Joel – O derramamento do Espírito Santo

1. Joel – O derramamento do Espírito Santo

2. Texto básico “E, depois disso, derramarei do meu Espírito sobre todos os povos. Os seus filhos e as suas filhas profetizarão, os velhos terão sonhos, os jovens terão visões. Até sobre os servos e as servas derramarei do meu Espírito naqueles dias." (Joel 2:28-29)

3. Introdução • Joel exerceu seu ministério em Judá, no Reino do Sul. • O livro trata: • sobre o derramamento do Espírito de Deus no futuro, com manifestações específicas; • da ameaça de julgamento de Deus contra Judá, que é ilustrado com a devastadora praga de gafanhotos; • da esperança de Judá no arrependimento e na misericórdia divina, que trará, com os julgamentos do Dia do Senhor, e na sua abundante misericórdia ao restaurar a nação. • Esquema do conteúdo • A praga de gafanhotos e a seca — 1.1—2.17 • Deus promete abençoar novamente a terra — 2.18-27 • O Dia do Senhor — 2.28—3.21

4. O profeta, seuestilo e seu tempo • Seu nome significa “Yahweh é Deus“. • Seu pai se chamava Petuel ou Betuel. • Joel escreve como um poeta lírico e dramático. • As figuras de linguagem usadas por Joel mostram ser ele um homem inteligente. • Infelizmente há pessoas que pensam que os profetas eram beduínos, fanáticos, ignorantes e primitivos. • Esses homens foram geniais. • Prova disso é que aqui estamos, já entrados no terceiro milênio, aprendendo com eles, estudando o que escreveram.

5. O juízoimediato: A desolaçãocausadapelainvasão de gafanhotos • O livro do profeta Joel é, sobretudo, escatológico. • 1 Ciência ou teoria do destino ou propósito últimos da humanidade e do mundo. 2 Teol Doutrina do destino último do homem (morte, ressurreição, juízo final) e do mundo (estado futuro). Definição Dicionário Michaelis • A principal mensagem de Joel é que Deus julga, e essa mensagem da realidade do juízo divino, conforme orientação do profeta ao povo, não deveria ser esquecida, mas recontada às gerações seguintes. • Não é à toa que Deus permitiu que essa obra inspirada pelo Espírito Santo ficasse para a posteridade, para que sua mensagem nunca fosse esquecida e pudesse brilhar durante séculos, despertando vidas.

6. O juízoimediato: A desolaçãocausadapelainvasão de gafanhotos • A invasão assoladora dos gafanhotos não é uma tragédia natural, mas a vara disciplinadora de Deus sobre o povo da aliança. • Não existe acaso, coincidência, nem determinismo cego. • Joel faz uma descrição vívida e alarmante de uma invasão avassaladora de gafanhotos em todo o território de Judá.

7. O juízoimediato: A desolaçãocausadapelainvasão de gafanhotos • Quando não se aprende com os erros do passado, tem-se a tendência de repeti-los. • A história precisa ser nossa pedagoga, não nossa coveira. • Os eventos de uma nação são lições para todas as demais, pois se a memória do amor de Deus não nos despertar a gratidão, a memória dos ais do seu juízo, certamente nos ameaçará com a humilhação. • Joel conclama os sacerdotes do Senhor ao arrependimento (1:13,14). O texto fala de clamor, pranto, pano de saco e jejum.

8. O juízoimediato: A desolaçãocausadapelainvasão de gafanhotos • Conquanto o povo de Deus não experimente pragas literais de gafanhotos, mui provavelmente vê congregações devastadas por aflições, pecados e doenças que angustiam famílias inteiras. • Diante disso o conselho bíblico para se resolver tais impasses é que a liderança, juntamente com a membresia, reconheça igualmente, com a máxima urgência, a necessidade de ajuda, poder e bênção de Deus. • Devem voltar-se a ele com a sinceridade, intensidade, arrependimento e intercessão descritos por Joel (Jl 1:13,14; 2:12-17). • Só há restauração e avivamento onde há genuíno arrependimento.

9. Um juízoiminente: a verdadeiraconversão e a promessa de fartura • Joel começa falando de uma invasão militar que Judá também sofreria (2:2-4) para, mais à frente, ainda no capítulo 2, aludir ao Dia do Senhor em sua acepção absolutamente escatológica. • Tudo indica que os exércitos do Norte (2:20) são uma referência aos exércitos da Assíria e Babilônia. • Aqui, Deus conclama mais uma vez o povo ao arrependimento – mas a um arrependimento realmente sincero, verdadeiro, genuíno, autêntico (2:2,13). • "O Dia do Senhor" se refere tanto ao julgamento divino de forma geral – sendo, nesse caso, usada para se referir a um julgamento específico que poderia ser tomado como símbolo do Grande Julgamento Final – como também, e na maioria das vezes, ao Juízo do Fim dos Tempos, quando toda a impiedade será julgada pelo Senhor. • Nessa passagem, Deus está afirmando que penitência externa não muda nada. É preciso um coração realmente rasgado diante do Senhor para que ele se volte para o seu povo com perdão, restauração e bênçãos (2:13). • É a conversão do homem que faz Deus mudar o juízo em bênção.

10. O Derramamento do Espírito Santo • O primeiro grande ensino em Joel é o arrependimento diante das adversidades, o segundo é o derramamento do Espírito sobre toda a carne. • Pessoas de todas as nações, de todos os sexos, de todas as faixas etárias e de todas as condições sociais seriam alcançadas pelo Derramamento do Espírito Santo. • Joel fala de homens e mulheres, velhos e jovens, servos e livres – todos teriam a bênção da efusão do Espírito a seu alcance se voltassem suas vidas totalmente para Deus (2:28,29,32). • A manifestação dos dons evidencia a manifestação do Espírito Santo na Igreja e, consequentemente, a presença de Deus no meio do seu povo (1Co 14:24,25). • A salvação em Cristo, recebida pela fé, agora, é estendida a todos os povos, de todos os lugares, de todos os tempos. • Nos dias de Joel, como nos dias de Pedro e de Paulo e também nos nossos, invocar o nome do Senhor é o único caminho para a salvação.

11. Um juízofuturo: o julgamento das nações • O capítulo 3 de Joel dedica-se a descrever a restauração final de Israel e o Julgamento das Nações, dois eventos que se darão no Final dos Tempos. • Duas verdades muito claras e enfatizadas nessa passagem bíblica são que as nações serão julgadas pela sua impiedade e que esse julgamento incluirá também como critério a forma como as nações trataram Israel. (3:2-3) • A grande lição desse capítulo é que Deus é o Senhor da História. • O livro de Joel começa falando de destruição e termina falando de restauração; inicia com juízo e conclui com a bênção de Deus. • A sua mensagem ao final é que a última palavra na história das nações pertence a Deus; que quem determina o destino final das nações não são os chamados grandes líderes mundiais, mas o Senhor do Universo. • E, no final, o mal perecerá e o bem triunfará. Porque Deus está no controle de tudo.

12. Conclusão • A postura de humilhação de um coração arrependido deve fazer parte da nossa atitude quando somos confrontados por Deus por algo que fizemos contra ele. • Temos de ter a postura interna que demonstre um real arrependimento perante o Senhor. • O jejum público do povo de Deus tem sido esquecido. • Vivemos dias difíceis para um cristianismo autêntico. • É necessário que reavaliemos as nossas práticas espirituais comunitárias a fim de que o que ainda é útil não seja desprezado.