FUTEBOL FUNDAMENTOS O TALENTO Prof. Leandro T. Burgos

1. FUTEBOL FUNDAMENTOSO TALENTOProf. Leandro T. Burgos

2. Prof. Leandro Burgos, Ms. O que é o talento? Como conceituar o talento esportivo? Pode ser influenciado pelo treinamento? Como o atleta talentoso se torna craque? É possível identificar o talento nas crianças?

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4. Prof. Leandro Burgos, Ms. Até a década de 60 o futebol era baseado na técnica. Quem dominava fundamentos, como o drible, conseguia se destacar sem outras qualidades (MEDINA,2009). Nos anos 80, treinadores e comissões técnicas buscam integração dos fatores físicos, técnicos e táticos, objetivando melhores resultados.

5. Prof. Leandro Burgos, Ms. Século 21: momento em que se destaca a necessidade de planejamentos e investimentos na atitude, envolvendo aspectos psicológicos, emocionais e sociais dos atletas.

6. Prof. Leandro Burgos, Ms. O entendimento sobre talento sofre alterações, pois quem só possui virtude para realizar movimentos técnicos-motores não é mais talentoso. O verdadeiro craque é o capaz de transformar suas qualidades técnicas, físicas, psicológicas, emocionais, espirituais e sociais em resultados práticos. (MEDINA, 2009)

7. Prof. Leandro Burgos, Ms. Nas diversas áreas, o talento é a busca por excelência de desempenho. Disso, resulta o processo de seleção de indivíduos com capacidades diferenciadas. Para Bohme (2008), “talentos esportivos” são aqueles com um potencial ou uma grande aptidão para o desempenho do esporte. Mas afinal, o que é talento?

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9. Prof. Leandro Burgos, Ms. Para o novo dicionário Aurélio (p. 1398) TALENTO é a soma : do latim (talentu ) + do grego (tálanton) Significa: aptidãoinvulgar(natural ouadquirida).

10. Prof. Leandro Burgos, Ms. Com a evolução semântica, “talento” configurou-se comoalgo raro e valiosono domínio intelectual e artístico, aptidão natural ou habilidade adquirida (MAIA, 1996). Depende de herança genética somada a disposição motora, cognitiva e afetiva, favoráveis, assim como o desenvolvimento de condições sociais e ambientais propícias (SCHULHER DUDEN, 1987).

11. Prof. Leandro Burgos, Ms. Martin (1998) diz que é uma forma particular da capacidade natural de fazer alguma coisa bem. Considerando uma teoria biológica, Gardner (2003), definiu como sinal de um potencial precoce bio-psico-social em um domínio particular.

12. Prof. Leandro Burgos, Ms. Talento esportivo: o que é? Para Martin (1999) é quem tem características anatômicas e fisiológicas, capacidades e outras qualidades que, com treinamento, permitem alcançar o patamar de atletas de nível nacional e internacional. É o resultado individual de um processo com relações temporais entre as disposições genéticas, desempenho, rendimento mais as qualidades psicológicas.

13. Prof. Leandro Burgos, Ms. Para Gaya e Gonçalves da Silva (2002), é um talento esportivo o indivíduo com aptidão motora diferenciada em algum ou diversos componentes da aptidão física.

14. Prof. Leandro Burgos, Ms. Tem talento quem é chamado de “atleta herói”, que vem a ser identificado como um ser raro. É um entre milhares que usufrui dessa condição, pois são poucos praticantes de esporte competitivo que conseguem atingir níveis que justifiquem a sua situação de ídolo (BOLONHINI, 2010).

15. Prof. Leandro Burgos, Ms. Como identificar uma criança com talento no esporte?

16. Prof. Leandro Burgos, Ms. Particularidades do crescimento • Rápidodesenvolvimento do cérebro. Aos 6 anoseleatinge 90-95% do desenvolvimento de um cérebroadulto, porém o crescimento do corpoaindanãoatingiunem a metade do corpo do adulto. • A interconexãocrescente das células nervosas é produzida com intensidadeatéostrêsanos, podendo ser intensificadaporestímulosproporcionadosporatividadesfísicas.

17. Prof. Leandro Burgos, Ms. • Oiníciodapuberdademarca a rupturaprofunda no desenvolvimentopsicofísicodacriança. • Nostipos de desenvolvimentohá um crescimentoharmoniosodacapacidadeorgânica de "performance", das dimensões, dos órgãos e do sistemaesquelético. O metabolismo é 20% a 30% maiselevadonascrianças do quenosadultos.

18. Prof. Leandro Burgos, Ms. • Os sistemas sensoriais desenvolvem-se com velocidade até 10 - 11 anos, quando são capazes de executar movimentos com a precisão dos adultos. A idade mais indicada para o treino da técnica é de 11 - 15 anos (puberdade), pois a partir desta idade até 20 – 21 anos acontece a formação definitiva do aparelho muscular.

19. Prof. Leandro Burgos, Ms. • Os "programas locomotores" aprendidos na idade propícia ficam para toda vida. Por isso, o técnico que trabalha com jovens deve saber exatamente o quê e quando ensinar. Antes do tempo pode ser nocivo e difícil. Depois do tempo, difícil ou inútil.

20. Prof. Leandro Burgos, Ms. Num treinamento de grande volume e intensidade as "performances" de pico são produzidas já na infância e o metabolismo de manutenção pode prevalecer sobre o metabolismo construtivo, o que implica um entrave aos processos de crescimento do organismo infantil ou uma diminuição da capacidade total do esforço.

21. Prof. Leandro Burgos, Ms. Recomendações aos treinadores * Treinar cada ação técnica com grande número de repetições, com intervalos entre cada série. * Aproximar o máximo possível cada exercício do movimento praticado no jogo (não descuidando da características das faixas etárias), * Para treinar a precisão nos exercícios de velocidade criar condições que obriguem o futebolista a variar a velocidade.

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23. Prof. Leandro Burgos, Ms. Apesar de ser encontrada em ambos os sexos, o organismo de um adulto do sexo masculino produz cerca de vinte a trinta vezes mais testosterona, tendo um papel determinante na diferenciação dos sexos, pois faz crescer células por todo o corpo, tornando os ossos masculinos tornam-se mais densos e mais pesados.

24. Prof. Leandro Burgos, Ms. Durante a puberdade as alterações (principalmente hormonais) do organismo reduzem a velocidade e a precisão, e, por conseguinte, afetam negativamente a técnica. Amadurecimento precoce não se deve ser confundido com TALENTO, pois a idade cronológica nem sempre coincide com a motora.

25. Prof. Leandro Burgos, Ms. Amadurecimento precoce: acontece por quê? Já que os nossos maiores jogadores estão fora do país, torna-se necessário apostar cada vez mais cedo nas categorias de base, formando profissionais de maneira mais precoce. E isso tem um custo, que é o amadurecimento gradual de alguns atletas.

26. Prof. Leandro Burgos, Ms. Por outro lado, o esporte exige uma maturidade precoce dos atletas, que não podem esperar a maturidade emocional para optarem pelo esporte, senão serão considerados fisicamente ultrapassados. Weineck (1999), afirma que: “em crianças com desenvolvimento normal há coincidência entre idade biológica e a física. Em crianças precoces o desenvolvimento físico precede o biológico em 1 ou mais anos; e em crianças de crescimento tardio ocorre o contrário, o crescimento biológico precede o físico”.

27. Prof. Leandro Burgos, Ms. É evidente que aqueles que apresentam maturação acelerada tendem a apresentar resultados desportivos melhores do que os jovens de desenvolvimento normal, ou lento, pois o desempenho físico é de vital importância na maioria dos desportos.

28. Prof. Leandro Burgos, Ms. Especialização precoce Golomazov (1996) afirma que “por várias razões muitos técnicos vêem-se obrigados a acelerar a preparação dos jovens atletas. Se a especialização precoce é positiva, ou negativa, depende dos objetivos colocados. Se a ideia é criar um futebolista talentoso, o treino intensivo e precoce é nocivo”.

29. Prof. Leandro Burgos, Ms. Esta especialização precoce surgiu devido à valorização política e social do desporto de alto rendimento, que procurou encontrar mais cedo jovens com talento para a alta competição. Apesar de gerar bons resultados (no princípio), deve ser observada com cuidado, pois pode encurtar a vida profissional do atleta e até afastá-lo de treinamentos e competições.    

30. Prof. Leandro Burgos, Ms. A preparação de base é cada vez mais precoce o que obriga a criança a cumprir processos completamente desajustados ao seu período de maturação.

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32. Prof. Leandro Burgos, Ms. Crescimento e maturação Vários fatores influenciam o crescimento e a maturação do esqueleto, como: genética, nutricão, sexo, hormônios, local de crescimento e atividade física. Assim, o desenvolvimento da massa óssea difere na infância e na adolescência. Durante os primeiros anos o crescimento do esqueleto é muito maior na largura e, na puberdade, ocorre aceleração do crescimento longitudinal do esqueleto.

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35. Prof. Leandro Burgos, Ms.     Somente dos 25 aos 27 anos o atleta poderá atingir o seu ápice esportivo com 100% de desenvolvimento técnico, motor, cognitivo e intelectual. No desenvolvimentofísico-motor há um ganho de 30% no primeiroano, 10% nos 6 anos seguintes, 20% de 7 a 12 anos, 30% de 12 a 20 anos e finalmente 10% atéos 25 anos, quandoatinge o ápicefísico e motor que, geralmente, se prolongaatéos 27 anos.

36. Prof. Leandro Burgos, Ms. Desenvolvimento O desenvolvimento mental acontece da seguintemaneira: • 25% no primeiroano de vida, • 10% nos 6 anos seguintes, • 20% de 7 a 12 anos, • 20% de 10 a 17 anos, • 20% de 17 a 23 anos, • 5% a partir dos 23 anos.

37. Prof. Leandro Burgos, Ms. Já o desenvolvimento técnico é da seguinte forma: • 5% nos primeiros 7 anos; • 10% de 7 a 12 anos; • 40% de 12 a 16 anos; • 30% de 16 a 20 anos; • 15% de 20 a 24 anos, quando atinge o seu ápice.

38. Prof. Leandro Burgos, Ms. Testes de aptidão física São testes que têm por finalidade aquilatar o estado orgânico inicial do praticante, de forma que possam ser introduzidos programas de exercícios. Neste sentido, Cooper estabelece cinco categorias de aptidão física baseadas no consumo de oxigênio.

39. Prof. Leandro Burgos, Ms. Prof. Leandro Burgos, Ms. Grau de aptidão - 12 minutos

40. Prof. Leandro Burgos, Ms. Teste de V02 max . Matsudo: crianças de 8 a 13 anos Consiste em correr a distância de 1.000 metros no menor tempo possível, utilizando-se a fórmula: Sendo Y = tempo gasto (em segundos).

41. IDADE (anos)‏ PULSO (mim)‏ 1 134,0 1-2 110,0 2-3 108,0 3-4 108,0 4-5 103,0 5-6 98,0 6-7 94,9 7-8 92,1 8-9 91,8 9-10 89,7 10-11 88,8 11-12 87,9 12-13 87,9 13-14 86,8 Prof. Leandro Burgos, Ms. Freqüência do pulso em relação à idade (em repouso) Fonte: AFAA, 1995

42. Prof. Leandro Burgos, Ms. Prof. Leandro Burgos, Ms. Previsão de FC máxima, em esforço, em relação à idade