Aulas Multim dias Santa Cec lia

3. DE ONDE VEM O MAMULENGO TEATRO DE FANTOCHES?

4. Acredita-se que o Teatro de Bonecos seja t�o antigo quanto o teatro convencional. Segundo pesquisadores, a ess�ncia do teatro de bonecos est� na pr�-hist�ria, quando os homens primitivos, encantados com suas sombras nas paredes das cavernas, teriam desenvolvido o teatro de sombras na inten��o de divertir seus filhos.

5. A partir da� a criatividade humana acompanha a evolu��o passando por v�rias etapas, come�ando pelo boneco de barro sem articula��o e mais tarde os primeiros bonecos com articula��o de cabe�a e membros.

6. No Oriente, o boneco tinha car�ter religioso e era visto com muito respeito. Para os orientais, o boneco n�o era simples divers�o, acreditava-se que eles tinham poderes m�gicos, chegando a substituir divindades, possu�am poderes medi�nicos.

7. Sem falar na tecnologia perfeita, em que, segundo algumas lendas chinesas, o imperador Wu, da dinastia Han, desesperado com a morte de sua imperatriz, teria oferecido uma fortuna a quem pudesse restituir-lhe a vida.

8. Surgiu ent�o um bonequeiro que, com uma r�plica da silhueta de sua amada, apresentou-a ao imperador no teatro de sombra. O imperador, fascinado, passou a assistir todas as noites aos seus espet�culos.

9.

10. Sua hist�ria est� ligada aos atores do teatro popular grego e romano. Na Gr�cia, os bonecos eram audaciosos, chegando a ridicularizar as lendas crist�s. Roma assimila a cultura grega fazendo com que o teatro de bonecos desenvolva-se por toda a Europa.

11. Por�m, na Idade M�dia, como todas as outras artes, o teatro de bonecos tamb�m sofre persegui��es, j� que de in�cio era utilizado nas doutrina��es religiosas da �poca. Passa, ent�o, a ser apresentado nas feiras livres das cidades.

13. Por todo o mundo o teatro de bonecos apresenta-se com uma determinada nomenclatura.

16. Mas foi no Nordeste onde essa arte mais se desenvolveu, principalmente em Pernambuco.

17. Nas cidades do interior da Para�ba o teatro de bonecos recebeu o nome de Babau e, durante muito tempo, foi um dos meios de comunica��o mais eficientes, pois era atrav�s dessa arte que os problemas sociais eram expostos para a sociedade.

18. Em um divertido espet�culo, cheio de brincadeiras e truques, bichos e plantas falam e se mexem. Como num passe de m�gica, nossas m�os podem dar vida a personagens de uma hist�ria em que as luzes, os efeitos especiais e as coreografias ajudam a criar a magia do palco.

19. No Brasil, o teatro de bonecos surgiu no nordeste como forma de manifesta��o popular e se propagou por todo o Pa�s atrav�s de artistas mambembes. Essa forma de teatro � chamada de Mamulengo, na qual os bonecos representam personagens do nosso folclore.

20. O teatro de bonecos se apresenta de v�rias formas como:

21. Teatro de Marionetes Os bonecos podem ser pendurados por fios ou cord�es quase invis�veis, sendo que o manipulador d� vida aos personagens movimentando uma cruzeta, � qual est�o amarrados os fios. Cada um deles � respons�vel pelo movimento de um dos membros do bonecos. Ou ent�o podem ser enfiados na m�o como luvas, sendo que esse tipo de bonecos n�o possui pernas e seu corpo � constitu�do por uma cabe�a que pode ser confeccionada de madeira, gesso, espuma, papel ou tecido e montada em um corte de tecido no formato de uma luva. Os dedos da m�o do manipulador s�o utilizados para articular a cabe�a e os bra�os desse tipo de boneco.

22. Teatro de Fantoches Tamb�m conhecido como jo�o minhoca, cassimiro coco, os bonecos s�o representados por dedos vestidos. Geralmente, esses bonecos s�o confeccionados de feltros e adornados com qualquer tipo de material. Nesse tipo de teatro, o manipulador usa seus dedos para fazer toda a gesticula��o do personagem.

23. Ventr�loquos S�o atores que se apresentam com bonecos no colo e conversam com eles, sendo que a voz do boneco � produzida pelo ator que emite o som das palavras sem mexer os l�bios, enquanto a boca do boneco se mexe, simultaneamente ao som dessas palavras, atrav�s de um mecanismo existente atr�s do corpo do boneco, que � manuseado pelo ventr�loquo.

24. Teatro de Sombra Os bonecos s�o feitos de peda�o de papel�o ou couro, suspensos por varetas presas atr�s de cada membro dos bonecos, por onde o manipulador articula seus movimentos por detr�s de um pano, que s�o reproduzidos por uma fonte de luz vinda do fundo do palco que projeta a sombra deles no palco. Esse tipo de espet�culo desenvolveu-se bastante na Gr�cia e � comum na �sia.

25. Teatro Negro O palco � todo preto, iluminado por uma luz negra, e os atores se vestem tamb�m da mesma cor. Como a luz negra faz com que as coisas pretas desapare�am, os atores podem dar vida aos bonecos vestidos com roupas bem coloridas ou cores fosforescentes, dando maior destaque sob a luz negra, andando de um lado ao outro do palco sem serem vistos pela plateia.

26. Em 1982, com a vinda do Augusto Oliveira (hoje conhecido como Augusto Bonequeiro), de forma��o erudita, o teatro de bonecos se desenvolveu em Fortaleza, surgindo novos bonequeiros. Em 1986, foram dados os primeiros passos para a cria��o da ABTB-CE (Associa��o Brasileira de Teatro do Bonecos), sendo fundada oficialmente em 1987.

28. O Molengo, Momolengo, Mamulengo, que vem de m�o mole, molenga, t�pico do nordeste brasileiro, seja em sua origem popular, seja bebido na fonte de suas caracter�sticas populares por bonequeiros eruditos, conserva sua irrever�ncia e ati�a o sangue quente nordestino na sensualidade da dan�a do forr�, no deboche, nos namoros apimentados, na brincadeira politizada, na sua simplicidade e riqueza de comunica��o universal.