1 / 1

BACKGROUND

Avaliação das cargas poluentes e seu impacto na lagoa de melides ( Projecto Prowaterman). Maria Emília NOVO 1 , Luís G. S. OLIVEIRA 2. 1 LNEC – Laboratório Nacional de Engenharia Civil, Departamento de Hidráulica e Ambiente, Lisboa, Portugal;

ursala
Télécharger la présentation

BACKGROUND

An Image/Link below is provided (as is) to download presentation Download Policy: Content on the Website is provided to you AS IS for your information and personal use and may not be sold / licensed / shared on other websites without getting consent from its author. Content is provided to you AS IS for your information and personal use only. Download presentation by click this link. While downloading, if for some reason you are not able to download a presentation, the publisher may have deleted the file from their server. During download, if you can't get a presentation, the file might be deleted by the publisher.

E N D

Presentation Transcript


  1. Avaliação das cargas poluentes e seu impacto na lagoa de melides (Projecto Prowaterman) Maria Emília NOVO1, Luís G. S. OLIVEIRA2 1LNEC – Laboratório Nacional de Engenharia Civil, Departamento de Hidráulica e Ambiente, Lisboa, Portugal; 2ex-bolseiro LNEC (Laboratório Nacional de Engenharia Civil, Departamento de Hidráulica e Ambiente, Lisboa, Portugal) BACKGROUND Na zona sul de Portugal as características climáticas marcadas por prolongadas épocas de estios quentes e secos, aliados a uma variável e no geral algo limitada capacidade das suas formações rochosas se constituírem em bons reservatórios subterrâneos de água (algumas excepões são o Barrocal e Litoral algarvio) capazes de serem mobilizadas para o abastecimento às populações em períodos de seca levam a frequentes situações de escassez hídrica que no passado, por estratégias tradicionais de gestão testadas ao longo dos séculos, as populações locais procuravam solucionar. Contudo as crescentes necessidades hídricas seja por alteração dos padrões de vida, evolução demográfica/económica de que se destaca o aumento da procura turística – coincidente no geral com os períodos de estio – geram problemas crescentes de escassez hídrica. Esta escassez é também acompanhada por uma degradação crescente da qualidade da água, devido às actividades humanas, colocando em risco os vários ecossistemas e serviços que fornecem (ex.: berçários de peixes), com consequências mais um menos directas sobre o suporte económico das populações. Exacerbando o problema, os cenários de alterações climáticas indiciam uma evolução no sentido de maior aridez (cf. Projecto SIAM, Santos e Miranda, 2006) e deste modo um aumento dos problemas de escassez hídrica e qualidade da água. Ao mesmo tempo, por imperativo da Lei da Água, é necessário recuperar e preservar as massas de água e ecossistemas aquáticos, o que põe desafios adicionais à gestão dos recursos hídricos nesta zona do país. É assim necessário encontrar estratégias que garantam a gestão sustentável dos recursos hídricos e da sobrevivência dos ecossistemas e funções que estes desempenham. OBJECTIVOS • Estimar a carga poluente gerada na bacia hidrográfica. • Compreender as interacções águas entre superficiais/ subterrâneas e percurso da poluição até à lagoa de Melides • Evolução das cargas poluentes na lagoa de Melides. • Condicionantes à recuperação da lagoa em função desta evolução das cargas poluentes. ÁREA DE ESTUDO Bacia hidrográfica de Melides incluindo Lagoa de Melides e Aquífero de Sines unidades detríticas superficiais. Tipo de Fontes poluentes: Agrícola, Pecuária, Doméstica; rejeitam para: • Rede hidrográfica/lagoa: arrozais, ETAR. • Aquífero (migrando para a rede hidrográfica): fossas, campos agrícolas e parcialmente os arrozais. Distribuição das fontes poluentes Entradas esporádicas do oceano Origens de água da lagoa 10ª Conferência Nacional do Ambiente (10CNA): “Repensar o Ambiente: Luxo ou Inevitabilidade?”, 6 a 8 de Novembro de 2013, Aveiro, Portugal Localização RESULTADOS OBTIDOS Carga poluente que atinge a lagoa ao fim de 1 ano (kg) e expressa em concentração (mg/l): Carga poluente gerada na bacia hidrográfica (kg/ano): Projecto PROWATERMAN Neste projecto de 3 anos analisaram-se as dimensões ambientais, socioeconómicas e institucionais da sustentabilidade da água, com vista a: (1) definir estratégias locais inovadoras de gestão integrada e sustentável dos recursos hídricos superficiais e subterrâneos, (2) definir um conjunto de orientações de boas práticas para conservar a qualidade e quantidade da água, de modo a garantir a sua qualidade e aumentar a eficiência e equidade no seu uso e a sobrevivência dos ecossistemas aquáticos. As áreas de estudo do projecto situam-se no sul de Portugal, na zona de Melides (área 1) e bacias hidrográficas do rio Arade e ribeira de Odelouca + aquífero Querença-Silves (área 2). Carga poluente gerada na bacia: Evolução da carga poluente da lagoa em diferentes cenários de remoção de poluentes Cenário 1 = 5% de remoção; Cenário 2 = 50% remoção; Cenário 3 = 95% remoção Metodologia: 1º. Cálculo das componentes de escoamento superficial, recarga, descargas do aquífero na rede hidrográfica e volume médio da lagoa 2º. Cálculo das cargas poluentes: • Agrícolas – considerando as necessidades de cada tipo de cultura em nitratos e fosfatos, a área de cada parcela dessa cultura e as cargas efectivamente aplicadas (cf. Soveral Dias, 1999; Agostinho e Pimentel, 2005) • Pecuária – de acordo com os dados de CCDR (2006) e Soveral Dias (1999). • Urbana – considerou (fossas): (1) habitantes-equivalentes de cada localidade; (2) produção de nitrato Kjedahl e fosfato por habitante-equivalente; (3) % remoção de poluentes pelas fossas sépticas; (4) %de fuga de poluentes das fossas. 3º. Avaliação da importância de cada fonte poluente para a poluição total. 4º. Cálculo da evolução de poluentes na bacia considerando para poluente conservativo os tempos de percurso e cenários de remoção de poluentes. • Resultados: • 50 a 60% da água da lagoa= escoamento superficial; 27 a 30% = descargas do aquífero; estes 30% ≈ 90% da recarga do aquífero (Novo et al., 2013) • Carga poluente de origem subterrânea = 70 a 80% do total de fosfatos e nitratos da lagoa. • Cargas poluentes que atingem a lagoa em 1 ano: NO3 = 8 461 kg/ano; P2O5 = 4 757 kg/ano. • Os tempos de percurso variam entre alguns dias a mais de 200 anos. • Cargas totais produzidas na bacia: NO3 = 19258,8 kg/ano; P2O5 = 10252,8 kg/ano • Agricultura = 65% do NO3 e 73% do P2O5 que atingem a lagoa. • Poluição de origem superficial dominada por arrozais. Poluição de origem subterrânea dominada pela agricultura (sistemas culturais mistos e arrozais dominam). Das fontes poluentes agrícolas a mais importante corresponde aos arrozais (16,16% NO3 e 30,91% P2O5 produzidos na bacia; 33,47% NO3 e 57,62% P2O5 que atinge a lagoa em menos de 1 ano). • Cargas poluentes subterrâneas com tempos de percurso ≤ 1 ano: 48% NO3 e 54% P2O5 que atingem a lagoa BIBLIOGRAFIA Agostinho, J.M., Pimentel, M. (2005). Estudos de Casos de Boas Práticas Ambientais em Agricultura. Livros da colecção “Agricultura e Ambiente”. Sociedade Portuguesa de Inovação. Porto. CCDR Alentejo (2006). Fontes Poluidoras. Bacia Hidrográfica da Ribeira de Melides. Brigada de Fiscalização do Litoral, Beja, pp. 22. Novo, M.E., Oliveira, L., Henriques, M.J. (2013). Água, Ecossistemas Aquáticos e Actividade Humana – Projecto PROWATERMAN. Estratégias e Medidas de Gestão dos Recursos Hídricos da Bacia de Melides (Quantidade e Qualidade Química e Biológica) em Cenários Sócio-económicos e de Alterações Climáticas. Lisboa, LNEC, Relatório 128/2012-NAS, pp. 278. Santos, F.D., Miranda , P. (eds.) (2006). Alterações Climáticas em Portugal. Cenários, Impactos e Medidas de3 Adaptação – SIAM II. Gradiva, Lisboa, pp. 505. Soveral Dias, J. C. (1999). Código de Boas Práticas Agrícolas. Laboratório Químico-Agrícola Rebelo da Silva. Lisboa, pp. 36. Agradecimentos: Este estudo foi financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (Projecto PTDC/AAC-AMB/105061/2008)

More Related