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“A República dos Rabos Presos”

“A República dos Rabos Presos”. Lya Luft. Algumas pinturas do artista plástico catarinense Willy Alfredo Zumblick. Formatação: Christina Meirelles Neves. Andamos falando demais, e mal; usamos frivolamente termos perigosos e abusamos das palavras de respeito;. Pau de arara.

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“A República dos Rabos Presos”

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Presentation Transcript


  1. “A República dos Rabos Presos” Lya Luft Algumas pinturas do artista plástico catarinense Willy Alfredo Zumblick. Formatação: Christina Meirelles Neves

  2. Andamos falando demais, e mal; usamos frivolamente termos perigosos e abusamos das palavras de respeito; Pau de arara A chamada língua-mãe está demais rebaixada, e olha que nunca fui purista, pois sou apaixonada por palavras.

  3. Exageramos nos clichês e nos rótulos, geralmente burros e pobres, embora às vezes necessários – como tantas coisas pobres e burras que é preciso suportar neste mundo. Arrastão

  4. Usar o termo “elite”, por exemplo, requer muito cuidado. Engraxate É temerário empregá-lo como se falássemos de uma entidade abstrata, bicho-papão pra assustar – não criancinhas, mas os desavisados. Sanfoneiros

  5. Usamos a palavra sem sequer a definir direito. O conceito “elite” significa “o melhor, os melhores”, o que não envolve necessariamente dinheiro nem sede de poder, muito menos arrogância, mas decência, por exemplo. Ceramista Honradez, pudor e consciência, por exemplo. Boa educação e cortesia também, não vamos esquecer.

  6. Nada disso é privilégio de ricos e poderosos. O que deve assustar é o predomínio de um tipo de ralé: a da hipocrisia, da ambição e do cinismo, que passa por cima do cadáver – não da mãe, mas do povo e da pátria. Não somos tão bobos assim. Esperando o peixe

  7. Falas delirantes, acusações falsas e autoelogios pueris enganarão cada vez menos os mais pobres e menos informados. Eles começam a querer coisa melhor. Tropeiros Paira no ar uma – espero que passageira – sensação de que tudo poderá se resolver nos velhos moldes do grande PIB, o Partido do Interesse Próprio. Ceifando o trigo

  8. Estabelecem-se pactos dos quais nós comuns mortais em outros tempos nada saberíamos. Baiana Com parte da imprensa avisando, e alguns políticos honrados reclamando, ninguém mais vai poder dizer: eu não sabia.

  9. Pedinte E à medida que os crimes forem comprovados, que sejam varridos os elementos maus de todos os lados, eliminados de seus cargos os corruptos, os incompetentes, e os omissos – que são seus cúmplices. Ceramista

  10. A anunciada investigação de dinheiros mal ganhos, mal aplicados e malvistos, acabando com a tolerância com os malfeitores, não pode acabar numa ciranda geral, em que os enganadores dançam segurando o rabo do vizinho. Esperando a vida passar

  11. Ou afundaremos todos juntos num mar morno e de odor suspeito, de onde não se retorna fácil. Mulheres e conversa Na batida do pilão

  12. Se as consequências de tudo isso que vemos não forem tiradas, vamos naufragar, cúmplices do cinismo que vai recobrir esta boa terra – enquanto o povo trabalha com salários indecentes mas paga impostos, acredita em promessas mas morre nas filas, e nossos jovens deixam um País que não lhes dá estímulo, para eventualmente vegetar em terra estrangeira. Retrato

  13. Não é hora de falar de esquerda, direita, centro, elite ou povão, termos caducos e mofados, mas da faxina moral e institucional sem a qual seremos meros sobreviventes: Festa do Divino

  14. Todos nós, os enganados e os enganadores, humilhados habitantes da República dos Rabos Presos. Lya Luft A espera da bica d’água

  15. Willy Alfredo Zumblick - Tubarão, 26 de setembro1913 a 3 de abril2008.Um pintorbrasileiro, desconhecido.Foi casado por 60 anos com Célia Sá Zumblick.De pai alemão e mãe descendente de italianos, iniciou sua carreira ainda jovem. Devido a suas obras e sua posição sócio-cultural na cidade de Tubarão, foi concedida a designação Museu Willy Zumblick ao museu situado na praça denominada com o nome de seu irmão, o historiadorWalter Zumblick.Relojoeiro e ótico, foi proprietário de estabelecimento do gênero, iniciado por seu pai Roberto Zumblick, em 1902. Autodidata, suas obras abordaram, em sua maioria, os aspectos históricos e sociais da gente de sua região.Willy Zumblick faleceu aos 94 anos de idade. Sofria de infecção pulmonar e ficou internado durante sete meses no Hospital Nossa Senhora da Conceição, em Tubarão, Santa Catarina. Morre o mito, mas sua obra é eterna.Em 2009 diversas obras suas foram roubadas de sua antiga residência, abandonada desde seu falecimento.

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