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ROMANTISMO

ROMANTISMO. Da revolução política às transformações estéticas. Como escola literária, o Romantismo predomina na Europa na primeira metade do século XIX. Surgimento no período imediatamente posterior à Revolução Francesa.

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ROMANTISMO

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Presentation Transcript


  1. ROMANTISMO

  2. Da revolução política às transformações estéticas • Como escola literária, o Romantismo predomina na Europa na primeira metade do século XIX. • Surgimento no período imediatamente posterior à Revolução Francesa. • O ideal da Revolução Francesa era promover as transformações sociais necessárias para a construção de uma sociedade mais justa. • Liberalismo: visava assegurar a liberdade e a igualdade proclamadas pelos revolucionários. • Nacionalismo: exigia a libertação dos povos submissos e a unificação das nações divididas. • A redefinição da organização social, com a chegada da burguesia ao poder, fez surgir o denominado Movimento Romântico, resultado da necessidade de transformar o cenário cultural europeu.

  3. A liberdade guiando o povo (1830), de Eugéne Delacroix.

  4. ... • Século XVIII: postura racional associada ao Iluminismo dominou a Europa, principalmente a França. • Na literatura: revitalização dos modelos clássicos e uma visão mais otimista da vida, traduzida nos poemas árcades em que pastores e pastoras celebravam o amor em um cenário de extremo bucolismo. • A arte produzida até então tem como ponto de origem e chegada a aristocracia. Ela é produzida pela elite e para a elite. - Era necessária uma transformação cultural equivalente à política, que só poderia ser realizada pelos burgueses, os maiores interessados.

  5. A exaltação da imaginação e dos sentimentos • Burguês: não tinha linhagem, tradição, estirpe, não tinha “sangue azul”. • Os padrões estéticos estavam fundamentados em modelos aristocráticos e eram, por isso, inatingíveis para a burguesia. • Era necessário criar um novo parâmetro de beleza → surge uma arte fundamentalmente voltada para a expressão do indivíduo. • A diferença entre o indivíduo e a sociedade em que vive será de extrema importância para os românticos.

  6. A fuga do presente e da realidade • Autor romântico: incompreendido pela sociedade em que vive, porque defende valores que diferem muito dos então vigentes (filosofia iluminista = processos racionais e posturas coletivas). • Essa incompatibilidade originará um dos temas mais frequentes da literatura romântica: a fuga da realidade. • O medo do presente, que o repele e ridiculariza, leva o romântico a refugiar-se no sonho, ou criando utopias, ou voltando-se para o passado, agora idealizado, como fonte de inspiração.

  7. O imaginário romântico é povoado por criaturas saídas dos sonhos e pesadelos. Os artistas procuram, por meio de suas obras, resgatar a presença do desconhecido, do irracional e do passional como expressões palpáveis dos sentimentos humanos. (O pesadelo, de Henry Fuseli – 1781-1782, óleo sobre tela).

  8. Os filhos de uma mesma nação • Nacionalismo: consciência partilhada por um grupo de indivíduos intrinsecamente ligado a uma terra e detentores de uma cultura e uma história comuns, marcadas por eventos vividos em conjunto. • Revolução Francesa: sentimento nacionalista. • A recuperação do passado atua como fonte de inspiração nacionalista.

  9. Recapitulando: as características definidoras do Romantismo • A nova estética assumiu uma feição anticlássica: liberdade individual do artista. • Valorização do heroísmo e da nobreza de caráter: construção de uma identidade nacional que recuperasse a alma do povo. • Livre expressão de sentimentos: sentimentalistas e individualistas → imaginação intensa. • Fuga da realidade.

  10. ... • Três momentos (ou gerações) distintos no Romantismo: 1º) consolidação de uma ideia de nação 2º) aprofundamento da perspectiva subjetiva; exploração do excesso sentimentalista 3º) perspectiva um pouco menos idealizada; algumas questões sociais como a libertação dos escravos.

  11. ROMANTISMO EM PORTUGAL

  12. 1825: marco inicial do Romantismo em Portugal. Camões, de Almeida Garrett (França) As mudanças sociais têm início com a partida da família real para o Brasil, então colônia portuguesa. Marcados por alguns traços clássicos, voltarão para a recuperação do passado histórico português, eminentemente medieval, que acentuará o caráter nacionalista de suas obras. PRIMEIRA GERAÇÃO

  13. ALMEIDA GARRET e a dualidade do amor • Filho da burguesia portuguesa que prosperou graças ao mercado brasileiro e aderiu às reformas pombalinas. • Sua obra revela um homem claramente situado entre dois mundos: um de influência clássica; outro de inspiração romântica. • O primeiro autor a publicar um texto romântico em língua portuguesa: Camões.

  14. A Poesia... • Camões • Poema dividido em 10 cantos e escrito em decassílabos brancos. • Uma espécie de biografia romântica de Camões, destacando seus amores por Natércia. • Dona Branca - Tema medieval e utilizar o folclore nacional em lugar da mitologia clássica.

  15. ... • Folhas Caídas: • Maturidade poética • Sua paixão por uma mulher casada causa escândalo na sociedade e dá origem a versos de tom confessional que impulsionam o romantismo intimista na obra do poeta.

  16. Seus olhos - se eu sei pintar O que os meus olhos cegou - Não tinham luz de brilhar, Era chama de queimar; E o fogo que a ateou Vivaz, eterno, divino, Como facho do Destino. Divino, eterno! - e suave Ao mesmo tempo: mas grave E de tão fatal poder, Que, um só momento que a vi, Queimar toda a alma senti... Nem ficou mais de meu ser, Senão a cinza em que ardi. GARRETT, A. Folhas caídas. Biblioteca Digital. Porto: Porto Editora. (Col. Clássicos da Literatura Portuguesa)

  17. A Prosa de Ficção... • Viagens na minha terra: • 1846 • A mais bem acabada obra do autor • Impressões de viagem (Santarém), registradas pelo autor • História de Carlos e Joaninha, “a menina dos rouxinóis”, passada durante as lutas entre liberais e miguelistas. • Histórias entrecortadas por observações de natureza moral, política, científica, tecnológica e artística.

  18. O Teatro... • Duas fases: • Tons claramente clássicos, inspirada nos modelos greco-latinos e renascentistas; • Inspiração romântica, inaugurada pela peça D. Filipa de Vilhena. • Frei Luís de Souza: • Triângulo amoroso: D. Manuel – Madalena – D. João. • - D. Maria (filha D. Madalena) passa a ser bastarda com a volta de D. João. • Maria morre no momento em que seus pais estão entrando para a vida monástica.

  19. ALEXANDRE HERCULANO: entre o romance e a história • Temas políticos e religiosos + reconstituição do passado histórico português

  20. A Poesia... • Temas relacionados à religião, à liberdade e à saudade associada ao contexto da guerra civil e do exílio. • Tom mais contido • Estrutura rigorosa

  21. A Prosa de ficção... • Novelas e contos • A reconstituição do passado como base para a construção de uma identidade nacional. • Eurico, o presbítero: • História de um valoroso cavaleiro godo que serve ao duque de Favila. • Eurico apaixona-se pela filha do duque, Hermengarda, mas o romance é proibido. • Eurico, quando a península é invadida pelos árabes, assume a identidade do misterioso Cavaleiro Negro. • Hermengarda é salva por Eurico. • Dividido entre o celibato e a paixão, Eurico opta pela morte. • Hermengarda enlouquece.

  22. Prosa historiográfica... • Quatro volumes da História de Portugal • Valorização das lutas sociais em lugar de privilegiar os feitos individuais. • Portugalie Monumenta Historica: série de documentos de um período que se estende do século VIII ao XV.

  23. SEGUNDA GERAÇÃOUltra-Romantismo • Crises de natureza política não ocorreram nesse contexto. • Caráter bem mais pessoal e particularizado que passa a caracterizar a produção literária. • O Romantismo era muito bem aceito pelas camadas populares. • Romances em forma de folhetim. • O escritor profissional. • A burguesia começa a escrever para si própria. • Grande crescimento da interação autor-leitor. • Histórias de amor exacerbado são contadas em tons melodramáticos.

  24. Características Literárias • Exagero sentimental • Sentimentos arrebatadores • Poeta completamente isolado da sociedade • Imagem do herói romântico – luta por valores (honestidade, amor, direito à liberdade).

  25. Cenário preferido dos poemas ultra-românticos: natureza soturna (escura, sombria) e tempestuosa (agitada). Natureza: papel funcional → 2 funções: PARADISÍACA (encantadora) – vislumbrada pelos amantes em momentos de sonho SOMBRIA (soturna) – refúgio final para os desesperados sofredores Uma natureza soturna e ameaçadora

  26. Naufrágio, de Claude-Joseph Vernet, 1759. A natureza ameaçadora, reflexo do estado de desespero do artista, será o cenário preferido dos ultra-românticos.

  27. O “mal-do-século” e o fascínio pela ideia da morte • Associação: excessos sentimentalistas e morte • Morrer de amor = disposição para se entregar completamente ao mais puro sentimento que o homem pode ter. • Amantes da noite e da escuridão • Bebidas • Tuberculose • Fascínio pela morte, pela escuridão, pela doença, pela bebida, pelo tédio e por drogas (ópio e haxixe) → o “mal-do-século”.

  28. CAMILO CASTELO BRANCO: um ultra-romântico exemplar • Principal representante do ultra-romantismo português • Nasceu em 1825 • Casou-se muito cedo • Esposa: Joaquina • Filha morreu aos 5 anos • 1843: abandonou a esposa • Vida boêmia • 1850: conhece Ana Plácido (casada). Amantes são presos em 1860. • Na cadeia, escreve Amor de Perdição (novela de amor) • Mais de 40 textos de ficção, pelo menos 1 dezena de peças teatrais e alguns livros de poesia. • Cegueira total leva-o ao suicídio • 1890: suicídio com tiro no ouvido.

  29. A produção literária • Homem de visão crítica • Novelas: a tragédia amorosa é o centro do enredo • Sátiras: os exagerados românticos são ridicularizados • Novelas passionais • O impedimento do amor é de ordem social • Sofrimento amoroso é enaltecido • Fim trágico: sentença punitiva

  30. Amor de Perdição: uma obra-prima no cenário romântico • Encenação portuguesa do drama shakespeariano de Romeu e Julieta. • Simão Botelho: rapaz arruaceiro, causador de grande desgosto aos pais (Domingos Botelho e dona Rita Preciosa). • Amor à primeira vista: Teresa de Albuquerque. • Proibidos de se verem, Simão vai para Coimbra e Teresa, para o convento (para não casar com o primo, Baltasar Coutinho). • Simão e Teresa comunicam-se por meio de cartas. • Simão decide visitar Teresa e encontra o pai e o primo da moça. Os dois jovens brigam e Simão mata Baltasar. • Simão se entrega para a polícia para pagar pelo crime que cometeu (perfeito herói romântico).

  31. ... • Preso na cadeia do Porto • Mariana da Cruz, filha do ferreiro, cuida de Simão, por quem é apaixonada. • Mariana dispõe-se a ajudar Simão e Teresa com as cartas. • Simão provavelmente será condenado à força e, por isso, Teresa adoece. • O pai de Simão, com seu status, busca trocar a pena pelo degredo (exílio) do filho. • Mariana convence Simão a levá-la em sua viagem. • Teresa observa a partida de Simão, muito adoecida, do alto do convento. • Simão vê um lenço sendo agitado ao longe, que, de repente, desaparece: Teresa havia morrido.

  32. ... • No momento da partida do navio, uma velha senhora se apresenta no porto com um embrulho de cartas para Simão. • São as cartas por ele enviadas a sua amada; sobre elas a última carta escrita por Teresa. • A morte de Simão chega depois de um período de agonia, tomado pela febre. Mariana sofre com a doença do amado. • Morto Simão, no momento em que seu corpo é lançado ao mar, ouve-se o baque de outro corpo na água: é Mariana. • Mariana nada até abraçar Simão. • Os marinheiros do navio tentam resgatá-la, mas recuperam apenas o maço de cartas dos amantes, enrolado no avental de Mariana.

  33. TERCEIRA GERAÇÃOUm momento de transição • Após década de 1860: romances em que os traços mais exagerados vão desaparecendo. • Indícios de mais aproximação com a realidade.

  34. JULIO DINIS • Joaquim Gomes Botelho • Tuberculose • As Pupilas do Senhor Reitor • Retrata a vida em uma típica aldeia portuguesa. • Personagens completamente idealizadas. • Defende o valor das tradições • Privilegia a ideia de progresso e de mudança.

  35. As Pupilas do Senhor Reitor • Senhor Reitor: tutor de duas jovens órfãs. • Clara: “Clara possuía um gênio, com o qual se não davam as apreensões. Não calculava conseqüências. A vida era o presente. (...) A sua confiança em tudo chegava a ser perigosa. Um inesgotável fundo de generosidade, elementos principal daquele caráter simpático.” • Margarida: “De caráter triste e sombrio, que é traço indelével que fica de uma infância, à qual se sufocaram as naturais expansões e folguedos, em que precisa de transbordar a vida exuberante e bela.” • Daniel: Amigo de infância de Margarida, filho do abastado José das Dornas, também pai de Pedro. Margarida afeiçoara-se a Daniel. Daniel tem constituição física frágil, o que leva o pai a direcioná-lo para o sacerdócio por meio do Reitor.Como Daniel aos treze anos confessa que não tem vocação para a carreira religiosa, o Reitor convence o pai a envia-lo ao Porto para estudar medicina e ser doutor. • Pedro: irmão de Daniel e noivo de Clara. • Dr. João Semana: médico octagenário de idéias limitadas e ultrapassadas. • João da Esquina: comerciante, atento a intrigas e brigas locais, representante do meio mesquinho e pequeno. • Velho Mestre: velho filósofo que se instalara na vila para procurar paz na vida do campo e preparar-se para morrer. O velho servia de mestre a Margarida, criando amizade com a moça, que muito aprendia com o filósofo.

  36. ... • Num cenário povoado de tipos humanos cuja bondade só é maculada pelo moralismo quase ingênuo de comadres fofoqueiras, desenrola-se o drama amoroso. • Daniel, ainda menino, prepara-se para ingressar no seminário, mas o reitor descobre seu inocente namoro com a pastorinha Margarida (Guida). O pai, José das Dornas, decide, então, enviá-lo ao Porto para estudar medicina. Dez anos depois Daniel volta para a aldeia, como médico homeopata. Margarida, agora professora de crianças, conserva ainda seu amor pelo rapaz. Ele, no entanto, contaminado pelos costumes da cidade, torna-se um namorador impulsivo e inconstante, e já nem se lembra da pequena pastora. • A esse tempo, Pedro, irmão de Daniel, está noivo de Clara, irmã de Margarida. • O jovem médico encanta-se da futura cunhada, iniciando uma tentativa de conquista que poria em risco a harmonia familiar. Clara, inicialmente, incentiva os arroubos do rapaz, mas recua ao perceber a gravidade das conseqüências. Ansiosa por acabar com impertinente assédio, concede-lhe uma entrevista no jardim de sua casa. • Esse encontro é o ponto culminante da narrativa: surpreendidos por Pedro, são salvos por Margarida, que toma o lugar da irmã. • Rapidamente esses acontecimentos tornam-se um grande escândalo que compromete a reputação de Margarida. Daniel, impressionado com a abnegação da moça, recorda-se, finalmente, do amor da infância. Apaixonado agora por Guida, procura conquistá-la. • No último capítulo, depois de muita resistência e de muito sofrimento, Margarida aceita o amor de Daniel.

  37. TRANSIÇÃO • O Romantismo português vai, aos poucos, se distanciando do exagero ultra-romântico e preparando o caminho para a transformação que chegará com os jovens idealistas da famosa geração de 1870 – Eça de Queirós, Antero de Quental, Oliveira Martins, entre outros.

  38. ROMANTISMO NO BRASIL

  39. PRIMEIRA GERAÇÃO ANTECEDENTES HISTÓRICOS • Transferência da corte portuguesa para o Brasil: abertura dos portos às nações amigas • Crescimento das transações comerciais e do intercâmbio cultural. • Criadas escolas, museus, bibliotecas • Urbanização da capital • Circulação regular de jornais e periódicos – criação da Imprensa Régia (imprensa nacional).

  40. Um funcionário sai a passeio com a família, aquarela de Jean Baptiste Debret. Observe na foto um costume da Corte trazido para a ColÔnia. A hierarquia familiar: primeiro o chefe, depois os filhos, em idade crescente, a mãe, a criada de quarto, a ama-de-leite, sua escrava e os escravos homens.

  41. ... • Formação precária de um público leitor (a maioria da população era analfabeta). • Construção de um circuito literário completo em terras nacionais, com a vinda da corte portuguesa. • Para muitos, apenas com o Romantismo podemos falar de uma Literatura genuinamente nacional.

  42. A idealização de uma pátria e de um povo • Grande estímulo: proclamação da Independência. • O desejo de uma identidade cultural brasileira. • 1836: marco do início do Romantismo no Brasil • Revista com temas de interesse nacional: Niterói, Revista Brasileira de Ciências, Letras e Artes. “Tudo pelo Brasil, e para o Brasil”. • 1836: Suspiros poéticos e saudades, de Gonçalves de Magalhães. (poemas)

  43. Gonçalves de Magalhães fala sobre a relação entre literatura e colonização Cada povo tem sua literatura própria, como cada homem seu caráter particular, cada árvore seu fruto específico; mas esta verdade incontestável para os primitivos povos, algumas modificações contudo experimenta entre aqueles cuja civilização apenas é um reflexo da civilização de outro povo. Então, como nas árvores enxertadas, vêem-se pender dor galhos de um mesmo tronco frutos de diversas espécies; e posto que não degenerem muito os que do enxerto brotaram, contudo algumas qualidades adquirem, dependentes da natureza do tronco que lhes dá o nutrimento, as quais os distinguem dos outros frutos da mesma espécie. Em tal caso marcham a par das duas literaturas, e distinguir-se pode a indígena da estrangeira. MAGALHÃES, Gonçalves de. Discurso sobre a história da literatura no Brasil.

  44. ... • Busca, no passado histórico, de elementos definidores das origens nacionais. • Os principais escritores da Primeira Geração passam a inspirar-se na América pré-cabralina. • Primeira Geração = Geração Lusófoba (que tem ódio a Portugal). • Nativistas (indianistas) – presença do índio • Índio: espírito do homem livre e incorruptível (o bom selvagem). • Literatura: guardiã da memória de um povo.

  45. GONÇALVES DIAS:Um indianista amoroso • Nasceu no Maranhão, em 1823 • Origem mestiça (retrato do Brasil) • Foi para Portugal • Direito (Univ. de Coimbra) • Influenciado por textos de Almeida Garrett e Alexandre Herculano. • 1846: Primeiros Cantos • Segundos cantos • As sextilhas do frei Antão (1848). • Os últimos cantos (1851) • Todos são livros de poesias • Temas fundamentais: natureza, pátria e religião. • Morreu, em 1864, vítima de um naufrágio.

  46. Uma palmeira, um sábia e muitos índios • Canção do Exílio – síntese do amor pela pátria • Superioridade do Brasil • Extremo saudosismo • Inúmeros autores que, inspirados no poema, também abordaram o tema do amor à pátria. • Gonçalves Dias = o poeta dos índios

  47. Minha terra tem palmeiras, Onde canta o Sabiá; As aves, que aqui gorjeiam, Não gorjeiam como lá. Nosso céu tem mais estrelas, Nossas várzeas têm mais flores, Nossos bosques têm mais vida, Nossa vida mais amores. Em  cismar, sozinho, à noite, Mais prazer eu encontro lá; Minha terra tem palmeiras, Onde canta o Sabiá. Minha terra tem primores, Que tais não encontro eu cá; Em cismar –sozinho, à noite– Mais prazer eu encontro lá; Minha terra tem palmeiras, Onde canta o Sabiá. Não permita Deus que eu morra, Sem que eu volte para lá; Sem que disfrute os primores Que não encontro por cá; Sem qu'inda aviste as palmeiras, Onde canta o Sabiá.  De Primeiros cantos (1847)

  48. ... • I-Juca Prima • “O que há de ser morto” • História do último descendente da tribo Tupi, feito prisioneiro pelos valentes Timbiras. • Idealização do índio • Exaltação da natureza • O jovem Tupi pede piedade, sendo interpretado como covarde. • O jovem Tupi, liberto, encontra o pai, que renega o filho que, diante do inimigo, demonstrou covardia.

  49. “Tu choraste em presença da morte? Na presença de estranhos choraste? Não descende o cobarde do forte; Pois choraste, meu filho não és! Possas tu, descendente maldito De uma tribo de nobres guerreiros, Implorando cruéis forasteiros, Seres presa de vis Aimorés. (...) Sé maldito, e sozinho na terra; Pois que a tanta vileza chegaste, Que em presença da morte choraste, Tu, cobarde, meu filho não és."

  50. ... • Decidido a provar sua coragem, o jovem Tupi arremete contra os guerreiros timbiras. • Após luta intensa, pela coragem mostrada, o tupi merece viver. • Canto X: mostra um velho Timbira contando, para as crianças da tribo, a história do valente tupi.

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