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Simbolismo

Simbolismo. Contexto Histórico. No século XIX, houve uma grande manifestação contra os movimentos científicos, positivistas, materialistas, dominantes, deterministas e mecanicistas, o que ia contra a ciência, que era importante no momento;

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Simbolismo

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Presentation Transcript


  1. Simbolismo

  2. Contexto Histórico • No século XIX, houve uma grande manifestação contra os movimentos científicos, positivistas, materialistas, dominantes, deterministas e mecanicistas, o que ia contra a ciência, que era importante no momento; • Essas manifestações tentavam mostrar as grandes questões da vida, que ela ainda continuava um grande mistério e era isso que atraía os grandes filósofos, que queriam esse conhecimento para si; • O Simbolismo foi influenciado por filósofos como Henri Bérgson e Shopenhauer e, ainda, pelo psicanalista Sigmund Freud;

  3. Contexto Histórico • O Simbolismo é compreendido porque estava inscrito no contexto sócio-cultural decorrente da Revolução Francesa e de algumas doutrinas romântico-liberais. Os autores simbolistas buscavam expressar o “EU”, ou seja, procuravam expressar o que sentiam explorando a si mesmos, tentando buscar a intimidade de cada um, mostrando isso através de recursos como: as vivências, a lógica, o sonho a alucinação ou a psicanálise, ultrapassando, assim, os românticos.

  4. Figuras de Linguagem • Algumas figuras de linguagem foram muito utilizadas pelos poetas simbolistas. Dentre elas, ganham destaque as figuras a seguir: • Paranomásia- emprego de palavras parônimas (sons parecidos). Ex: • "Com tais premissas ele sem dúvida leva-nos às primícias" (Padre Antonio Vieira)

  5. Figuras de Linguagem • Sinestesia - os poetas, tentando ir além dos significados usuais das palavras, terminam atribuindo qualidade às sensações. As construções parecem absurdas e só ganham sentido dentro de um contexto poético. Vejamos algumas construções sinestésicas: som vermelho, dor amarela, doçura quente, silêncio côncavo. Ex:"Mais claro e fino do que as finas pratas / O som da tua voz deliciava ... / Na dolência velada das sonatas / Como um perfume a tudo perfumava. / Era um som feito luz, eram volatas / Em lânguida espiral que iluminava / Brancassonoridades de cascatas ... / Tanta harmonia melancolizava." (Cruz e Souza) 

  6. Figuras de Linguagem • Metáfora - é um tipo de comparação implícita, sem termo comparativo. Ex: “Veja bem, nosso caso / É uma porta entreaberta." (Luís Gonzaga Junior) • Prosopopeia - é a atribuição de qualidades e sentimentos humanos a seres irracionais e inanimados. Ex: "A lua, (...) Pedia a cada estrela fria / Um brilho de aluguel ..." (Jõao Bosco / Aldir Blanc)

  7. Figuras de Linguagem • Assonância- é a semelhança de sons entre vogais de palavras de um poema. Ex: "O que o vago e incógnito desejo de ser eu mesmo de meu ser me deu." (Fernando Pessoa) • Aliteração: repetição sequencial de sons consonantais. A sequência de palavras com sons parecidos faz que o leitor menospreze o sentido das palavras para absorver-lhes a sonoridade. Ex: Vozes veladas, veludosas vozes,/ Volúpia dos violões, vozes veladas,/ Vagam nos velhos vórtices velozes,/ Dos ventos, vivas, vãs, vulcanizadas. (Cruz e Sousa)

  8. Características • Misticismo e espiritualismo: • A fuga da realidade leva o poeta simbolista ao mundo espiritual. É uma viagem ao mundo invisível e impalpável do ser humano. Uso de vocabulário litúrgico: antífona, missal, ladainha, hinos, breviários, turíbulos, aras, incensos. • Falta de clareza: • Os poetas achavam que era mais importante sugerir elementos da realidade, sem delineá-los totalmente. A palavra é empregada para ter valor sonoro, não importando muito o significado.

  9. Características • Maiúsculas no meio do verso: • Os poetas tentam destacar palavras grafando-as com letra maiúscula. • Cor branca: • É certo que se encontram inúmeras referências à cor branca, assim como à transparência, à translucidez, à nebulosidade e aos brilhos. • Expressão da realidade de maneira vaga e imprecisa; • Ênfase no imaginário e na fantasia;

  10. Características • Subjetivismo: • A valorização do “EU” e da “irrealidade”, negada pelos parnasianos, volta a ter importância. • Musicalidade: • Para valorizar os aspectos sonoros das palavras, os poetas não se contentam apenas com a rima. Lançam mão de outros recursos fonéticos tais como:

  11. Características • Ênfase na sugestão: • Um dos princípios básicos dos simbolistas era sugerir através das palavras sem nomear objetivamente os elementos da realidade. • Percepção intuitiva da realidade: • Para interpretar a realidade, os simbolistas se valem da intuição e não da razão ou da lógica. • Oposição entre a matéria e o espírito; • Metafísica.

  12. Características • Uma linguagem que pudesse “sugerir” a realidade, em vez de retratá-la de maneira tão óbvia como faziam os realistas. Para “sugerir” a realidade, os simbolistas usavam símbolos, imagens, metáforas, sinestesias, recursos sonoros e cromáticos (cor). Sem o Romantismo, com sua oposição ao uso desmedido da Razão, o Simbolismo não existiria, pois ele se apropria dos princípios românticos e os aprofunda de tal forma como o romântico mais contagiado pelas raízes desta Escola o faria;

  13. Características • Divisão entre a realidade e o sonho: • O eu lírico sente-se absolutamente incapaz de se harmonizar com o mundo que o rodeia. • Misticismo religioso: Ênfase a temas místicos, imaginários e subjetivos. Produzem poesia de caráter individualista, descartam a lógica e a razão e valorizam a intuição. • Paradoxos:

  14. Características • Sinestesias e figuras sonoras – como assonância e a aliteração – para criar musicalidade e despertar os sentidos. Para sugerir a imagem de objetos, usam símbolos; • Contraponto à rigidez parnasiana e à subjetividade do sentimentalismo da estética romântica; • Resgate ao gosto romântico pelo vago e pelo impreciso, e essa relação embasa muitas questões. Também são comuns as perguntas sobre o pessimismo e a efemeridade da vida que aparecem nas obras simbolistas.

  15. Simbolismo em outras artes • O Simbolismo foi uma característica a pintura    europeia nas últimas décadas do Século XIX (em especial entre 1880 e 1890), bastante presente, apesar de não ter sido realmente organizado como um movimento; • Rejeitava as formas naturalistas e realistas e principalmente o conceito, bastante comum na época, de que a arte só poderia ser realizada através de imagens não abstratas que representassem com fidelidade o mundo real;

  16. Simbolismo em outras artes • O Simbolismo, nas artes plásticas, tal como na poesia, apresentava forte misticismo e referências ao oculto. Procurava diminuir o hiato entre o mundo material e o espiritual. Os pintores deveriam expressar, através de imagens, esses temas e essa visão de mundo, desenvolvidas pelos poetas simbolistas em sua linguagem; • Para esse fim, utilizavam-se principalmente de cores e linhas, entendidos como elementos extremamente expressivos que por si só poderiam representar ideias;

  17. Simbolismo em outras artes • Confiavam mais na simples sugestão de algo que na sua forma explícita; • A inspiração temática simbolista costumava vir de poesias do movimento, além de uma certa fixação em assuntos como a morte, a doença, o erotismo e até a perversidade.

  18. Simbolismo em outras artes Os Cavalos de Netuno, Walter Crane

  19. Simbolismo em outras artes

  20. Simbolismo em outras artes

  21. Simbolismo na Europa • O Simbolismo representou, na Europa, a estética literária do final do século XIX, que foi contra as propostas do Realismo, que valorizava o material e o objetivo; • O Simbolismo é oposição vigorosa ao triunfo de coisa e de fatos sobre o sujeito; • A primeira obra simbolista foi As Flores do Mal, de Charles Baudelaire, datada de 1857. No entanto, o termo Simbolismo foi usado pela primeira vez somente em 1886, por Jean Moréas, que divulgou um manifesto no qual afirmava que simbolismo era o único termo capaz de designar as tendências artísticas da época.

  22. Autores do Simbolismo francês Charles Baudelaire • 1821 – 1867; • Autor da As Flores do Mal, marco do Simbolismo; • Sua poesia buscava abordar temas como miséria, prostituição, bêbados, frequentadores desocupados das tavernas etc. Pode parecer estranho para muitos, mas ele via poesia em todos esses assuntos.

  23. Autores do Simbolismo francês Arthur Rimbaud • 1854 – 1891; • Rimbaud não foi apenas um grande poeta, mas também um inaugurador de escola; • Em seu tempo, Rimbaud permaneceu desconhecido, e, oficialmente, o Simbolismo francês só começaria com a obra de Baudelaire, sendo Rimbaud só descoberto na fase de decadência do estilo.

  24. Autores do Simbolismo francês Paul Verlaine • 1844 – 1896; • Teve influência de Baudelaire em seu primeiro livro, Poemas Saturninos; • Considerado um dos “poetas malditos”, ao lado de Rimbaud e Baudelaire.

  25. Simbolismo em Portugal • Em Portugal, o movimento iniciou-se com o livro Oaristos (1890), de Eugénio de Castro (1869 – 1944); • Portugal passou por crise econômica entre os anos de 1890 e 1891, descrédito em sua monarquia e, assim como ocorrera com o Simbolismo brasileiro, a literatura simbolista portuguesa foi influenciada pela França, berço do Simbolismo. Nessa época, surge o grupo “Os Vencidos da Vida”, formado por Eça de Queirós , Guerra Junqueira e outros escritores que tinham uma visão depressiva e melancólica da realidade;

  26. Simbolismo em Portugal • Na poesia, Antônio Nobre e Florbela Espanca articulam-se ainda com a mentalidade elegíaca e de aspirações indecisas característica do Simbolismo, que, na prosa, produz sensíveis inovações na narrativa, insistindo na materialidade da escrita e abalando os mecanismos tradicionais da representação através do discurso.

  27. Autores do Simbolismo português Eugênio de Castro • 1969 – 1944; • Autor da Oaristos, marco do Simbolismo português; • Nasceu em Coimbra; • Viveu em Paris, onde absorveu a tendência simbolista, era formado em Letras e exerceu o magistério.

  28. Autores do Simbolismo português Antônio Nobre • 1867 – 1900; • Trata a temática da saudade, enfatizando a musicalidade e a utilização de imagens estranhas e inesperadas; • Sua obra apresenta a idealização da infância e do campo em contraposição à decadência do espaço urbano.

  29. Autores do Simbolismo português Camilo Pessanha • 1867 – 1926; • Utiliza uma linguagem moderna, que passa ao largo dos simbolistas convencionais, para discutir questões existenciais; • A obra de Pessanha apresenta um Simbolismo arrebatado, considerado o verdadeiro sentimento simbolista para muitos críticos.

  30. Autores do Simbolismo português Florbela Espanca • 1894-1930; • Nos versos de Florbela, encontramos uma necessidade, quase desesperada, de viver o instante, o momento, o tempo efêmero, de onde se depreende a referência à fugacidade do tempo e da vida. Essa temática, abordada quase obsessivamente por Florbela, aproxima-a da corrente simbolista e, sobretudo, da poesia finissecular de Camilo Pessanha;

  31. Autores do Simbolismo português Florbela Espanca • Referência constante a estados de espírito marcados pela dor e pelo tédio apontam para uma forte influência decadentista - simbolista na poética de Florbela, bem como a imagem das torres de marfim, onde se quis refugiar da mediocridade da vida quotidiana; • Traços da assimilação da linguagem simbolista - decadentista, bem patentes nas imagens e no mistério implícito do soneto Outonal; • Alguns dos seus poemas acusem vestígios da poética simbolista - decadentista.

  32. Simbolismo no Brasil • No Brasil, o movimento iniciou-se com o livro Missal e Broquéis (1893), de Cruz e Sousa (1861-1898).; • No Brasil, a grande influência realista dificultou o reconhecimento do Simbolismo.

  33. Autores do Simbolismo brasileiro Cruz e Sousa • 1861 – 1898; • Poemas marcados pela musicalidade (uso constante de aliterações), pelo individualismo, pelo sensualismo, às vezes, pelo desespero, às vezes, pelo apaziguamento, além de uma obsessão pela cor branca.

  34. Autores do Simbolismo brasileiro Alphonsus de Guimaraens • 1870 – 1921; • Apesar de ter se casado posteriormente, o amor por Constança marcou profundamente sua poesia. Além disso, o misticismo e a morte são outras características que marcaram profundamente sua poesia. O misticismo surge em decorrência do amor pela noiva e de sua profunda devoção pela Virgem Maria. A morte é vista como a única maneira de aproximar-se de sua amada e também da Virgem Maria, por isso o amor é totalmente espiritual.

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