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Universidade Federal Rural do Semi-Árido - UFERSA. Primeira Lei da Termodinâmica. Jusciane da Costa e Silva. Mossoró, Junho de 2010. Sumário. Introdução Trabalho e Calor Em Processos Termodinâmicos Mecanismo de Transferência de Energia em Processos Termodinâmicos
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Universidade Federal Rural do Semi-Árido - UFERSA Primeira Lei da Termodinâmica Jusciane da Costa e Silva Mossoró, Junho de 2010
Sumário • Introdução • Trabalho e Calor Em Processos Termodinâmicos • Mecanismo de Transferência de Energia em Processos Termodinâmicos • Primeira Lei da Termodinâmica e Energia Interna • Aplicações da Primeira Lei da Termodinâmica
Vimos anteriormente que Se os corpos estiverem a temperaturas diferentes, a energia pode ser trocada entre eles por meio de calor. No equilíbrio térmico os corpos em contato térmico deixam de trocar energia A temperaturaé a propriedade que determina se um corpo está em equilíbrio térmico com outros corpos
Sistema Termodinâmico Certa massa delimitada por uma fronteira. Sistema fechado Sistema que não troca massa com a vizinhança, mas permite passagem de calor e trabalho por sua fronteira. Vizinhança do sistema. O que fica fora da fronteira Sistema isolado Sistema que não troca energia nem massa com a sua vizinhança. Processo Termodinâmico Processo no qual ocorrem variações no estado do sistema termodinâmico.
Calor e Primeira Lei da Termodinâmica • Até por volta de 1850, os campos da termodinâmica e da mecânica eram considerados dois ramos distintos. • A lei da conservação da energia parecia descrever somente certos tipos de sistemas mecânicos. • James Joule e outros cientistas mostraram que a energia pode ser adicionada (ou removida) de um sistema, ou por calor, ou realizando trabalho sobre ele. • O conceito de energia foi ampliado para incluir a energia interna eessa expansão da conservação da energia é chamada de primeira lei da termodinâmica. • Alei da conservação da energiaemerge como uma lei universal da natureza.
Trabalho Realizado Durante Variações de Volume • O trabalho realizado pelo gás sobre o pistão: ou O trabalho total realizado pelo gás à medida que o seu volume se altera de Vipara Vf é dado por
Trabalho Realizado Durante Variações de Volume • O trabalho realizado por um gás de um estado inicial a um estado final é numericamente igual a área sob a curva conectando os estados no diagrama PV.
Convenções de Sinais: Trabalho Em termodinâmica, W > 0→ energia que sai do sistema W < 0→ energia que entra no sistema Compressão do gás Expansão do gás O trabalho realizado pelo gás é negativo O trabalho realizado pelo gás é positivo
Convenções de Sinais: Calor Calor - Modo de transferência de energia resultante da diferença de temperatura entre dois sistemas (ou um sistema e a vizinhança): Q > 0→ calor que entra no sistema Q < 0→ calor que sai do sistema
Exemplo 1 Expansão isotérmica de um gás ideal – Um gás sofre uma expansão isotérmica (a temperatura constante) para uma temperatura T, enquanto o volume varia entre os limites V1 e V2. Qual o trabalho realizado pelo gás? De acordo com a equação do gás ideal: PV=nRT, assim Assim a equação do trabalho torna-se: Além disso T é constante: Logo,
O trabalho realizado pelo sistema depende do processo. • O trabalho realizado por um sistema depende dos estados inicial e final e do caminho seguido pelo sistema entre estes estados: O trabalho (W) não é uma variável de estado.
O calor que passa pelas fronteiras do sistema depende do processo. • A energia transferida por calor para fora ou para dentro de um sistema também depende do processo. • Considere as situações ao lado, em cada caso, o gás tem as mesmas condições iniciais de volume, temperatura e pressão e é um gás ideal. • Em (a), temos uma expansão isotérmica. • Em (b), temos uma expansão livre. • Os estados inicial e final em ambos os casos são iguais, mas os caminhos são diferentes. O calor (Q) não é uma variável de estado.
Primeira Lei da Termodinâmica • A primeira lei da termodinâmica é uma generalização da lei da conservação da energia que engloba mudanças na energia interna. Energia internaé toda a energia de um sistema que está associada com suas componentes microscópicas – átomos e moléculas – quando vistas de um sistema de referência em repouso com respeito ao objeto. • Energia interna: • Energia cinética de translação, de rotação ou de vibração das moléculas; • Energia potencial das moléculas; • Energia potencial entre moléculas. • Há dois mecanismos pelos quais podemos alterar a energia interna do sistema: • Processos envolvendo a transferência de energia pela realização detrabalho; • Processos envolvendo a transferência de energia pela troca decalor.
Primeira Lei da Termodinâmica • Portanto, podemos definir a primeira lei da termodinâmica como: Conservação de energia Q > 0 calor adicionado ao sistema (U aumenta) Q < 0 calor retirado do sistema (U diminui) W > 0 trabalho realizado pelo sistema (U diminui) W < 0 trabalho realizado sobre o sistema (U aumenta) • Embora Q e W dependam do caminho escolhido, a quantidade Q – W é independente do caminho. A energia interna (Eint) é uma variável de estado.
Por Exemplo, A Energia internade uma xícara de café depende apenas do seu estado termodinâmico – quais são as quantidades de água e de pó de café existente no sistema, e qual é a sua temperatura. Ela não depende da história do modo como ele foi preparado, ou seja, do caminho termodinâmico que conduziu o sistema o sistema até o estado em que ele se encontra
Exemplo 2 Deve-se converter 1 kg de água a 100 0 C em vapor d´água na mesma temperatura à pressão atmosférica (P = 1,01.105 N/m2). O volume da água varia de 1,0 x10-6 m3 do líquido para 1671x10-6 m3 de gás. O calor de vaporização para essa pressão é Lv = 2.256 x 106 J/kg. a) Qual o trabalho realizado pelo sistema? b) Qual a variação da energia interna do sistema? Sendo,
Exemplo 3 Quando um sistema é levado do estado i para o estado f ao longo da trajetória iaf na figura à seguir, Q = 50cal e W = 20cal . Ao longo da trajetória ibf , Q = 36cal . a) Qual o valor do trabalho ao longo da trajetória ibf? Mas por outro lado, b) Se W = -13cal para a trajetória de volta fi , qual será Q para essa trajetória? Assim, Logo,
Aplicação da Primeira Lei da Termodinâmica • Processo isovolumétrico ou isocórico(Transformação a volume constante ) Transformação de 1 → 2 Volume invariável Isovolumétrica ∆V = 0 W = 0 U = Q - W 1ª Lei da Termodinâmica U = Q
Aplicação da Primeira Lei da Termodinâmica • Processo Isotérmico(Transformação a temperatura constante ) Êmbolo movimentado lentamente 1ª Lei da Termodinâmica U = 0→ ∆T=0 Q = W
Aplicação da Primeira Lei da Termodinâmica • Processo adiabático(Transformação sem troca de calor) O processo ocorre tão rapidamente que o sistema não troca calor com o exterior. Q = 0 Movimento rápido do êmbolo. Q = 0 Primeira Lei da Termodinâmica ∆U = Q – W Q = 0 → ∆U= - W • Quando sistema passa por uma expansão adiabática, sua temperatura diminui. • Quando sistema passa por uma compressão adiabática, sua temperatura aumenta. W Área sob o grafico
Aplicação da Primeira Lei da Termodinâmica • Processo Cíclicos(Estado inicial é igual ao Estado Final ) 1.- ∆Uciclo = ∆U = 0 2.- Qciclo = Q 3.- Wciclo = W = área 12341 1a Lei da Termodinâmica ∆Uciclo = Qciclo - Wciclo Qciclo = Wciclo Wciclo > 0 → Qciclo 0 O sentido do ciclo no diagrama PV : horário. O sistema recebe Q e entrega W
Aplicação da Primeira Lei da Termodinâmica • Expansão livre : São processos adiabáticos nos quais nenhum trabalho é realizado. A temperatura do gás no estado inicial e final tem que ser a mesma. São processos súbitos em que não se conhece a pressão e volume nos estados intermediários.
Energia Interna do Gás Ideal: Expansão livre de um gás: Retirada da parede Paredes adiabáticas Não empurra parede Não troca calor Verdade para gás ideal !! Se temperatura não muda
Calor Específico de Um Gás Ideal: Primeira lei: V cte P cte Gás Ideal: U depende apenas da temperatura Concorda para gases monoatômicos e diatômicos Então:
Calores Específicos Molares a Volume Constante Tabela 1 – Calores Específicos Molares a Volume Constante
Processos adiabáticos no gás ideal Definições: Pela primeira lei da termodinâmica, temos: Para um gás ideal em qualquer processo com variação dT. Usando a equação de estado do gás ideal nas relações acima podemos escrever onde
Processos adiabáticos no gás ideal Para uma variação finita de temperatura e do volume, podemos integrar a equação obtém-se: ou ou
Adiabáticas P Isotermas V Ciclo de Carnot Processos adiabáticos no gás ideal Curva adiabática sempre mais inclinada que curva isotérmica.
Processos adiabáticos no gás ideal Trabalho realizado num processo adiabático P V Vi Vf
Bibliografia • H. Moysés Nussenzveig, Curso de Física Básico, Vol. 2. • D. Halliday, R. Resnick, J. Walker, Fundamentos de Física, Vol. 2.