1 / 9

SONETOS DE ONTEM E DE HOJE de Carmo Vasconcelos

SONETOS DE ONTEM E DE HOJE de Carmo Vasconcelos. AUTOMÁTICO E SONORIZADO. De Menina a Mulher Carmo Vasconcelos De menina-botão a mulher-flor , desabrochaste por decretos santos, de irisado matiz hauriste a cor, e ornada de asas, redobraste encantos.

Télécharger la présentation

SONETOS DE ONTEM E DE HOJE de Carmo Vasconcelos

An Image/Link below is provided (as is) to download presentation Download Policy: Content on the Website is provided to you AS IS for your information and personal use and may not be sold / licensed / shared on other websites without getting consent from its author. Content is provided to you AS IS for your information and personal use only. Download presentation by click this link. While downloading, if for some reason you are not able to download a presentation, the publisher may have deleted the file from their server. During download, if you can't get a presentation, the file might be deleted by the publisher.

E N D

Presentation Transcript


  1. SONETOS DE ONTEM E DE HOJE • de • Carmo Vasconcelos AUTOMÁTICO E SONORIZADO

  2. De Menina a Mulher • Carmo Vasconcelos • De menina-botão a mulher-flor, • desabrochaste por decretos santos, • de irisado matiz hauriste a cor, • e ornada de asas, redobraste encantos. • Avezinha sagaz, voando em espantos, • o mundo descobriste ao teu redor, • pisaste o vale, alçaste a picos tantos, • e elegeste o meio-céu, teu corredor. • Não quiseste ser águia lá na altura, • nem pássaro na pedra enlodaçada, • assisada, pairaste na planura. • De lá emanas trinados de doçura, • mater do amor, vestal no céu talhada, • Ave-Mulher, plasmada de ternura! • Carmo Vasconcelos

  3. O Sorriso E O Olhar • Carmo Vasconcelos • Só comparável à luz de um sorrisoé o brilho de um olhar que nos trespassa,e que nossa alma, com fulgor, devassacomo um farol de abrigo assaz preciso.Para que pouse em mim teu meigo olhar,de tudo faço, até finjo a mendiga,pra que, iludida, a sorte não desdigaa dádiva de nele me abrigar.E aos pés dessa pousada que idealizo,em ternos versos, eu prostro-me e rezop'la esmola desse olhar cálido e aceso.Só quando aberta a franja dos teus cílios,olhos nos meus, se fazem os concílios,e irrompe de meus lábios o sorriso! • Carmo Vasconcelos

  4. Dúvida • Carmo Vasconcelos • Hoje, falido amor, fizeste-me chorar!lágrimas quentes que sabemos não mereces,e pra calá-las solto aos deuses minhas precespra que a memória se desfaça ao recordar.São negras vagas, espumadas de ousadia,lamas imersas, vindo ao cimo sem premissas,jangadas velhas, invasivas, metediças,a perturbarem o meu mar de calmaria!E nesse pranto, amargo sal, me recriminopla inconcebível e incurável desrazãodeste meu doido e vulnerável coração...E entre pesar e contrição eu congemino...Se o que mais dói, silente, e gera mor sofrer,é minha mágoa, ou teu remorso a te doer?... • Carmo Vasconcelos

  5. Rosas e Espinhos ! • Carmo Vasconcelos • Vejam a rosa que floresce nos caminhos,sujeita à chuva, ventania e males quejandos,treme e vacila, aos abanões, f’rida aos espinhos,sangra e esmorece, mas renasce a tempos brandos.E assim as rosas, menos frágeis do que exibem,(tal qual eu mesma, ao suportar picos de dor)jamais se abatem, e do brilho não se inibem,e das picadas, brota vivo o seu esplendor!É forte a cor do sangue herdado das raízes,flores mimosas, delicadas na aparência,nobres e altivas, sempre vencem duras crises! Choram seus prantos orvalhados quando a luao sol lhes rouba… E se recolhem na dormência,mas mal desponta um novo sol, a festa é sua! • Carmo Vasconcelos

  6. Teu Beijo • Carmo Vasconcelos • Teu beijo foi-se enrodilhado pela bruma,num triste ocaso de um enlace deslaçadop'las bruscas voltas de um tufão desordenado,e hoje é sepulto como folha na caruma.Foi-se como ovo rapinado ao mel do ninho,ou pena airada pla nortada desabrida;sonho afogado na maré brava e renhida,passo truncado nos percalços do caminho.Mas se o teu beijo regressar noutro tufão,qual diabo solto, da voragem ressurgido;a língua ardente da fogueira em combustão...Sei bem que em fúria nossos lábios aguerridosse hão-de vingar da fatalista sujeição, ao devorarem-se em desejos incontidos! • Carmo Vasconcelos

  7. Cansaço • Carmo Vasconcelos • De remos já cansados de lutar,sou barca a navegar contra a maré.De sonhos inundada perco o pé,desavistada uma ilha pra aportar!Gelam-me as mãos, doridas de vazias,dos meus olhos escorrem só miragens...Ilhas de amores, cálidas paragens,falsas visões de margens fugidias! Já débil ante as vagas a vencer,e esmorecida a fé numa bonança,em espuma se esvai minha esperançado meu porto de abrigo vir a ter!Não há gesto capaz de me acolher...E em breve, serei água na lembrança! • Carmo Vasconcelos

  8. Súplica • Carmo Vasconcelos • Dizei-me, Deus, que vil pecado fiz outrora,ou concedei-me o raro dom da omnisciência,para que o saiba e me redima em penitência,e este sofrer em desamor vá logo embora!Já fui, me lembro, irreverente e desdenhosa, e alguns deixei em dor d’amor, por inocência…Se então soubera o peso ingrato da carência,eu não estaria hoje, de ofensas pesarosa!Sei que, ambiciosa, no delírio me afundei...Eu desejava o ideal! O amor maior do mundo!E o vi nascer ... mas do meu colo, moribundo,partiu... E dele escassos beijos desfrutei!Hoje, suplico-vos, Senhor, vosso perdão!Não me deixeis neste vazio de coração! • Carmo Vasconcelos

  9. SONETOS DE ONTEM E DE HOJE • Carmo Vasconcelos • http://www.carmovasconcelos-fenix.org/ • ninita.casa@hotmail.com • IMAGENS – Google • FUNDO MUSICAL – Simone Dinnerstein • – SomethingAlmostBeingSaid - • MusicofBachandShubert • FORMATAÇÃO: • Isabel Passos - xabeumaria@gmail.com

More Related