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CELEBRAÇÃO DA EUCARISTIA

CELEBRAÇÃO DA EUCARISTIA. PAUSA RESTAURADORA NA CAMINHADA RUMO AO CÉU. Parte desse texto foi retirado do curso sobre a Eucaristia de Frei Faustino Paludo, OFMcap, e a outra parte foi adaptada por mim, Edemilton dos Santos. O QUE É A MISSA?.

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CELEBRAÇÃO DA EUCARISTIA

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Presentation Transcript


  1. CELEBRAÇÃO DA EUCARISTIA PAUSA RESTAURADORA NA CAMINHADA RUMO AO CÉU Parte desse texto foi retirado do curso sobre a Eucaristia de Frei Faustino Paludo, OFMcap, e a outra parte foi adaptada por mim, Edemilton dos Santos.

  2. O QUE É A MISSA? • A MISSA É UM ENCONTRO COMUNITÁRIO – sinal da presença de Jesus ressuscitado e do Espírito Santo vivificador • MISSA NÃO É REZA INDIVIDUAL. • A missa é uma ação simbólica. É uma ação feita em gestos e palavras,uma refeição comunitária (comida e bebida) em nome de Jesus, que torna presente o mistério de sua morte e ressurreição.

  3. A MISSA É UMA AÇÃO RITUAL: são gestos, ações e palavras repetidas muitas vezes ao longo da vida, para aprender, aprofundar e tornar presente o mistério da salvação. • O RITUAL DA MISSA é constituído por diferentes ritos – é um conjunto de ritos. • A Missa como ação ritual tem suas normas e orientações (rubricas) para serem observadas e garantir sua verdade. • Ação ritual ao serviço do tornar presente, vivo e atuante Cristo Ressuscitado.

  4. Da última ceia de Jesus até hoje, fazemos basicamente a mesma coisa: comemos e bebemos juntos, dando graças a Deus em nome de Jesus e no Espírito Santo, fazendo memória da Páscoa do Cristo!

  5. Na Missa, como ação simbólica e ritual, existem gestos, palavras e ações essenciais (que não mudam) e circunstanciais (adaptáveis). • = Essencial: é o que no rito não pode mudar– diz respeito às ações que tornam presente o mistério celebrado – só definidas pela Igreja. • = Circunstanciais: diz respeito ao modo, ao estilo, ao jeito de fazer – ligado às culturas;

  6. A MISSA É UMA AÇÃO COMUNITÁRIA. • Quem celebra é toda a comunidade reunida e servida por ministros e servidores. • É AÇÃO DO POVO DE DEUS – Um povo sacerdotal. • A palavra MISSA vem de missão, despedida. O envio missionário era acompanhado da bênção solene, muito valorizada pelo povo. Assim, missa tem sentido de bênção e acaba sendo sinônimo de EUCARISTIA.

  7. A palavra EUCARISTIA significa “ação de graças – gratidão”. • A eucaristia é ação de reconhecimento e de agradecimento pela ação do amor de Deus, em Jesus Cristo e no Espírito Santo em favor de seu povo escolhido e reunido.

  8. A Eucaristia é o memorial da Páscoa de Jesus Cristo – da obra realizada pela vida, morte e ressurreição, atualizada pela ação litúrgica. • A Eucaristia é mistério de doação, de entrega incondicional – mistério de amor. “Ninguém tem maior amor do que quem doa sua vida por amor”. • Na Eucaristia o cristão comunga do amor de doação de Cristo, ficando habilitado e comprometido a viver essa mesma caridade em todas as suas atitudes e comportamentos de vida.

  9. A expressão central da celebração eucarística é: EIS O MISTÉRIO DA FÉ! “Anunciamos, Senhor, a vossa morte e proclamamos a vossa ressurreição. Vinde Senhor Jesus”.

  10. Na Eucaristia, Jesus revela-nos um amor levado até ao extremo. Um amor sem medida. Um amor que dá a própria vida pela vida da humanidade, pelo bem dos outros. • A Eucaristia é banquete, ceia de comunhão – a meta da Eucaristia é sempre a COMUM- UNIÃO:

  11. A mesa é simbólica: não é apenas o lugar para saciar a fome, mas espaço de relação. Comer é comungar. Ao me alimentar, comungo com o outro que também se alimenta, Compartilho com ele um pouco do meu ser, da minha intimidade, dos meus projetos e acolho e me alimento do que o outro compartilha. • A experiência de comer sozinho é sempre triste!

  12. A Eucaristia é ceia, mistério de comunhão: • Na eucaristia comungamos: • com Jesus; • com os nossos semelhantes; • com a natureza; • com a Criação divina. • Ao receber a hóstia consagrada - pão sem fermento - os cristãos comungam a presença viva de Jesus eucarístico. Nossa vida recebe a vida dele que nos revigora e fortalece. Tornamo-nos um com ele ("que todos sejam um" (Jo 17,21).

  13. Eucaristia, mistério celebrado e vivido • O pão eucarístico simboliza a vida cotidiana e, o vinho, aqueles momentos de profunda felicidade que nos faz sentir que vale a pena estar vivo. Não se pode comungar com Jesus sem comungar com os que foram criados à imagem e semelhança de Deus. Uma eucaristia que não se traduz em amor concretamente vivido é em si mesma incompleta. • Não basta ir a Missa e comungar. É preciso fazer da vida uma Eucaristia. • Em cada Eucaristia Jesus nos diz: façam isto em memória de mim. Vivam e tenham os mesmos gestos que eu tive. • Comungando=> tornamo-nos não apenas cristãos, mas o próprio Cristo (Sto Agostinho):

  14. Eucaristia, mistério celebrado • Os sinais essenciais do Sacramento da Eucaristia são o pão de trigo e o vinho de uva, sobre os quais o sacerdote invoca a força do Espírito Santo, transformando-os em Corpo e Sangue de Jesus. • “Nós vos suplicamos, Pai de bondade, que envieis o vosso Espírito Santo para santificar estes dons do pão e do vinho, a fim de que se tornem para nós o Corpo e o Sangue de Jesus Cristo”. • Mandai o vosso Espírito Santo!

  15. Nos sinais do pão e do vinho deixados por Jesus, nós nos tornamos (hoje) contemporâneos da morte e da ressurreição de Jesus. • Comendo do pão e bebendo do cálice participamos do acontecimento histórico, único e irrepetível de nossa salvação. • O pão que repartimos é aquele que Jesus repartiu como entrega de seu corpo por nós, o cálice que bebemos é aquele que Jesus bebeu na última ceia, anunciando seu sangue derramado pela humanidade.

  16. Ser Eucarísticos, dar graças, fazer de nossa vida um dom a Deus e aos irmãos – é a nossa vocação ... nosso dever ... nossa salvação – passamos da morte para a vida!

  17. RITOS INICIAIS “Desejei ardentemente comer essa Páscoa convosco” (Lc 22,15)

  18. Os ritos iniciais são um conjunto de vários elementos: • a acolhida, • o canto de abertura (a procissão); • o beijo do altar, sinal da cruz e a saudação, • o ato penitencial ou a aspersão com água, a ladainha do “Senhor, tende piedade de nós”, • o hino de louvor. • oração inicial ou oração da coleta.

  19. Acolhida: • A procissão e o canto de abertura colocam a Igreja no caminho Eucarístico e rememoram a caminhada para a terra prometida. • O caminho da assembléia reunida que junta ao Ressuscitado, a Terra Prometida.

  20. Saudação ao altar e ao povo • A inclinação diante do altar é sinal de reverência, humildade e confiança. • O beijo é um sinal de amor, honra, amizade, união e reconciliação. • Incenso é um gesto liturgico em reconhecimento de Jesus Cristo morto e ressuscitado, como centro da nossa fé e do nosso culto.

  21. O sinal da cruz indica que a oração é litúrgica é trinitária e pelo gesto de traçar a cruz é cristológica, pois lembra a cruz em que Jesus se entregou. Com esse gesto é como se o presidente dissesse: declaro constituída essa assembléia litúrgica. • A saudação inicial é um gesto do presidente que acolhe a todos os presentes para formarem a assembléia dos batizados com o tamanho do coração do Pai, conduzindo-os a uma particular disposição espiritual.

  22. O Ato penitencial ajuda a assembléia a resgatar a dignidade fundamental de batizados ao mesmo tempo que manifesta o anseio de restauração da dignidade. Para isso é necessário um esvaziamento. • O Hino de Louvor, de cunho natalino-pascal, por se enquadrar no tema da encarnação e da glorificação do filho ressuscitado a direita do Pai. • A Oração da Coleta, trazendo o sentido litúrgico da celebração e reunindo todas as orações da assembléia, ditas no silencia depois do Oremos, é, também, a via de passagem para Liturgia da Palavra.

  23. A acolhida alegre e fraterna das pessoas; • O clima orante e de tranquilidade; • A organização do espaço celebrativo; • Tudo o que favoreça a constituição de um povo celebrante; • O mistério celebrado; • A harmonia da Equipe; • O QUE DESTACAR NOS RITOS INICIAIS DA CELEBRAÇÃO EUCARÍSTICA • ?

  24. A LITURGIA DA PALAVRA: UM CAMINHO SACRAMENTAL “Enquanto conversavam e discutiam entre si, o próprio Jesus aproximou-se e pôs-se a caminho com eles.” (Lc 24,15).

  25. A ESTRUTURA DA LITURGIA DA PALAVRA é dialogal: proposta, oferta da graça e resposta dos ouvintes. • 1ª Leitura (A.Testamento e Atos do Apóstolos); • O Salmo Responsorial (resposta orante do povo); • 2ª Leitura (Cartas e Apocalipse de João) • Aclamação ao Evangelho (expressão de alegria); • Proclamação do Evangelho; • Homilia (atualização da Palavra) • Credo (resposta de fé à Palavra); • Oração dos Fiéis – súplica para que a Boa Nova seja acolhida e salve a todos).

  26. A liturgia da Palavra ajuda-nos a mergulhar no sonho, nos valores e nos métodos de Jesus. Constitui uma contínua restauração dos sonhos. • A proclamação da Palavra de Deus constituiu uma ação ritual. • O ato da proclamação da Palavra não é continuação de nada, mas fala por si só constitui-se como um ato inteiro e autônomo.

  27. Três atitudes na proclamação da Palavra: • 1ª) Absoluta necessidade do silêncio sagrado, que é um precioso instrumento litúrgico. • 2ª) Leitores bem preparados, pois eles são elementos fundamentais do ministério da proclamação da Palavra. • 3ª) Aprimoramento dos meios técnicos a serviço da escuta.

  28. A Homilia faz parte da Liturgia da Palavra. Portanto, não é uma pregação isolada nem um discurso humano. É Palavra de Deus traduzida e contextualizada. • O Credo faz-nos retomar nossa profissão de fé batismal. • A Oraçãodos Fiéis estabelece a passagem entre a liturgia da Palavra e o sacrifício Eucarístico e constitui-se como um fruto maduro da Palavra celebrada. Representa a sensibilidade espiritual convocando a solidariedade os Filhos de Deus.

  29. O que destacar na Liturgia da Palavra? • Criar um clima de efetiva ESCUTA; • Destacar a importância dos ministérios dos leitores, dos salmistas, de quem proclama o Evangelho e profere a homilia; • Valorizar a mesa da Palavra – como lugar da proclamação das leituras, o evangelho, canto do salmo, a homilia e as preces dos fiéis; • Valorizar o Livro da Palavra (e não o folheto) • Zelar pelas atitudes corporais dos ministros, o tom da voz, a postura e atitudes diante da mesa da Palavra; • Aprimorar a comunicação e qualidade da proclamação;

  30. A LITURGIA EUCARÍSTICA “Entrou, então, para ficar com eles.” ( Lc 24,29).

  31. A Liturgia Eucarística compõe-se dos ritos: • Preparação das oferendas; • Oração Eucarística; • Ritos de Comunhão: • Pai Nosso; • Gesto de Paz • Fração do Pão • Comunhão

  32. A comunidade já de coração aquecido pelo encontro com o verbo ressuscitado no Rito da Palavra, agora caminha para um contato real e atual com o Cristo no pão e no vinho. • Na Procissão das Oferendas o pão e o vinho são trazidos pelos fiéis até o altar, juntamente, se for o caso, com outros dons para a comunidade e para os pobres. • A preparação do altar é um gesto ritual que se faz com elegancia e dignidade.

  33. O mais importante é o que acontece sobre o altar: a terra e o céu unem-se na apresentação da oferenda pascal. Alegria e dor encontram-se na esperança da redenção. • A Prece Eucarística abrange a parte central da missa, que vai desde o prefácio até a glorificação de Deus Pai “por Cristo, com Cristo e em Cristo”.

  34. A oração Eucarística se compõe: • do diálogo inicial • do Prefácio • do Santo • da grande Prece: • 1ª Invocação do Espírito • Narração da Instituição; • Memorial • Oblação – oferta – • 2ª Invocação do Espírito • Intercessões; • Doxologia final e AMÉM!

  35. 1ª Inovaçãodo Espírito Santo sobre o pão e do vinho, transformando os dons ofertados em Corpo e Sangue de Cristo. • O ministro dirige-se ao Pai e pede que envie o Espírito Santo sobre os dons, transformando-os no Corpo e Sangue de Jesus Cristo.

  36. A narrativa da Instituição da Eucaristia = • Evoca-se um momento histórico passado que vem iluminar e revelar o pleno sentido do momento presente: • Jesus aceita o sofrimento da morte na cruz; • Jesus reúne-se para a ceia com os discípulos; • Jesus toma o pão e dá graças ao Pai - Jesus toma o cálice e agradece ao Pai – entrega para que todos comam e bebam; • Evoca-se o mistério da nova e eterna aliança para a remissão dos pecados;

  37. Jesus conclui dizendo: FAÇAM ISTO EM MEMÓRIA DE MIM! Fazendo memória da última ceia no momento presente, dentro da nossa realidade de vida, nós tornamos participantes, pela ação simbólico-ritual, da ceia de Jesus. Em cada Missa participamos da ação libertadora do Senhor, atualizada para o nosso tempo. Ação libertadora que se realiza por nossa vida eucarística.

  38. Narrativa da instituição ou consagração? • O termo mais correto a ser utilizado é narrativa da instituição pois toda a prece Eucarística é uma narrativa que nos coloca em sintonia com o Mistério Pascal de Nosso Senhor Jesus Cristo. E nesse momento fizemos a memória de sua entrega pela salvação da humanidade. Temos aí as espécies do pão e do vinho eucaristizados, ou seja sacramentados e não transformados em carne e sangue.

  39. EIS O MISTÉRIO DA FÉ! “Anunciamos, Senhor, a vossa morte e proclamamos a vossa ressurreição. Vinde Senhor Jesus”. Cada vez que participamos da Eucaristia, ceia do Senhor, estabelece-se uma comum-união, o mesmo compromisso, a mesma alegria no anúncio da vitória de Jesus, esperança da nossa libertação!

  40. Santo Agostinho compara o AMÉM com a nossa assinatura num documento. “Quando se escreve um documento, o texto não tem valor enquanto não tiver a assinatura. O amém é a assinatura da assembleia à oração proclamada por aquele que a preside. É ela quem convalida a oração eucarística. Quem assina é o povo sacerdotal. A oração eucarística não é do padre que preside, mas é oração que ele faz em nome da assembleia. A assembleia, no final, confirma-a com o amém: “Estamos de acordo. Assinamos. AMÉM”!

  41. O que faz mais sentido: ajoelhar ou ficar em pé durante a narrativa? • Hoje depois do Concílio Vaticano II, que nos faz retornar para as fontes, faz mais sentido ficar em pé. • É a posição dos ressuscitados em Cristo, com a liberdade e a dignidade de irmãos e irmãs de Jesus. Quando se fica em pé, assume-se uma atitude vigorosa e disciplinada. É a atitude dos anunciadores da Boa Nova de Jesus, dos missionários do Reino, prontos a receber e cumprir uma missão.

  42. Porém ainda somos acostumados a ficar de joelhos. Isso precisa de uma longa conscientização. É preciso fazer aos poucos e não tudo de uma vez. Explicar o seu significado para não escandalizar nosso povo.

  43. Partir o pão e repartí-lo fraternalmente é um gesto humano indispensável para estabelecer laços e nutrir a convivência, a comunhão de vida entre as pessoas.

  44. Os ritos de comunhão têm a seguinte seqüência: • Convite ao Pai Nosso; • Oração do Pai Nosso ... • Oração pela paz e o abraço da paz; • Fração do Pão e o Cordeiro de Deus; • Comunhão e o canto; • Momento de Silêncio, • Oração após a comunhão;

  45. A fração do Pão É um gesto profético. O pão é partido e partilhado entre todos, expressando que em Cristo somos um só Corpo: “Nós somos muitos, mas formamos um só corpo, que é o Corpo do Senhor, a sua Igreja”. O Ressuscitado foi reconhecido no gesto do repartir o pão (Lc 24,35).

  46. RITOS FINAIS “Naquela mesma hora, levantaram-se e foram para Jerusalém” (Lc 24,33).

  47. A conclusão da celebração eucarística se dá com os ritos finais: • Avisos • (homenagens) • Bênção final • Envio – despedida IDEM EM PAZ!

  48. Os ritos finais conduzem para a missão. A finalidade dos ritos finais é que os fiéis, dispersos na sociedade e imersos nas atividades, deem bom testemunho do Ressuscitado, manifestando com uma vida justa e santa a participação no mistério pascal realizada mediante a escuta da Palavra e a comunhão eucarística.

  49. Reunidos, celebramos a memória do mistério pascal, que nos torna um corpo comunitário, ressuscitado e todo ministerial (de servidores). • Unidos a Cristo, somos enviados em missão, para ser no mundo, portadores e agentes da boa-nova do amor, da solidariedade, da justiça, da paz, da transformação pascal da vida e da história, aliança entre todos os povos e culturas.

  50. Os AVISOS, na perspectiva da missão e da ação comunitária, têm grande significado. • Devem ser feitos com muita clareza e objetividade, motivando a comunidade a participar das várias tarefas, como engajamento na missão.

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