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Epidemiologia

Epidemiologia. Patrícia Quirino da Costa. Fortaleza, 2010. O que é epidemiologia?. É a ciência básica da Saúde Coletiva Estuda a distribuição das doenças e suas causas na população Principal ciência da informação em saúde. O que é epidemiologia?.

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Epidemiologia

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Presentation Transcript


  1. Epidemiologia Patrícia Quirino da Costa Fortaleza, 2010

  2. O que é epidemiologia? • É a ciência básica da Saúde Coletiva • Estuda a distribuição das doenças e suas causas na população • Principal ciência da informação em saúde

  3. O que é epidemiologia? • Ciência que estuda o processo saúde-doença na sociedade, (....) propondo medidas específicas de prevenção, controle ou erradicação de doenças, e fornecendo indicadores que sirvam de suporte ao planejamento, administração e avaliação das ações de saúde.

  4. Introdução • Origem da palavra - epidemia grego- população • determinação de agentes etiológicos, fatores de susceptibilidade, forma de transmissão e determinantes da doença. • Circunstâncias que a doença pode acontecer – microbiológicas, fator social,genético ou ambiental

  5. Como evoluiu a epidemiologia? mágica ou sobrenatural empírica científica

  6. Como surgiu a epidemiologia? • desde os primórdios do pensamento ocidental na Grécia Antiga • As duas filhas do deus Asclépios: Panacéia e Higéia padroeira da medicina curativa, realizada por meio de manobras, encantamentos, preces e uso de pharmakon apregoava a saúde como resultante da harmonia dos homens e dos ambientes, por ações preventivas e coletivas

  7. Qual a origem do termo Epidemiologia? enfermidades - fenômeno de massa Hipócrates "epidemeion” - "visitam“ "endemeion“ – “residem” doença -fenômeno próprio da natureza Idéia :Katastasis ou constituição epidêmica‘ ocorrência epidemias - circunstâncias geográfico-atmosféricas

  8. Qual a origem do termo Epidemiologia? • Característica marcante: fenômeno epidêmico como o desequilíbrio de uma harmonia da natureza, apreendida como totalidade • Idéia adotada por seus seguidores • Método Hipocrático: - coleta de informações, exame dos doentes, acompanhamento da evolução da doença, comparação com outros casos

  9. MedicinanaGréciaAntiga Uso do método científico (observação experimental) • Enunciados das Teorias Hipocráticas: • Cada doença tem uma causa natural • Um efeito similar pode ser provocado por diferentes causas • A doença é desequilíbrio do estado natural do corpo • Os fatores causais das doenças podem ser: internos (dieta, exercício) ou externos (ar, vento calor, frio)

  10. MedicinanaGréciaAntiga Uso do método científico (observação experimental) Enunciados das Teorias Hipocráticas: 5) Os humores são 4: sangue, muco, bile amarela e bile negra. Se desequilibrados causam doença 6) Relação sexual, feridas e ferimentos podem causar doenças

  11. Medicina na Grécia Antiga Galeno (200a.C) – O Experimentalismo Observava doentes e doenças Fiel a Medicina Hipocrática 1o na Medicina a fazer experimentações em: - fisiologia - descobriu o funcionamento do sistema urinário - anatomia - 1a teoria da circulação do sangue - doença estar ligada a determinado órgão

  12. Seguidores de Hipócrates • Mulcumanos - os princípios de Higiene e Saúde Pública • Teoria dos Miasmas vapores ou miasmas que saíam de certos tipos de solo (pantanosos), ares noturnos - doenças às pessoas que tinham contato com eles - individual

  13. Catolicismo romano e invasões dos bárbaros  práticas de saúde de caráter mágico-religioso prática médica para os pobres exercida por religiosos (por caridade) e por leigos, boticários, barbeiros-cirurgiões (por profissão) Durante este período a medicina árabe, sob os princípios hipocráticos, apresenta avanço tecnológico e caráter coletivo, com Avicena e Averoés Idade Média

  14. Quantificações • Surgimento dos Estados: necessidade de contar o povo (produção) e o exército (poder) com surgimento da Estatística (Estado=status + isticum=contar) • John Graunt em 1662: Tratado de tabelas mortuárias de Londres, proporção de crianças que morriam antes dos 6 anos de idade (pioneiro na utilização de coeficientes) • Primeiros registros anuais de mortalidade e morbidade realizados pelo estado

  15. Século XVII • medicina coletiva: Medicina veterinária • Academia de Medicina de Paris - Ordem Real epidemia dizimando periodicamente o rebanho ovino - graves perdas para a nascente indústria textil • esforço de sua eliminação • Não se relata obtiveram algum resultado.

  16. Século XVII O fato é que, em se tratando de humanos, a "ciência clínica" começa reforçando mais ainda o estudo do unitário, o caso. Noah Webster (1799) -pesquisa das enfermidades - correspondência com médicos um trabalho em dois volumes múltiplos fatores ambientais se combinam para afetar um grande número de pessoas simultaneamente

  17. Século XVIII • França - Medicina urbana • Teoria Miasmáticas • sanear os espaços das cidades, disciplinar a localização de cemitérios e hospitais, arear as ruas e construções públicas • Revolução Industrial - força do trabalho - desgaste da classe trabalhadora deteriora profundamente as suas condições de saúde • Friedrich Engels em seu "As Condições da Classe Trabalhadora na Inglaterra em 1844" - Medicina Social – Epidemiologia critica

  18. 1802 - Juan de Villalba – Epidemiologia - epidemias espanholas Medicina Social- Guèrin(1838)- coletivamente a questão da saúde 1854 - John Snow - coléra pai da epidemiologia associação causal entre a doença e o consumo de água contaminada por fezes de doentes Londres em meados do século XIX Século XVIII / XIX

  19. Atualmente • Epidemiologia Moderna – campo • A demonstração de que vários fatores contribuem para a determinação da doença expandiu o interesse da Epidemiologia para as doenças crônicas. • A Epidemiologia das doenças transmissíveis ainda é da maior importância nos países em desenvolvimento, que ainda convivem com doenças tais como Sarampo, Rubéola, Malária, Dengue e Toxinfecções alimentares, entre outras.

  20. Transição Epidemiológica Mudanças perfil de morbidade e de mortalidade de uma população DADOS EPIDEMIOLÓGICOS Mortalidade - doenças infecciosas e parasitárias- 46% (1930) - 5,3% (2005) doenças do aparelho circulatório - 10% (1930) - 32% (em 2005) neoplasias - 2%(1930) - 16,7%(2005)

  21. Transição Epidemiológica doenças de maior impacto para a saúde pública : as doenças cardiovasculares o câncer, particularmente o cérvico-uterino e o de mama em mulheres e de estômago e pulmão nos homens, o Diabetes Mellitus, as Doenças RespiratóriasCrônicas.

  22. Classificação Descritiva – descreve ocorrência e distribuição de doenças, desordens, defeitos Analítica - estuda as causas, suas associações e medidas Experimental -observador para provar suas hipóteses ou para analisar um experimento natural.

  23. Epidemiologia -objetivo • contribuir para a compreensão da doença • conduzir a métodos de prevenção • forma de transmissão e determinantes da doença • Circunstâncias: Microbiológicos Toxicológicos Fatores genéticos, sociais ou ambientais

  24. Epidemiologia - Aplicabilidade • História da origem e declínio da doenças. • Diagnóstico populacional pela presença, natureza e distribuição dos eventos e alterarem a saúde. • Definição de problemas de saúde e suas prioridades. • Estimativa de riscos individuais em relação à doença. • Complementação de quadros clínicos e descrição da história atual da doença. • Auxílio na solução de problemas administrativos pela análise de pesquisas operacionais.

  25. Epidemiologia - Aplicabilidade • Determinação da internação dos fatores referentes aos agentes, o homem e o meio. • Estudo da atitude, do comportamento social e dos problemas relativos à educação em saúde. • Auxílio à prática médica através da epidemiologia clínica. • Determinação das necessidades e dos métodos para controlar e prevenir os eventos alteradores da saúde. • Estudo dos serviços de saúde, tendo em vista a sua melhoria.

  26. Epidemiologia – Exemplos • má formação congênita – rubéola • Talidomida – focomelia, • leucemia – raio X(gestação) • hábito de fumar – câncer • mortalidade infantil – classe social

  27. Elementos importantes

  28. População x Amostra • É o conjunto de entes portadores de, pelo menos, uma característica comum Exemplo: Os estudantes apresentam pelo menos uma característica comum: são os que estudam • Amostra - subconjunto da população.

  29. Critérios de elegibilidade • Para delimitar a população de interesse, devemos definir os critérios de elegibilidade, • conhecer esses critérios, para que compreenda a população à qual podem ser generalizadas as descobertas. • Esses critérios devem ser estabelecidos antes da seleção das amostras.

  30. EXEMPLO: Análise de uma população definida como estudantes brasileiros de enfermagem • Esta população incluiria os estudantes de todos os programas? • Seriam incluídos estudantes do turno noturno? • E os enfermeiros já registrados que voltam à escola, na busca de um bacharelado?

  31. CRITÉRIOS DE ELEGIBILIDADE ESPECIFICADOS EM UM ESTUDO DE ENFERMAGEM* (Polit; Hungler, 1995, p.144).

  32. AMOSTRAGEM • “Refere-se ao processo de seleção de uma parte da população para representar sua totalidade.” (Polit; Hungler, 1995, p.144). • “O principal elemento a ser levado em conta, na avaliação de uma amostra, é sua representatividade.”

  33. O objetivo e critério maior da amostragem Maximizar a REPRESENTATIVIDADE, ou seja, tornar a amostra, o mais significativa, possível. • Dois critérios para maximizar a representatividade - Intencionalidade: o pesquisador intervém na escolha dos indivíduos por razões ligadas aos objetivos da pesquisa. - Aleatoriedade: quando não há razões ligadas aos objetivos da pesquisa.

  34. O cálculo do tamanho da amostra Fatores que determinam o tamanho da amostra • Amplitude do universo Os universos de pesquisa podem ser finitos ou infinitos. Convencionou-se que os finitos são aqueles cujo número de elementos não excede a 100.000. Universos infinitos, por sua vez, são aqueles que apresentam elementos em número superior a esse. Influência na fórmula da amostra!!

  35. Curva normal ou Sino Confiabilidade da pesquisa Nível de confiança estabelecido O nível de confiança de uma amostra refere-se à área da curva normal definida a partir dos desvios-padrão em relação à sua média. 1 desvio padrão = 68% de representatividade 2 desvios = 95,5% de seu total 3 desvios = 99,7% da amostra ou população ATENÇÃO: quanto maior o nível de confiança, maior o tamanho da população.

  36. Erro da pesquisa Erro máximo permitido • Os resultados obtidos numa pesquisa elaborada a partir de amostras não são rigorosamente exatos em relação ao universo. Esses resultadosapresentam sempre um erro de medição. Nas pesquisas sociais trabalha se usualmente com uma estimativa de erro entre 3 e 5%. ATENÇÃO:quanto maior a amostra, menor o erro. - Percentagem com que o fenômeno se verifica A estimação prévia da percentagem com que se verifica um fenômeno é muito importante para a determinação do tamanho da amostra.

  37. 2. p . q . N n = e2 (N-1) + 2 p.q Fórmula para cálculo de amostras para populações finitas Quando a população pesquisada não supera 100.000 elementos, a fórmula para o cálculo do tamanho da amostra é a seguinte: onde: n =Tamanho da amostra. 2 = Nível de confiança escolhido, expresso em número de desvios-padrão. p = Percentagem com a qual o fenômeno se verifica. q = Percentagem complementar (100-p). N = Tamanho da população. e2 = Erro máximo permitido.

  38. 2. p. q n = e2 Fórmula para cálculo de amostras para populações infinitas A fórmula básica para o cálculo do tamanho de amostras para populações infinitas passa a ser a seguinte: onde: n = Tamanho da amostra 2 = Nível de confiança escolhido, expresso em número de desvios- padrão p = Percentagem com a qual o fenômeno se verifica q = Percentagem complementar (100 - p) e2 = Erro máximo permitido

  39. 2. p . q . N n = e2 (N-1) + 2 p.q Fórmula para cálculo de amostras para populações finitas • População Finita Uma pesquisa que tenha por objetivo verificar quantos dos 10.000 empregados de uma fábrica são sindicalizados. Presume-se que esse número não seja superior a 30% do total, deseja-se um nível de confiança de 95% (dois desvios) e tolera-se um erro de até 3%. Então:

  40. 2. p. q n = e2 Fórmula para cálculo de amostras para populações infinitas População Infinita Verificar o número de protestantes residentes em determinada cidade com uma população superior a 100.000 habitantes. A percentagem com que o fenômeno se verifica é de 10%. O nível de confiança bastante alto (superior a 99,9%), aplica-se à fórmula 3 desvios e o erro máximo tolerado de 2%. Assim, tem-se a equação:

  41. Segundo Polit; Hungler (1995), o ideal seria que uma descrição dos seguintes aspectos da amostra: • O tipo de método de amostragem usado (por conveniência, aleatória simples) • A população estudada e os critérios de elegibilidade para a seleção da amostra • O método de recrutamento dos sujeitos (através de convite direto pelo pesquisador, através de avisos colocados em um quadro) • A quantidade de sujeitos no estudo e as razões para o tamanho da amostra

  42. Segundo Polit; Hungler (1995), o ideal seria que o relatório incluísse uma descrição dos seguintes aspectos da amostra: • Uma descrição das principais características dos sujeitos da pesquisa (idade, sexo, condição médica, raça, etnia...), e, se possível da população • A quantidade e as características de sujeitos potenciais que recusaram participar do estudo, bem como daqueles que concordaram em dele participar, mas que, posteriormente, se retiraram.

  43. Validade ou acurácia Uma medição é válida se é apropriada para a questão que se esta pesquisando ou se mede corretamente ou que se propõe. A validade informa se os resultados representam a “verdade” ou o quanto se afastam dela.

  44. Variáveis - Classificação • Quantitativas e Qualitativas • Qualitativas - diferenças radicais mantêm entre si diferenças não apenas de quantidades, mas sim de natureza • quantitativas - envolvem diferenças não- substanciais, diferenças apenas de grau • descontínuas (ou discretas) - valores consecutivos expressos por números inteiros • Continuas - admitem valores fracionários

  45. Modelo Epidemiológico

  46. Definição Tipos Básicos explicar o aparecimento, a inter-relação dos fatores e a distribuição das doenças nas coletividades entendimento o processo saúde-doença. • Unicausal • Multicausal • Determinação social da doença

  47. Unicausal • o agente tem que ser achado em todas as pessoas doentes → causa necessária. • o agente tem que estar ausente em todas as pessoas sadias → causa suficiente. • o agente tem que ser capaz de induzir uma doença similar em animais M. tuberculosis → Tuberculose

  48. Multicausal • rede de relações causais entre os de risco e a doença. • engloba muitas variáveis simultaneamente . a desvantagem de não determinar uma ordem de hierarquia entre as variáveis em estudo

  49. Determinação social da doença hierarquiza as variáveis causais em estudo, relacionado os diversos fatores de risco. permite controlar os fatores de confusão

  50. Determinação social da doença • Infecções Respiratórias Agudas 1 º Nível: socioeconômicos (renda familiar e escolaridade dos pais) 2 º Nível: biológicos (idade materna e ordem de nascimento) 3 º Nível: ambientais (tipo de moradia, exposição ao fumo passivo e aglomeração familiar) 4 º Nível: nutricionais (peso ao nascer e estado de nutrição atual) e práticas alimentares (amamentação) 5 º Nível: freqüência à creche

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