E N D
OSWALD DE ANDRADE
“O sarcasmo, a cólera e o distúrbio são necessidades de ação e dignas operações de limpeza, principalmente nas eras de caos, quando a vasa sobe, a subliteratura trona e os poderes infernaisse apossam do mundo em clamor.”
BIOGRAFIA Pai: rico e proprietário de terras, lidava com negócios imobiliários e com café, foi algumas vezes VEREADOR. Por influência de seu primo, PAULO HERCULANO, começa a sua vida literária com o conto “O FANTASMA DAS PRAIAS” • 11/01/1890 - Nascimento • 1909: ingresso na Faculdade de Direito • do Lago do São Francisco • 1909: o pai arranja-lhe um emprego no Jornal • DIÁRIO POPULAR como redator e repórter. • 1911: fundou o semanário “O PIRRALHO” • (1911 -1917) – patrocinado pelos pais.
BIOGRAFIA • 1917: conheceu Mário Andrade • 1920: inauguração da revista editada por Oswald de • Andrade PAPEL E TINTA – colaboradores: • Mário de Andrade, Monteiro Lobato e • Menotti del Picchia • 1921: leitura dos originais PAULICÉIA DESVAIRADA • de Mário de Andrade, escrevendo um artigo • elogioso e polêmico intitulado • “ O MEU POETA FUTURISTA” • 1922: “OS CONDENADOS” (1º texto em prosa)
OSWALD REPASSA PARA O TEXTO SUA IMENSA AMARGURA, QUANDO TEVE DE RECORRER À AGIOTAGEM PARA REESTABELECER-SE FINANCEIRAMENTE. ASSIM, É CORRETO AFIRMAR QUE A EXPERIÊNCIA PESSOAL DO AUTOR INTERFERIU SIGNIFICATIVAMENTE NA OBRA. O REI DA VELA A CRISE DE 1929 ARRUINOU OSWALD DE ANDRADE • Produzido a partir de 1933, depois da crise mundial de 1929, da Revolução de 30 e da Revolução Constitucionalista de 32.
ABELARDO I O REI DA VELA - 1º ATO O CASAMENTO, PARA ABELARDO I, ERA POR INTERESSE, A JUNÇÃO DE DUAS CLASSES GERANDO MAIOR PODER SOCIAL / PRESTÍGIO BURGUÊS – enriqueceu explorando pessoas Noivo de Heloísa Fabricante de Velas CAPITALISTA – capaz de qualquer atitude para atingir seus objetivos
O REI DA VELA - 1º ATO CLIENTE I TRABALHADOR DA ESTRADA DE FERRO SOROCABANA ASSALARIADO TÍPICO REPRESENTANTE DAS CLASSES SOCIAIS MAIS BAIXAS DO PAÍS
O REI DA VELA - 1º ATO Filha da Aristocracia rural falida SOBRENOME “LESBOS” ALUSÃO À HOMOSSEXUALIDADE PRESENTE NO 2ºATO HELOÍSA LESBOS REPRESENTA A MAZELA SOCIAL (FALIDA E SEM OUTRAS PERSPECTIVAS)
NÃO EXISTE DIFERENÇA ENTRE ABELARDO I E ABELARDO II – QUANTO AO COMPORTAMENTO SOCIAL E HUMANO. O REI DA VELA - 1º ATO ABELARDO II Também burguês Trabalha no escritório de Abelardo I LADRÃO – LEVA ABELARDO I À FALÊNCIA DEPOIS DE APOSSAR-SE DE SEUS BENS. PLANO: TOMAR O LUGAR DO CHEFE NA SOCIEDADE E AO LADO DE HELOÍSA
O REI DA VELA - 1º ATO INTELECTUAL – SEGUNDO OSWALD: “ A ARTE E A SOCIEDADE NÃO ACEITAM A NEUTRALIDADE DO ARTISTA.” PINOTE Mr. JONES CAPITAL ESTRANGEIRO
O REI DA VELA - 2º ATO ILHA TROPICAL - BAÍA DA GUANABARA
O REI DA VELA - 2º ATO ABELARDO I Mr. JONES JOANA (JOÃO DOS DIVÃS) ABELARDO II HELOÍSA LESBOS As atitudes de HELOÍSA são todas permeadas por interesses anti-sociais.
O REI DA VELA - 2º ATO Mãe de HELOÍSA Interesseira – aceita as investidas de ABELARDO I em HELOÍSA Pai de HELOÍSA D. CESARINA Aristocrata rural que vive do passado CORONEL BELARMINO
O REI DA VELA - 2º ATO • Irmão homossexual de HELOÍSA. • Totó : alusão a cachorro. • Totó Fruta-do-Conde+João dos Divãs TOTÓ FRUTA-DO-CONDE ROUBA O CASO AMOROSO DA IRMÃ
O REI DA VELA - 3º ATO O ESCRITÓRIO
O REI DA VELA - 3º ATO ABELARDO II ABELARDO I ABELARDO I MOSTRA-SE SURPRESO AO VER QUE PERDERA TUDO O QUE POSSUÍA PARA ABELARDO II.
O REI DA VELA - 3º ATO ABELARDO I desabafa com ABELARDO II : “O proletariado brasileiro sempre exercerá o poder social no país.” ABELARDO I A opinião de Oswald em relação à sociedade é demonstrada através do desabafo de ABELARDO I.
O REI DA VELA - 3º ATO - PERSONAGENS TERCIÁRIOS • Sente forte atração por ABELARDO I • Virgem e “sessentona” D.POLOCA • Irmão de HELOÍSA • Viciado em jogos e em bebidas • Fascista revolucionário que tenta organizar uma milícia patriótica PERDIGOTO
O REI DA VELA - 3º ATO EM MEIO À FALÊNCIA, ABELARDO I SE MATA ABELARDO I desabafa com ABELARDO II : “O proletariado brasileiro sempre exercerá o poder social no país.”
O REI DA VELA - 3º ATO CASAM-SE ABELARDO II HELOÍSA LESBOS
“Nessa peça, o autor, já na sua fase socialista, arrasa o capitalismo dos empréstimos a juros altos, da Burguesia alienada, do confisco de bens dos pobres e das viúvas, num rancor extravasado em sarcasmo.” Clenir Bellezi de Oliveira