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TEMPO

TEMPO. O tempo faz parte de nossa experiência individual, social e política. Tempo como categoria narrativa  Jean Pouillon, Genette, Ricouer, Benveniste e outros. Temporalidade Cronológica. Tempo Litúrgico/ Sagrado : tempo dos ritos, das celebrações religiosas.

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Presentation Transcript


  1. TEMPO O tempo faz parte de nossa experiência individual, social e política. Tempo como categoria narrativa Jean Pouillon, Genette, Ricouer, Benveniste e outros.

  2. Temporalidade Cronológica Tempo Litúrgico/ Sagrado: tempo dos ritos, das celebrações religiosas. Tempo político: tempo dos eventos cívicos, repetitivos, cíclicos. Tempo Histórico

  3. Tempo Litúrgico/ Sagrado O tempo sagrado é por sua própria natureza reversível, no sentido em que é, propriamente falando, um Tempo mítico primordial tornado presente. Toda festa religiosa, todo Tempo litúrgico, representa a reatualização de um evento sagrado que teve lugar num passado mítico, “nos primórdios.” (ELIADE, Mircea. O Sagrado e o Profano. A essência das religiões).

  4. Tempo da História (Diegese)e Tempo do Discurso Tempo da História (Diegese):sucessão de eventos antes/agora/depois; fluxo do tempo Tempo do Discurso Narrativo Ordem em que os eventos são produzidos e transmitidos

  5. Tempo da História Tempo Cronológico: objetivo, medido em períodos regulares, através de convenções. Tempo Psicológico: filtrado pelas vivências subjetivas da personagem; sem padrão convencional de medida.

  6. TEMPO DA HISTÓRIA Múltiplo; pluridimensional (várias personagens na história) Pode ser dilatado (época e gerações) ou condensado (dias, horas, minutos) Utilização de Cenas e/ou Sumários

  7. TEMPO DO DISCURSO Compreende a totalidade temporal e as seqüências de enunciados interligados. Segue a concreção da escrita, a ordenação das seqüências narrativas (cenas, diálogos, descrição, narração) dependendo, de certa maneira, do ato de leitura.

  8. TEMPO DO DISCURSO Sistematização de G. Genette Tempo do Discurso compreende áreas de codificação: ordem, velocidade e freqüência. Ordem Temporal: estudar a ordem temporal de uma narrativa é confrontar a ordem de disposição dos segmentos temporais como a disposição desses mesmos segmentos no tempo da história.

  9. TEMPO DO DISCURSO Diagrama de representação Tempo da História: A BcDEFG Tempo do Discurso: [...] B [A] CD[F]E [...]G

  10. ANACRONIAS Analepses (flashback) Prolepses (flashforward)

  11. Discurso do pai à cabeceira da mesa [...] rico não é o homem que coleciona e se pesa no amontoado de moedas, [...]; rico só é o homem que aprendeu, piedoso e humilde, a conviver com o tempo, aproximando-se dele com ternura, não contrariando suas disposições, não se rebelando contra seu curso[...]. (p.54) [...] o equilíbrio da vida depende essencialmente este bem supremo (o tempo), e quem souber com acerto a quantidade de vagar, ou a de espera, que se deve pôr nas coisas, não corre nunca o risco, ao buscar por elas, de defrontar-se com o que não é; por isso ninguém em nossa casa há de dar nunca o passo mais largo que a perna [...]. (Raduan Nassar Lavoura Arcaica.p.55)

  12. Discurso do pai à cabeceira da mesa [...] o equilíbrio da vida depende essencialmente este bem supremo (o tempo), e quem souber com acerto a quantidade de vagar, ou a de espera, que se deve pôr nas coisas, não corre nunca o risco, ao buscar por elas, de defrontar-se com o que não é; por isso ninguém em nossa casa há de dar nunca o passo mais largo que a perna [...]. (Raduan Nassar Lavoura Arcaica.p.55)

  13. Discurso do pai à cabeceira da mesa [...] aquele que exorbita no uso do tempo, precipitando-se de modo afoito, cheio de pressa e ansiedade, não será jamais recompensado, pois só a justa medida do tempo dá ajusta natureza das coisas, [...] (p.55)

  14. Discurso de André O tempo, o tempo é versátil, o tempo faz diabruras, o tempo brincava comigo, o tempo se espreguiçava, provocadoramente, era um tempo só de esperas, me guardando na casa velha por dias inteiros; era um tempo também de sobressaltos, me embaralhando ruídos, confundindo minhas antenas, me levando a ouvir claramente acenos imaginários, me despertando com a gravidade de um julgamento mais áspero, eu estou louco! (p. 95)

  15. Discurso de André O tempo, o tempo, o tempo e suas águas inflamáveis, esse rio largo que não cansa de correr, lento e sinuoso, ele próprio conhecendo seus caminhos, recolhendo e filtrando de vária direção o caldo turvo dos afluentes e o sangue ruivo de outros canais para com eles construir a razão mística da história, sempre tolerante, [...] (p.184)

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