1 / 38

Artrite Gonocóccica

Artrite Gonocóccica. Andressa Zaccaro Canavezzi R3 reumatologia Santa Casa de São Paulo. Histórico. A artrite gonocócica (AG) pode ser considerada uma verdadeira síndrome, constituída por poliartrite, tenossinovite e dermatite

linus
Télécharger la présentation

Artrite Gonocóccica

An Image/Link below is provided (as is) to download presentation Download Policy: Content on the Website is provided to you AS IS for your information and personal use and may not be sold / licensed / shared on other websites without getting consent from its author. Content is provided to you AS IS for your information and personal use only. Download presentation by click this link. While downloading, if for some reason you are not able to download a presentation, the publisher may have deleted the file from their server. During download, if you can't get a presentation, the file might be deleted by the publisher.

E N D

Presentation Transcript


  1. Artrite Gonocóccica Andressa Zaccaro Canavezzi R3 reumatologia Santa Casa de São Paulo

  2. Histórico • A artrite gonocócica (AG) pode ser considerada uma verdadeira síndrome, constituída por poliartrite, tenossinovite e dermatite • A gonorréia já tem descrições no Antigo Egito e no Velho Testamento • O termo foi descrito pela 1ª vez no ano 130 dC por Galen: gonos = semente(a descarga uretral foi confundida com o sêmen) rhoea = fluxo

  3. Histórico • Até o início do século XVIII a gonorréia era confundida com a sífilis e, somente em 1838, Ricord estabeleceu a diferença entre as duas doenças • 1879: identificação da bactéria (Albert Neisser) • 1892: Lindeman 1ª descrição de artrite resultante de “metástase” de uma infecção do TGU (“reumatismo gonorréio”)

  4. Epidemiologia • Calcula-se que existam mais de 200 milhões de infecções/ano nos EUA • a média de idade dos pacientes infectados varia de 18 a 40 anos (pico 18-24) • Casos descritos em indivíduos de 70 anos, em recém-nascidos e em crianças que tiveram oftalmia ou vulvovaginite gonocócica. • A prevalência da doença varia nas diversas regiões do mundo • + f nas regiões pobres, em regiões urbanas, • Evolução para infecção disseminada: 0,5% a 3% das infecções gonocócicas não tratadas • Antes do advento das sulfas e penicilinas: 3% a 7% das uretrites blenorrágicas se complicavam em artrites

  5. Fatores de risco para infecção gonocócica disseminada · Residência urbana · Não caucasianos · Baixo nível socioeconômico · Baixo nível cultural · Sexo feminino · Solteiros · Prostitutas · Uso de drogas intravenosas · Infecção gonocócica prévia • O risco de infeccção pela Neisseria a cada relação sexual é de: • 60-90% ♀ • 20-50% ♂

  6. PROBLEMAS • Em indivíduos <30 anos esta é a causa + comum de artrite séptica • AG é uma doença grave, causando sérias lesões sinoviais e rápida destruição da cartilagem e do osso • Nas ♀ a f de infecção gonocóccica assintomática e dça disseminada é > /(perpetua infecção) • Crescente resistência antimicrobiana: • 1) uso indevido ou negligenciado dos ATBs • 2) modernas drogas que alteram os mecanismos imunológicos, possibilitando aos germes maior atuação destrutiva

  7. Causa • Diplococo gram-negativo = Neisseria gonorrhoeae • Transmissão sexual (infecção da mucosa) disseminação hematológica Uretrite blenorrágica POLIARTRITE MIGRAT ADITIVA OU ASSIMÉTRICA DERMATITE TENOSSINOVITE 1 dia a 3 meses Sd artrite-dermatite- 60% Bacterêmica: HCUL+ cultura Líquido sinovial - Bacteremia Infecção de tecidos articulares (pp sinóvia) + Febre, calafrios até miopericardite e meningite Artrite Supurativa- 40% MONO/OLIGO Séptica: líquido sinovial + HCUL -

  8. Anatomia patológica

  9. 1ª fase:proliferação bact na sinóvia • Sinóvia hiperplásica, edemaciada • infiltrado de PMN e enzimas proteolíticas • é reversível se precocemente tratada • Com a evolução do processo, teríamos proliferação de fibroblastos e neovascularização (2ªfase), que se não tratada evolui para fibrose da sinovial com seqüelas irreversíveis na cartilagem (3ªfase) 3ª Fase: a circulação sangüínea se torna dificultada, há déficit de nutrientes à cartilagem, destruição por leucócitos e enzimas lisossomiais no interior da articulação, • RESULTADO: EXUDATO espesso e purulento, contendo leucócitos e quantidade relativamente pequena de líquido sinovial.

  10. Sinóvia articular : neoformação vascular e infiltrado inflamatório neutrofílico Neoformação vascular Líquido sinovial: celularidade elevada, com exsudato NT e diplococos gram - intracelulares.

  11. Diagnóstico • O tempo entre o contato sexual e o aparecimento dos sintomas pode variar entre 1 dia e 2 meses ou 10 a 20 dias pós infecção gonocócica aguda (artrite, cervicite, vulvaginite, conjuntivite ou proctite). • Poliartralgia migratória ou aditiva constitui o sinal inicial na > dos casos • As artralgias migratórias podem apresentar solução espontânea, sem tratamento em até um terço dos casos (33%) Thayer Martins

  12. Antes do desenvolvimento da artrite purulenta (25-50%), o paciente pode apresentar sinais de doença sistêmica, como febre ou mialgia, ou serem assintomáticos • Padrão: assimétrico mono/oligoarticular • 30% a 70% : joelhos, tornozelos, cotovelos e punhos • MMSS > MMII, porém pequenas articul periféricas tb • 10-15% simétricas • TRÍADE: • Tenossinovite, dermatite e febre (>60%). dorso das mãos, MCF punhos, joelhos tornozelos (extensores)

  13. Dermatite (40-70%) • Tronco e extremidades • Maculopapular, pústulas ou vesículas • Há casos de eritema nodoso e multiforme • Base eritematosa e centro necrótico ou hamorrágico • Não dolorosa e não pruriginosa • Desaparecem com tto • Bx: vasculite com infiltrado NT e microtrombos, sem microorganismos

  14. LEMBRAR: Indivíduos com imunidade reduzida como em portadores de HIV, LES, deficiência de complemento, DM, neoplasias e usuários de drogas IV, a dça tende a ser mais comum e adquirir um caráter mais dramático (>risco de gono resistente à Peni) • A presença de rash cutâneo com artrite ou tenossinovite aguda em jovem sexualmente ativo é dado clínico suficiente para a suspeita diagnóstica

  15. VESÍCULAS HEMORRÁGICAS E PÚSTULAS

  16. Diagnóstico • Apesar das manifestações clínicas serem bem nítidas, o diagnóstico tb se baseia em exames complementares (estudo anatomopatológico e bacteriológico)

  17. Provas laboratoriais • Hemograma: leucocitose intensa, com desvio para esquerda. • VHS: elevado • Hemocultura: nem sempre +; deverá ser repetida várias vezes, mesmo na ausência de febre elevada, porque a disseminação se faz por bacteremia e não por septecemia. • Fixação do complemento: positiva em 80% dos casos, mas tem um valor duvidoso pois, às vezes, continua sendo + por anos, após a infecção genital primária • Pesquisa de Anticorpos antigonococos por IFI: positiva.

  18. Exame do líquido sinovial • Somente pode ser confirmado o diagnóstico, isolando-se o gonococo no líquido, tecidos articulares ou secreção uretral, vaginal, reto, orofaringe. • Nem sempre é possível isolar o microrganismo na articulação • Características do Líquido Sinovial: · Espesso, esverdeado, seropurulento, fibrina abundante · Proteínas totais  e glicose ; · Celularidade (1.500 a 110.000/mm3) PMN- 50% a 96%; · Cultura + em 1/3 dos casos; · Bacterioscopia: positiva em 50% dos casos; · GRAM: diplococo Gram -(<25%)

  19. Artroscopia - biópsia • A artroscopia é indicada nos casos de artropatia de origem incerta. Fornece dados para o diagnóstico, avaliações do estado funcional; permite coleta de material e tem finalidade terapêutica.

  20. Radiologia • Caracteres radiológicos inespecíficos, idênticos a outras artrites infecciosas sem nenhum sinal patognomônico. • Como manifestações sugestivas de afecção gonocócica, tem-se: · Atrofia difusa da substância esponjosa periarticular;· Osteoporose em zonas vacuoladas;· Osteólise;· Condrólise;· Lesões em saca-bocados;· Anquilose fibrosa ou óssea que, isolada ou em conjunto, não dispensa a clínica e, às vezes, artroscopia para o diagnóstico preciso

  21. Erosões subcondral marginais e central Artrite inflamatória avançada de quadril

  22. Processo crônico irreversível Anquilose de quadril

  23. Processo inflamatório cotovelo Edema-efusão articular + Erosões

  24. Tratamento • Os pacientes corretamente tratados apresentam dramática melhora das manifestações articulares e cutâneas, dentro de poucos dias após o início da ATB • Por ser uma doença grave com destruição importante e rápida da cartilagem, com freqüência leva à anquilose ou à destruição dos tecidos articulares e epífise, provocando luxação e, mais tarde, fixação do osso em posição anômala

  25. Tratamento • Devemos lembrar que esses pacientes podem apresentar + de 1 infecção (sífilis, HIV, clamídia) e, portanto, estas co-infecções devem ser buscadas e tratadas. • O TTO de ser feito em ambiente hospitalar, por via parenteral + drenagem articular (remoção do material purulento + lavagem com solução salina)

  26. Antibioticoterapia • Deve ser iniciada tão logo se faça a punção articular com coleta de material para cultura e antibiograma; • Não devem ser injetados no espaço articular. • Iniciar o tratamento com penicilina cristalina 10 milhões UI/dia • Se não conhecemos a sensibilidade, usar cefalosporina de 3ª geração - ceftriaxone 1 a 2 g/dia por IV ou IM até desaparecimento dos sinais ou sintomas (7-10 dias)

  27. Antibióticos alternativos incluem espectinomicina 2g IM ao dia associada a doxiciclina 100 mg oral (duas doses ao dia) por sete dias ou ciprofloxacina 500 mg oral, associada a doxiciclina 100 mg oral (2X/dia), durante 7 dias. Se a cadeia isolada não for de Neisseria gonorrhoeae produtora de penicilase poder-se-á usar penicilina parentral ou amplicilina • A monoartrite de quadril por Neisseria gonorrhoeae é rara, porém o tratamento a base de ceftriaxone associado a doxiciclina.A artrocentese resulta em recuperação completa da função, sem déficit residual, quando instituído precocemente • Outras artrites infecciosas, como as causadas por Staphylococcus aureus e Mycobacterium tuberculosis, devem ser destacadas, pois requerem tratamento específico

  28. 4. Medidas ortopédicas e físicas • São usadas simultaneamente em todos os casos e destinadas a preservação e recuperação da função articular. • A imobilização deve ser feita enquanto houver dor e presença do processo flogístico, utilizando, para isso, a posição mais próxima da funcional. • Já nessa fase, iniciam-se mobilizações passivas com a finalidade de impedir atrofias musculares e aderência intra-articulares. • Os movimentos ativos são realizados logo que o quadro agudo diminua de intensidade. • Associada a essa fase inicial de fisioterapia, progressivamente, podem ser realizadas massagens e deambulação, desde que haja o desaparecimento da atividade inflamatória.

  29. Na Dúvida Neisseria X S.aureus: • Rocefin + Oxacilina Diplococos G- HCUL+(só 10%) Cultura líquido +(30%) Cocos em cachos G+ HCUL+ Cultura líquido +(90%)

  30. OBRIGADA!!!

  31. Revisão literária

  32. (joelho) (Ombro) (quadril)

More Related