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Psiquiatria, Religiosidade e Espiritualidade

Dr. Franklin A. Ribeiro Médico Psiquiatra Membro dos Conselhos Consultivo e Deliberativo, do Centro de Estudos, do PRISME e do Centro Espírita do Hospital Psiquiátrico Espírita João Evangelista (HOJE). Psiquiatria, Religiosidade e Espiritualidade. Introdução.

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Psiquiatria, Religiosidade e Espiritualidade

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Presentation Transcript


  1. Dr. Franklin A. Ribeiro Médico Psiquiatra Membro dos Conselhos Consultivo e Deliberativo, do Centro de Estudos, do PRISME e do Centro Espírita do Hospital Psiquiátrico Espírita João Evangelista (HOJE) Psiquiatria, Religiosidade e Espiritualidade

  2. Introdução Relação Positiva entre Religiosidade / Espiritualidade(RE) e Saúde, principalmente Saúde Mental RE é capaz de Contribuir e Prevenir para o Tratamento e a Recuperação de pessoas com transtornos mentais

  3. Introdução Crenças Religiosas influenciam o modo como pessoas lidam com situações de estresse, sofrimento e problemasvitais Dependendo do tipo e do uso, as crenças Religiosas podemproporcionar maior aceitação, firmeza e capacidade de adaptação a situações difíceis da vida ou podem gerar culpa, dúvida apreensão, tristeza e insegurança Revista de Psiquiatria Clinica. Edição Especial – Espiritualidade e Saúde. 2007; 34 (supl.1). Disponível em: www.hoje.org.br/bves

  4. Introdução • Importância RE e Saúde Mental começa a ser reconhecida por profissionais de saúde, que ainda têm dificuldades na prática clínica com a RE de seus pacientes • Religiões podem tanto orientar as pessoas de maneira rígida e inflexível, desestimulando a busca por cuidados médicos quando ajudá-las a integrar-se a uma comunidade e motivá-las para o tratamento Moreira-Almeida, A; Lotufo Neto, F; Koenig, HG Religiouness and mental health. Rev. Bras. Psiq., 2006, 28 (3), 242 – 50. Disponível em www.hoje.org.br/bves

  5. Introdução • Impacto da R.E. na Saúde: conceitos de religiosidade intrínseca, extrínseca e coping religioso-espiritual • Religiosidade Intrínseca: - religião tem um lugar central na vida do indivíduo, é seu bem maior.

  6. Introdução - Outras necessidades são vistas como secundárias, de menor importância e, na medida do possível, são colocadas em harmonia com sua crença e sua orientação religiosa. - Tendo aceitado uma religião o indivíduo procura internalizá-la e segui-la integralmente

  7. Introdução • Religiosidade Extrínseca: • religião é um MEIO utilizado para obter outros fins, como consolo, sociabilidade, distração e status • sua religião é aceita de modo superficial ou é adaptada para atender suas necessidades e seus objetivos pessoais.

  8. Introdução • Coping: podesignificar lidar, manejar, adaptar-se ou enfrentar. Processo de interação entre indivíduo e ambiente, com a função de reduzir ou suportar situação adversa que exceda os limites do indivíduo. • Coping religioso espiritual (CRE): é o modo como pessoas utilizam sua R.E. para lidar com situações de estresse e de dificuldade em suas vidas Allport GW, Ross, JM, Personal religious orientation and prejudice J Pers Soc Psycol, 1967; 5 (4): 432-43 Koenig HG, Pargament KL, Nielsen J. Religious coping and health outcomes in medically ill hospitalized older adults. JNerv Ment Dis, 1998; 186: 513-21

  9. Estratégias de CRE positivo • Procurar o amor e a proteção de Deus e a maior conexão com forças transcendentais • Buscar ajuda e conforto na literatura religiosa

  10. Estratégias de CRE positivo • Buscar perdoar e ser perdoado • Orar pelo bem estar dos outros • Resolver seus problemas em colaboração com Deus

  11. Estratégias de CRE negativo • A crença em um Deus punitivo; • Questionar a existência, amor ou os atos de Deus; • Delegar a Deus a resolução dos problemas; • Sentir insatisfação ou descontentamento em relação a Deus ou sua instituição religiosa. Koenig et al. Religious coping and health outcomes in medically ill hospitalized olders adults. J Nerv Ment Dis , 1998; 186: 513-21

  12. Objetivos • Impacto da RE nos transtornos mentais mais comuns (transtornos depressivos, transtornos de ansiedade, TAB, esquizofrenia, dependência de substância e suicídio) • Influência da RE sobre o adoecimento mental e sua evolução. • Treinamento adequado auxilia na integração à prática clínica de RE, resultando em um cuidado mais humanizado e sensível às crenças e práticas de nossos pacientes

  13. RE e Transtornos Depressivos • Depressão é o mais comum e tratável dos problemas mentais • Apesar de observações pré- Kraepelin sugerirem relação entre depressão e religiosidade, esta é variável pouco incluída em estudos epidemiológicos de sintomas e transtornos depressivos

  14. RE e Transtornos Depressivos • Pesquisas recentes procuram investigar relação entre depressão e envolvimento religioso e o quanto este pode ajudar as pessoas a lidarem com eventos de vida negativos Koenig HG, Mc Cullough M, Larson DBB. Handbook of religion and health: a century of research reviewed. New York: Oxford University, Press, 2001

  15. RE e Transtornos Depressivos • A religiosidade está inversamente associada ao nível de sintomas depressivos. • Tamanho dessa associação é semelhante ao encontrado na relação entre depressão e sexo feminino, uma das variáveis mais significativas. • Associação entre RE e depressão se mantém entre diferentes faixas etárias, gêneros e etnias Smith TB, Mc Cullough ME, Poll J. Religiousness and depression: evidence for a main effect and the moderating influence of stressful life events. Psycho Bull, 2003; 129 (4): 614-36

  16. RE e DepressãoFoco das Investigações • Pacientes idosos e portadores de doenças graves hospitalizados ou não • Koenig et al investigaram os efeitos de crenças e atividades religiosas sobre a remissã de depressão em pacientes com mais de 60 anos, hospitalizados por doenças clínicas

  17. RE e DepressãoFoco das Investigações • A religiosidade intrínseca esteve significativamente relacionada ao menor tempo para a remissão dos sintomas depressivos • A frequência religiosa e as atividades religiosas realizadas de forma privada não se mostraram significativas • Maior religiosidade intrínseca preditora de maiores taxas de remissão e em menor tempo • Suporte social e vivência religiosa podem facilitar a adaptação de pacientes às limitações impostas pela doença, reduzindo os efeitos sobre a ocorrência e a recorrência de depressão

  18. RE e DepressãoFoco das Investigações • RE pode proporcionar uma visão de mundo em que doença, sofrimento e morte tenham melhor aceitação e compreensão • RE pode oferecer maior autoestima e maior resiliência que normalmente declinam com a idade

  19. RE e Transtornos Ansiosos (TA) • Pequenos números de estudos sobre RE e TA perante a prevalência dos TA, e a importância do tema • Religiosidade intrínseca esteve sempre relacionada à menor ansiedade • Religiosidade extrínseca a maiores níveis de estresse e frequência de ansiedade. Shreve-Neiger AK, Edelstein BA, Religion and anxiety: a critical review of the literature. Clin Psycho Ver. 2004, 24(4): 379-97

  20. RE e Transtornos Ansiosos (TA) • Estudos sobre TÉCNICAS DE MEDITAÇÃO E RELAXAMENTO apontaram eficácia no tratamento, em sua maioria • Escores de ansiedade significativamente mas baixos entre os que se submeteram à meditação devocional quando comparados com grupos de relaxamento progressivo e controle • Redução significativa da ansiedade e frequência de ataques de pânico em 20 de 22 indivíduos Koenig HG, Handbook of Religion and Health. New York: Oxford University, 2001

  21. Questões sem resposta • As abordagens religiosas para tratar ansiedade são efetivas em pessoas não religiosas? Ou pessoas não religiosas podem se beneficiar? • Quais as formas eficazes de encorajamento e envolvimento espirituais capazes de tratar problemas de ansiedade?

  22. RE, TAB e Esquizofrenia Investigações entre RE e TAB são recentes, em pequeno número e indicam que: • Pacientes bipolares tendem a apresentar maior envolvimento de RE e um uso mais frequente de CRE, comparados a pessoas portadoras de outros transtornos mentais

  23. RE, TAB e Esquizofrenia • Relação frequente e significativa entre sintomas maníacos, experiências místicas e modificações na intensidade da fé após o início do transtorno. Stroppa A, Moreira-Almeida A, Religiosidade e Espiritualidade no transtorno bipolar de humor. Rev Psiq Clin (no prelo)

  24. RE, TAB e Esquizofrenia • Maior frequência de experiências místicas de conversão e salvação foram observados entre pacientes com TAB • Maior incidência de experiências místicas em sua vida religiosa, o que poderia estar relacionado ao incremento da afetividade própria da doença Gallemore JL et al, The religious life of patients with affective disordes. Dis Nerv Syst 1969; 30: 483-7

  25. RE, TAB e Esquizofrenia Estudos de Dantas et al e Kirov et al apontaram especial importância de aspectos religiosos e místicos na vida de bipolares e esquizofrênicos, bem como a maior frequência com que utilizam suas crenças religiosas para lidar com situações de estresse e com sua doença (CRE) Dantas RC, Pavarin LB, Dalgalarrondo P. Sintomas da conteúdo religioso em pacientes psiquiátricos . Rev Bras Psiq 1999; 21: 158-64 Kirov G, Kemp R, Kirov K, David AS. Religious faith after psychotic illness. Psycopathology. 1998; 31: 234-45

  26. RE e Transtorno por uso de substâncias • Correlação forte, consistente e inversa entre religiosidade e uso abusivo de álcool e outras drogas, tanto entre adolescentes quanto entre adultos • Fatores religiosos estão fortemente associados com menor frequência de uso de drogas • Indivíduos assíduos em serviços religiosos são menos suscetíveis à iniciação ou continuar fumando, fazer uso excessivo de álcool de outras drogas

  27. RE e Transtorno por uso de substâncias • Estudo investigando fatores protetores de uso de drogas entre adolescentes muito pobres, residentes em áreas violentas de São Paulo apontou religiosidade como o segundo fator protetor, depois somente de família estruturada. Família estruturada, por sua vez, estava associada com família religiosa • Estudo apontou que 81% dos não usuários de drogas acreditam e praticam uma religião, enquanto o mesmo só ocorreu com 13% dos usuários Sanchez ZV et al. Fatores protetores de adolescentes contra o uso de drogas com ênfase na religiosidade. Cien e Saúde Coletiva, 2004; 9 (1) 43-5

  28. RE e Suicídio • RE são apontados em diversos estudos como importante fator protetor contra pensamentos e comportamentos suicidas • Relação entre religião professada e taxas de suicídio é controversa • Maior envolvimento religioso e menor frequência de suicídio foi achado consistente

  29. RE e Suicídio • Não houve associações seguras entre determinada filiação religiosa e risco de suicídio • Nível de envolvimento religioso em uma dada área é inversamente proporcional ao número de mortes por suicídio • Envolvimento religioso propicia rede social de apoio, outros mecanismos são propostos para explicar efeito protetor sobre suicídio • Crenças na vida após a morte, autoestima e objetivos para a vida, modelos de enfretamento de crises, significado para as dificuldades da vida, hierarquia social diferente da hierarquia socioeconômica da sociedade e desaprovação enfática ao suicídio Moreira-Almeida A, Lotufo Neto F, Religião e Comportamento Suicida. In Meleiro AM, TEng CT, Wang IP, editores. Suicídio estudos fundamentais. São Paulo. Segmento Forma, 2004. p 53-60

  30. Obrigado!

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