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ORTOGRAFIA. Prof ª. Amanda Guirra guirramanda@gmail.com. 1. Ortografia. Definição: orto- do grego orthós = “correto” + -grafia do grego graphein = escrever; é o emprego correto das letras.
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ORTOGRAFIA Profª. Amanda Guirra guirramanda@gmail.com
1. Ortografia Definição: orto- do grego orthós = “correto” + -grafia do grego graphein = escrever; é o emprego correto das letras.
“Dê-me um cigarroDiz a gramáticaDo professor e do alunoE do mulato sabidoMas o bom negro e o bom brancoDa Nação BrasileiraDizem todos os diasDeixa disso camaradaMe dá um cigarro." Oswald de Andrade
2. Fenômenos do nível Semântico relacionados à Ortografia • Palavras Sinônimas Não tenho meios para comprar este material agora. (=recursos) Palavras que se assemelham no sentido. • Palavras Antônimas Traços cambiantes fixam uma qualidade precisa aos livros. (oposto a permanente) Palavras que se opõem semanticamente.
Palavras Homônimas Quem é são, não é Paulo, é verdão. Palavras iguais no som (homófonas) e na escrita (homógrafas), porém divergentes semanticamente. • Palavras Heterônimas Fernando Pessoa: Alberto Caeiro, Álvaro de Campos e Ricardo Reis. Nomes diferentes atribuídos a uma mesma pessoa.
Palavras Parônimas: A despensa repleta de alimentos dispensa restaurante. → heterógrafas e heterófonas O professor cerrou a porta e não deixou os alunos entrarem. O marceneiro serrou a porta no tamanho solicitado pelo cliente. → heterógrafas e homófonas A descrição é um tipo de texto. A discrição é qualidade imprescindível a um psicólogo. → heterógrafas e heterófonas Palavras parecidas no som e na escrita.
3. Empregos de algumas letras 3.1 Emprega-se o “s” • Amoroso, carinhosa, afetuoso; → -oso/- osa quando formadores de adjetivos. • Burguês, burguesa; inglês, inglesa; → -ês/-esa quando formadores de adjetivos pátrios ou não. • Analisar (análise), pesquisar (pesquisa); → -isar quando a palavra primitiva for grafada com s. 3.2 Emprega-se o “c” e o “ç” • açaí, caçula, miçanga, paçoca; → em palavras de origem tupi / africana. • beiço, caiçara, foice, louça, traiçoeiro; → após ditongos
3.3 Emprega-se o “h”: • No nome do estado Bahia (contudo, não há h em baía, baiano, baianinha); • Em palavras compostas em que o segundo elemento é iniciado por h, a palavra será grafada com hífen. Exs: sobre-humano, anti-higiênico, pré-histórico (Exceção: subumano). 3.4 Emprega-se o “z”: • Em palavras derivadas em zal / zinho(a). Exs: cafezal, avezinha • Em palavras derivadas de primitivas já grafadas com z. Exs: Enraizar (raiz), esvaziar (vazio); • Em substantivos abstratos derivados de adjetivos. Exs: Pobreza, acidez, riqueza, leveza • Com o sufixo –izar quando a palavra primitiva não for grafada com s. Exs: Canalizar (canal), cicatrizar (cicatriz), profetizar, anarquizar (anarquia).
3.5 Emprega-se o “x” • Após ditongo. Exs: baixo, deixar, eixo, frouxo, queixada; • Após “en”. Exs: Enxada, enxergar, enxofre, enxerido, enxurrada, enxovalhar (Exceções: encher / encharcar); • Após o “me”. Exs: Mexer, mexerica, mexicano (Exceção: mecha) • Em palavras de origem tupi ou africana. Exs: Abacaxi, caxambu, xará, maxixe.
3.6 Emprega-se o dígrafo “ch”: • Por razões epistemológicas (= origem da palavra). Exs: chuchu, salsicha, mochila, pechincha, flecha, fachada, bucha. 3.7 Emprega-se o “g”: • Com as terminações –agem/-igem/-ugem. Exs: viagem, origem, vertigem, ferrugem; • Com as terminações –ágio/-égio/-ígio/-ógio/-úgio. Exs: Contágio, sacrilégio, prodígio, relógio,refúgio; • Com palavras derivadas de primitivas já grafadas com g. Exs: Massagista (massagem), vertiginoso (vertigem), faringite (faringe), salvageria (selvagem).
3.8 Emprega-se o “j”: • Com palavras derivadas de primitivas já grafadas com j. Exs: Laranjada (laranja), lojista (loja), cerejeira (cereja), nojento (nojo); • Com verbos terminados em –jar. Exs: Viajar, arranjar, despejar; • Com palavras de origem africana. Exs: Canjica, jenipapo, jerimum, jiló, jiboia, pajé.
3.9 Emprego do “e” ou “i”: • Emprega-se “e” no final de verbos cuja desinência infinitiva é (-uar/-oar). Exs: (-uar) - continue, habitue, pontue; (-oar) - Abençoe, magoe, perdoe; • Emprega-se o “i” no final de verbos cuja desinência é –uir. Exs: Diminui, influi, possui.
4. Reforma Ortográfica O quemuda??? • Inclusão das letras “K”, “W” e “Y” no alfabetoquepassa a ter 26 letras; • Tremadeixa de existir; • Mudançasnautilização do hífen; • Perda de acentosgráficosemalgumaspalavras.
5. Emprego do hífen – Reforma Ortográfica • anti-higiênico, co-herdeiro, macro-história, mini-hotel, sobre-humano, super-homem, ultra-humano (*subumano); • Aeroespacial, anteontem, antieducativo, autoaprendizagem, autoestrada, coautor, coedição, extraescolar, infraestrutura; → vogais diferentes: união do prefixo ao radical • Anti-inflamatório, contra-atacar, micro-ondas, semi-internato, auto-observação; (Exceções: coobrigar, coordenar, cooperar, cooptar, reescrever) → vogais iguais: separação por hífen entre prefixo e radical Vogal + Vogal
d) Anteprojeto, antipedagógico, autopeça, autoprodução, pseudoprofessor, semicírculo, semideus, seminovo, ultramoderno; (Exceção: vice-rei, vice-presidente) → vogal + qualquer consoante = união do prefixo ao radical. e) antirrábico, antirracismo, antirreligioso, antissocial, biorritmo, contrarregra, cosseno, neorrealismo, semirreta, ultrassom (Exceção: sub-região) → vogal + consoante r/s = união do prefixo ao radical com duplucação do r/s. f) hiper-requintado, inter-racial, inter-regional, sub-bibliotecário → consoantes iguais = separação entre prefixo e radical pelo hífen. hipermercado, intermunicipal, superinteressante,superproteção, hiperativo, interescolar → consoantes diferentes ou consoante + vogal = união do prefixo ao radical. Vogal + Consoante Consoante + Consoante ou Consoante + Vogal
g) Há sempre hífen com os prefixos: além, ex, sem, recém, pré, pós, vice. Exs: além-mar, ex-presidente, sem-terra, recém-nascido, pré-história, pós-graduação, vice-presidente. h) Não há hífen com palavras que perderam noção de composição. Exs: girassol, mandachuva, paraquedas, paraquedista, pontapé (Exceções: para-choque, para-brisa etc.) Obs: essa regra é ainda muito questionada por não haver limites claros de quais palavras já perderam a noção de composição.
6. Ortoépia / Prosódia Mendigo ou mendingo? Mortadela ou mortandela? Supertição ou superstição? Recorde = /recórde/ Rubrica = /rubríca/ Pudico = /pudíco/ Nobel = /nobél/ → Trata-se do estudo da pronúncia adequada de palavras de acordo com a norma-padrão da Língua Portuguesa.
7. Transformações Ortográficas: Metaplasmos • Metaplasmos: modificações fonéticas por evolução histórica / transferidas indevidamente. Tipos: • Aférese: cê (você), menagem (homenagem), namorar (inamorare) → perda do som inicial da palavra. • Síncope: supertição (superstição), mau (malu) → perda do som medial da palavra.
c)Haplologia: rodador → rodor → redor → perda do som medial pelo fato de a palavra ter outro fonema igual ou semelhante (tipo de síncope). d)Apócope: amare → amar, vamos→ vamo → perda de som final da palavra. e)Prótese: stare →estar → acréscimo de som no início da palavra. f)Epítese: chic → chique, club → clube, beef → bife, film → filme → acréscimo de som no final da palavra.