radiolgica deve ser complementada com estudo do trax para determinar a presena de edema pulmonar, que pode ocorrer pela exagerada presso negativa intratorcica, ou focos de consolidao broncopneumnicos associados.
27. Diagnstico endoscpico
Indicado quando h respirao ruidosa ou alterao do choro entre os episdios de crupe; episdios mais freqentes (ou progressivamente mais severos); intubao prvia (para excluso de estenose subgltica ou leso de nervo larngeo) e na suspeita de aspirao de corpo estranho.
28. Exames laboratoriais
Leucograma - discreta leucocitose e linfocitose na infeco viral, enquanto que na epiglotite bacteriana h leucocitose com desvio para a esquerda.
Gasometria arterial.
29. Tratamento Crupe viral
Umidificao ambiental - umidificao de secrees e uma diminuio do nvel de ansiedade da criana.
Piora clnica pode ocorrer quando h hiperreatividade brnquica associada.
Atualmente no tem sido indicado.
30. Tratamento Crupe viral Hidratao
desidratao secundria a perdas aumentadas por hiperventilao.
edema pulmonar secundrio a quadros obstrutivos mais severos realizar restrio.
31. Tratamento Crupe viral Nebulizao com adrenalina
adrenalina 1:1000 por via inalatria, em doses que variam de 3 a 5 ml por nebulizao administrada.
Efeito benfico mximo - em 30 minutos, e o desaparecimento desse efeito - 120 minutos.
32. Tratamento Crupe viral
Como o efeito da adrenalina limitado ao perodo de 2 horas, o paciente deve permanecer em observao, porque aps o efeito inicial, pode ocorrer um fenmeno de rebote.
33. Tratamento Crupe viral Esterides
dexametasona 0,6mg/kg
prednisolona, via oral, na dose de 1 mg/kg, a cada 12 horas (efeito at 24 horas aps)
- 2 mg de budesonida em soluo de nebulizao
34. Tratamento Crupe viral EOT
Necessria em menos de 1%
- Indicaes - aumento do estridor, cianose, taquicardia, taquipnia, fadiga, retraes e confuso, alm da ausncia de resposta teraputica farmacolgica de suporte.
35. Tratamento Crupe viral Heliox
gs inerte e atxico, de baixa densidade e viscosidade, que produz um fluxo mais laminar e menos turbulento, melhorando a oxigenao no crupe severo ou em outros processos obstrutivos de via area.
- a melhora imediata, mas ocorre rpida recorrncia com a suspenso da mistura.
36. Tratamento - Epiglotite Antimicrobianos
Reduo do edema em 12-72h
- Cefuroxime (150mg/kg/dia) ou Ceftriaxone (100mg/kg/dia), 10 dias.
37. Tratamento - Epiglotite
A profilaxia com rifampicina para eliminao de portador indicada em todas crianas com epiglotite que no receberam ceftriaxone como tratamento.
38. Tratamento - Epiglotite
Os contatos domiciliares devem receber profilaxia se houver contato com menores de 4 anos de idade no imunizados, ou com imunizao incompleta; e os contatos escolares quando houver crianas menores de 2 anos sem imunizao completa.
39. Tratamento - Epiglotite sempre uma emergncia mdica, requerendo intubao no momento em que o diagnstico estabelecido.
A extubao usualmente possvel em 30 a 60 horas aps o incio do antibitico e deve ser realizada aps visualizao direta da epiglote, com diminuio do edema.
40. Anel vascular
41. Introduo As anomalias congnitas do arco artico, tambm conhecidas como anis vasculares e anomalias dos vasos da base, constituem um grupo de malformaes que causam compresso do esfago e/ou da traquia, sendo responsveis por sintomas respiratrios e digestivos.
42. Introduo
So malformaes raras, classicamente subdivididas em anis completos, como o duplo arco artico (DAA) e o arco artico direita, com persistncia do ducto arterioso (AD/LE), e em anis incompletos, como artria subclvia direita anmala (AI) e anel de artria pulmonar.
43. Sintomas Jornal de Pediatria - Vol. 78, N3, 2002 - Luis R. Longo-Santos, Joo G. Maksoud-Filho, Uenis Tannuri, Wagner C. Andrade,Manoel E.P. Gonalves, Silvia R. Cardoso, Joo G. Maksoud.
Chiador crnico 86%
Cianose s mamadas 45%
Estridor 41%
Disfagia/engasgo 36%
44. Diagnstico Esofagograma com brio - compresso em tero mdio do esfago e classificao do provvel tipo de malformao.
Traqueobroncoscopia - compresso pulstil no tero inferior da traquia.
TC trax
RNM trax
Arteriografia
Ecocardiograma investigar malformaes cardacas associadas.
45. Tratamento
Correo cirrgica
49. Referncias Anis vasculares na infncia: diagnstico e tratamento - Luis R. Longo-Santos, Joo G. Maksoud-Filho, Uenis Tannuri, Wagner C. Andrade, Manoel E.P. Gonalves, Silvia R. Cardoso, Joo G. Maksoud - J. Pediatr (Rio J)vol.78no.3Porto Alegre2002.
Manejo clnico da obstruo de via area superior: epiglotite e laringotraqueobronquite - Srgio Lus Amanta, Ana Paula Pereira Silva - Jornal de Pediatria - Vol. 75, Supl.2, 1999.
50. Obrigada!