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Marise Ramos (UERJ/EPSJV-Fiocruz/Brasil) ramosmn@gmail Telmo Caria (UTAD/Portugal)

II Seminário Internacional Formação de Trabalhadores Técnicos em Saúde no Mercosul Etnografias profissionais e questões teórico-metodológicas na investigação do trabalho social: proposta de releitura do trabalho em saúde no Brasil a partir da experiência de Portugal.

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Marise Ramos (UERJ/EPSJV-Fiocruz/Brasil) ramosmn@gmail Telmo Caria (UTAD/Portugal)

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Presentation Transcript


  1. II Seminário Internacional Formação de Trabalhadores Técnicos em Saúde no MercosulEtnografias profissionais e questões teórico-metodológicas na investigação do trabalho social: proposta de releitura do trabalho em saúde no Brasil a partir da experiência de Portugal Marise Ramos (UERJ/EPSJV-Fiocruz/Brasil) ramosmn@gmail.com Telmo Caria (UTAD/Portugal) tcaria@utad.pt

  2. 1. A investigação em trabalho social em Portugal e as tendências do estudo do trabalho em saúde no Brasil Constatações: • Em Portugal: a análise sobre o fazer e pensar (de modo associado) em contexto real de trabalho ocupa em lugar subalterno nos esquemas de explicação do trabalho social. O agir profissional em situação é ignorado ou desvalorizado, sendo encarado como um resíduo ou como uma decorrência da imposição, aplicação ou hegemonia de prescrições, conhecimentos ou determinações simbólicas e sociais.

  3. 1. A investigação em trabalho social em Portugal e as tendências do estudo do trabalho em saúde no Brasil Constatações: b) No Brasil: estudos e políticas consideram a subjetividade do trabalhador central na transformação das práticas de atenção à saúde; análises pelo viés macroestrutural são pouco frequentes; porém, pouco se encontram abordagens sobre os saberes profissionais utilizados na interação com a equipe ou usuários.

  4. 1. A investigação em trabalho social em Portugal e as tendências do estudo do trabalho em saúde no Brasil • Assim, o pressuposto comum dos estudos nesse campo Brasil são os constrangimentos – estruturais ou institucionais – que condicionam os saberes. • Dificilmente se levanta a hipótese de que os saberes profissionais são produções tácitas emergentes da cultura profissional do respectivo grupo. Dito de outra forma, não seria descabido supor que os profissionais “sabem tacitamente” que para serem profissionais não podem reproduzir os modelos institucionais que se lhes impõem.

  5. 1. A investigação em trabalho social em Portugal e as tendências do estudo do trabalho em saúde no Brasil • Saberes e competências profissionais são sínteses subjetivas de processos sociais que atendem a finalidades pragmáticas (ação e comunicação visando a resultados) • Dualidade epistemológica: teoria e experiência como fontes de saberes. Dualismos: teorismo ou utilitarismo A experiência pode ser constituidora de condutas pragmático-utilitárias ou pragmático-praxicas.

  6. 1.1. O saber profissional em trabalho social como objeto científico na perspectiva das etnografias profissionais Trata-se de uma construção de implicação e cumplicidade com os profissionais, que permita ao mesmo tempo: a) entender a parcialidade do seu mundo profissional, em resultado de uma construção social dependente de constrangimentos sociais; b) ajudar a desenvolver uma capacidade reflexiva, que relativize o seu etnocentrismo profissional e permita perceber as possibilidades que existem de atuar sobre os mesmos constrangimentos sociais.

  7. 2. Etnografias profissionais com trabalhadores sociais do terceiro setor e possíveis releituras para o trabalho em saúde • Sociocognição: o conhecimento implicado na experiência social. • Competências (oposição ao behaviorismo): práticas - ação que mobiliza conhecimento; cognitivas – modo psicológico de mobilizar o conhecimento • Dualidade cognitiva: mentes analítica (1) e pragmática (2); processos analíticos (1) e pragmáticos (2). • Conhecimentos explícitos e tácitos.

  8. Competências práticas inferidas no estudo etnográfico do trabalho social em Portugal (Projeto SARTPRO) • ordens e instruções; b) ajuda; c) esclarecimentos e justificações; d) troca de informações; e) coordenação da ação; f) expressão de comentários e desabafos. Competências práticas inferidas em entrevistas com TSB no Brasil (Ramos, 2011): a) acolhimento; b) resolução de problemas; c) coordenação com o outro.

  9. Situação Modo de Cognição (Competências cognitivas) Automática [processamento e mente 1] Intuitiva associativa ou selectiva [processaento e mentes cruzadas] Analítica [processamento e mente 2] Avaliação e análise O quê? Linguagem comum de consenso em contexto. O que? Linguagem de alerta ou dissenso. Porquê? Diagnóstico formal numa convicção de certeza. Tomada de decisão/ situação interventiva Como? Improviso, rotina e ajustamento instantâneo. Como, com comparação face a quebra de expectativas, relativas a resultados e ação do outro. Para quê? Planeamento e concepção da acção e avaliação da eficácia. Aberta/ situação conjectural Manifestação emocional de agrado ou desagrado pelo ocorrido. Intuição associativa e experiencial para não errar Intuição selectiva de prudência. Formulação de dilemas éticos contextualizados na experiência. Engajamento metacognitivo Censura e sanção aos que fazem menos bem. Narrativa exemplar de sistema de valores. Reconhecimento aos que fazem bem. Reformulação de orientações gerais e abstractas para a ação visando à (melhoria). 2.1. Tipologias da sociocognição no trabalho profissional social em situação na perspectiva da ação

  10. Orientação da fala Utentes/Usuário Profissional Partilha Distinção Indiferença Receptividade Coordenação compreensiva Formalidade adaptativa Automatismo conformativo Resistência Coordenação autorizativa Formalidade confrontativa Automatismo irresolutivo Indiferença Coordenação passiva Formalidade subordinativa Automatismo ocasional 2.1. Tipologias da sociocognição no trabalho profissional social em situação na perspectiva da ação

  11. Contribuições para a superação de dualismos • Dualidade social:racionalidade e cultura Na formação de trabalhadores técnicos em saúde, a articulação entre as dualidades epistemológica, cognitiva e social (superação de dualismos) não implica a “entrada” do conhecimento prático na formação, mas sim do conhecimento teórico na prática profissional. Isto, não por ocultamento, substituição ou negação do conhecimento prático: violência simbólica que “desvaloriza o saber e as formas situadas de conhecer em favor das formas técnicas e legítimas de uso do conhecimento” (CARIA, 2010, p. 10), mas por promoção da reflexividade da qual a etnografia profissional pode ser aliada.

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