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Literatura Prof. Henrique

Literatura Prof. Henrique. Romantismo: Poesia no Brasil gerações. Romantismo-poesia: Brasil. Contexto Histórico: o Brasil recebe a família real portuguesa que vem buscar refúgio da crise provocada pela busca expansionista de Napoleão Bonaparte

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  1. Literatura Prof. Henrique Romantismo: Poesia no Brasil gerações

  2. Romantismo-poesia: Brasil • Contexto Histórico: • o Brasil recebe a família real portuguesa que vem buscar refúgio da crise provocada pela busca expansionista de Napoleão Bonaparte • O impacto desta transferência foi percebido nas mudanças de toda a infra-estrutura da cidade do Rio de Janeiro que, até sua vinda, era extremamente precária. • Abertura dos portos para nações amigas-1808 • Drenagem dos charcos, ampliação das ruas, calçadas, novos bairros...

  3. Romantismo-poesia: Brasil • Contexto Histórico: • Implantação de escolas-régias (Ensino Médio) e a primeira instituição de Ensino Superior, a Escola Médico-Cirúrgica, na Bahia. o Brasil recebeu a Missão Artística Francesa composta por cientistas e artistas, que registravam em seus textos características do novo reino.

  4. Romantismo-poesia: Brasil • Contexto Histórico: • Nos textos dos integrantes das missões científicas, eram divulgadas também as idéias nacionalistas e liberais vigentes na Europa. • Por circularem entre nossos intelectuais, esses textos exerceram grande influência, marcando fortemente a ideologia romântica. Proclamação da Independência política brasileira, em 1822: identidade nacional em questão

  5. Romantismo-poesia: Brasil • Os intelectuais brasileiros, que vinham levando adiante o que era sugerido pelos participantes das expedições científicas e artísticas estrangeiras, viram neste fato o grande pretexto do qual precisavam para consolidar a idéia de uma nação autenticamente brasileira, ou seja, separada de Portugal.

  6. Geração Denominação Componentes Modelos Poéticos Temas Primeira Nacionalista Gonçalves de Magalhães e Gonçalves Dias Chateaubriande Lamartine - O índio- A saudade da Pátria- A natureza- A religiosidade- O amor impossível Segunda Individualista ou Subjetivista Álvares de Azevedo, Casimiro de Abreu, Fagundes Varela e Junqueira Freire Byron e Musset - A dúvida- O tédio- A orgia- A morte- A infância- O medo do amor- O sofrimento Terceira Liberal ou Social ou Condoreira Castro Alves Vitor Hugo - Defesa de causas humanitárias- Denúncia da escravidão- Amor erótico Fonte: Literatura Brasileira: por Sergius Gonzaga. Disponível em: http://educaterra.terra.com.br/literatura/romantismo/romantismo_12.htm . Acesso em: 14 mai. 2009.

  7. Romantismo-poesia: Brasil • 1ª Geração : Indianismo • Apontando os índios e os indícios da natureza exuberante como símbolos representativos da identidade brasileira começava a ganhar forma a representação simbólica ideal encontrada pela primeira geração romântica.

  8. Romantismo-poesia: Brasil • 1ª Geração : Indianismo Em 1840, o recém-fundado Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro promoveu um concurso para premiar o trabalho que melhor apontasse a maneira de se compor uma história geral do Brasil. O vencedor foi Von Martius, por ter destacado a importância das três raças (branca, indígena e negra) na formação do povo brasileiro

  9. Romantismo-poesia: Brasil • Aponte a importância da visão que o IHGB criou na imagem sobre o Brasil tem, até hoje, de sua própria sociedade.

  10. Romantismo-poesia: Brasil • Gonçalves Dias: • Foi o grande nome de toda primeira geração romântica. • De origem mestiça, filho de um comerciante português e uma cafuza (negro/índio), o poeta orgulhava-se de ter em seu sangue as três raças que compunham o país.

  11. Romantismo-poesia: Brasil • Gonçalves Dias: • grande nome de toda primeira geração. • De origem mestiça, filho de um comerciante português e uma cafuza (negro/índio), o poeta orgulhava-se de ter em seu sangue as três raças que compunham o país. • Características: • arrebatamento romântico • expressão sentimental individual e idealizações • exaltação a natureza da pátria e religiosidade

  12. Romantismo-poesia: Brasil • Gonçalves Dias: • grande nome de toda primeira geração. • De origem mestiça, filho de um comerciante português e uma cafuza (negro/índio), o poeta orgulhava-se de ter em seu sangue as três raças que compunham o país. • Características: • arrebatamento romântico • expressão sentimental individual e idealizações • exaltação a natureza da pátria e religiosidade • Obras principais: “Os timbiras”, “Canto do piaga” , “Deprecação” e “Juca Pirama”

  13. Romantismo-poesia: Brasil • Gonçalves Dias: “Juca Pirama”, é narrada a história do último descendente da tribo tupi, feito prisioneiro pelos timbiras. O prisioneiro será morto e, depois, devorado em um ritual antropofágico. Certo de que será morto por seus captores, e temendo pela vida de seu velho pai (que está cego e sozinho nas matas), o jovem tupi pede clemência. Enquanto para os leitores isto é visto como um gesto de nobreza e desprendimento por parte do filho, é interpretado como sinal de covardia entre os índios. O chefe dos timbiras o liberta porque não quer “Com carne vil enfraquecer os fortes”. Quando o tupi reencontra seu pai, é renegado por ele que, envergonhado pela covardia do filho, o amaldiçoa.

  14. Romantismo-poesia: Brasil • Gonçalves Dias: Para se redimir, o tupi volta à tribo timbira e se entrega para ser morto. O título do poema se justifica neste ponto, pois Juca Pirama significa, em língua tupi, “o que é digno de ser morto”. O chefe da tribo, quando percebe que o jovem será massacrado por seus guerreiros, ordena que o soltem pela sua coragem.

  15. Romantismo-poesia: Brasil São rudes, severos, sedentos de glória, Já prélios incitam, já cantam vitória, Já meigos atendem à voz do cantor: São todos Timbiras, guerreiros valentes! Seu nome lá voa na boca das gentes, Condão de prodígios, de glória e terror! ... “Eis-me aqui, diz ao índio prisioneiro; “Pois que fraco, e sem tribo, e sem família, “As nossas matas devassaste ousado, “Morrerás morte vil da mão de um forte.”

  16. Romantismo-poesia: Brasil Meu canto de morte,Guerreiros, ouvi:Sou filho das selvas,Nas selvas cresci;Guerreiros, descendoDa tribo Tupi. Da tribo pujante,Que agora anda errantePor fado inconstante,Guerreiros, nasci;Sou bravo, sou forte,Sou filho do Norte;Meu canto de morte,Guerreiros, ouvi.

  17. Romantismo-poesia: Brasil • Gonçalves Dias: • “Canção do exílio” lança o olhar nacionalista como eixo da poesia romântica no Brasil. • Talvez a poesia mais parodiada da Literatura Brasileira

  18. Romantismo-poesia: Brasil Minha terra tem palmeiras, Onde canta o Sabiá; As aves, que aqui gorjeiam, Não gorjeiam como lá. Nosso céu tem mais estrelas, Nossas várzeas têm mais flores, Nossos bosques têm mais vida, Nossa vida mais amores. Em  cismar, sozinho, à noite, Mais prazer eu encontro lá; Minha terra tem palmeiras, Onde canta o Sabiá.

  19. Romantismo-poesia: Brasil Minha terra tem primores, Que tais não encontro eu cá; Em cismar –sozinho, à noite– Mais prazer eu encontro lá; Minha terra tem palmeiras, Onde canta o Sabiá. Não permita Deus que eu morra, Sem que eu volte para lá; Sem que disfrute os primores Que não encontro por cá; Sem qu'inda aviste as palmeiras, Onde canta o Sabiá

  20. Romantismo-poesia: Brasil • a) Como se sente o eu-lírico? • b) Como conseguimos identificar o exílio e a nossa pátria? • c) identifique no poema, elementos que conectam o eu-lírico à natureza.

  21. Romantismo-poesia: Brasil • A segunda geração romântica é marcada pela postura de exagero sentimental: ultra-romântismo • O poeta se posicionava à parte da sociedade por se sentir incompreendido e demonstrar valores morais e éticos contrários aos interesses econômicos da burguesia • São jovens do século XIX voltados a si mesmos e que, portanto, deixam os grandes temas nacionalistas da primeira geração, por isso assumem para si a imagem de heróis defensores de valores como honestidade, amor e liberdade

  22. Romantismo-poesia: Brasil • arrebatamento sentimental, • amor e morte • medo e solidão • natureza retratada ganha ares soturnos tornando-se num espaço sombrio. • Vida é a maior obra de Arte • Pessimismo • Evasão da realidade • Atração pelo mistério • Inadaptação à sociedade • Artista = monstro • Culto ao mórbido / doentio • Idealização da mulher virginal:

  23. Romantismo-poesia: Brasil • Idealização da mulher virginal: • Virgem e Prostituta • Mãe e Amante • Viva e Morta • Influência: contos de Edgar Allan Poe • Noite na Taverna, Álvares de Azevedo

  24. Romantismo-poesia: Brasil • Idealização da mulher virginal: • Virgem e Prostituta • Mãe e Amante • Viva e Morta • O deslumbramento pela morte traz uma imagem de beleza feminina. Mulheres pálidas, lânguidas, etéreas substituem as virgens robustas de estéticas anteriores. • Influência: contos de Edgar Allan Poe • Noite na Taverna, Álvares de Azevedo

  25. Romantismo-poesia: Brasil • Modelo da 2ª geração: Lord Byron • Versos Inscritos numa Taça Feita de um Crânio Não, não te assustes: não fugiu o meu espíritoVê em mim um crânio, o único que existeDo qual, muito ao contrário de uma fronte viva,Tudo aquilo que flui jamais é triste.Vivi, amei, bebi, tal como tu; morri;Que renuncie e terra aos ossos meusEnche! Não podes injuriar-me; tem o vermeLábios mais repugnantes do que os teus.Onde outrora brilhou, talvez, minha razão,Para ajudar os outros brilhe agora e;

  26. Romantismo-poesia: Brasil Substituto haverá mais nobre que o vinhoSe o nosso cérebro já se perdeu?Bebe enquanto puderes; quando tu e os teusJá tiverdes partido, uma outra gentePossa te redimir da terra que abraçar-te,E festeje com o morto e a própria rima tente.E por que não? Se as fontes geram tal tristezaAtravés da existência - curto dia-,Redimidas dos vermes e da argilaAo menos possam ter alguma serventia.

  27. Romantismo-poesia: Brasil • Vida = maior obra de Arte: • Spleen = tédio • Escuridão...bebidas fortes, ópio, haxixe, absinto, paraísos artificiais para fugir da realidade, um comportamento auto-destrutivo associado ao tédio e à depressão. Esta postura passou a ser conhecida como “mal do século”.

  28. Romantismo-poesia: Brasil • Casimiro de Abreu • Fagundes Varela • Álvares de Azevedo

  29. Romantismo-poesia: Brasil • Casimiro de Abreu • o poeta mais lido da segunda geração no Brasil. olhar ingênuo para as questões do amor. (foge um pouco do padrão mal do século ) • valorização elementos prosaicos (comparar a moça, que vende flores colhidas no jardim, a pássaros que brincam entre rosas) • A infância é retratada como a doce lembrança ingênua, inocente e perfeita. • fuga do presente no passado, revisitado de maneira idealizada Casimiro de Abreu é o poeta que mais trabalha com o tema saudosismo. Seus versos Meus oito anos ficaram muito conhecidos como revelação dos momentos felizes da sua infância.

  30. Romantismo-poesia: Brasil Oh! que saudades que tenho Da aurora da minha vida, Da minha infância querida Que os anos não trazem mais! Que amor, que sonhos, que flores, Naquelas tardes fagueiras À sombra das bananeiras, Debaixo dos laranjais! Como são belos os dias Do despontar da existência! - Respira a alma inocência Como perfumes a flor;

  31. Romantismo-poesia: Brasil O mar é - lago sereno, O céu - um manto azulado, O mundo - um sonho dourado, A vida - um hino d'amor! Que auroras, que sol, que vida, Que noites de melodia Naquela doce alegria, Naquele ingênuo folgar! O céu bordado d'estrelas, A terra de aromas cheia, As ondas beijando a areia E a lua beijando o mar! Oh! dias da minha infância! Oh! meu céu de primavera! Que doce a vida não era Nessa risonha manhã!

  32. Romantismo-poesia: Brasil Em vez das mágoas de agora, Eu tinha nessas delícias De minha mãe as carícias E beijos de minha irmã! Livre filho das montanhas, Eu ia bem satisfeito, Da camisa aberto o peito, - Pés descalços, braços nus - Correndo pelas campinas À roda das cachoeiras, Atrás das asas ligeiras Das borboletas azuis! Naqueles tempos ditosos Ia colher as pitangas, Trepava a tirar as mangas, Brincava à beira do mar;

  33. Romantismo-poesia: Brasil Rezava às Ave-Marias, Achava o céu sempre lindo, Adormecia sorrindo E despertava a cantar! Oh! que saudades que tenho Da aurora da minha vida Da minha infância querida Que os anos não trazem mais! Que amor, que sonhos, que flores, Naquelas tardes fagueiras À sombra das bananeiras, Debaixo dos laranjais! 

  34. Romantismo-poesia: Brasil • Fagundes Varela • Juiz de Direito, casou-se aos vinte e um anos com Alice Guilhermina Luande • vida marcada pela tragédia de ter perdido o seu primeiro filho aos três meses, sua esposa e depois outro filho, do segundo casamento com sua prima Maria Belisária • Tudo isso o levou a uma vida de dor, boemia e alcoolismo. Em homenagem ao filho compôs o poema “Cântico do calvário”. – principal tema de sua poesia

  35. Romantismo-poesia: Brasil Cântico do CalvárioÀ Memória de Meu Filho Morto a l l de Dezembro de 1863. Eras na vida a pomba predileta Que sobre um mar de angústias conduzia O ramo da esperança. — Eras a estrela Que entre as névoas do inverno cintilava Apontando o caminho ao pegureiro! pastor Eras a messe de um dourado estio. colheita / verão Eras o idílio de um amor sublime. Eras a glória, — a inspiração, — a pátria, O porvir de teu pai! — Ah! no entanto, Pomba, — varou-te a flecha do destino! Astro, — engoliu-te o temporal do norte! Teto, caíste! — Crença, já não vives [...]

  36. Romantismo-poesia: Brasil • Álvares de Azevedo • Mora em São Paulo (1847) para estudar na Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, onde, desde logo, ganhou fama por brilhantes e precoces produções literárias. • Não chegou a concluir o curso de Direito, pois adoeceu de tuberculose pulmonar e, além disso, teve um tumor na fossa ilíaca que piorou depois de uma queda de cavalo, aos 20 anos • Sofrendo dores terríveis, é operado - sem anestesia, atestam seus familiares - e, após 46 dias de padecimento, vem a falecer no Domingo de Páscoa, 25 de abril de 1852. • Obras : • Teatro : Macário • Poesia : Lira dos Vinte anos e outros • Contos: Noite na Taverna

  37. Romantismo-poesia: Brasil • Álvares de Azevedo • Lira dos Vinte Anos: • A primeira e a terceira partes da obra mostram um Álvares adolescente, casto, sentimental e ingênuo. • A segunda parte apresenta uma face irreverente, irônica, macabra e, por vezes, orgíaca e degradada de um moço-velho, isto é, um jovem em conflito com a realidade, tragado pelos vícios e amadurecido precocemente. • Na segunda parte, não raro, ironiza os próprios temas românticos

  38. Romantismo-poesia: Brasil É ela! É ela! - murmurei tremendo, E o eco ao longe murmurou - é ela! Eu a vi... minha fada aérea e pura - A minha lavadeira na janela! Dessas águas-furtadas onde eu moro Eu a vejo estendendo no telhado Os vestidos de chita, as saias brancas; Eu a vejo e suspiro enamorado! Esta noite eu ousei mais atrevido Nas telhas que estalavam nos meus passos Ir espiar seu venturoso sono, Vê-la mais bela de Morfeu nos braços! Como dormia! Que profundo sono!... Tinha na mão o ferro do engomado... Como roncava maviosa e pura!... Quase caí na rua desmaiado! (...)

  39. Romantismo-poesia: Brasil Lira dos Vinte Anos Lembrança de Morrer No more! o never more! Shelley Quando em meu peito rebentar-se a fibra, Que o espírito enlaça à dor vivente, Não derramem por mim nenhuma lágrima Em pálpebra demente E nem desfolhem na matéria impura A flor do vale que adormece ao vento: Não quero que uma nota de alegria Se cale por meu triste passamento Eu deixo a vida como deixa o tédio Do deserto, o poento caminheiro - Como as horas de um longo pesadelo Que se desfez ao dobre  do sineiro; Como o desterro de minh’alma errante, Onde fogo insensato a consumia: Só levo uma saudade - é desses tempos Que amorosa ilusão embelecia. (...)

  40. Romantismo-poesia: Brasil • A terceira geração romântica: Condoreirismo (também chamada de liberal ou social. ) • Tem como modelo poético o escritor Victor Hugo. • O nome da corrente, condoreirismo, associa-se ao condor ou outras aves, como a águia, o falcão e o albatroz, que foram tomadas como símbolo dessa geração de poetas com preocupações sociais. Esta escolha remete à identificação do vôo destas aves, como a capacidade de enxergar à grande distância. Os poetas condoreiros supunham ser eles também dotados dessa capacidade: olhar a sociedade como num vôo, capaz de enxergar os problemas que afligem a todos. Por isso, tinham o compromisso de orientar os homens que não possuíam a mesma visão para os caminhos da justiça e da liberdade. • Seu principal representante é o poeta Castro Alves. • Seus principais temas são a defesa de causas humanitárias, a denúncia da escravidão e o amor erótico.

  41. Romantismo-poesia: Brasil Existe um povo que a bandeira empresta P'ra cobrir tanta infâmia e cobardia!... E deixa-a transformar-se nessa festa Em manto impuro de bacante fria!... Meu Deus! meu Deus! mas que bandeira é esta, Que impudente na gávea tripudia? Silêncio. Musa... chora, e chora tanto Que o pavilhão se lave no teu pranto!... Auriverde pendão de minha terra, Que a brisa do Brasil beija e balança, Estandarte que a luz do sol encerra E as promessas divinas da esperança... Tu que, da liberdade após a guerra, Foste hasteado dos heróis na lança Antes te houvessem roto na batalha, Que servires a um povo de mortalha!...

  42. Romantismo-poesia: Brasil • A poesia de Castro Alves tem dois pontos importantes de diferenças entre os modelos das 1ª e 2ª gerações românticas. Aponte-os.

  43. Romantismo-poesia: Brasil • Castro Alves não considera o amor algo idealizado e inatingível, assim, como também não encobre a sensualidade ou coloca a relação física como perversão que só pode ser levada em conta no plano fantasioso. • Mulher : bela e perfeita, mas “real”, suavemente erótica.

  44. A vez primeira que eu fitei Teresa,Como as plantas que arrasta a correnteza,A valsa nos levou nos giros seusE amamos juntos E depois na sala"Adeus" eu disse-lhe a tremer co'a falaE ela, corando, murmurou-me: "adeus." Uma noite entreabriu-se um reposteiro. . .E da alcova saía um cavaleiroInda beijando uma mulher sem véusEra eu... Era a pálida Teresa!"Adeus" lhe disse conservando-a presa E ela entre beijos murmurou-me: "adeus!" Passaram tempos... séculos de delírio...Prazeres divinais... gozos do Empíreo...... Mas um dia volvi aos lares meus.Partindo eu disse - "Voltarei! descansa!... "Ela, chorando mais que uma criança,Ela em soluços murmurou-me: "adeus!" Quando voltei ... era o palácio em festa!...E a voz d'Ela e de um homem lá na orquestraPreenchiam de amor o azul dos céus.Entrei! ... Ela me olhou branca surpresa!...Foi a última vez que eu vi Teresa! E ela arquejando murmurou-me: "adeus!"

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