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Doras e Carmosinas Fernanda Montenegro. H
E N D
1. DIRETORIA DE ENSINOITAQUAQUECETUBA Orientao tcnica
Planejamento 2011
Equipe da oficina pedaggica
2. Doras e CarmosinasFernanda Montenegro H momentos em que os anos vividos nos obrigam a olhar em volta e fazer uma reviso das nossas perdas e dos nossos danos. Se hoje estou sendo agraciada com a mais alta condecorao de nosso pas, porque sou resultado de muitas influncias e convivncias. Centenas de companheiros e personagens me formaram, me educaram e esto comigo sempre. No me refiro s a minha famlia de sangue, mas principalmente minha famlia de opo...
Mas existe o antes. A infncia. E por que no? o perodo da minha educao primria. Acho que a que tudo comea. Ao trabalhar o mundo da professora Dora de Central do Brasil, l na infncia que fui buscar, na minha memria, as primeiras professoras que me alfabetizaram. Credenciadas, respeitadas, prestigiadas professoras primrias da minha infncia. Professoras de escolas pblicas que eu frequentei, no subrbio do Rio.
3. Eu me lembro especialmente com muito carinho de Dona Carmosina Campos de Meneses, que me alfabetizou. E, mais do que isso, que me ensinou a ler, o que um degrau acima da alfabetizao. Naquele tempo, as professoras ainda se chamavam Carmosinas, Afonsinas, Ondinas. Busquei na memria a figura de Dona Carmosina para me aproximar da professora Dora (para mim, personagem no fico). E vi como seria trgico se a minha to prestigiada e amada Dona Carmosina viesse a se transformar, por carncias existenciais e sociais, numa endurecida e miservel Dora. Foi essa viso de tantas perdas que me deu o emocional da cena final do filme quando Dora escreve tenho saudade de tudo.
Saudade uma palavra forte e uma forma profunda de chamamento, de invocao. Entre Carmosina e Dora l se vo 60 anos. Penso que minha vocao de atriz foi sensibilizada a partir das leituras em voz alta, leituras muito exigidas, cuidadas, orgnicas, que ns alunos fazamos usando os livros de Portugus do antigo curso primrio. As primeiras coisas que decorei na vida foram dois poemas que Dona Carmosina mandou ( essa a palavra: mandou) que decorssemos nas frias de Dezembro: Meus oito anos de Casimiro de Abreu e Cano do Exlio de Gonalves Dias. Na volta das frias naquele ano de 1937, eu, mesmo tmida, envergonhada e
4. encantada declamei: Oh! Que saudades que eu tenho da aurora da minha vida, da minha infncia querida que os anos no trazem mais. Que amor, que sonhos, que flores, naquelas tardes fagueiras, sombra das bananeiras debaixo dos laranjais. Essas bananeiras e esses laranjais no eram licena potica. Os subrbios de nossas cidades ainda no tinham sofrido essa degradao ambiental que infelizmente se fez presente com o passar dos anos. Vi muitos Brasis entre esses meus oito anos, os oito anos do poeta e essas duas mulheres: Carmosina e Dora. Vejo essa passagem de tempo, claro, com alegrias e ganhos mas tambm com muitas perdas e dor. Sou atriz e confesso a minha deformao profissional: esse sentimento de perdas, essa nostalgia me ajudaram a resgatar o emocional dessa desprotegida e amarga Dora ao intuir que dentro dessas Doras desiludidas existe sempre uma Carmosina espera de um ombro e de um socorro.
Senhor Presidente, nesta nossa confraternizao de artistas e autoridades como no lembrar o milagre que a educao e a cultura produzem em todo ser humano. este, me parece, o esprito que nos une aqui, neste espao, e por estarmos diante da mais alta autoridade do nosso pas, que Vossa Excelncia, a herana cultural da reivindicao artstica e social se apresenta... Mas, Vossa Excelncia um democrata e um professor, por isso peo a Vossa Excelncia me dar o direito de no resistir, mesmo
5. porque acredito que estamos numa concordncia de vontades. Senhor Presidente, precisamos urgentemente de muitas, muitas Carmosinas e, se possvel, nenhuma Dora. Vossa Excelncia tem o poder para transformar as Doras em Carmosinas. O pas lhe deu esse poder. Eu tenho um sonho que certamente tambm um sonho de Vossa Excelncia e de muitos, muitos, muitos brasileiros. Eu tenho um sonho (parodiando o notvel reverendo americano) que um dia, realmente, todas as desesperadas Doras sero resgatadas desses nibus perdidos que atravessam esse nosso serto de misria e que a elas ser dado nem que seja uma parcela daquele reconhecimento e respeito social das professoras Carmosinas da minha infncia. Doras com viso de futuro, com autoestima, economicamente ajustadas. Professoras Doras inventivas, confiantes, confiantes no seu magistrio, para que possam ser amadas como seres humanos e (por que no?) como personagens tambm. Muito amadas e lembradas por todos os Vinicius e todos os Josus de nosso pas. Mesmo assim prefiro as Carmosinas... Que Dora compreenda e me perdoe. Vale a troca. Para o fortalecimento de nossa educao, da nossa cultura, vale a pena, Senhor Presidente, se a nossa alma, isto , se a realizao do sonho de todos ns, se essa realizao no for pequena. Fao de Dora e Carmosina minhas companheiras neste meu agradecimento. Ignor-las seria desprezar a minha infncia e a realidade da minha, no digo velhice, mas da minha madureza.
6. A Dimenso do Planejar na Escola Planejamos a todo momento mas precisamos exercitar o registro
Para isso necessitamos de estratgias bsicas que envolvem diagnsticos, indicadores que consideram o contexto em que esto inseridas e tenham um objetivo claro
O papel das instituies de ensino quanto ao atendimento das expectativas de aprendizagem permanente e crescente, eis aqui nosso desafio e a importncia da correta dimenso
7. Proposta Pedaggica Planejamento 2011
8. Proposta Pedaggica A LDB determinou que os estabelecimentos de ensino tivessem a incumbncia de elaborar e executar sua proposta pedaggica (art.12) e tambm que "os docentes incumbir-se-o de: I participar da elaborao da proposta pedaggica do estabelecimento de ensino..." (art.13). No 14 da lei em xeque, ainda pode-se ler, (LDB 9.394/96);
9. Proposta Pedaggica Proposta Pedaggica e Autonomia se interrelacionam
Para Azanha, (1998, p.03), "a autonomia da escola numa sociedade democrtica , sobretudo, a possibilidade de ter uma compreenso prpria das metas da tarefa educativa numa democracia".
Envolve as possibilidades de fazer escolhas visando um trabalho educativo eticamente responsvel.
10. Autoavaliao
Processo
Potencialidades e fragilidades
Prioridades
Metas / Objetivos
Instrumento de avaliao
11. Proposta Pedaggica Integrao Escola - Comunidade
Preceitos:
garantia de acesso e permanncia do aluno na escola;
Gesto democrtica;
Valorizao dos profissionais da educao;
Qualidade do ensino;
Currculo.
12. Proposta Pedaggica Desenvolvimento da Proposta Pedaggica :
Sistema Educacional;
Ambientes;
Recursos materiais e tecnolgicos;
Atendimento diferenciado;
Enriquecimento curricular.
13. Proposta Pedaggica Dessa forma,
escola no uma ilha, est inserida em uma comunidade e sofre as influncias do contexto scio-poltico e econmico. A escola uma instituio com uma funo social, um papel poltico e uma tarefa educativa.Fonte: http://www.webartigos.com/articles/18794/1/PROJETO-PEDAGOGICO-E-AUTONOMIA-DA-ESCOLA/pagina1.html#ixzz1CvFi344H
14. Plano de Gesto Para garantir os objetivos e metas da Unidade Escolar no planejamento que o Plano gesto precisa ser avaliado, revisado e atualizado com adendos e anexos.
15. Regimento Escolar o documento administrativo e normativo de uma unidade escolar que, fundamentado na proposta pedaggica, estabelece a organizao e o funcionamento da escola e regulamenta as relaes entre os participantes do processo educativo.
16. Cadernos do Gestor O Caderno do Gestor foi desenvolvido para Professores Coordenadores e apresenta situaes que versam sobre currculo, planejamento e avaliao.
O objetivo:
Subsidiar o Coordenador em suas prticas, para implementar o currculo estadual, organizar sua crtica e construir a Proposta Pedaggica que representa a identidade da sua escola em particular.
17. Manual de Proteo Escolar e Promoo da Cidadania e Normas Gerais de Conduta Escolar Documentos que fazem parte integrante do Sistema de Proteo Escolar, criado em 2009 pela SEE, e que orientam e apoiam a equipe escolar em questes referentes cidadania e convivncia social solidria, justa e responsvel.
18. Currculo Planejamento 2011
19. Currculo 4 ano de implementao do Currculo Oficial do Estado de So Paulo;
Referencial bsico comum para orientar o percurso da aprendizagem dos alunos em todas as disciplinas bsicas do EF e EM;
Relaciona competncias e habilidades, contedos e processos a serem desenvolvidos;
Material de apoio para docentes e alunos;
20. Currculo A lgica e as concepes que norteiam o Currculo Oficial do Estado de So Paulo
Situaes de Aprendizagem (comparao com o livro didtico/ uso do livro para complementar contedos, tendo em vista competncias e habilidades)
Contedos: factuais, conceituais, procedimentais e atitudinais. (Lerner, Zabala, Coll)
Modalidades organizativas (articulao entre as reas do conhecimento/ Organizao do tempo pedaggico)
Atividades Permanentes: criar hbitos, construir atitudes. Ex: roda de leitura, leitura em voz alta, uso do dicionrio
Situaes Independentes: Sistematizao. Ex: Pontuao.
21. Currculo Projetos/Programas (previstos)
Cadprojetos : 3 eixos Implementao do Currculo, Temas Transversais e Saresp (Prticas Pedaggicas)
Apoio Continuidade de Estudos/DAC
Jornada e Olimpada de Matemtica OBMEP
Olimpada de Lngua Portuguesa Escrevendo o Futuro Cenpec
22. Currculo Agita Galera (agosto)
Saresp Dia para Estudos e Discusso (agosto)
Cultura e Currculo
Recuperao Paralela (ao longo do ano)
Replanejamento no incio do 2. semestre
23. Currculo Saresp ( novembro)
Reunio de Setor Supervisores e PCOPs
Concursos de Redao (DS/ TV Dirio...)
Orientaes Tcnicas de Formao
EJA
Sala de Leitura
Futuridade
Ler e Escrever
24. Currculo http://www.rededosaber.sp.gov.br/apoiocurriculo
necessrio sair da ilha para ver a ilha. J. Saramago
Adaptar o currculo diferente de otimiz-lo
25. Saresp Planejamento 2011
29. COMPETNCIAS COGNITIVAS DO SUJEITO Grupo I Competncias para observar
Grupo II Competncias para realizar
Grupo III Competncias para compreender
30. Habilidades As habilidades possibilitam inferir, pela Escala de Proficincia adotada, o nvel em que os alunos dominam as competncias cognitivas, avaliadas relativamente aos contedos das disciplinas em cada srie ou ano escolar. Os contedos e as competncias (formas de raciocinar e tomar decises) correspondem, assim, as diferentes habilidades a serem consideradas nas respostas s diferentes questes ou tarefas das provas.
31. Htpc Planejamento 2011
32. O papel do Professor Coordenador no processo pedaggico das escolas Uma primeira questo deve ser levantada:
Lembrar-se de que desempenham um novo papel que j no o de professor, ainda que esteja ligado por laos de afetividade aos colegas. Seu papel passa a ser bem diferente, voltado para a orientao, gerenciamento e cobrana de resultados. assim que deve ser compreendida as funes do Professor-Coordenador pelo Corpo Docente.
33. O papel do Professor Coordenador no processo pedaggico das escolas Estimular o trabalho em equipe;
Buscar melhores resultados;
Acompanhar todo o processo educacional;
Atuar sobre as recuperaes;
Estimular uma contnua anlise dos resultados;
Organizar HTPC .
34. HTPC Relevante ser para o Professor-Coordenador organizar, previamente, a pauta das HTPCs, que se constituir em prtica eficiente para evitar improvisaes, provocando crticas da parte dos envolvidos, colocando em cheque seu trabalho, mormente quando alguns professores realizam a HTPC a contragosto.
35. HTPC
Cada escola tem uma maneira diferente de lidar com seus HTPCs, mas o essencial se organizar para discutir como os alunos esto se desenvolvendo e como os professores tm lidado com isso em sala de aula. Precisam pensar coletivamente em que materiais utilizar, que apoio vo precisar, que tipo de estudo e formao. O HTPC serve para analisar problemas que os docentes enfrentam no cotidiano e entender como equacion-los.
36. HTPC Sugesto de Organizao de pauta:
Leitura (texto bem escrito);
Retomada do encontro anterior (leitura do relatrio reflexivo ou ata)
Formao: A partir de uma situao-problema (currculo, proposta pedaggica, concepes, disciplina, projetos...) propor aos professores leituras, debates ou estudos de temas diversificados...
37. HTPC (Importante: o PC, neste momento, deve funcionar como mediador )
Projetos / Cotidiano da escola (quando houver a necessidade)
Recados (quando houver)
Registro: Deve ser reflexivo, ou seja, ir alm da pauta. importante registrar as discusses do grupo e a concluso a que chegaram sobre cada item .
...
38. ATIVIDADE EM GRUPO Em grupos com 8 componentes, desenvolvam uma pauta para o Planejamento a partir dos estudos desenvolvidos, os materiais oferecidos pela SEE e os materiais j preparados pela Unidade dentro dos campos:
*Proposta Pedaggica
* Currculo
* Avaliao
39. Equipe da oficina pedaggica ADRIANA SILVESTRE DA SILVA - Arte
ANA CRISTINA DE SOUSA COSTA - Ciclo I
BENEDITO A DE CAMARGO FILHO - Tecnologia
CINTIA SOUZA BORGES DE CARVALHO - Educao Especial
EULLIA SILVANIA LEAL DE MORAES - Lngua Portuguesa
INES SENA RAMOS SANTANA - Matemtica
LIDIANE RODRIGUES DE SOUZA - Matemtica/Fsica
LILIAN DE MELLO MARTINS - Ingls
MARCIO ERNANES LUIZ - Geografia
NBIA FERREIRA DE MELO - Lngua Portuguesa
OZIEL ALBUQUERQUE DE SOUZA - Matemtica Ciclo I
RONALDO SPINOLA NUNES - Tecnologia
ROSE RIBEIRO BARBOSA - Educao Fsica
SRGIO ANTNIO CNDIDO - Qumica
SERGIO BUZELIN DA COSTA - Filosofia
TANIA SOUZA DE LUNA Ciclo I