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AULA Nº 3 O MINÍSTRO: SEU SUSTENTO E VIDA DE ESTUDOS. TEOLOGIA PASTORAL I. I – O MINÍSTRO E SEU SUSTENTO 1 – EXAMINANDO O CONCEITO DE SE VIVER DE TEMPO INTEGRAL E DA VIDA PELA FÉ 2- O ENSINAMENTO DE JESUS E DOS APÓSTOLOS II – O MINÍSTRO E SUA VIDA DE ESTUDOS
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AULA Nº 3 O MINÍSTRO: SEU SUSTENTO E VIDA DE ESTUDOS TEOLOGIA PASTORAL I
I – O MINÍSTRO E SEU SUSTENTO • 1 – EXAMINANDO O CONCEITO DE SE VIVER DE TEMPO INTEGRAL E DA VIDA PELA FÉ • 2- O ENSINAMENTO DE JESUS E DOS APÓSTOLOS • II – O MINÍSTRO E SUA VIDA DE ESTUDOS • 1 – BUSCANDO UM LUGAR APROPRIADO • 2 – FERRAMENTAS ÚTEIS DE ENSINO • 3 – EXERCITANDO-SE NA PALAVRA DE DEUS • 4 – APROVEITANDO BEM O PERÍODO DE UMA HORA DIÁRIA DE ESTUDO • 5 – O QUE ESTUDAR CONTEÚDO
Dentre todos os temas que envolvem o estudo de teologia pastoral, o que trata do sustento do obreiro é também de fundamental importância, porque é no campo das finanças que o obreiro é mais confrontado moral e eticamente. O dinheiro fez que muitos santos de Deus pecassem, e as escrituras têm vários exemplos, entre eles o de Balaão que se corrompeu financeiramente diante de Balaque, e de Geazi que cobiçou as riquezas de Naamã, o comandante Sírio. O Ministro e seu sustento
A questão do sustento do obreiro foi abordada pelo Senhor Jesus Cristo e por dois de seus apóstolos, Pedro e Paulo. A linha mestra deste estudo será a seguinte: O mesmo Deus que chama a pessoa para o ministério o sustenta; . A forma como Deus paga seus obreiros, é bastante variada. O Ministro e seu sustento II
Ao longo dos anos os obreiros assimilaram a idéia de que viver tempo integral no ministério significa deixar de trabalhar numa profissão e passar a ganhar salário da igreja ou de uma agência missionária. Tal idéia tem levado pessoas a abandonarem seus empregos, afirmando que precisam “viver pela fé”. Por isso é necessário esclarecer e conceituar biblicamente o que significa “viver pela fé” e o que é viver de “tempo integral”. 1. Examinando O Conceito De Se Viver De Tempo Integral E Da Vida Pela Fé
Tanto o que trabalha num emprego secular ou tem sua empresa comercial como o que depende da igreja para seu sustento depende da fé, pois a escritura afirma que sem fé é impossível agradar a Deus; A fé em Deus, um ingrediente necessário ao dia-a-dia do Cristão está em tudo o que ele faz, tanto no campo secular quanto no religioso, até porque, na vida do cristão, a vida secular e a religiosa estão intimamente ligadas; As atividades, isto é, os empregos, (chamado de trabalho secular) facilitam ao obreiro engajar-se na obra de Deus sem precisar depender dela para seu sustento. Todavia, é possível que seja sustentado pela obra, assunto que será visto ao longo deste estudo. 1.1. TODOS “VIVEM PELA FÉ” E DE “TEMPO INTEGRAL”
Em seu livro a vida normal da igreja, afirma: “Se um homem confia em Deus, que vá e trabalhe para ele. Se não, que fique em casa, pois lhe falta a primeira qualificação para o trabalho. Deve-se refletir quanto a esta radical declaração, pois o autor ainda pergunta: “De quem somos nós trabalhadores ?” Se trabalhamos pra homens, então eles devem nos dar sustento; se porém trabalhamos para Deus, então a ninguém mais devemos nos dirigir, senão a ele, embora ele possa satisfazer nossas necessidades por meio de irmãos... o CHINÊS – WATCHMAN NEE
Jesus apresentou aos apóstolos um modelo de vida simples: “Não vos provereis de ouro, nem de prata, nem de cobre nos vossos cintos, nem de alforje para o caminho, nem de duas túnicas, nem de sandálias, nem de bordão: porque digno é o trabalhador do seu alimento”(Mt.10.9-10). No evangelho de Lucas ele faz outra proposta: “Quando vos mandei sem bolsa; sem alforje e sem sandálias, faltou-vos por ventura alguma coisa? Nada, disseram eles. Então lhes disse: Agora, porém, quem tem bolsa tome-a, como também o alforje...”(Lc.22.35-36). A partir deste texto pode-se concluir que Jesus não dogmatizou quanto ao sustento e deixou bem claro que, com sua ausência, eles encontrariam muitas dificuldades, e precisariam levar dinheiro com eles. 2. O Ensinamento De Jesus e dos apóstolos
Durante os três anos e meio do ministério de Jesus, uma equipe de mulheres o acompanhava, servindo-o com os seus bens. Ele ia de cidade em cidade e de aldeia em aldeia, pregando e anunciando o reino de Deus, juntamente com os doze, Diz o texto: • “E também algumas mulheres que haviam sido curadas de espíritos malignos e de enfermidades: Maria, chamada Madalena, da qual saíram sete demônios; e Joana, mulher de Cuza procurador de Herodes, Suzana e muitas outras, as quais lhe prestavam assistência com os seus bens” (Lc.8.2-3) • Essas mulheres, algumas com bastante recursos financeiros ajudavam no ministério de Jesus. 2.1. O sustento de Jesus por amigos colaboradores
Uma coisa que deixa alguns comentaristas bíblicos perplexos é que Paulo ensinava sobre o valor de se receber donativos, de se trabalhar e ser sustentado pela obra, enquanto ele mesmo trabalhava para seu sustento. Para entender essa questão, é necessário observar que os judeus, naquela época, regidos pelo Talmude Babilônico, eram orientados a terem uma profissão para que pudessem exercer uma atividade digna entre os habitantes do lugar... “Ninguém, nem mesmo os rabinos ou os juízes, têm o direito de viver sem trabalhar; Viver de caridade é apenas o recurso extremo”. Trabalhar com as próprias mãos é o primeiro dever de um judeu, Seja qual for o tempo que ele passa estudando, orando, julgando ou ensinando. 2.2. Paulo e a doutrina do sustento financeiro
...Por exemplo: Priscila e áquila, o casal expulso com os demais judeus de Roma, encontrou-se com Paulo em Corinto e pela familiaridade profissional Paulo uniu-se ao casal para fazer tendas (At.18.1-3) Embora Paulo trabalhasse para se sustentar, a bíblia revela que houve um período, em que ele “se entregou totalmente à palavra”... (At.20.33-35), o que significa que naquele período ele não precisou trabalhar a fim de prover seu sustento. Tudo isso leva a concluir que é importante que se tenha uma profissão, e, no entanto , é possível ao obreiro viver da obra. Paulo e a doutrina do sustento financeiro ii
As vantagens para o obreiro que possui qualidades profissionais são: Mobilidade. Quando se tem uma profissão, é possível realizar a obra de Deus em qualquer lugar, ou seja, mudar para uma cidade onde não há igrejas e ali estabelecer a obra de Deus. Liberdade.O talmude babilônico recomendava que os rabinos, ou qualquer judeu tivessem autonomia, e exercessem uma profissão...Tais recomendações levavam os judeus da época de Paulo, e depois ao longo dos séculos, a exercerem uma profissão autônoma. Paulo e a doutrina do sustento financeiro iii
Sustentabilidade.Enquanto a obra não cresce, e não existe recurso financeiro, o obreiro pode ser auto-sustentável. Foi assim que começaram as Assembléias de Deus no Brasil. Quando os primeiros dois missionários chegaram ao Brasil, um trabalhava e o outro saia para pregar o evangelho, até que eles conseguissem ajuda das igrejas da Suécia para seu próprio sustento no país. Estes três fatores: (Mobilidade, Liberdade e sustentabilidade) ajudaram Paulo em seu ministério. Muitos jovens obreiros passam extrema necessidade quando iniciam uma igreja porque não tem uma profissão autônoma que lhe ajude no sustento. Paulo e a doutrina do sustento financeiro iv
O fato de Paulo, como apóstolo, trabalhar para se manter deu-lhe autoridade para estabelecer a questão do trabalho como um dos ensinos fundamentais da doutrina apostólica. Algumas igrejas ou ministérios estabeleceram regrasde que nenhum irmão deveria receber ajuda de tempo “integral” da igreja, sem antes experimentar a importância do trabalho em sua vida. De maneira geral os que nunca trabalharam, quer em empresas quer nas lidas diárias do campo ou da cidade,não sabem valorizar a importância do trabalho, nem dão valor ao custo do dinheiro. 2.3. A autoridade de paulo na questão do sustento e do trabalho
Com ele o homem aprende a ter responsabilidade e a cumpri-la, a ter mais agilidade e mais atenção a tudo o que faz. Quando um moço é acostumado a levantar-se cedo para o trabalho, a dormir na hora certa, ao entrar para o ministério não será relapso com seu tempo e com os horários a cumprir. Aprenderá a dormir apenas o tempo necessário e a levantar-se cedo para aproveitar bem o seu dia . Tais atitudes são fundamentais para fazer jus á grandeza do chamamento de Deus. Afinal, trabalhar para Deus requer esforço e dedicação como qualquer profissão. 2.3.1. O trabalho disciplina o corpo e a mente
Um obreiro que nunca se submeteu a um chefe terá sérias dificuldades em submeter-se a outro líder; Também através desse exercício é possível aprender a valorizar a providência divina, pois quando alguém recebe um salário, precisa controlar suas despesas para viver dentro dos limites financeiro desse salário; Tal aprendizagem permite que o obreiro saiba valorizar o dinheiro de Deus; a entender que as ofertas e dízimos dos irmãos são depositados no altar de Deus como fruto de obediência desses, e que o dinheiro que o sustentará é dinheiro consagrado. 2.3.2. O EXERCÍCIO DE UMA ATIVIDADE ENSINA O OBREIRO A VIVER SOB AUTORIDADE
Já foi mencionado que Paulo não usufruía o direito de ganhar da igreja, mas defendia que os obreiros vivessem da obra. Este comportamento do apóstolo continua gerando controvérsias entre os teólogos, O conflito de Paulo com a igreja de Corinto, quando ele estava preso. Ele pergunta: “Será que cometi algum pecado ao humilhar-me a fim de elevá-los, pregando-lhes gratuitamente o evangelho de Deus? Despojei outras igrejas, recebendo delas sustento, afim de servi-los; Quando estive entre vocês e passei por alguma necessidade, não fui um peso para ninguém; pois os irmãos quando vieram da Macedônia, supriram aquilo que eu necessitava. Fiz de tudo para não ser lhes ser pesado, e continuarei a agir assim” (2 Co 11.7-9) 2.4. PAULO E O SUSTENTO DO OBREIRO
Por isso, Paulo exclama: “Até agora estamos passando fome, sede e necessidade de roupas, estamos sendo tratados brutalmente, não temos residência certa e trabalhamos arduamente com nossas próprias mãos” (I Co.4.11-12-NVI) A igreja de Corinto era constantemente advertida por Paulo sobre a questão das contribuições; Paulo dedica um capítulo inteiro para falar da importância do obreiro ser sustentado pela obra e de como a igreja pode participar de seu sustento. 2.4. Paulo e o sustento do obreiro II
Na carta a Timóteo, ele trata com clareza sobre o sustento do ministro: • “Devem ser considerados de dobrados honorários (dupla honra) os presbíteros que presidem bem, com especialidade os que se afadigam na palavra e no ensino. Pois a escritura declara: Não amordaces o boi, quando pisa o trigo. E ainda : O trabalhador é digno do seu salário” (I Tm.5.17-18) NVI. • A expressão “presidem bem” vem da mesma palavra grega que paulo usa em I Tm 3.4.quando fala ao obreiro que “governa bem a sua casa”, É justo, portanto, que o obreiro seja pago. 2.4. paulo e o sustento dos obreiros III
Paulo usou de figuras comuns à época para defender o sustento dos obreiros; Em I Coríntio 9, ele cita cinco exemplos: O SOLDADO, O AGRICULTOR, O PECUARÍSTA, O BOI E O SACERDOTE. O SOLDADO. “Quem jamais vai à guerra à sua própria custa?” (I Co 9.7). As guerras sempre foram financiadas pelo Estado, que paga seus soldados para lutar. O mesmo acontece com o obreiro do Senhor; Ele é contratado para lutar as guerras do Senhor. 2.5. As figuras que paulo usou ao falar sobre o sustento do obreiro
O AGRICULTOR: “Quem planta a vinha e não come do seu fruto?” (I Co 9.7). O lavrador tem direito a se alimentar do que planta e cultiva. Seu argumento é: “Se nós vos semeamos as cousas espirituais, será muito recolhermos de vós bens materiais?” (v.11). Paulo entendia que a semeadura espiritual produz bens materiais. O PECUARÍSTA: “Ou quem apascenta um rebanho e não se alimenta do leite do rebanho?” (I Co 9,7.) A pessoa que lida todos os dias com seus animais; vacas, cabritas,ovelhas,têm direito ao leite e a carne que elas produzem. 2.5. As figuras que paulo usou II
O BOI DE CANGA: “Porque na lei de Moisés está escrito: Não atarás a boca do boi quando pisa o trigo. Acaso, é com bois que Deus se preocupa? Ou é, seguramente, por nós que ele o diz? Certo que é por nós que está escrito, pois o que lavra, cumpre fazê-lo com esperança; Esse boi, diz Paulo, precisa ser alimentado, do contrário não conseguirá trabalhar, mas, Deus não está preocupado com bois, e sim com homens. 2.5. As figuras que Paulo usou III
OS SACERDOTES: “Não sabeis vós que os que prestam serviços sagrados, do próprio templo se alimentam; e quem serve o altar, do altar tira o seu sustento?”(v.13). Paulo ilustra a necessidade do sustento do obreiro com a figura do sacerdote que comia dos sacrifícios trazidos ao altar, uma referência aos costumes do Antigo Testamento. E concluindo, afirma: “Assim ordenou também o Senhor aos que pregam o evangelho, que vivam do evangelho. (I Co 9.14); Existem implicações no crescimento da obra de Deus quando o obreiro precisa dedicar seu tempo todo em busca de sustento, e isso deve ser levado em consideração se a igreja local tem visão de crescimento e de expansão do reino. 2.5.As figuras que Paulo usou IV
Se alguém tem certeza de que Deus o chamou, pode ter certeza de que ele o sustentará. Paulo afirmou: “Tudo posso naquele que me fortalece”(Fp 4.13).”E o meu Deus, segundo a sua riqueza em glória, há de suprir, em Cristo Jesus, cada uma de vossas necessidades”(Fp 4.19). Este último versículo não pode ser desprezado de seu contexto, pois nele Paulo explica que por haver semeado, por haver ofertado, a pessoa será grandemente abençoada. 2.6. paulo e a dimensão da fé
Um poema de Cheney, citado por E. Cowman em seu livro (Mananciais no Deserto) é simples e profundo, e exemplifica bem o cuidado de Deus com seus filhos. “ O pardal falou para a andorinha:- Gostaria mesmo de saber porque os humanos vivem ansiosos, correndo e se preocupando com quê? A andorinha responde ao pardal:- Amigo, acho que entendi, eles não têm um pai celeste como o que cuida de mim e de ti”. 2.6. Paulo e a dimensão da fé II
O sustento do obreiro começa pela “ lei da semeadura”, isto é, ele precisa aprender primeiro a contribuir; A pessoa que deseja ser abençoada com ofertas e ser alvo da generosidade do povo de Deus deve aprender a ofertar. A promessa de Jesus é: “Dai, e dar-se-vos-á; boa medida, recalcada. sacudida, transbordante, generosamente vos darão...”(Lc 6.38). Muitos pastores só querem receber, mas precisam aprender a contribuir. 2.7. paulo e a lei da semeadura
Paulo comenta sobre a contribuição como uma semeadura: “Aquele que semeia pouco, pouco também ceifará; e o que semeia com fartura, com abundância também ceifará” (2 Co 9.6.) A sementeira tem dois aspectos: O primeiro é o grão que o agricultor guarda para plantar na safra seguinte. Este fica guardado num depósito e dele não se tira para o sustento da casa. O segundo aspecto é a sementeira em si mesma, o lugar em que se prepara a terra para fazer a semeadura. Depois de crescidas, as plantas são enterradas noutro lugar. a lei da semeadura II
A questão não é trabalhar para o sustento ou depender da igreja, mas se o obreiro aprendeu a depender de Deus e a contribuir. Este é o canal da benção divina financeira sobre ele. Pergunta para reflexão Estou capacitado para “colocar as mãos à obra”,se necessário, para prover meu sustento e de minha família com dignidade? Centralidade da reflexão Cada obreiro deve ser firme em seus objetivos. Se cremos que realmente fomos contratados por Deus, então ele fará a provisão. concluindo
Uma das maiores dificuldades do obreiro é a de manter uma agenda bem coordenada com as disciplinas da oração e do estudo. Ao longo do ministério, convive-se com pessoas que agem com extremos: os que gostam de orar muito e costumam negligenciar o estudo; e os que estudam muito, mas costumam negligenciar a oração. Raramente existe um equilíbrio entre essas duas atitudes ! Orar e estudar são ações determinantes para o equilíbrio na vida do obreiro... Se elas não estiverem presentes na vida do ministro, seu ministério acabará sendo feito na força do homem – e tudo que é feito na força do homem fracassará. o ministro e sua vida de estudo
É notório que a maior dificuldade dos obreiros começa com a falta de espaço em sua casa ou no templo. Alguns obreiros, na tentativa de ficar a sós, optam por um cantinho de estudo no quarto do casal, o que também não é adequado, porque priva a esposa de se recolher mais cedo ou de levantar mais tarde... E não é bom levar irmãos ou estranhos ao lugar de privacidade da família. Qualquer que seja o local, deve-se pensar na privacidade para o estudo e a oração. 1. buscando um lugar apropriado
Um dos seguidores de Wesley, Francis Asbury, pioneiro metodista nos Estados Unidos, aconselhava seus obreiros a dedicar uma hora de oração a partir das cinco horas da manhã, e depois das cinco as seis da tarde. Os obreiros tinham de dedicar das seis da manhã até ao meio-dia para o estudo, com um intervalo de uma hora para o café, alimentando “a mente e a alma com a Bíblia e com bons livros”. A necessidade de dedicar tantas horas ao trabalho na igreja constitui-se um grande empecilho para uma maior dedicação a oração e ao estudo. buscando um lugar apropriado II
Hoje é possível ter acesso à informação não só através de livros e materiais impressos, como também através de material disponível multimídia. Com isso, pode-se tirar mais proveito do estudo num tempo menor. O estudante da Bíblia necessita de algumas ferramentas para conhecer o tema ou os livros que se propõe estudar. A Bíblia foi escrita num período de 1.600 anos por mais de 40 autores com as mais variadas profissões. 2. Ferramentas Úteis De Estudo
Dispondo ou não de um programa de computador que o auxilie no estudo, algumas ferramentas são importantes a todo ministro do evangelho. São elas: Versões bíblicas. Quantas puder !.. Chave bíblica, que combine com a versão que estiver usando. Enciclopédia bíblica. A mais popular e usada é a “Pequena Enciclopédia Bíblica “ de Orlando S. Boyer; trata-se de um mini-compêndio de grande utilidade. Ferramentas Úteis De Estudo II
Os livros não estão em ordem cronológica como aparecem nas Bíblias. Por exemplo, o livro de Jó, apesar de localizar-se antes dos Salmos é um relato de alguém que viveu, possivelmente, à época de Abraão. Já os Salmos, colocados no meio do livro, abrangem um período que vai de Moisés a Esdras. Hoje existe no mercado a Bíblia em ordem cronológica, editada pela Editora Vida que dá a cronologia dos acontecimentos. 2.1. conhecendo a bíblia em ordem cronológica
O Pentateuco. (do grego penta ou cinco). São os cinco livros escritos por Moisés: Gênesis, Êxodo, Levítico, Números. e Deuteronômio. Este último, praticamente uma repetição de temas apresentados nos três anteriores. Livros históricos. O estudante deve conhecer os livros históricos e sua seqüência, começando por Josué no antigo testamento, até o livro de Atos dos Apóstolos no novo testamento. Os livros históricos não estão em ordem cronológica, o que requer atenção e pesquisa por parte do estudante. 2.1. as divisões dos livros da bíblia
Livros Poéticos. Os livros poéticos são: Jó, Salmos, Provérbios, Cantares e Eclesiastes. Cada um destes livros tem sua peculiaridade. Livros proféticos. Os livros proféticos vão de Isaias a Malaquias. Aqui o estudante conhecerá os profetas maiores que são: Isaias, Jeremias, Ezequiel e Daniel e na continuação destes, os profetas menores. Os Evangelhos e as Epístolas. Ao longo do curso bíblico o aluno conhecerá com profundidade os quatro evangelhos, e estudará as cartas apostólicas, conhecidas como epístolas. Cont. as divisões dos livros da bíblia
Livros e profetas da Dispersão ou cativeiro. É necessário que o estudante tenha uma visão dos livros que tratam da Diáspora (cativeiro e dispersão de Israel). São eles, Jeremias, depois Ezequiel, Daniel, Ester, Neemias, Esdras, Ageu, Zacarias e Malaquias. Quando se estuda simultaneamente estes livros, pode-se ter uma visão ampla daquele período da história do povo de Israel. Para se conhecer o período inter-bíblico, isto é, o que aconteceu entre o livro de Malaquias e o livro de Mateus, o estudante pode ler e analisar os livros não inspirados, isto é, livros que não foram incluídos no cânone bíblico. E que fazem parte de certas Bíblias, entre eles o livro de Macabeus. Cont. as divisões dos livros da bíblia
O autor de Hebreus – até hoje os escolásticos não chegaram a um consenso de quem o teria escrito, se Paulo, Barnabé ou Apolo – comenta que devemos exercitar as faculdadespara discernirmos o bem e o mal. Pelo tempo de vida cristã, argumenta o autor, uma pessoa que exercita suas faculdades mentais, já pode se alimentar de alimento sólido tornando-se mestre. A mente quando é treinada fica capacitada a receber informações com mais rapidez e a entender os assuntos de maneira mais ampla. 3. Exercitando-se na palavra de Deus
Requer-se de todo estudante da palavra que estude com objetivo. Muitos estudantes ficam folheando os livros da Bíblia, lendo aqui e acolá sem um objetivo específico que possam levá-los a resultados práticos. A objetividade traz rapidez ao entendimento. Por exemplo, o estudante pode decidir estudar um tema ou um livro, assunto que será abordado mais adiante. Estudando com objetividade
A Bíblia, palavra de Deus, não deve ser lida com desprezo ou descuido. Em cada letra ou acento que apresenta exige do aprendiz um cuidado especial. Seu vocabulário requer muita atenção para os sentidos das palavras em cada versículo, pois há diferença de sentido entre:“pecado” e “pecados”;”fé” e “fé”; “amor”e “amor”, “justiça” e “justiça !”,etc. Em João 5.39, o estudante se depara com a orientação de Jesus: “Examinais as escrituras, porque julgais ter nelas a vida eterna, e são elas mesmas que testificam de mim” Em Atos 17.11, há outra referência que reafirma a importância do estudo das escrituras. Esse capítulo traz o relato sobre os irmãos de Beréia: “eram mais nobres do que os de Tessalônica; pois receberam a palavra com toda a avidez, examinando as escrituras. Comparando texto com texto
Os comentários bíblicos, notas de rodapé e chaves bíblicas remetem o estudante a qualquer passagem que trate do mesmo tema. São de grande ajuda para saber o período histórico da época em que o texto foi escrito, quem escreveu e sob quais condições. A maioria das bíblias de estudo contêm essas informações. Por exemplo. A razão de Paulo escrever a carta aos Tessalonicenses foi porque havia a idéia corrente entre os irmão de que somente os que estivessem vivos poderiam se encontrar com Jesus quando de seu retorno. Examinando o texto bíblico