PLANO DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL Pesquisa e Metodologia Cient fica

1. PLANO DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONALPesquisa e Metodologia Cient�fica Prof. Dr. Arli Ramos de Oliveira Centro de Educa��o F�sica e Esporte CEFE/DES

2. INTRODU��O 1. Conceito de Ci�ncia 2. A Metodologia Cient�fica A Escolha do Tema As Fun��es do Pesquisador Os M�todos de Pesquisa

3. Conceito de Ci�ncia �Uma busca constante de explica��es e solu��es para os problemas que afligem e incomodam o ser humano.� �� a sistematiza��o de conhecimentos, ou seja, um conjunto de proposi��es l�gicas correlacionadas sobre um comportamento de certos fen�menos que se deseja estudar�. (LAKATOS & MARCONI, 2001, p. 80)

4. Conceito de Ci�ncia �� uma investiga��o disciplinada, e n�o um conjunto de procedimentos n�o relacionados entre si; � realizada de forma sistem�tica e padronizada, ou seja, efetivada a partir de um m�todo espec�fico e controlado.� (THOMAS & NELSON, 2002). �� a investiga��o met�dica e organizada da realizada, para descobrir a ess�ncia dos seres e dos fen�menos e as leis que os regem, com o fim de aproveitar as propriedades das coisas e dos processos naturais em benef�cio do homem (PINTO, 1985).

5. Defini��o de Metodologia Cient�fica �� o estudo ou conhecimento (logia, estudo, do grego) dos m�todos utilizados para a realiza��o de pesquisas cient�ficas ou acad�micas, que resultou na denomina��o da disciplina, que comp�e o curr�culo dos cursos superiores� �� o elemento facilitador da produ��o de conhecimentos, capaz de auxiliar e entender os processos de buscas de respostas, ou seja, um meio para obten��o do conhecimento (UNI. IBIRAPUERA, 2000)

6. Conceito de Pesquisa �� um conjunto de atividades orientadas para a busca de um determinado conhecimento.� (RUDIO, 1999) �O objetivo da pesquisa cient�fica � explicar, prever e/ou controlar um determinado fato ou fen�meno. Basicamente, a pesquisa cient�fica envolve o levantamento de hip�teses baseadas em observa��es, suas implica��es, testar essas hip�teses, e confirmar ou n�o essas mesmas hip�teses (GAY, 1987)

7. Conceito de Pesquisa �� a explora��o, a inquisi��o, � o procedimento sistem�tico e intensivo, que tem por objetivo descobrir e interpretar os fatos que est�o inseridos em uma determinada realidade.� (BARROS & LEHFELD, 1988). �� um conjunto de procedimentos sistem�ticos, baseado no racioc�nio l�gico, que tem por objetivo encontrar solu��es para problemas propostos, mediante a utiliza��o de m�todos cient�ficos.� (ANDRADE, 2001)

8. Fazer pesquisa �... Investigar assunto de interesse e relev�ncia. Observar os acontecimentos. Conhecer com profundidade. Utilizar m�todos cient�ficos. Responder �s quest�es que surgem no decorrer do estudo. Descobrir respostas. Ter curiosidade constante... Busca!

9. Caracter�sticas da Pesquisa Cient�fica Utiliza��o de um M�todo T�cnicas Forma espec�fica de comunicar

10. Conhecimento Cient�fico �� o conhecimento produzido pela investiga��o cient�fica. Surge n�o apenas da necessidade de encontrar solu��es para problemas de origem pr�tica da vida di�ria, caracter�stica esta do conhecimento ordin�rio, mas do desejo de fornecer explica��es sistem�ticas que possam ser testadas e criticadas atrav�s das provas emp�ricas�. (KOCHE, 1984)

11. Escolha do Tema Interesse do pesquisador Manejo de fontes de consulta bibliogr�fica Os temas podem surgir: Da observa��o do aluno Da vida profissional De programas de pesquisa De contato e relacionamento com especialistas Do feedback de pesquisas j� realizadas Do estudo de literatura especializada

12. O que faz o investigador?... Revisa e analisa literatura espec�fica sobre um t�pico, assunto, ou �rea de conhecimento... (problema!) Formula hip�teses. Desenvolve um plano de pesquisa (design/projeto). Seleciona e define amostras. Avalia e seleciona instrumentos de medida.

13. O que faz o investigador?... Seleciona um desenho experimental e esquematiza procedimentos experimentais. Analisa estatisticamente os dados. Prepara o relat�rio de pesquisa. Aplica as habilidades e conhecimentos adquiridos no processo cient�fico. Avalia o relat�rio de pesquisa (GAY, 1987)

14. O que faz o investigador?...

15. M�todos de Pesquisa Pesquisa Direta Busca os dados diretamente na fonte, possibilitando conhecer a realidade na pr�tica, por meio das leituras e reflex�es, com a dimens�o emp�rica, que � a evid�ncia da realidade, obtida com a observa��o e experimenta��o. � a sinergia do que pensamos com a realidade verificada. Pesquisa de Campo Pesquisa de Laborat�rio Pesquisa-a��o M�todo Descritivo M�todo Experimental

16. M�todos de Pesquisa Pesquisa Indireta Utiliza-se de informa��es, conhecimentos e dados j� coletados por outras pessoas e e demonstrados de diversas formas, como documentos, leis, projetos, desenhos, livros, artigos, revistas, jornais, etc. Pesquisa Documental Pesquisa Bibliogr�fica M�todo de Procedimento Bibliogr�fico M�todo de Procedimento Hist�rico

17. M�TODO HIST�RICO

18. M�todo Hist�rico Envolve o estudo, compreens�o e explana��o de eventos do passado. O prop�sito da pesquisa hist�rica � chegar a conclus�es relativas � causas, efeitos ou tend�ncias de ocorr�ncias passadas que podem ajudar a explicar os fatos no presente, e antecipar o futuro. As fontes prim�rias de dados s�o constitu�das pelos conhecimentos dos fatos, atrav�s de suas testemunhas. Fontes secund�rias envolvem pessoas relacionadas � essas testemunhas ou documentos.

19. M�todo Hist�rico O criticismo externo avalia a autenticidade dos dados; o criticismo interno avalia o seu valor. A natureza do M�todo Hist�rico n�o exige muitas das caracter�sticas ou procedimentos de controle de outros m�todos; no entanto, tamb�m envolve uma sistem�tica e objetiva coleta e an�lise dos dados, e a confirma��o ou n�o de hip�teses.

20. M�todo Hist�rico As etapas do M�todo Hist�rico envolvem: A defini��o do problema; A formula��o de hip�teses ou quest�es a serem respondidas; Coleta sistem�tica de dados; Avalia��o objetiva dos dados; Confirma��o ou n�o das hip�teses.

21. M�todo Hist�rico O investigador n�o pode manipular fatos ou eventos ocorridos no passado, nem controlar algumas de suas vari�veis. Pode aplicar objetividade cient�fica em tentar determinar exatamente o que aconteceu no passado. No M�todo Hist�rico, a revis�o de literatura e os procedimentos do estudo constituem partes do mesmo processo, n�o existindo instrumentos de medida. O m�todo utiliza documentos legais, recordat�rios, registros, minutos de reuni�o, cartas ou outros documentos.

22. M�todo Hist�rico Para determinar a precis�o dos documentos devem ser observados: o conhecimento e a compet�ncia do autor, o per�odo de tempo entre o fato e o registro, vi�s e motivos do autor, a consist�ncia dos dados. Deve ser feita a an�lise l�gica e objetiva dos fatos ocorridos, organizados e sintetizados, formando-se as conclus�es. Tomar cuidado com generaliza��es. A coleta e an�lise dos dados requer do investigador habilidade, experi�ncia, e fontes fidedignas.

23. M�TODO DESCRITIVO

24. M�todo Descritivo O M�todo Descritivo envolve a coleta de dados a fim de testar hip�teses ou responder a quest�es referentes ao corrente status do indiv�duo do estudo. O pesquisador deve selecionar a amostra e coletar os dados cuidadosamente, visto que a popula��o que tem a informa��o desejada nem sempre est� dispon�vel.

25. M�todo Descritivo Este M�todo requer o desenvolvimento de instrumentos apropriados de medida a fim de se obter a informa��o desejada. A forma como os dados s�o coletados caracteriza o M�todo Descritivo, atrav�s de relat�rio pessoal ou observa��o. Os instrumentos utilizados s�o question�rios, entrevistas, ou escalas padronizadas.

26. M�todo Descritivo Tipos de M�todo Descritivo Pesquisa Explorat�ria (amostras da popula��o) Censo (cada membro da popula��o) Amostra Transversal Pesquisas Educacionais Estudos Desenvolvimentais Idade, crescimento, ou matura��o (transversal ou longitudinal Estudos Follow up Ap�s algum per�odo de tempo

27. M�todo Descritivo Estudos Sociom�tricos Avalia rela��es inter-pessoais dentro de um grupo de indiv�duos. Pesquisa Observacional Observa��o N�o-participativa Observa��o Naturalista Observa��o Simulada Estudo de Caso An�lise de Conte�do Observa��o Participativa Etnografia

28. M�TODO CORRELACIONAL

29. M�todo Correlacional O M�todo Correlacional envolve coleta de dados a fim de determinar se, e at� que grau, uma rela��o existe entre duas ou mais vari�veis mensur�veis. Quando essa rela��o existe, isto significa que os escores dentro de um certo limiar em uma medida est�o associados aos escores dentro de um limiar em uma outra medida. O fato de que existe uma rela��o entre duas vari�veis n�o significa que uma � a causa da outra.

30. M�todo Correlacional O Estudo Correlacional sugere uma estimativa do quando duas vari�veis possuem rela��o uma com a outra. Se duas vari�veis s�o fortemente relacionadas, um coeficiente de correla��o pr�ximo de 1.0 (ou -1.0) ser� obtido; se duas vari�veis n�o possuem rela��o, esse coeficiente ser� pr�ximo de .00

31. M�todo Correlacional Quanto maior a rela��o entre duas vari�veis, maior ser� a precis�o nas previs�es baseadas nessas rela��es. O delineamento do estudo pode determinar quais vari�veis de uma lista de prov�veis candidatas est�o relacionadas ou para testar hip�teses referentes a rela��es esperadas. O n�mero m�nimo da amostra � de 30 indiv�duos.

32. M�todo Correlacional � importante selecionar ou desenvolver medidas fidedignas e v�lidas nas vari�veis estudadas. Dois ou mais escores ser�o obtidos de todos os indiv�duos da amostra, sendo um escore para cada vari�vel de interesse, e os escores emparceirados s�o correlacionados. O Coeficiente de Correla��o indica a vari�ncia comum partilhada pelas vari�veis.

33. M�todo Correlacional Os dados s�o interpretados atrav�s de signific�ncia estat�stica, que reflete se o coeficiente obtido � realmente diferente de zero e reflete uma rela��o verdadeira, n�o aleat�ria. O grau de confiabilidade � dado pelo tamanho da amostra, e consultando uma tabela que diz o tamanho do coeficiente necess�rio a fim de se obter um n�vel de confian�a.

34. M�todo Correlacional Um coeficiente pequeno sugere uma pequena rela��o. Abaixo de .50 � geralmente desnecess�ria (fraca); entre .60 e .70 � considerado adequado para previs�o de grupos, e um coeficiente no �ndice de .80 (ou acima) sugere uma forte correla��o entre as vari�veis. Estudo Correlacional envolve rela��o entre duas vari�veis, ou estudos de previs�o.

35. M�todo Correlacional A an�lise dos dados utiliza t�cnias envolvendo o Coeficiente de Correla��o Produto Momento (Pearson �r�), apropriado quando ambas vari�veis a serem estudadas s�o expressas como ratio ou intervalo. Quando uma das vari�veis envolvem sequ�ncias, o coeficiente apropriado � o Coeficiente de Correla��o da diferen�a dessas sequ�ncias (Spearman rho).

36. M�TODO CAUSAL COMPARATIVO

37. M�TODO CAUSAL COMPARATIVO No M�todo Causal Comparativo (Ex post facto), o investigador procura determinar a causa ou a raz�o pela exist�ncia de diferen�as no comportamento ou condi��o de grupos de indiv�duos. A abordagem b�sica se inicia com o efeito e a procura pelas poss�veis causas. O M�todo Causal Comparativo procura identificar rela��es de causa e efeito. Nesse m�todo, a causa estudada j� aconteceu, n�o sendo poss�vel manipul�-la.

38. M�todo Causal Comparativo Os grupos a serem estudados j� est�o formados e j� s�o diferentes na vari�vel independente. Nesse tipo de estudo, um grupo pode ter tido experi�ncia e o outro n�o, um grupo pode possuir uma caracter�stica que o outro grupo n�o possui; de qualquer forma, a diferen�a entre os grupos (vari�vel independente) n�o foi determinada pelo pesquisador. Estudos envolvendo esse m�todo podem levar a estudos experimentais. Apenas uma rela��o � estabelecida entre as vari�veis, n�o necessariamente causais.

39. M�todo Causal Comparativo A causa de um efeito observado pode ser o efeito, ou existir uma terceira vari�vel que ocasionou a causa identificada e o efeito. Rela��es de causa e efeito nesse tipo de estudo s�o provis�rias. Somente pesquisa experimental garante que a causa ou a vari�vel independente vem antes do efeito observado (ou vari�vel dependente), e pode estabelecer rela��es de causa e efeito.

40. M�todo Causal Comparativo O delineamento do estudo envolve selecionar dois grupos diferentes em uma vari�vel independente e comparando-as com alguma vari�vel dependente. A falta de randomiza��o, manipula��o e controle que caracteriza o estudo experimental torna mais fraco o design causal comparativo.

41. M�TODO EXPERIMENTAL

42. M�todo Experimental No M�todo Experimental o pesquisador manipula deliberadamente algum aspecto da realidade, dentro de condi��es anteriormente definidas, a fim de observar se produz certos efeitos. N�o existe pesquisa experimental sem experimento. O experimento � uma situa��o, criada em laborat�rio, com a finalidade de observar, sob controle, a rela��o que existe entre fen�menos. A pesquisa experimental pretende estudar de que modo ou por que causas o fen�meno � produzido.

43. M�todo Experimental O termo controle serve para indicar os esfor�os feitos para se eliminar ou, pelo menos, reduzir ao m�nimo poss�vel os erros que possam surgir numa observa��o. A vari�vel independente (experimental, a causa ou o tratamento) � a atividade ou caracter�stica que faz a diferen�a. A vari�vel dependente (crit�rio, efeito ou p�s-teste) � o resultado do estudo, a mudan�a ou diferen�a nos grupos que ocorre como resultado da manipula��o da vari�vel independente.

44. M�todo Experimental Quando bem conduzidos, os estudos experimentais produzem evid�ncia referente �s rela��es causa-efeito levantadas atrav�s das hip�teses. Previs�es baseadas em estudos experimentais s�o mais globais (�se voc� usar a abordagem x provavelmente obter� melhores resultados do que a abordagem y�). Etapas: Sele��o e defini��o de um problema, sele��o dos indiv�duos e instrumentos de medida, delineamento do estudo, execu��o dos procedimentos, an�lise dos dados, conclus�es.

45. M�todo Experimental Existe um Grupo Experimental e um Grupo Controle. A sele��o dos sujeitos para o estudo experimental � feita de forma aleat�ria (randomiza��o). O pesquisador manipula pelo menos uma vari�vel independente, controla outras vari�veis relevantes, e observa o efeito em uma ou mais vari�veis dependentes.

46. M�todo Experimental A pesquisa experimental busca verificar a rela��o de causalidade que se estabelece entre vari�veis (vari�vel x � independente determina vari�vel y � dependente). O termo controle serve para indicar os esfor�os feitos para se eliminar ou, pelo menos, reduzir ao m�nimo poss�vel os erros que possam surgir numa observa��o. A vari�vel independente (experimental, a causa ou o tratamento) � a atividade ou caracter�stica que faz a diferen�a.

47. CONSIDERA��ES FINAIS

48. Considera��es Finais A Metodologia Cient�fica � o estudo ou conhecimento dos m�todos utilizados para a realiza��o de pesquisas cient�ficas ou acad�micas. Auxilia a entender os processos de buscas de respostas, sendo elemento facilitador na produ��o de conhecimentos. Caminho ou maneira para se chegar a um determinado fim ou objetivo. Investiga��o met�dica e organizada na busca de respostas a problemas. O m�todo d� dire��o e ordem na execu��o das etapas e processos do trabalho cient�fico.

49. REFER�NCIAS BARROS, A.J.P.; LEHFELD, N.A.S. Projeto de Pesquisa: Propostas Metodol�gicas. Petr�polis: Editora Vozes, 1990. GAY, l.R. Educational Research: Competencies for Analysis and Application. 3th. Edition. New York: Mcmillan Publishing Company, 1987. MARCONI, M.A.; LAKATOS, E.M. Metodologia Cient�fica. S�o Paulo: Editora Atlas, 2000. MATTOS, M.G. de; ROSSETTO JUNIOR, A.J.; BLECHER, S. Metodologia da Pesquisa em Educa��o F�sica: Construindo sua monografia, artigos e projetos. 3�. Edi��o, S�o Paulo: Phorte Editora, 2008. M�LLER, M.S.; CORNELSEN, J.M. Normas e padr�es para teses, disserta��es e monografias. Londrina: Editora da Universidade Estadual de Londrina, 2007. RUDIO, F.V. Introdu��o ao Projeto de Pesquisa Cient�fica. Petr�polis: Editora Vozes, 1999. SEVEDRINO, A.J. Metodologia do Trabalho cient�fico. S�o Paulo: Cortez Editora, 2000.

50. OBRIGADO!arli@uel.br

51. Deixe a sua luz brilhar!...

52. T� na hora da janta...

53. Ep�logo �O zang�o, pelo peso do seu corpo e min�sculo tamanho de suas asas, n�o deveria voar... Mas voa!� (An�nimo)