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História do Cerco de Lisboa

História do Cerco de Lisboa. José Saramago. José Saramago (1922 – 2010). Um dos mais importantes nomes da literatura portuguesa contemporânea; Olhar crítico e mordaz, descrença em relação às instituições, são características do autor;

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História do Cerco de Lisboa

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Presentation Transcript


  1. História do Cerco de Lisboa José Saramago

  2. José Saramago (1922 – 2010) • Um dos mais importantes nomes da literatura portuguesa contemporânea; • Olhar crítico e mordaz, descrença em relação às instituições, são características do autor; • Ganhador do Nobel de Literatura (1988) e do Prêmio Camões (1995).

  3. Estilo / Linguagem • Estilo oral; • Frases e períodos longos; • Pontuação não convencional; • Diálogos inseridos nos parágrafos; • Parágrafos longos; • Preferência por narrador onisciente; • Comentários do narrador misturam-se às falas dos pesonagens; • Diversidade de tons: coloquial, pomposo, irônico, lírico, etc.

  4. “ Raimundo Silva hesita entre responder com agressividade igual ou usar o tom conciliatório (...) Ninguém mais do que eu gostaria de encontrar uma explicação satisfatória, mas, se não o consegui até, agora, duvido que venha a consegui-lo, o que eu penso é que de deve ter se travado dentro de mim uma luta entre o bem e o mal, se o tenho realmente, e o lado mau, que esse temo-lo todos, entre Dr. Jekil e um Mr Hyde, se posso permitir-me referências clássicas, ou ainda, por palavras minhas entre a tentação mutante do mal e o espírito conservador do bem. (...) O senhor, além de Jekil e Hyde, é mais alguma coisa, Até agora tenho conseguido ser Raimundo Silva, Ótimo, então veja se consegue aguentar-se como tal, no interesse dessa editora e da harmonia das nossas futuras relações, Profissionais, Espero que não lhe tenha passado na cabeça que pudessem ser outras, ...”

  5. Estilo / Fases • 1ª Fase:  resgate de fatos históricos  relações entre ficção e história  metaficção • 2ª Fase:  Tempo e Espaço indefinidos  Tom alegórico  criação de situações-limite  questionamentos existenciais e filosóficos

  6. Análise da Obra

  7. Fato Histórico / Cerco de Lisboa • Lisboa nas mãos dos mouros desde 719 ; • D. Afonso Henriques (1112 – 1185), 1º Rei de Portugal, comanda a retomada da cidade; • Participação da 2ª Cruzada; • O cerco: entre 01 / 07 / 1147 e 25 / 10 / 1147; • Alemães e Ingleses construiram torres e Flamengos, as catapultas; • Mina escavada fez cair parte da muralha; • Cidade rendeu-se em 21 de outubro;

  8. Elementos da Narrativa • Narrador 3ª pessoa, onisciente emite juízos, sentencia, critica, ironiza, denuncia,… • Estrutura Narrativa  História real sobre o Cerco de Lisboa (autor)  História fictícia imaginada por Raimundo (revisor)  Processo de escrita da ficção (narrador) • Tempo / Espaço  Lisboa, abril de 1989  Lisboa, julho de 1147 • Estrutura  17 capítulos

  9. Enredo • Diálogo entre autor e revisor; • Questionamento do fato histórico, revisão das fontes; • Quem é Raimundo Benvindo Silva; • Inserção do Não; • Encontro com Dra. Maria Sara; • Transformação do revisor em autor; • Somente alguns cruzados permaneceram; • Surge o protagonista – Mogueime; • Dra. Maria Sara fica doente;

  10. Enredo • Precisa repensar estratégias: sem o auxílio dos cruzados, tudo muda... • Surge Ouroana; • Maria Sara telefona / Dia seguinte, conversam; • Raimundo envia rosas; • Portugueses divididos quanto à forma de ataque:  3 estratégias • Visita de Maria Sara, declaração amorosa; • Nova visita, noite de amor; • Histórias progridem ... • Mouros recuam, Lisboa estava ganha; • Futuro dos casais permanecem desconhecidos.

  11. Personagens • Raimundo Benvindo Silva:  revisor, metódico, solitário, 50 anos. • Maria Sara:  Dra., funcionária da editora, separada, 35 anos. • Mogueime: soldado, lutou ao lado de Mem Ramires na tomada de Santarém. • Ouroana: da Galiza,ex-concubina de um cruzado, lavadeira de fidalgos.

  12. Personagens • Costa:  representante da editora. • Cavaleiro Henrique:  alemão que apresenta técnicas e engenhos de batalha (torre móvel), “dono” de Ouruana. • Mem Ramires:  capitão, media as relações entre soldados e o Rei; herói no cerco de Santarém.

  13. Tema • A partir do diálogo inicial:  apagamento, negação, supressão, mudança “O gosto da modificação, o prazer da mudança, o sentido da emenda.” “Faz de mim outra coisa, se és capaz” • Raimundo passa a ser outro depois do NÃO.  ação redentora, revisor abandona papel pagado e solitário, torna-se criador. • Amor  quebra as barreiras, abre o cerco, abre para múltiplos caminhos.

  14. Aspectos Ideológicos • Batalha entre duas crenças, duas concepções de mundo; • Mais simpatia pelos mouros do pelos cristãos;  desde a descrição detalhada do almuadem cego, diálogo entre Arcebisbo e mouros,... • Promessa do Rei de dividir igualmente os despojos com os soldados = Justiça. • Plano que leva os cristão à vitória é desumano e indigno (Fome).

  15. Os cercos • Vários cercos rondam a história:  militar  pessoal / amoroso  social / político • O final traz o desenlace do cerco amoroso e militar • Cerco social permanece  desigualdades sociais, preconceito, desemprego, pobreza,... • Amor  única forma de ultrapassar barreiras e romper cercos

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