920 likes | 1.32k Vues
O MERCADO FINANCEIRO. O mercado financeiro o mercado onde os recursos excedentes da economia (poupana) so direcionados para o financiamento de empresas e de novos projetos (investimentos). No mercado financeiro tradicional, o dinheiro depositado em bancos por poupadores utilizado pelas instit
E N D
1. O MERCADO FINANCEIRO
2. O MERCADO FINANCEIRO O mercado financeiro o mercado onde os recursos excedentes da economia (poupana) so direcionados para o financiamento de empresas e de novos projetos (investimentos).
No mercado financeiro tradicional, o dinheiro depositado em bancos por poupadores utilizado pelas instituies financeiras para financiar alguns setores da economia que precisam de recursos.
Por essa intermediao, os bancos cobram do tomador do emprstimo (no caso as empresas) uma taxa - spread -, a ttulo de remunerao, para cobrir seus custos operacionais e o risco da operao. Quanto maior for o risco de o banco no receber de volta o dinheiro, maior ser a spread.
3. O MERCADO DE CAPITAIS O mercado de capitais faz parte do mercado financeiro. Nele, os recursos dos poupadores so destinados promoo do desenvolvimento econmico de forma direta, isto , de projetos e empresas. no mercado de capitais que empresas que precisam de recursos conseguem financiamento, por meio da emisso de ttulos, vendidos diretamente aos poupadores/investidores, sem intermediao bancria. Dessa forma, os investidores acabam emprestando o dinheiro de sua poupana a empresas, tambm sem a intermediao bancria.
4. MERCADO DE RENDA FIXA versus RENDA VARIVEL O repasse dos recursos de poupadores/investidores s empresas pode ser feito de duas formas :
Dvida: Os investidores compram ttulos emitidos pelas empresas que precisam de dinheiro. Esses ttulos do aos investidores o direito de receber a quantia emprestada, mais juros previamente determinados. Os ttulos so chamados de ttulos de dvida e esse mercado conhecido como mercado de renda fixa.
Aes: Tambm aqui os investidores compram ttulos emitidos por empresas. Mas os ttulos no garantem remunerao fixa aos investidores. A remunerao dos ttulos so os dividendos - parte do lucro que uma empresa de capital aberto distribui entre seus acionistas. Os investidores tornam-se scios da empresa. Esses ttulos so chamados aes e o mercado conhecido como mercado de renda varivel.
5. DIFERENAS BSICAS Entre o mercado de capitais e o mercado financeiro tradicional existem duas diferenas bsicas, que tornam o primeiro mais eficiente do que o segundo:
No mercado de capitais a captao de recursos por empresas mais barata, pois no h necessidade do pagamento da spread aos bancos.
Para o investidor vantajoso, pois ele pode desfazer-se do ttulo a qualquer momento, o que no seria possvel num emprstimo tradicional. Ou seja, se o investidor mudar de opinio quanto ao risco de investir em determinada empresa, pode vender os ttulos no mercado. Essa liquidez (facilidade de compra e de venda) reduz o seu risco de perda. Assim, o mercado de capitais faz com que o repasse de recursos dos poupadores s empresas seja mais interessante para ambas as partes .
6. IMPORTNCIA DO MERCADO DE CAPITAIS O mercado de capitais fundamental para o crescimento de um pas, pois sem ele muitos projetos no conseguiriam sair do papel por falta de capital e financiamento. Muitas empresas perderiam sua competitividade e dificilmente conseguiriam desenvolver-se. Poucas sobreviveriam num ambiente sem a injeo de capital de investidores.
7. MERCADO PRIMRIO x MERCADO SECUNDRIO A colocao inicial dos ttulos no mercado chamada de lanamento no mercado primrio. Quando essa colocao feita pela primeira vez, no caso de aes, por exemplo, diz-se que a empresa est sendo listada em bolsa (em ingls IPO- Initial Public Offering).
A negociao desses ttulos aps a oferta inicial feita em mercados secundrios especficos. No Brasil temos:
As bolsas de valores para as aes
A Cetip (Central de Custdia e de Liquidao Financeira de Ttulos Privados) para os ttulos de dvida das empresas.
O Selic (Sistema Especial de Liquidao e Custdia).para ttulos pblicos,
8. DIVISES DO MERCADO DE CAPITAIS
9. MERCADO DE RENDA VARIVEL - AES O QUE SO AES?
Aes so as menores parcelas do capital de uma empresa. As aes so ttulos que no garantem remunerao predeterminada aos investidores. Como parte do capital de uma empresa, tm sua remunerao determinada pela capacidade da empresa em gerar lucro.
Os detentores de aes so scios da empresa e, como tal, correm o risco de sucesso ou fracasso das estratgias adotadas pela mesma. Se o investidor mudar de opinio quanto capacidade da empresa em conseguir lucro no mercado, pode comprar ou vender os papis. Essa negociao feita nas bolsas de valores, um mercado livre e aberto. O funcionamento desse mercado regulado pela Comisso de Valores Mobilirios (CVM), cujo objetivo garantir transparncia nos negcios realizados em bolsa e das informaes fornecidas pelas empresas.
10. TIPOS DE AO ORDINRIAS (ON) - Conferem a seu detentor, chamado de acionista, o direito de voto nas assemblias de acionistas da empresa. Na assemblia so definidas as estratgias de negcios, so escolhidos os conselheiros e os diretores da empresa. Os dividendos - parte do lucro que a empresa distribui entre seus acionistas - podem no ser prioritrios para esse tipo de ao.
PREFERENCIAIS (PN) - O acionista no participa das decises estratgicas da empresa, mas por outro lado tem prioridade no recebimento de dividendos. Tambm em situaes em que a empresa entra em processo de falncia ou de dissoluo, esse acionista tem prioridade no recebimento dos recursos oriundos da venda dos ativos da companhia. As aes preferenciais so as mais procuradas por investidores, apresentando maior liquidez (facilidade de compra e de venda no mercado). Por isso, comum as aes preferenciais terem preo superior ao das ordinrias.
11. NEGOCIAO Formao de preo
O preo das aes est diretamente relacionado oferta e procura. Quando as perspectivas de crescimento dos lucros de uma empresa aumentam, ampliando suas chances de valorizao no mercado, a procura pelas aes da empresa tambm cresce e, conseqentemente, seu preo.
As perspectivas envolvem fatores como a poltica econmica, estratgias da empresa, lanamentos, inovaes tecnolgicas e aumento da competitividade dentro de seu setor. Fuses, aquisies ou a possibilidade de fechamento de capital (recompra de todas as aes em circulao no mercado) tambm influenciam no preo das aes.
12. Lotes redondos e fracionados Ao comprar aes na bolsa de valores por meio de corretoras preciso determinar a quantidade de aes, isto , os lotes que se quer adquirir. Em geral so negociados lotes com 1.000 aes. Isso significa que o preo de negociao em bolsa se refere a 1.000 aes. Apenas algumas aes so negociadas em lotes unitrios. Os lotes fechados so chamados no mercado de lotes redondos. H ainda a opo de compra de lotes menores do que os mnimos. So os lotes fracionados. O mercado fracionrio tem liquidez menor, alm de preos menos atraentes para o investidor.
13. Tipos de ordem de compra e venda : Ordem a mercado: O investidor especifica apenas a quantidade e o tipo de ao que quer comprar ou vender, sem estabelecer o preo, definido pelo mercado.
Ordem limitada: O investidor limita o preo de compra ou de venda das aes para a corretora, que s executar o pedido se o mercado estiver operando de acordo com os limites estabelecidos.
Ordem casada: O investidor especifica uma ordem de compra ou de venda de aes a um determinado valor, que s ser executada se ambas as ordens forem atendidas.
Ordem de financiamento: O investidor especifica uma ordem de compra ou de venda de uma ao e outra ao mesmo tempo de venda ou de compra da mesma ao, no mesmo mercado ou em outro
14. BOLSA DE VALORES A bolsa de valores um local, fsico ou eletrnico, onde so negociados ttulos e valores mobilirios emitidos por empresas. As aes so os ttulos mais comprados e vendidos nas bolsas.
Como local fsico (prego), a bolsa de valores pode ser comparada a uma feira livre, onde os vendedores gritam os preos pelos quais esto dispostos a vender seus ttulos. A freguesia tambm grita os preos que quer pagar pelos ttulos. Dessa forma, a aparente confuso que se imagina existir no prego das bolsas de valores nada mais do que compradores e vendedores tentando chegar a um acordo quanto ao preo das aes.
No caso da bolsa eletrnica, as ordens de compra e de venda so enviadas eletronicamente pelas corretoras. O fechamento da operao somente se d no momento em que os dois preos (de compradores e vendedores) coincidem.
15. EXEMPLO Supondo que uma corretora envie uma ordem de compra de uma ao no valor de R$ 100,00. Essa ordem registrada no sistema e fica espera da primeira ordem de venda enviada ao mesmo preo. No momento em que a ordem de venda coincidir com a de compra, o negcio ser automaticamente fechado.
16. BOVESPA A BOVESPA a Bolsa de Valores de So Paulo, fundada em agosto de 1890. Sua sede administrativa fica na Rua XV de Novembro, 275, no centro da cidade de So Paulo.
Atualmente, a Bovespa a instituio com maior destaque no mercado acionrio brasileiro por abrigar o maior centro de negociao dentre as nove bolsas de valores do Pas. A Bovespa uma instituio formada por associaes civis sem fins lucrativos, com autonomia administrativa, financeira e patrimonial. Toda regulamentao supervisionada pela Comisso de Valores Mobilirios (CVM).
A Bovespa integrada por sociedades corretoras que operam por meio de dois sistemas: o fsico (Prego - Viva Voz) e o eletrnico (Megabolsa). Alm de aes, a Bovespa negocia tambm outros valores mobilirios de emisso ou co-responsabilidade de companhias abertas, como debntures , notas promissrias (commercial-paper), opes, bnus de subscrio e cota de fundos. Pela sua importncia na Amrica do Sul, a Bovespa tambm compra e vende certificados de depsitos de aes de empresas do Mercosul, chamados BDRs (Brazilian Depositary Receipts), negociados de forma semelhante s ADRs.
17. COMISSO DE VALORES MOBILIRIOS A Comisso de Valores Mobilirios (CVM) responsvel pela regulamentao e fiscalizao do mercado de capitais no Brasil. Como autarquia, sua administrao autnoma, embora a nomeao de seu presidente e de seus quatro diretores seja feita pelo Presidente da Repblica. A principal funo da CVM garantir aos investidores do mercado de capitais segurana em suas operaes. Essa segurana possvel por meio de normas, de maneira que as empresas possam ter suas aes negociadas em bolsa. A CVM tambm normatiza operaes societrias (mudanas na estrutura acionria) e financeiras que possam colocar em risco a correta avaliao das empresas abertas (listadas em bolsa) por parte dos acionistas minoritrios.
18. Companhias listadas na Bovespa Para uma empresa ter suas aes negociadas em bolsa deve ser uma companhia ou Sociedade Annima (SA) de acordo com a Lei n 6.404, de 15 dezembro de 1976, alm de estar regulamentada pela CVM, apresentando sua situao financeira periodicamente.
19. American Depositary Receipts (ADR) Os American Depositary Receipts so recibos emitidos por bancos americanos, lastreados em aes de empresas de outros pases, como o Brasil, por exemplo. Os ADR so negociados nas bolsas americanas como se fossem aes. Todos os direitos e proventos so enviados ao investidor. O ADR tambm utilizado por empresas para captar recursos no Exterior.
Existem trs tipos de ADR:
Nvel I - Recibos emitidos para dar liquidez s aes das empresas no mercado secundrio americano, no permitindo que os recursos sejam captados pela empresa emissora da ao. Tm custo de emisso menor e s podem ser negociados no mercado de balco americano, por investidores pr-qualificados pela SEC, rgo americano com funes semelhantes s da comisso de Valores Mobilirios (CVM).
Nvel II - Os ADRs de Nvel II tm as mesmas caractersticas dos de Nvel I, podendo, no entanto, ser negociados em bolsa por qualquer investidor, uma vez que cumprem todos os requisitos de negociao de aes de empresas americanas estabelecidos pela SEC, inclusive as normas de contabilidade americanas (USGAAP).
Nvel III - Recibos que cumprem todos os requisitos de negociao de aes americanas estabelecidos pela SEC. So emitidos por empresas que desejam captar recursos (mercado primrio).
20. MERCADO DE RENDA FIXA O mercado de renda fixa tem como caracterstica a negociao de ttulos de dvida, que permitem aos investidores receber a quantia emprestada (principal) mais juros previamente determinados. Uma maneira de entender melhor esse mercado entender a diferena entre o rendimento de ttulos de renda varivel (aes) e ttulos de renda fixa:
21. Ttulos de Renda Varivel e Ttulos de Renda Fixa Os ttulos de renda varivel (Aes) no garantem ao investidor rendimento definido, no pagam juros sobre o capital, mas, dependendo do desempenho da empresa, o rendimento pode ficar muito acima dos ttulos de renda fixa. Alm disso, tem-se ainda a vantagem de conseguir dividendos quando uma empresa tem lucro em determinado perodo.
Os ttulos de renda fixa garantem ao investidor rendimentos predeterminados, como, por exemplo, a taxa de juros prefixada ou ps-fixada. Esses ttulos so seguros para os investidores, uma vez que a possibilidade de perda de patrimnio tendente a zero, isto , dificilmente o valor na data de resgate ser inferior ao valor investido. Os ttulos so chamados de privados quando emitidos por instituies privadas e pblicos quando emitidos pelo governo municipal, estadual ou federal.
Os ttulos pblicos federais so negociados entre bancos e instituies financeiras por meio do Selic. Os ttulos privados, pblicos estaduais e municipais so negociados e liquidados na Cetip. O investidor s tem acesso aos ttulos pblicos indiretamente, por meio dos fundos de investimentos.
22. O SELIC O SELIC (Sistema Especial de Liquidao e Custdia) foi criado em 1979 e administrado pelo Banco Central do Brasil por meio do Comit de Poltica Monetria (COPOM). Tem por finalidade administrar o Mercado de Papis Pblicos, predominantemente os federais de responsabilidade de rgos pblicos: Banco Central do Brasil (BACEN) e a Associao Nacional das Instituies dos Mercados Abertos (ANDIMA). por meio desse sistema que as instituies financeiras conseguem negociar ttulos federais com liquidao imediata
23. Papis emitidos pelo BACEN O BACEN emite os papis com fins de Poltica Monetria do Governo, ou seja, controlar os meios de pagamento. Assim temos:
BBC (Bnus do Banco Central);
LBC (Letras do Banco Central);
BBC A (Bnus do Banco Central Srie A);
NBC A (Notas do Banco Central Srie E)
24. Papis emitidos pelo BACEN A STN (Secretaria do Tesouro Nacional) emite os seus papis com fins de Poltica Oramentria, ou seja, cobrir o oramento do Governo que insiste em gastar mais do que arrecada, surgindo, ento, as :
LTN Letras do Tesouro Nacional que so exatamente iguais aos BBC e portanto inteiramente diferentes das Letras do Tesouro anteriormente citadas
LFT _ Letras Financeiras do Tesouro que so absolutamente iguais s LBC
NTN H (Notas do Tesouro Nacional Srie H) que so atreladas TR;
NTN D (Notas do Tesouro Nacional Srie D) que so completamente iguais s NBC E.
A moeda com que o SELIC negocia a reserva bancria, ou seja, dinheiro imediatamente disponvel.
25. Taxa SELIC A Taxa SELIC a taxa mdia ajustada dos financiamentos dirios, com lastro em ttulos federais, apurados no SELIC. tambm conhecida como taxa do overnight (D0 D zero), formada pela movimentao de reservas entre as instituies financeiras lastreadas em ttulos pblicos federais.
As taxas do SELIC de 1995 at 2001 esto mostradas abaixo:
26. Taxa SELIC A taxa SELIC representa a taxa bsica da economia brasileira !!!! Em Janeiro de 2001 a taxa SELIC estava em torno de 15,75% ao ano. Neste momento a taxa de juros nos EEUA estava em baixa e o nosso COPOM estava estudando uma reduo dessa taxa internamente no pas. O Brasil lucrou bastante com a reduo da taxa internacional: conseguiu comprar eurobnus com preos mais baixos.
27. A CETIP A CETIP (Central de Custdia e Liquidao Financeira de Ttulos), foi criada em 1986 com a finalidade de dar mais transparncia, credibilidade e segurana nas operaes realizadas no Mercado de Papis Privados. dirigida por um conselho de 5 membros que so presidentes das:
Associao Nacional das Instituies do Mercado Aberto (ANDIMA) Presidente
Associao Nacional dos Bancos de Investimento e Desenvolvimento (ANBID)
Federao Brasileira das Associaes de Bancos (FEBRABAN)
Associao Brasileira das Entidades de Crdito Imobilirio e Poupana (ABECIP)
Associao das Empresas de Crdito, Financiamento e Investimento (ADECIF)
28. Os Papis da CETIP A CETIP administra as operaes com os seguintes papis:
Letras de Cmbio (LC);
CDB e RDB;
DI (Depsitos Interfinanceiros);
Debntures;
Letras Hipotecrias (LH);
Liquidao dos movimentos das Bolsas de Valores e da Bolsa Mercantil e de Futuros (BM&F);
Diversos tipos de operaes com ndices;
Operaes de Swap;
TDA (Ttulos da Dvida Agrria);
LFT dos estados e municpios;
Crditos Securitizados (moeda usada nas privatizaes)
As trs ltimas operaes so com ttulos pblicos.
29. TTULOS PBLICOS Para captar recursos no mercado, e assim financiar projetos, o governo federal, por meio do Tesouro Nacional e do Banco Central, emite ttulos, como letras, notas e bnus, vendidos a instituies financeiras num leilo primrio. No leilo primrio so negociados os ttulos diretamente com o Tesouro Nacional. Apenas instituies financeiras podem participar desse leilo, encaminhando propostas para os dealers, que so os representantes do Tesouro.
30. TTULOS PBLICOS Uma vez efetuada a compra, o ttulo pode ser negociado ou servir como lastro para troca de reservas entre diferentes instituies financeiras. Para esse tipo de negociao, existe um mercado secundrio, chamado open market, onde a venda de ttulos realizada com o compromisso de recompra futura. Esse mercado garante s instituies financeiras caixa proveniente da transferncia de reservas lastreadas em ttulos pblicos. Quando essa venda tem garantia de recompra por um dia classificada como overnight, que forma uma taxa de juros controlada e movimentada pela Selic para a formao da taxa SELIC.
31. Os Principais Ttulos Pblicos Alm dos ttulos federais, h ttulos emitidos por governos estaduais e municipais. Esse mercado, porm, tem pouca liquidez no Brasil. Confira a seguir os principais ttulos pblicos federais:
Letras do Tesouro Nacional (LTN): ttulos com prazo mnimo de 28 dias, negociados com desgio.
Notas do Tesouro Nacional (NTN): ttulos ps-fixados, atrelados a um indexador, como o IGP (ndice Geral de Preos) e a TR (Taxa Referencial). So nominativos e tm iseno de impostos nos juros pagos periodicamente.
Notas do Banco Central (NBC): ttulos escriturais negociados com desgio, atrelados a um indexador econmico ou variao cambial. Geralmente tm prazos de 90 e 180 dias.
Letras Financeiras do Tesouro (LFT): ttulos com remunerao atrelada ao mercado overnight (Selic) e com alta liquidez.
Letras do Banco Central (LBC): ttulo semelhante s LFT, emitido pelo Banco Central.
Bnus do Banco Central (BBC): ttulo pblico de curto prazo, prefixado e negociado com desgio.
32. Como Aplicar em Ttulos Pblicos? Para o investidor pessoa fsica e jurdica a nica forma de aplicar em ttulos pblicos de renda fixa indiretamente, por meio dos fundos de investimentos.
33. TTULOS PRIVADOS Ttulos privados so ttulos emitidos por empresas para a captao de recursos sob a forma de dvida. Esses ttulos garantem a seu detentor remunerao preestabelecida, que varia em funo do prazo da operao e do risco de crdito de cada empresa.
34. PRINCIPAIS TTULOS PRIVADOS Os principais ttulos privados so:
Certificados de Depsito Bancrio (CDB): so ttulos de renda fixa preestabelecida ou ps-fixada, emitidos por bancos (empresas) para pessoas fsicas ou jurdicas, que podem ser transferidos para outros investidores por endosso nominativo. Os CDB podem ainda ser indexados aos CDI, TR, TJLP, TBF ou ao IGP. A alquota de Imposto de Renda que incide sobre eles , ATUALMENTE, de 20% sobre o rendimento obtido. O Imposto sobre Operaes Financeiras (IOF) cobrado sobre ttulos com prazo menor que 30 dias, seguindo uma proporo inversa ao tempo de aplicao: quanto maior o tempo que ficar aplicado, menor o imposto pago. Alm do CBD tradicional existem ainda o CBD Over, o Rural e o com taxas flutuantes (taxas repactuadas mensalmente).
Recibo de Depsito Bancrio (RDB): parecido com o CDB, com a diferena de que um ttulo intransfervel.
Letras de Cmbio (LC): ttulos negociveis, provenientes de um emprstimo a uma financeira ou sociedade de crdito garantida por uma empresa no-financeira e usuria de bens e servios. So tributadas, atualmente, em 20% de imposto de renda e IOF.
Letras Hipotecrias: so ttulos garantidos por instituies financeiras. So lastreados em crdito imobilirio, com prazo mnimo de 180 dias e juros fixos repactuados.
Debntures: ttulos de mdio e longo prazo emitidos por sociedades annimas para financiar projetos e capital de giro junto a investidores. As debntures so negociveis e garantem a seu detentor pagamento de juros peridicos. Apesar de serem classificadas como ttulos de renda fixa, as debntures podem ter caractersticas de renda varivel, como prmios, participao no lucro da empresa ou at mesmo conversibilidade em aes da companhia. As debntures so regulamentadas pela Comisso de Valores Mobilirios. As caractersticas das debntures so: Nome da Empresa, Nmero da Emisso, Data da Emisso, Vencimento, Garantias, Tipo (simples, conversvel em aes ou permutvel), Valor, Cronograma de Pagamento de Juros e Datas de Repactuao de Juros, Banco responsvel pela emisso e o Agente Fiducirio. A tributao para pessoas fsicas de, atualmente, 20% de imposto de renda e IOF. Para empresas, o imposto de renda varia de acordo com a faixa de faturamento.
Notas Promissrias: tambm conhecidas por commercial paper, so ttulos de curto prazo emitidos por empresas e sociedades annimas para captar recursos de capital de giro. No existe garantia real para o investidor, apenas fianas bancrias, representando como risco a situao atual e futura da empresa em honrar seus compromissos financeiros. um ttulo que pode ser negociado no mercado secundrio e est de acordo com as regulamentaes da CVM. A tributao de, atualmente, 20% de imposto de renda para pessoas fsicas.
35. MERCADO DE CMBIO No mercado de cmbio so negociados ativos financeiros (no todos da mesma moeda) com vencimento determinado, cujos papis em uma determinada moeda podem ser negociados contra papis em outra moeda. Esse mercado existe porque as naes querem manter seu direito soberano de ter e controlar suas moedas prprias. Caso todos os pases do mundo usassem a mesma moeda, o mercado de cmbio no existiria.
36. MERCADO DE CMBIO NO BRASIL O incio de uma operao no mercado de cmbio ocorre quando, por exemplo, uma empresa dos EUA exporta produtos para o Japo. O fabricante dos EUA precisa ser pago em dlares americanos, j o comprador no Japo possui yen, com o qual pagar o fabricante nos EUA. Assim, existem duas possibilidades dessa operao entre os EUA e o Japo, pois o exportador americano fatura o importador japons em dlares ou em yens:
Se o exportador americano faturar em dlares, o importador japons vender yens para comprar dlares americanos no mercado de cmbio;
Se o exportador americano faturar em yens, o exportador deve vender os yens para comprar dlares.
Qualquer que seja a moeda da fatura, algum ir ao mercado de cmbio vender yens para comprar dlares.
37. Mercado de Cmbio no Brasil O mercado de cmbio negocia moedas estrangeiras conversveis. Existem duas formas de se negociar moedas estrangeiras. A primeira a negociao direta com o Exterior. A segunda internamente no Brasil.
A primeira formalmente restrita a bancos comerciais e de investimento, licenciados pelo Banco Central, pois este mercado essencial para equilibrar a Balana de Pagamentos, e nela incluem a Balana Comercial, Balana de Servios, Balana de Capitais e Transferncias.
No mercado interno existe a negociao de cmbio entre vrios participantes, como corretoras e casas de cmbio e investidores em geral.
38. Cotaes do Dlar A principal moeda negociada o dlar. So quatro as taxas atuais de cotao do dlar:
Comercial: formada pelas operaes oficiais de compra e venda de moedas entre bancos e empresas como exportaes, importaes, captaes ou emprstimos.
Interbancrio: formada pela negociao entre bancos, com prazo de liquidao financeira D+2.
Paralelo: formada pelas operaes informais de negociao de moeda realizadas em casas de cmbio ou doleiros.
Turismo: formada pela negociao de dlares entre pessoas que iro viajar para o Exterior e casas de cmbio autorizadas.
39. A Formao da Taxa de Cmbio A formao da taxa de cmbio determinada diretamente pela oferta e procura da moeda (dlar). Constantemente o Banco Central interfere na oferta e/ou procura em funo de fatores como: conjuntura socioeconmica interna e externa, poltica monetria e nvel de reservas cambiais. Em 1998 certamente foi o ano que a comunidade empresarial brasileira comeou a se preocupar com medidas mais concretas para aumentar o volume de exportaes, principalmente em funo das desvalorizaes das moedas dos pases do sudeste asitico (alguns economistas at falavam em dumping cambial). A maioria das nossas mdias e pequenas empresas tm pouco know-how para exportar, sem mencionar a carncia de linhas de financiamento e instrumentos financeiros adequados para alavancar a participao do Brasil no mercado global. Nesse contexto, muito importante que principalmente os profissionais da rea de tesouraria, vendas e suprimentos entendam corretamente a formao e as nuanas acerca do mercado de cmbio
40. EXEMPLO Taxa de Cmbio Uma empresa A exportou bens e tem de receber dlar do importador estrangeiro. Para isso ela deve encontrar um banco que receba esses dlares no Exterior e os converta em reais. Aps fechar uma taxa comercial com o Banco X, a empresa receber os reais em dois dias teis e pagar uma taxa de fechamento de cmbio para o banco. O Banco X acabou comprando dlares da empresa A e no mercado interbancrio (entre bancos) esses dlares sero provavelmente revendidos a uma taxa mais alta, garantindo um pequeno lucro na transao. Quando ocorre uma crise ou um descontrole na cotao do dlar, o Banco Central intervm no mercado interbancrio vendendo ou comprando grandes lotes de dlares com o objetivo de equilibrar a cotao e tranqilizar o mercado.
41. OPERAES DE ARBITRAGEM Operaes realizadas pelos operadores de cmbio. Consiste na compra de uma moeda estrangeira e na venda de outra moeda noutro mercado, conseguindo com isso uma diferena de taxas.
42. EXEMPLO Operaes de Arbitragem Quando uma empresa nacional tem uma dvida, em moeda de baixa liquidez, com uma empresa estrangeira, ela contrata um banco para receber os reais e compra dlares no mercado local. Esse mesmo banco remete esses dlares a um banco no Exterior, que por sua vez os troca pela moeda original da dvida, pagando a empresa.
43. MERCADO DE DERIVATIVOS O mercado de derivativos resultante do mercado vista, isto , de todos os produtos negociados nesse mercado, assim como a formao de seus preos derivada do mercado vista. Geralmente ouve-se falar que os derivativos so produtos de risco e de alavancagem financeira (utilizao de recursos de terceiros para aumentar o lucro sobre o prprio capital). Entretanto, o mercado de derivativos um instrumento que tem como principal objetivo proteger o investidor de grandes oscilaes de preos no mercado.
44. Commodities Outra caracterstica do mercado de derivativos a negociao de commodities. Commodities so ativos negociados na Bolsa de Mercadoria e Futuros (BM&F) como ouro, ndice bovespa, moedas, cupom cambial, juro interbancrio, ttulos da dvida externa (C-Bonds, E I-Bonds, FRB) e ativos agropecurios (boi gordo, bezerro, algodo, soja, acar, lcool, milho e caf).
45. Principais Produtos do Mercado de Derivativos Contratos futuros: so contratos realizados entre duas contrapartes com vencimento futuro, da qual so fixados os montantes e valores de compra e venda de uma determinada commodity, obedecendo a um ajuste dirio de posies e de margens.
Opes sobre o disponvel: opo por meio da qual um investidor adquire o direito de comprar ou vender uma commodity a um preo e a uma data preestabelecidos de um outro investidor.
Opes sobre o futuro: opo da qual um investidor adquire o direito de comprar ou vender um contrato futuro a um preo e uma data preestabelecidos, de um outro investidor.
A Termo: contratos de compra e venda de commodities futuro com preos e prazos definidos, diferenciando-se dos contratos futuros por no apresentarem ajustes dirios. A liquidao fsica e financeira se d na data determinada no contrato a termo. Existe a necessidade de depsito de margem para o comprador do contrato.
Swaps: troca de ndices entre dois investidores com o objetivo de evitar riscos. A maioria dos investidores utiliza o swap para proteger-se de desvalorizaes de moedas. Um exemplo: Imagine que um investidor "x" tenha uma dvida (passivo) em dlar, com vencimento daqui a um ano. Sua renda em reais. Para pag-la, ele estaria trocando reais por dlar na data de vencimento. Mas durante esse perodo o real se desvalorizou a um patamar invivel. Esse mesmo investidor ento estar gastando muito mais reais para cobrir sua dvida em dlar. Se ele tivesse feito um swap e trocado seu risco de dlar para reais, teria evitado essa brusca oscilao do mercado. Esse mecanismo de proteo se chama hedge.
46. BOLSA DE MERCADORIAS E FUTUROS (BM&F) A Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F) foi fundada em outubro de 1917. Criada para regulamentar, controlar e oferecer parmetros, opera hoje todos os negcios do mercado futuro e alguns negcios vista de determinadas commodities.
A BM&F se responsabiliza em garantir o cumprimento dos contratos fechados, ou seja, pela entrega financeira ou fsica das commodities com os preos, as taxas e qualidades iguais s dos contratos firmados.
Permite ainda a formao de preos a mercado, sem interferncia, e a realizao dos servios de liquidao e custdia. Outro papel fundamental da BM&F popularizar e difundir a cultura do mercado de futuros e derivativos.
47. Bolsa de Valores Na BM&F existe um prego fsico onde so negociadas as principais commodities do mercado. Cada commodity negociada em uma roda formada por operadores de corretoras de valores .
As principais bolsas do mundo que negociam commodities e futuros no mundo so a Bolsa de Chicago (Chigago Board of Trade ( http://www.cbot.com/ ) e a Bolsa de Londres, de Nova Iorque. Confira os contratos negociados na BM&F:
48. Contratos Negociados CONTRATO FINANCEIRO
OURO
Contrato Disponvel Padro de Ouro de 250 gramas
Contrato Disponvel Fracionrio de Ouro de 10 gramas
Contrato Disponvel Fracionrio de Ouro de 0,225 grama
Contrato Futuro de Ouro 250 gramas
Contrato de Opes de Compra sobre Disponvel Padro de Ouro
Contrato de Opes de Venda sobre Disponvel Padro de Ouro
Contrato a Termo de Ouro
49. Contratos Negociados NDICE
Contrato Futuro de Ibovespa
Contrato de Opes de Compra sobre Futuro de Ibovespa
Contrato de Opes de Venda sobre Futuro de Ibovespa
Contrato de Opes de Compra sobre Futuro de Ibovespa - Modelo Europeu
Contrato de Opes de Venda sobre Futuro de Ibovespa - Modelo Europeu
50. Contratos Negociados TAXAS DE CMBIO
Contrato Futuro de Taxa de Cmbio de Reais por Dlar Comercial
Contrato de Opes de Compra sobre Taxa de Cmbio de Reais por Dlar Comercial
Contrato de Opes de Venda sobre Taxa de Cmbio de Reais por Dlar Comercial
Contrato de Opes de Compra sobre Futuro de Taxa de Cmbio de Reais por Dlar Comercial
Contrato de Opes de Venda sobre Futuro de Taxa de Cmbio de Reais por Dlar Comercial
Contrato Futuro Fracionrio de Taxa de Cmbio de Reais por Dlar Comercial
51. Contratos Negociados TAXAS DE JURO
Contrato Futuro de Taxa Mdia de Depsitos Interfinanceiros de um dia
Contrato de Opes de Compra sobre ndice de Taxa Mdia de Depsitos Interfinanceiros de um dia
Contrato de Opes de Venda sobre ndice de Taxa Mdia de Depsitos Interfinanceiros de um dia
Contrato de Opes de Compra sobre Futuro de Taxa Mdia de Depsitos Interfinanceiros de um dia
Contrato de Opes de Venda sobre Futuro de Taxa Mdia de Depsitos Interfinanceiros de um dia
Contrato Futuro de Cupom Cambial
Contrato Futuro de Taxa Mdia de Depsitos Interfinanceiros de 30 Dias Prefixada
Contrato Futuro de Taxa Mdia de Depsitos Interfinanceiros de Longo Prazo - DI Longo
52. Contratos Negociados TTULOS DA DVIDA EXTERNA
Contrato Futuro de Capitalization Bond
Contrato Futuro de Eligible Interest Bond
Contrato Futuro de Floating Rate Bond
53. Contratos Negociados CONTRATOS ELETRNICOS SWAPS
Contratos a Termo de Troca de Rentabilidade
OPES FLEXVEIS
Contrato de Opes de Compra Flexveis de Taxa de Cmbio de Reais por Dlar EUA
Contrato de Opes de Venda Flexveis de Taxa de Cmbio de Reais por Dlar EUA
Contrato de Opes de Compra Flexveis de ndice Bovespa
Contrato de Opes de Venda Flexveis de ndice Bovespa
AGROPECURIOS
Contrato Futuro de Acar Cristal Especial
54. Contratos Negociados Contrato de Opo de Compra sobre Futuro de Acar Cristal Especial
Contrato de Opo de Venda sobre Futuro de Acar Cristal Especial
Contrato Futuro de lcool Anidro Carburante
Contrato Futuro de Algodo
Contrato de Opo de Compra sobre Futuro de Algodo
Contrato de Opo de Venda sobre Futuro de Algodo
Contrato Futuro de Boi Gordo
Contrato de Opo de Compra sobre Futuro de Boi Gordo
Contrato de Opo de Venda sobre Futuro de Boi Gordo
Contrato Disponvel de Caf Arbica
Contrato Futuro de Caf Arbica
Contrato de Opo de Compra sobre Futuro de Caf Arbica
Contrato de Opo de Venda sobre Futuro de Caf Arbica
Contrato Futuro de Milho em Gro a Granel
Contrato de Opo de Compra sobre Futuro de Milho em Gro a Granel
Contrato de Opo de Venda sobre Futuro de Milho em Gro a Granel
Contrato Futuro de Soja em Gro a Granel
Contrato de Opo de Compra sobre Futuro de Soja em Gro a Granel
Contrato de Opo de Venda sobre Futuro de Soja em Gro a Granel
55. OPES DE AES So contratos que do direito de compra ou venda de um determinado nmero de aes, a um preo fixo e com prazo de exerccio preestabelecido. Os meses de vencimento das opes so fevereiro, abril, junho, agosto, outubro e dezembro.
Na opo de compra o titular pode exercer seu direito a qualquer hora, at a data de vencimento. J nas opes de venda o titular s pode exercer seu direito de venda na data de vencimento. As opes so compradas pagando-se um prmio ao emissor da opo.
56. Tipos de OPES OPO DE COMPRA (Call): Existem opes de compra que do ao titular o direito de comprar um determinado nmero de aes a um preo fixo at a data de vencimento da opo. Se ele no exercer seu direito, perder o prmio pago. O vendedor da opo (lanador) deve cumprir seu compromisso com o titular da opo caso este queira exercer seu direito.
OPO DE VENDA (Put): Opo que d ao titular o direito de vender determinado nmero de aes a um preo fixo, na data de vencimento. Se o titular no exercer seu direito perder o prmio pago. O vendedor da opo (lanador) deve honrar seu compromisso, que no caso comprar as aes ao preo determinado na opo.
57. Como funciona ? O mercado de opes negociado na Bovespa e regulado pela Comisso de Valores Mobilirios (CVM). Para se comprar uma opo as ordens so semelhantes s de compra de aes. comum os investidores utilizarem as opes para alavancar seus rendimentos, uma vez que o prmio pago muito inferior ao preo da ao e os preos so muito mais sensveis s oscilaes. Tambm h a possibilidade de operaes de hedge, onde um investidor pode se proteger das variaes de preo de aes fixando o preo de venda ou de compra desse ativo.
58. Volatilidade e Lastro Uma das principais variveis do mercado de opes a volatilidade de preos (indica o grau mdio de variao das cotaes de um ttulo em um determinado perodo). A volatilidade influi nos prmios das opes, podendo ter oscilaes dirias de mais de 100%. medida que se aproxima o vencimento de exerccio das opes as oscilaes se tornam maiores, muitas iro "virar p". Isso significa que quem comprou uma opo de compra ao preo (Strike = preo de exerccio) 4,00 de uma empresa X e o preo da ao do mercado no vencimento estiver em 3,50, sua opo perde a validade, uma vez que no h razo para o investidor exercer seu direito de compra a 4,00 se possvel comprar a 3,50 no mercado. Quando se lanam opes de compra ou de venda, as corretoras exigem um lastro como garantia de que o vendedor estar cumprindo sua obrigao. O lastro pode ser em aes, ttulos ou dinheiro.
59. Operaes com Opes
COC (Comprar Opo de Compra): o comprador adquire o direito de compra de um papel at a data de vencimento da opo, ao preo do exerccio (preo predeterminado do papel), pagando um prmio ao lanador da opo.
COV (Comprar Opo de Venda): o comprador adquire o direito de venda de um papel, ao preo de exerccio, at a data de vencimento da opo, pagando um prmio ao lanador da opo.
VOC (Vender Opo de Compra): o lanador da opo tem a obrigao de vender os papis ao comprador, ao preo do exerccio, quando este quiser exercer seu direito. O lanador recebe do comprador o prmio referente opo.
VOV (Vender Opo de Venda): o lanador da opo tem a obrigao de adquirir do comprador os papis, ao preo do exerccio, quando este quiser exercer seu direito. O lanador recebe do comprador o prmio referente opo.
60. MARGEM DE GARANTIA Margem de Garantia: A Bovespa exige que, para toda opo lanada ao mercado, o lanador deposite uma margem para garantir o cumprimento do contrato. Apenas o lanador da opo tem esta obrigao. Caso o lanador faa uma venda coberta, ou seja, possua os papis em sua carteira, essas aes sero depositadas como garantia. Do contrrio, dever depositar dinheiro, ttulos, ouro ou aes como garantia. Poder haver aumento no valor das margens (chamada de margens adicionais) caso o papel do contrato de opo sofra grande oscilao.
61. ESTRATGIA DE OPES Se o investidor apostar numa alta do mercado, ele pode valer-se de algumas estratgias bsicas utilizando as opes para aumentar o ganho sobre o capital. A primeira delas seria comprar opes, pagando um prmio, com um strike (preo de exerccio) inferior ao preo de mercado do papel e aguardar a valorizao para realizar a opo ou vend-la a um preo maior. A segunda estratgia seria lanar opes de venda com strike abaixo do valor do papel no mercado para receber o prmio pelas opes. Se a tendncia do mercado for de baixa, o investidor pode comprar opes de venda com um strike alto, garantindo assim um preo fixo no futuro para vender suas aes ou vender estas opes por preo maior. O investidor tambm pode lanar opes de compra com strike alto suficiente que garanta que a opo no ser exercida, lucrando o prmio das opes.
62. TRAVA ALTA E TRAVA BAIXA TRAVA DE ALTA: O investidor compra um opo de compra (titular) a um preo de exerccio P e lana um opo de compra a um preo de exerccio P' maior que P da posio titular. O prmio da opo titular maior do que o da posio lanadora, isto , o investidor ter um desembolso inicial nesta trava. As opes possuem a mesma data de vencimento. Esta trava utilizada quando o mercado apresentar tendncia de alta. Seu ganho (ou perda), no entanto, limitado. Por assumir uma posio comprada na opo de compra com preo menor que na posio vendida, sua chance de ganho maior. Acompanhe a seguir como se comporta o rendimento da operao em funo do preo da ao.
TRAVA DE BAIXA: O investidor compra uma opo de compra (titular) com preo de exerccio P e ao mesmo tempo lana um opo de compra com um preo de exerccio P' menor que P da posio titular. O prmio da opo titular menor que da posio lanadora. Neste caso, o investidor ter um ganho inicial nesta trava. As opes possuem a mesma data de vencimento. Esta trava utilizada quando o mercado apresentar tendncia de baixa. O ganho ou a perda do investidor so limitados. Por lanar opes com prmios maiores do que na posio titular, o investidor est apostando que nenhuma das opes ser exercida e que seus lucros estaro justamente na diferena entre os prmios das opes. Acompanhe a seguir como se comporta o rendimento da operao em funo do preo da ao.
BOXE FECHADO: uma operao de renda fixa com utilizao de opes. Basicamente uma combinao de uma trava de alta com uma trava de baixa. O Boxe uma boa estratgia de captao quando a taxa de juros envolvida nessa operao for menor que a taxa de juros do mercado. O Boxe pode tambm ser utilizado como uma operao de emprstimo, se a taxa envolvida for maior que a taxa de juros de mercado.
63. BUTTERFLY BUTTERFLY (BORBOLETA): Esta operao tem a finalidade de limitar as perdas do investidor que opera opes e uma alternativa de obter ganhos quando se espera relativa estabilidade de preos.
Butterfly de compra:
Compra de opo de compra ao preo de exerccio P.
Lanamento de 2 opes de compra ao preo de exerccio P' (P' > P).
Compra de opo de compra ao preo de exerccio P" (P" > P' > P).
Butterfly de venda:
Compra de opo de venda ao preo de exerccio P.
Lanamento de 2 opes de venda ao preo de exerccio P' (P' > P).
Compra de opo de venda ao preo de exerccio P" (P" > P' > P).
Todas as opes se referem ao mesmo ativo-objeto e data de vencimento.
64. MERCADO A TERMO No mercado a termo possvel comprar ou vender aes a um prazo e preo predeterminados. As operaes a termo possuem as seguintes caractersticas:
Os prazos dos contratos a termo so geralmente fixados em 30, 60, 90, 120 ou 180 dias;
Existem sempre dois lados envolvidos: o comprador e o vendedor;
O contrato determina o tipo e a quantidade de aes;
As aes esto disponveis para o comprador do contrato a partir do terceiro dia til do fechamento do negcio;
O preo da cotao vista e a taxa de juros influenciam diretamente no preo final do contrato;
O comprador do contrato ou o vendedor a descoberto (aquele que lana o contrato de venda de aes sem efetivamente possuir os ttulos) necessita depositar uma margem de garantia, que varia de acordo com a classe da ao, podendo ir de 20% a 100% do valor do contrato.
A liquidao do contrato pode ser antecipada. Para tanto, paga-se o valor pro rata relativo aos dias corridos.
65. EXEMPLO Imagine que um investidor esteja interessado em comprar determinado papel, porm no possui capital disponvel para fazer a compra vista. Por conta dessa procura, surgem no mercado outros investidores para financiar a compra de aes a prazo. Eles competem entre si oferecendo a melhor taxa de juros para o investidor inicial. Ao fechar um contrato a termo, o comprador a termo recebe as aes do vendedor praticamente vista, e se dispe a pagar essas aes no prazo determinado do contrato. Para garantir o pagamento, a CVM exige um depsito de margem de garantia.
O comprador do contrato tem a liberdade de fazer o que quiser com as aes. Caso o papel suba consideravelmente ele poder vend-los e liquidar o contrato antecipadamente. O investidor que financiou as aes vista, isto , que vendeu as aes a termo, receber, no fim do contrato, o valor formado pelo preo das aes na data do fechamento do negcio acrescido de uma taxa de juros predeterminada, compatvel com os custos e riscos envolvidos.
66. Contrato a Termo Existem estratgias utilizadas por investidores mais experientes no mercado a termo. A primeira a operao de financiamento (report), que nada mais do que uma operao de renda fixa. O investidor compra vista e vende a termo, garantindo assim uma remunerao fixa a uma taxa de juros mais atraente do que a oferecida pelo mercado. A segunda a chamada operao caixa (deport), o investidor vende vista as aes que possui e as recompra a termo. Aqui, o investidor estaria precisando de caixa (capital) imediato e as taxas de financiamento eram maiores do que as taxas do mercado a termo. Na BM&F so negociados contratos a termo de diversas commodities como Depsito Interfinanceiro (DI), ouro, etc. Esses contratos possuem as mesmas caractersticas dos contratos a termo de aes. Em 1993, foi criado o contrato a termo de Certificados de Energia, que garantem ao titular um preo de energia predeterminado.
67. MERCADO DE FUTUROS O mercado de futuros foi criado com o objetivo de proteger produtores e investidores de grandes oscilaes de preo sobre os ativos finaanceiros, ndices e produtos agropecurios. Caracterizam-se por envolver a compra/venda de determinado ativo a um preo predeterminado, ajustado diariamente em uma conta de ajuste e por ter depsitos de margens entre as contrapartes.
Esses contratos ainda permitem a difuso de preos, administrao da composio de uma carteira ao risco, a diminuio da volatilidade do preo do ativo no mercado vista e tambm indicam o valor futuro do ativo.
68. Hedgers Hedgers: participantes do mercado de futuros que tentam afastar seus riscos financeiros das oscilaes de preo (ou taxa de juros) dos produtos que geralmente produzem. Especuladores: responsveis por assumirem os riscos das oscilaes de preo e garantir a liquidez no mercado de futuros. Normalmente, os especuladores liquidam os contratos antes da data de vencimento e raramente entregam fisicamente os produtos. Arbitradores: Investidores que negociam em mercados distintos, obtendo lucro quando houver discrepncia de preos entre os mercados.
69. EXEMPLO Um produtor de caf vende toda sua produo para uma empresa de torrefao. Para assegurar que sua produo seja vendida a um preo que lhe garanta ter lucro, esse produtor lana um contrato de venda futura de caf na Bolsa de Mercadoria e Futuros (BM&F) ao preo de U$ 250,00 a saca.
70. Um especulador, investidor ou arbitrador ir comprar o contrato. Esse contrato vai garantir no futuro a compra das sacas ao preo de U$ 250,00, independente do preo de mercado. Imagine que, no vencimento do contrato, o preo do caf esteja em U$ 150,00 a saca.
Neste caso o produtor conseguiu garantir sua produo ao preo preestabelecido. No vencimento do contrato ele ir vender sua produo a U$ 150,00 a saca e j ter recebido em sua conta de ajuste dirio U$ 100,00 por saca. O comprador do contrato, tambm chamado de titular, ir ter um prejuzo de U$ 100,00 por saca. Antes do vencimento ele poderia ter vendido esse contrato para um outro investidor.
71. MERCADO FUTURO PARA RENDA FIXA O mercado de futuros foi criado pelas instituies financeiras para se protegerem de grandes oscilaes das taxas de juro que existiam no pas na dcada de 80, mais precisamente em 1986. A taxa de juro um importante instrumento regulador do custo do dinheiro e tem grande impacto sobre as grandes variveis da economia, como a produo, os investimentos e o consumo.
A taxa negociada no prego da BM&F refere-se s operaes de troca das reservas monetrias de um dia entre as instituies bancrias, que calculada pela Cetip, chamada de Depsito Interfinanceiro de um dia futuro (DI-1). A grosso modo podemos chamar essa taxa como a que as instituies financeiras remuneram seu dinheiro emprestando a outras instituies.
72. Entenda como funciona um contrato futuro de DI 1:
Os contratos DI 1 esto vinculados s taxas dirias do overnight, que a taxa mdia de troca de recursos entre instituies financeiras, calculada na Cetip.
Cada contrato calculado sobre um valor de R$ 100.000,00, descontada a taxa mensal do overnight no perodo de tempo que vai da data da operao at o vencimento. Esse valor chamado de Preo Unitrio (PU):
73. MERCADO FUTURO PARA MOEDA O mercado de futuros para moeda no Brasil negociado na BM&F e o principal contrato realizado o contrato futuro de taxa de cmbio de reais por dlar comercial. Os investidores utilizam esse instrumento para se proteger das oscilaes cambiais realizando hedges, que asseguram uma taxa de cmbio futura fixa, alm de limitar perdas e imprevistos. Alguns investidores realizam operaes de arbitragem tentando obter lucro em diferentes mercados. Outros ainda apostam em determinadas tendncias de comportamento da taxa de cmbio, especulando nesse mercado. Os especuladores so essenciais, pois garantem liquidez ao mercado.
74. MERCADO FUTURO PARA PRODUTOS AGROPECURIOS Na Bolsa de Mercadorias e Futuro (BM&F) so negociados contratos futuros de produtos agropecurios ou commodities, como caf, soja, algodo, acar, milho, boi gordo e bezerro. Os contratos garantem ao vendedor e comprador de produtos um preo futuro fixo, que permite um planejamento financeiro previsvel.
Os contratos futuros so cotados em dlar e cada produto possui uma unidade de referncia. O caf, por exemplo, cotado por sacas de 60 Kg; o boi gordo, em arrobas, e assim por diante. A BM&F estabelece uma srie de padres e regras para garantir a mesma qualidade dos produtos negociados entre os diversos produtores. Os produtos em geral so armazenados e inspecionados pela prpria BM&F.
75. Commodities Os principais participantes desse mercado so os produtores que fazem a venda de contratos futuros e os compradores das commodities, como indstrias de alimentos, torrefao de caf, etc. Ambos os participantes tentam se proteger de eventuais oscilaes nas cotaes das commodities. H tambm investidores que procuram especular nesse mercado para conseguir lucro e aumentar a liquidez dos contratos.
Acompanhe abaixo as principais caractersticas do contrato futuro de caf arbica, a commodity mais negociada no mercado .
76. SWAPS Os swaps so contratos assinados por duas contrapartes em que se d a troca de fluxo de caixa baseada em indicadores, taxas de juros e taxas cambiais entre contas de ativos e passivos. Os swaps so caracterizados como hedges perfeitos e sua utilizao visa diluir riscos s oscilaes do mercado, como desvalorizao cambial, aumento nas taxas de juros, entre outros.
Eles podem ser negociados no mercado balco no seguindo normas padronizadas da BM&F. Neste caso so registrados na Central de Liquidao e Custdia de Ttulos Privados (Cetip). Alguns contratos so registrados e regulamentados na BM&F e podem exigir depsitos de margem.
77. EXEMPLO A empresa X vendeu um imvel de sua propriedade e decide investir em um Certificado de Depsito Bancrio (CDB) com prazo de um ano a uma taxa de juros prefixada de 20% ao ano. Os diretores financeiros da empresa apostam que a economia sofrer algumas presses e a taxa de juros ir aumentar. Diante desse cenrio, decidem realizar um swap com um banco, trocando a taxa de juros prefixada do CDB pelo CDI-over ps-fixado.
Se, no final do contrato, a taxa prefixada do CDB superar a taxa ps-fixada, a empresa receber os juros do CDB, descontada a diferena entre a taxa prefixada e a taxa do CDI-over do perodo. Caso contrrio, se as expectativas dos diretores da empresa se confirmarem, isto , a taxa ps-fixada for maior que a prefixada, a empresa X receber o rendimento do CDB, mais a diferena de taxas do CDB com o CDI-over.
78. O vencimento dos contratos determinado pelas contrapartes e normalmente no possvel a venda ou a liquidao com antecedncia. A grande utilizao de swaps notada quando uma instituio possui ativos e passivos com indexadores distintos e uma outra instituio possui uma posio oposta primeira. Em outras palavras: se uma instituio A tiver passivos em dlar e ativos indexados ao CDI-over, e no quiser correr riscos de variao cambial, ela procura uma instituio B, com ativos em dlar e passivos em CDI-over, e faz um contrato de swap, trocando o passivo em dlar por um passivo indexado ao CDI-over que o mesmo indexador do ativo.
79. MERCADO DE FUNDOS DE INVESTIMENTO Os fundos de investimento so condomnios abertos ou fechados, que possibilitam a seus cotistas a oportunidade de, em conjunto, investir no mercado de capitais - de renda fixa e/ou varivel - e mercados estruturados aos quais, individualmente, teriam pouco ou nenhum acesso. Os fundos conferem ao investidor melhores condies de remunerao no mercado, devido administrao profissional e por lidarem com volume de recursos extremamente expressivos.
Cada fundo tem seu prprio regulamento em que constam as regras a serem seguidas na sua administrao, ou seja, o objetivo do fundo e sua poltica de investimento.
Os fundos de investimento so criados por instituies financeiras autorizadas pelo Banco Central e pela Comisso de Valores Mobilirios. Essas instituies so responsveis por administrar o patrimnio de um fundo e fornecer ao investidor todo tipo de informao de forma transparente aos investidores. Existem no mercado diversos tipos de fundo, para os mais variados perfis de investidores.
80. Os fundos so uma alternativa para os investidores obterem rentabilidade de aes e ttulos de renda fixa sem necessariamente conhecer profundamente o mercado financeiro.
Os fundos tambm diluem o risco de grandes perdas, pois o patrimnio deles aplicado em diversos ativos. Um pequeno investidor, sozinho, no conseguiria investir em tantos ativos !
81. Categorias de fundos: Fundos de Investimento Financeiro (FIF)
Modalidade que agrega aplicaes em ativos de renda fixa ou varivel, bem como em instrumentos derivativos, em acordo com a regulamentao do fundo e regras de enquadramento do Banco Central.
O patrimnio desses fundos aplicado em ttulos pblicos prefixados, ps-fixados , ttulos mobilirios, ouro e operaes com derivativos. Podem ter prazo de resgate curto ou indefinido (de 30, 60 ou 90 dias). Com o objetivo de reduzir o risco desses fundos, a legislao probe que uma pessoa jurdica obtenha, sozinha, mais de 10% do patrimnio total do fundo. O gestor do fundo tambm no pode aplicar mais do que 20% do patrimnio numa nica empresa.
82. FIF Fundos de Aplicao em Cotas de FIF (FAC)
Categoria de fundos cujos recursos so aplicados em cotas de fundos FIF, garantindo maior diversidade do portflio e distribuio de risco. Existe uma regra da CVM para distribuio do risco que impede o gestor do fundo de aplicar mais do que 25% do patrimnio num nico fundo FIF.
83. FUNDOS DE RENDA FIXA Este fundo tem o patrimnio investido em ttulos prefixados/ps-fixados pblicos ou privados (por exemplo, CDB, RDB, debntures e ttulos pblicos federais). Os ttulos prefixados garantem uma rentabilidade alta no caso de queda da taxa de juros. Os ttulos ps-fixados acompanham as taxas de juros no vencimento.Fundos DI: Investidores mais conservadores, que preferem correr poucos riscos, tm nestes fundos uma opo.Estes fundos so atrelados ao Certificado de Depsito Interfinanceiro (CDI).
84. Fundos de Derivativos: Tm seu patrimnio aplicado em derivativos de ativos prefixados/ps-fixados. Por meio de swaps, opes, futuros, o administrador consegue se alavancar e obter maiores rendimentos. Entretanto, tambm pode haver perda de patrimnio.Fundos Cambiais: Segmento cujo objetivo seguir a variao dos ttulos cambiais. Esta modalidade de fundo composta por um patrimnio de ttulos da dvida pblica ou privada atrelada atrelado ao dlar e/ou por derivativos cambiais (exemplo: mercado futuro de dlar).
85. Fundos de Investimento no Exterior (FIEX): O patrimnio aplicado em ttulos da dvida externa brasileira, como os C-bonds, ttulos de crdito de financiamento no Exterior e alguns derivativos vinculados aos ttulos de dvida externa.
86. Fundo multiportflio: Tambm conhecido como multicarteira, composto por diferentes ativos (renda fixa ou varivel), em propores distintas, de acordo com a poltica de investimento do fundo
87. FUNDOS DE RENDA VARIVEL Fundo Mtuo de Investimento em Ttulos e Valores Mobilirios (FITVM): Neste fundo o investidor pode conseguir bons rendimentos com renda varivel sem, necessariamente conhecer o mercado. O patrimnio do fundo investido em aes, ttulos mobilirios, ttulos pblicos e cotas de fundos FIF, FAC, FIEX. Pelo menos 51% devem ser aplicados em renda varivel. Convm, porm, conhecer as estratgias do administrador, que deve ser compatvel com o perfil do investidor. Por estarem sujeitos a grandes oscilaes, estes undos tambm apresentam maiores chances de perda de patrimnio. As taxas de administrao e de performance variam de acordo com a instituio gestora.
88. FUNDOS DE PREVIDNCIA PRIVADA H no mercado duas categorias de planos de previdncia privada: os planos individuais, ou Fundos de Previdncia Privada Aberta, e os coletivos, ou Fundos de Previdncia Privada Fechada, tambm chamados de fundos de penso. Dos planos individuais pode participar qualquer pessoa. So comprados individualmente no mercado de bancos, corretoras ou seguradoras. J os planos coletivos so vinculados a empresas e contratados por elas. Participam dos fundos de penso os funcionrios das empresas contratantes, por meio de contribuies mensais, geralmente descontadas em folha de pagamento.
89. Categorias de Planos FUNDOS DE PREVIDNCIA PRIVADA ABERTA: No momento da contratao do plano o participante estipula o tempo pelo qual deseja poupar, a idade com a qual gostaria de sair e o valor do benefcio (aposentadoria) que quer receber. Atualmente, o saldo do capital formado pelas contribuies mensais corrigido anualmente em 6%, mais a variao do IGP-M. Apenas parte dos ganhos financeiros conseguidos acima da rentabilidade mnima garantida repassada ao participante. Oferece um benefcio fiscal ao participante, permitindo que abata at 12% da sua renda bruta tributvel no Ajuste da Declarao Anual, reduzindo com isso a base de clculo do imposto.
FUNDOS DE PREVIDNCIA PRIVADA FECHADA: Tambm conhecidos como fundos de penso, so comprados no mercado por empresas para uso de seus funcionrios. A participao dos funcionrios se d por meio de contribuies mensais, geralmente via desconto em folha de pagamento. Atualmente, o saldo do fundo corrigido anualmente em 6% mais a variao do IGP-M.
90. FAPI FUNDOS DE APOSENTADORIA PROGRAMADA INDIVIDUAL (FAPI): uma modalidade de fundo de investimento voltado complementao da aposentadoria bsica da Previdncia Social. Pode ser considerado, portanto, um produto de previdncia complementar. Neste plano, o participante no tem a garantia de um rendimento mnimo como acontece no plano de previdncia privada tradicional. Mas ele poder escolher o tipo de aplicao onde deseja que seu dinheiro seja investido, de acordo com seu perfil de risco (conservador ou agressivo). No FAPI o participante adquire cotas de um fundo de investimento comum (FIF). Todo ganho excedente tido com a aplicao do dinheiro no mercado repassado integralmente ao participante.
91. PGBL PLANO GERADOR DE BENEFCIOS LIVRES (PGBL): uma alternativa de complementao de aposentadoria. No oferece ao participante uma garantia de rendimento mnimo. Todo ganho excedente conseguido no mercado repassado integralmente ao contribuinte. Tambm aqui o participante pode escolher o tipo de fundo de investimento onde suas contribuies sero aplicadas. Pode estipular, ainda, o valor de suas contribuies e o valor do benefcio (aposentadoria) que quer receber ao final do plano.
No PGBL o participante pode deduzir as contribuies feitas at um limite de 12% da renda bruta anual. O valor da aposentadoria calculado no final de todas as contribuies, com base no montante acumulado na aplicao financeira. H hoje no mercado trs tipos de PGBL. A diferena entre eles est no tipo de aplicao financeira em que o fundo investido. Portanto, a escolha vai depender do risco que o participante est disposto a correr. Confira a seguir as caractersticas de cada um.
Plano soberano: mais indicado para clientes com perfil conservador, este fundo tem seu patrimnio aplicado em ttulos pblicos, como ttulos do Tesouro Nacional, Ttulos do Banco Central e Crditos Securitizados do Tesouro Nacional.
Plano renda fixa: indicado para quem tem perfil de investidor moderado, que no quer correr riscos. O patrimnio do fundo investido em renda fixa, alm de ttulos pblicos.
Plano composto: mais indicado para investidores com perfil agressivo. At 49% do patrimnio so investidos em renda varivel (aes). O restante aplicado em renda fixa ou em ttulos pblicos
92. ANLISE DE RENTABILIDADE Para analisar a rentabilidade e o desempenho dos fundos existem alguns fatores que devem ser considerados pelo investidor.Volatilidade: mostra a variao de preo das cotas dos fundos, medindo a estabilidade das aplicaes realizadas, permitindo, com isso, que se mea a estabilidade das aplicaes feitas. Quanto mais alta for a volatilidade do fundo maior seu risco. ndice Sharpe: ndice que mostra a relao entre o risco contido num fundo de investimento e o valor pago ao investidor. Quanto maior esse ndice, melhor seu desempenho.
Convm, ainda, comparar os rendimentos com as taxas de juros do CDI (Certificado de Depsito Interbancrio), poupana e o ndice Bovespa, referncias de anlise de desempenho.