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Aplicação do Espiritismo

Aplicação do Espiritismo. Encontro 9. As virtudes a serem cultivadas (I). As virtudes “Qual a mais meritória de todas as virtudes?

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Aplicação do Espiritismo

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Presentation Transcript


  1. Aplicação do Espiritismo Encontro 9 As virtudes a serem cultivadas (I)

  2. As virtudes “Qual a mais meritória de todas as virtudes? - Todas as virtudes tem o seu mérito, porque todas são indícios de progresso no caminho do bem. Há virtudes sempre que há resistência voluntária ao arrastamento das más tendências; mas a sublimidade da virtude consiste no sacrifício do interesse pessoal para o bem do próximo, sem segunda intenção. A mais meritória é aquela que se baseia na caridade mais desinteressada”. (LE. Livro 3, Cap XII. Perfeição Moral. Perg 893.)

  3. Até parece que, em nossos dias, não se usa mais a palavra “virtude”. Pouco se comenta, de um modo geral, sobre as virtudes dos homens, antes admiradas e respeitadas, hoje de exemplos tão raros. A impressão que guardamos dos comentários feitos a respeito das virtudes vem possivelmente das educadoras religiosas, na nossa infância, quando pareciam ser qualidades apenas das criaturas santas e angelicais, distantes das nossas próprias possibilidades. Querer ser virtuosos, quando criança, era a imagem do garoto obediente, bem comportado, que não falava nome feio, que não brincava espontaneamente; era a figurinha aureolada, introspectiva, coisa ridícula para as crianças de hoje.

  4. Quem atualmente valoriza as qualidades virtuosas e as procura incentivar? Bem poucos, podemos dizer; é coisa de antigamente, das cidades pequenas, das famílias tradicionais, já não compatível com os padrões sociais das cidades que muito cresceram, onde poucos se conhecem e todos levam as suas vidas despreocupados com a retidão de caráter, a seriedade profissional, a honestidade, a fidelidade conjugal, a boa educação de princípios. Virtude, no entanto, não é algo tão distante assim do nosso modo de ser. Os dicionários assim a definem: “Disposição firme e constante para a prática do bem”. Aurélio Buarque de Holanda Ferreira. Novo Dicionário da Língua Portuguesa

  5. “Há virtude toda vez que há resistência voluntária ao arrastamento das más tendências”, nos afirmam os instrutores espirituais. Então, não é assim tão afastada das nossas possibilidades, mesmo que estejamos desacostumados a falar desses valores, ou mais ainda, de cultivá-los em nós mesmos e no nosso meio. Temos, nas virtudes, aqueles padrões de comportamento que um dia chegaremos a vivenciar espontaneamente, sem que para isso nos custe algum esforço. Reagiremos de modo natural, por hábito, com bons sentimentos, sem dificuldades.

  6. É preciso compreender que a atitude virtuosa deve estar despida do interesse pessoal, ou das intenções ocultas, praticar o bem pelo próprio bem. Dizem-nos os amigos da Espiritualidade: “O sublime da virtude consiste no sacrifício do interesse pessoal para o bem do próximo, sem intenção oculta”. (LE, pergunta 893) E a maior qualidade que a virtude pode ter é a de ser praticada com a mais desinteressada caridade, o que lhe confere grandioso mérito.

  7. Características Básicas das Virtudes Propondo-nos à realização progressiva do nosso auto aprimoramento, vamos juntos estudar as características básicas das virtudes, isto é, procuremos conhecer seus principais aspectos, o que muito facilitará a sua prática no nosso relacionamento com as pessoas de todas as áreas sociais a que pertençamos. O Espírito da Verdade, no Evangelho Segundo o Espiritismo (Cap. VI, Item 8. O Cristo Consolador), fala-nos do “devotamento” e da “abnegação”, afirmando que a sabedoria humana reside nessas duas palavras.

  8. Diz-nos: “Adotai por divisa estas duas virtudes: devotamento e abnegação, e sereis fortes, porque elas resumem todos os deveres impostos pela caridade e humildade”. “Devotamento” é dedicação, afeição com religiosidade, com sentimento de amor profundo, a uma causa ou a criaturas. “Abnegação” é desinteresse, desprendimento, renuncia, sacrifício voluntário do que há de egoístico nos desejos e tendências naturais do homem em proveito de uma pessoa, causa ou idéia. Aurélio Buarque de Holanda Ferreira. Novo Dicionário da Língua Portuguesa

  9. No Livro dos Espíritos (Cap XII. Perfeição Moral. Das paixões), a pergunta 912 indaga: “Qual o meio mais eficaz de se combater a predominância da natureza corpórea?”. O que entendemos ser a predominância da própria natureza animal do homem, a manifestação dos seus desejos, dos interesses pessoais, das paixões desenfreadas, do egoísmo humano. A essa pergunta, os instrutores da equipe espiritual da Codificação respondem apenas: “Praticar a abnegação”.

  10. Resumindo Desse apanhado, podemos enumerar de modo simples, como meio para a nossa afericao individual, as características fundamentais das virtudes, como consistindo no seguinte: a) Disposição firme e constante para a prática do bem; b) Prática da resistência voluntária ao arrastamento das más tendências; c) Sacrifício voluntário do interesse pessoal, renunciando pelo bem do próximo – abnegação.

  11. d) Prática da caridade desinteressada, empregada com discernimento para o proveito real dos que dela necessitam; e) Dedicação com sentimento de amor profundo e desprendimento – devotamento; f) Fazer o bem por impulso espontâneo, natural, por habito, sem esforço ou dificuldade. Nos capítulos seguintes procuraremos entrar em detalhes, especificando as características principais das virtudes mais comuns que almejamos exercitar.

  12. Humildade, modéstia, sobriedade “Os males deste mundo estão na razão das necessidades artificiais que criais para vós mesmos. Aquele que sabe limitar os seus desejos, e ver sem cobiça o que está fora das suas possibilidades, poupa-se a muitos aborrecimentos nesta vida. O mais rico é aquele que tem menos necessidades”. (LE, Livro Quarto. Cap I. Penas e Gozos Terrenos. Parte da resposta a pergunta 926).

  13. Como cultivar em nós simplicidade de coração e a humildade de espírito? Como transformar o orgulho que tanto predomina em todas as nossas atitudes? Vejamos como podemos ser verdadeiramente humildes: a) Quando estivermos nos dando muito valor, pelo que possuímos financeiramente, pela posição social à qual chegamos, pelo cargo que ocupamos, ou pelo conhecimento adquirido, no elevado conceito que possamos fazer de nós mesmo, meditemos seriamente, com urgência, no falso rumo em que nos achamos e esforcemo-nos em refrear os ímpetos de revolta, de inconformação, as exaltações de animo, os melindres, as queixas, indicativos de nosso engano;

  14. b) Aplicando o princípio de que a verdadeira sabedoria está na condição de, pelo muito que possamos conhecer, conseguir avaliar o pouco que atingimos e a pequenez que representamos diante da imensidão universal. O pouco saber nos afasta de Deus, o muito saber Dele nos aproxima. O verdadeiro sábio percebe que nada sabe; c) Aceitando com respeito e igualdade as opiniões, idéias, pensamentos e convicções dos que conosco convivendo contrariem nossas certezas, procurando entender que anteriormente às palavras por eles pronunciadas, incontáveis experiências marcaram-lhes o espírito, não raro dolorosamente;

  15. d) Ouvindo com paciência e atenção, sem deixar perturbar nossas emoções de revide, todas as vezes que formos por alguém criticados; e) Vigiando o nosso entusiasmo, nos planos a serem concretizados, para não resvalarmos nos prejudiciais destaques que a nossa pessoas sempre almeja, confundindo-se nas manifestações de vaidade; f) Evitando o menosprezo a quem quer que seja, por maiores que sejam as razões a nosso favor, para não faltarmos com o importante dever de caridade, que precisa revestir todas as nossas ações;

  16. g) Sendo submissos às ordens recebidas nos deveres assumidos, mesmo que contrárias aos nossos pontos de vista, como treinamento necessários de renuncia aos nossos caprichos; h) Procurando sempre o lado simples e belo de todas as coisas, independente das aparências enganosas que possam agradar aos nossos sentidos físicos; i) Valorizando todas as oportunidades de exercer as funções mais modestas e desempenhar os afazeres mais singelos, silenciando com toda a força as possíveis inconformações, pois quem quiser ser o maior, seja o melhor servo dentro todos;

  17. j) Verificando que pobreza de espírito não é desmazelo, nem aparência esfarrapada, ou até falsa modéstia, é condição íntima de reconhecimento da nossa parca evolução, sem que para isso chamemos a atenção da nossa inferioridades pela maneira de vestir, de falar ou de se referir a nós mesmos; k) Resistindo de todos os modos possíveis aos nossos impulsos de insubordinação e ódio quando formos injustiçados, caluniados, humilhados, menosprezados, machucados ou ofendidos por quaisquer pessoas. Reconheçamos que somente Deus pode julgar nossos atos e, se temos nosso coração puro, Ele nos recompensará;

  18. l) Evitando de qualquer maneira a ostentação ou mesmo a espera do reconhecimento, por outrem, das boas obras que estejamos conduzindo. Fazer o bem destruindo aos poucos os altares e monumentos erguidos ou referidos à vaidade, é também combate ao orgulho humano.

  19. Em poucas palavras, resumimos: Ser humilde é ser: 1o. Despretensioso; 6o. Respeitoso; 2o. Conformado; 7o. Reservado; 3o. Resignado; 8o. Comedido; 4o. Simples; 9o. Moderado; 5o. Submisso; 10o. Sóbrio. Esse é o decálogo do homem humilde, que precisamos guardar para confronto diário com as nossas manifestações interiores.

  20. Resignação “Existem males que não dependem da maneira de agir e que ferem o homem mais justo. Não há algum meio de se preservar deles? - O atingido deve resignar-se e sofrer sem queixas, se deseja progredir. Entretanto, tera sempre uma consolação da sua própria consciência, que lhe dá a esperança de um futuro melhor, desde que faça o necessário para obtê-lo!” (LE, Livro Quarto. Cap I. Penas e Gozos Terrenos. Parte da resposta a pergunta 924).

  21. “A Doutrina de Jesus ensina a obediência e a resignação, duas virtudes que são companheiras da doçura, muito ativas, embora os homens as confundam erroneamente com a negação do sentimento e da vontade. A obediência é o consentimento da razão; a resignação é o consentimento do coração”. (ESE, Cap IX. Bem-aventurados os Brandos e Pacíficos. Obediência e Resignação - Lázaro).

  22. Para sermos resignados precisamos aprender a não lamentar a nossa sorte e a aceitar com submissão paciente os sofrimentos da vida. Pelo que já entendemos do valor que representa o sofrimento, no burilamento do nosso espírito, nas ações corretivas ao nosso orgulho, como colheita dos males que tenhamos plantado ontem, é a resignação o melhor testemunho da nossa compreensão, a melhor prova do nosso amor a Deus. Nada nos acontece por acaso, e nos dói exatamente no local onde mais carecemos de remédio. Onde mais somos atingidos pelo sofrimento é também onde mais necessitamos a corrigenda deve ser feita.

  23. Quando assim não aplicamos a resignação, desperdiçamos o aproveitamento que a prova dolorosa nos oferece e prolongamos a experiência retificadora até que o consentimento do coração nos transforme. Então como agir?

  24. a) Manter a paciência, por mais demorada que pareça ser a fase de dificuldade pela qual estamos passando; b) Render obediência aos impositivos que possam nos contrariar as preferências no trabalho ou em casa; c) Aceitar as incompreensões dos entes mais próximos, nas horas mais amargas, sem esboçar quaisquer reações de revolta; d) Submeter-se ao despotismo e à rispidez das criaturas agressivas que surjam no nosso convívio;

  25. e) Renunciar ao que não podemos possuir, mesmo sendo algo de há muito desejado; f) Conformar-se com os sacrifícios que devamos fazer nas horas de escassez financeira; g) Não reclamar de quem quer que seja nas épocas de crise social, política ou econômica; h) Consolar-se em preces profundamente sentidas com a esperança de que a Providencia Divina suprirá nossas necessidades na hora aprazada; i) Recorrer à sustentação vibratória dos Amigos Espirituais, pela leitura evangélica e pelo estudo doutrinário nas reuniões do lar, quando renovamos nossas forças para resistir aos embates da vida.

  26. As expressões de obediência e resignação nos elevam a alma, como forças de grande impulso transformador, ampliando-nos a capacidade de amar a Deus, de seguir a Jesus e de difundir, entre os homens, a fé, a esperança e a consolação. Com elas valorizamos as nossas provas e completamos nossos regastes; sem elas repetimos oportunidades perdidas e prorrogamos nossos ajustes.

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