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Economia Internacional Prof. Dr. Roberto Arruda de Souza Lima

LES 213 Fundamentos de Economia, Política e Desenvolvimento. Economia Internacional Prof. Dr. Roberto Arruda de Souza Lima. 2º Semestre de 2013. Introdução.

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Presentation Transcript


  1. LES 213 Fundamentos de Economia, Política e Desenvolvimento Economia InternacionalProf. Dr. Roberto Arruda de Souza Lima 2º Semestre de 2013

  2. Introdução • É muito comum vermos em revistas, na televisão e nos jornais reportagens sobre balança comercial, cotação do dólar, estoque de divisas, importações e exportações, FMI, OMC e tantos outros termos e siglas que nem sempre são bem compreendidos ou explicados. • Nosso ponto de partida é uma questão bem simples: você conhece algum país do mundo que possa atender TODAS as necessidades de sua população sem fazer comércio com outros países?

  3. Introdução • Não existe um só país que seja capaz de permanecer sempre em regime de autarquia, ou seja, isolado dos fluxos de comércio. • Esta é uma das principais razões pelas quais há um ramo das Ciências Econômicas exclusivamente dedicado ao estudo das relações econômicas entre diferentes países.

  4. Economia Internacional como Teoria Econômica • Uma primeira interpretação acerca dos motivos que levariam um país a buscar o comércio junto aos demais foram elaborada por pensadores chamados mercantilistas. • a verdadeira riqueza consistia de metais preciosos (ouro, prata) – um princípio conhecido como metalismo. • O objetivo central de se participar do comércio internacional era ter uma balança comercial (exportações menos importações) com saldo positivo para acumular metais preciosos.

  5. Economia Internacional como Teoria Econômica • Adam Smith: visão diferente acerca da mesma questão. • a riqueza é identificada com o trabalho humano e, por extensão, com as possibilidades de aumento do consumo de bens produzidos pelo Homem. • Para que o trabalho se tornasse mais produtivo seria necessário aumentar a divisão social do trabalho, o que passa a ser viável quando as dimensões do mercado tornam-se mais amplas.

  6. Economia Internacional como Teoria Econômica • Smith: conceito de vantagens absolutas: • cada nação deveria se especializar na oferta de mercadorias cujos custos de produção fossem ali menores que nas demais nações. • esta nação deixaria de produzir bens que, em outras partes do mundo, pudessem ser produzidos a custos mais baixos – oferecendo em troca aqueles bens nos quais se especializou. • aumento nas possibilidades de consumo de todos os bens (daqueles produzidos internamente e exportados e daqueles importados).

  7. Economia Internacional como Teoria Econômica • Smith: conceito de vantagens absolutas: • Está implícito neste conceito um problema: se uma nação não possuir vantagens absolutas com respeito aos demais países, então sua participação nos fluxos mundiais de comércio não lhe traria benefícios. • David Ricardo apresenta um novo conceito: as vantagens comparativas (ou relativas) de comércio. • Seguindo esta nova interpretação, mesmo na ausência de vantagens absolutas, as trocas internacionais trariam necessariamente benefícios a TODOS os seus participantes.

  8. Países Produtos Economia Internacional como Teoria Econômica • Número de trabalhadores necessários para produzir quantidades iguais de produtos: Portugal Inglaterra Vinho 80 120 Tecidos 100 90

  9. Países Portugal Inglaterra Vinho 80 120 Produtos Tecidos 100 90 Portugal Inglaterra Economia Internacional como Teoria Econômica • Os produtos são trocados na proporção direta dos seus custos de produção dentro de cada país: Vinho  80 Tecido  90 Vinho  120 Tecido  100 1V = 0,889T 1V = 1,200T Tecido  90 Vinho  80 Tecido  100 Vinho  120 1T = 1,125V 1T = 0,834V

  10. Portugal Inglaterra Vinho  80 Tecido  90 Vinho  120 Tecido  100 1V = 0,889T 1V = 1,200T Tecido  90 Vinho  80 Tecido  100 Vinho  120 1T = 1,125V 1T = 0,834V Economia Internacional como Teoria Econômica • Portugal teria vantagens absolutas na produção de ambos os produtos, não restando benefícios à Inglaterra no comércio exterior.

  11. Portugal Inglaterra Vinho  80 Tecido  90 Vinho  120 Tecido  100 1V = 0,889T 1V = 1,200T Tecido  90 Vinho  80 Tecido  100 Vinho  120 1T = 1,125V 1T = 0,834V Economia Internacional como Teoria Econômica • Os portugueses conseguem, comparativamente, produzir o vinho usando menos recursos que na produção de tecidos. • Portugal tem vantagem comparativa neste produto.

  12. Portugal Inglaterra Vinho  80 Tecido  90 Vinho  120 Tecido  100 1V = 0,889T 1V = 1,200T Tecido  90 Vinho  80 Tecido  100 Vinho  120 1T = 1,125V 1T = 0,834V Economia Internacional como Teoria Econômica • Ocorre exatamente o contrário com as condições de produção dentro da Inglaterra que, embora não tenha qualquer vantagem absoluta, possui “menor desvantagem” na produção de tecidos, comparativamente.

  13. Portugal Inglaterra Vinho  80 Tecido  90 Vinho  120 Tecido  100 1V = 0,889T 1V = 1,200T Tecido  90 Vinho  80 Tecido  100 Vinho  120 1T = 1,125V 1T = 0,834V Economia Internacional como Teoria Econômica • À Inglaterra caberia especializar-se no produto onde suas desvantagens são menores (tecidos). • Dentro de cada país, valoriza-se mais um produto em particular (tecidos em Portugal, vinho na Inglaterra – dados os maiores custos de produção destes bens).

  14. Portugal Inglaterra Vinho  80 Tecido  90 Vinho  120 Tecido  100 1V = 0,889T 1V = 1,200T Tecido  90 Vinho  80 Tecido  100 Vinho  120 1T = 1,125V 1T = 0,834V Economia Internacional como Teoria Econômica • Ricardo concluiu que seria mais vantajoso para os dois países usarem todos os seus recursos produtivos para obter a quantidade máxima de mercadorias nas quais cada um tem vantagens comparativas para, em seguida, trocá-los por outro produto no comércio internacional, usando uma relação de troca que seja favorável a ambos os lados.

  15. Portugal Inglaterra Vinho  80 Tecido  90 Vinho  120 Tecido  100 1V = 0,889T 1V = 1,200T Tecido  90 Vinho  80 Tecido  100 Vinho  120 1T = 1,125V 1T = 0,834V Economia Internacional como Teoria Econômica • No exemplo acima, basta que a troca seja feita “ao par” para que ela seja vantajosa para ambos os países. • Cada um dos países terá condições de acesso a mais litros de vinho e mais metros quadrados de tecido através da especialização seguida do comércio internacional que na situação de autarquia, produzindo os dois bens.

  16. Economia Internacional como Teoria Econômica • (1) observa-se quais são as vantagens comparativas do país; • (2) especializa-se nesta produção (diminuindo a produção de outros itens ou mesmo deixando de produzir todo o restante); e, • (3) troca-se parte da produção nacional junto a outros países para obter o que se necessita internamente, com ganhos quantitativos resultantes da troca para ambos os lados. • Moral da história: ainda que menos competitivo em termos absolutos, todo país terá alguma vantagem comparativa. • Recapitulando:

  17. Economia Internacional como Teoria Econômica • Entretanto, logo surgiram críticas a esta postura teórica, alegando que o desenvolvimento nacional não poderia acontecer em face da concorrência livre de uma nação mais desenvolvida, sendo necessárias medidas de proteção às atividades nacionais que sofrem concorrência da potência estrangeira, sob pena de não desenvolvê-las jamais.  Medidas de Proteção de Defesa Comercial 

  18. Economia Internacional como Teoria Econômica CEPAL (Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe, da ONU) • O mundo pode ser economicamente caracterizado de modo bipolar: • países do centro(desenvolvidos, com uma economia nacional diversificada, exportadores de bens manufaturados) • países da periferia(subdesenvolvidos, dotados de uma economia especializada na produção e extração de gêneros primários, os quais respondem pelas suas exportações).

  19. Economia Internacional como Teoria Econômica • Este arranjo bipolar estaria em perfeita concordância com o esquema proposto por Ricardo, com vantagens para ambos os pólos. Entretanto, é acrescentado um novo elemento: a deterioração dos termos de troca. • industrialização por substituição de importações. • Oposição ao livre comércio; • porém, não se propõe a busca da construção de uma autarquia: antes, objetiva-se que o comércio internacional passe a ter outro papel econômico para o país subdesenvolvido, apoiando seu delicado processo de desenvolvimento industrial nacional.

  20. Economia Internacional como Teoria Econômica • As relações econômicas internacionais não são apenas comerciais, envolvendo também os ativos – sejam aqueles relativos ao investimento direto (como é o caso de filiais de empresas transnacionais), sejam aqueles relativos a títulos de dívida, derivativos e outros papéis. • A crescente importância das finanças internacionais tem deslocado a discussão teórica também para este plano, recolocando a questão do livre comércio especialmente para o contexto dos fluxos de capital financeiro internacional.

  21. TAXAS DE CÂMBIO E BALANÇO DE PAGAMENTOS • O comércio de bens e serviços e as trocas de diferentes tipos de ativos entre os países do mundo só se faz possível à medida que estes países estabelecem parâmetros de valor entre suas moedas nacionais. • Este parâmetro de valor direto entre duas diferentes moedas nacionais é a relação de troca que chamamos de taxa de câmbio.

  22. TAXAS DE CÂMBIO E BALANÇO DE PAGAMENTOS • mudanças nos valores da taxa de câmbio nominal podem afetar decisivamente as relações econômicas de um país com o exterior, de tal forma que os movimentos de valorização e de desvalorização cambial são cruciais. • Sabendo que os movimentos do câmbio são assim importantes, resta apontar porque eles acontecem.

  23. TAXAS DE CÂMBIO E BALANÇO DE PAGAMENTOS • Os valores assumidos pela taxa de câmbio vão depender: • dos movimentos de entrada e saída de moeda estrangeira no país • das determinações das autoridades monetárias (Banco Central) quanto ao mercado de divisas – estas determinações configuram o que chamamos de regimes cambiais.

  24. TAXAS DE CÂMBIO E BALANÇO DE PAGAMENTOS • câmbio flutuante, o BACEN permite que o preço da moeda estrangeira seja livremente definido pela oferta e pela demanda, como num mercado concorrencial de um bem qualquer. • câmbio fixo, o BACEN define um preço específico para o câmbio e, para garanti-lo, compra e vende divisas ao preço estipulado.

  25. TAXAS DE CÂMBIO E BALANÇO DE PAGAMENTOS • regime cambial misto, ou ainda bandas cambiais. Neste regime, o BACEN permite que o câmbio flutue dentro de um dado intervalo de variação, o qual é limitado por um “teto” (preço máximo da moeda estrangeira) e por um “piso” (preço mínimo). • Quando o valor do câmbio ameaça romper estes limites, o BACEN intervém no mercado de câmbio, para comprar divisas (quando o valor encontra-se no limite mínimo) ou para vendê-las (quando é atingido o teto) a um preço que devolva a taxa de câmbio a um valor contido dentro da faixa de variação (banda cambial).

  26. TAXAS DE CÂMBIO E BALANÇO DE PAGAMENTOS • dirty floating (ou flutuação “suja”), o BACEN permite a existência de um mercado de câmbio, mas intervém neste mercado – comprando ou vendendo divisas conforme lhe pareça adequado – sem a pré-definição de regras como aquelas vistas no regime de bandas cambiais. • Mais uma vez, trata-se de seguir metas de política econômica, dadas as condições que se apresentam em cada momento particular.

  27. TAXAS DE CÂMBIO E BALANÇO DE PAGAMENTOS • Se a Contabilidade Social constitui um importante exercício de cômputo e análise de grandes agregados macroeconômicos nacionais, a mesma necessidade de contabilização e análise se apresenta em relação às contas externas do país, especialmente em função do fato de que é preciso controlar as disponibilidades de moeda estrangeira que permitem ao país tomar parte nos fluxos comerciais e financeiros internacionais.

  28. BALANÇA COMERCIAL

  29. TAXAS DE CÂMBIO E BALANÇO DE PAGAMENTOS • É justamente essa a função do Balanço de Pagamentos (BP), que sintetiza todas as entradas e saídas de moeda estrangeira, quaisquer que sejam. Recentemente, o BP do Brasil foi reestruturado para adequar-se a recomendações internacionais. 

  30. ORGANISMOS INTERNACIONAIS E BLOCOS ECONÔMICOS • Em 1944, ao final da Segunda Guerra Mundial, os EUA despontavam como a incontestável liderança do mundo capitalista, em meio a uma nascente Guerra Fria. • Neste contexto, é realizada nos EUA a Conferência de Bretton Woods, cujo propósito era edificar um novo sistema monetário internacional que pudesse facilitar as trocas comerciais e financeiras entre as nações do globo. • Entre a propostas analisadas, naturalmente é aprovada aquela defendida pelos EUA.

  31. ORGANISMOS INTERNACIONAIS E BLOCOS ECONÔMICOS • Adotou-se um sistema que ficaria conhecido como padrão ouro-dólar, onde a moeda nacional dos EUA passaria a desempenhar o papel de meio de troca internacional, dado o seu lastro (garantia) em ouro. • Por este acordo, os EUA manteriam constante o valor de sua moeda em ouro, devendo as demais moedas do planeta adotar um regime de câmbio fixo com respeito ao dólar – e ao ouro, por decorrência. • Esta é uma das razões pelas quais, ainda hoje, o dólar desempenha um papel central nas transações internacionais.

  32. ORGANISMOS INTERNACIONAIS E BLOCOS ECONÔMICOS • Ainda dentro deste acordo, são criadas três instituições que, apesar do término do padrão ouro-dólar (no início da década de 1970), perduram até hoje – com algumas modificações:   • Fundo Monetário Internacional (FMI): organização criada para zelar pelas regras do acordo de Bretton Woods e para auxiliar os países em dificuldades com o saldo de BP (empréstimos de emergência no caso de déficit não coberto por estoque de reservas);

  33. ORGANISMOS INTERNACIONAIS E BLOCOS ECONÔMICOS • Ainda dentro deste acordo, são criadas três instituições que, apesar do término do padrão ouro-dólar (no início da década de 1970), perduram até hoje – com algumas modificações:   • Fundo Monetário Internacional (FMI); • Banco Internacional de Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD, que ficaria conhecido como Banco Mundial): criado para financiar a reconstrução da Europa, arrasada pelo conflito mundial recente;

  34. ORGANISMOS INTERNACIONAIS E BLOCOS ECONÔMICOS • Ainda dentro deste acordo, são criadas três instituições que, apesar do término do padrão ouro-dólar (no início da década de 1970), perduram até hoje – com algumas modificações:   • Fundo Monetário Internacional (FMI); • Banco Internacional de Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD, que ficaria conhecido como Banco Mundial); • Acordo Geral de Tarifas e Comércio (GATT): a rigor, não era uma instituição, mas um tratado que visava promover o livre comércio multilateral (entre todos os países, em igualdade de condições); esse tratado era sucessivamente acrescido de novas cláusulas, definidas em grandes rodadas de negociações.

  35. ORGANISMOS INTERNACIONAIS E BLOCOS ECONÔMICOS • O GATT viria a passar por uma importante transformação após sua última rodada de negociações, a Rodada Uruguai (1986-94). • Entre as decisões acordadas ao fim das negociações, o GATT é substituído pela criação da Organização Mundial de Comércio (OMC), a qual toma vida em 1995.

  36. ORGANISMOS INTERNACIONAIS E BLOCOS ECONÔMICOS • A OMC, indo além do escopo do GATT – estritamente comercial –, passa a incluir também temas como os serviços e a propriedade intelectual. • As negociações no âmbito da OMC têm assumido um tom cada vez mais firme no sentido de buscar reduzir ao mínimo as barreiras ao comércio e as medidas de promoção de atividades econômicas nacional ao abrigo do Estado – como no caso da industrialização por substituição de importações

  37. ORGANISMOS INTERNACIONAIS E BLOCOS ECONÔMICOS • É neste ambiente onde se defende veementemente a prática do livre comércio que novas formas de protecionismo têm sido observadas, no contexto dos grandes blocos econômicos. • A maior parte dos fluxos mundiais de comércio tem acontecido no interior destes blocos de países, de tal forma que a situação poderia se configurar como uma simples troca dos aparatos de proteção comercial de âmbito nacional para um instrumental idêntico, porém em nível regional

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