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SEGURANÇA PARA AGENTES QUÍMICOS

SEGURANÇA PARA AGENTES QUÍMICOS. PROFESSOR CRISTIANO LEÃO. AGENTE QUÍMICO.

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SEGURANÇA PARA AGENTES QUÍMICOS

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Presentation Transcript


  1. SEGURANÇA PARA AGENTES QUÍMICOS PROFESSOR CRISTIANO LEÃO

  2. AGENTE QUÍMICO Agente Químico é toda substância orgânica e inorgânica, natural ou sintética que durante a fabricação, manuseio, transporte, armazenamento ou uso, pode incorporar-se ao ar ambiente na forma de particulados, fumos, gases ou vapores, com efeitos irritantes, corrosivos, asfixiantes ou tóxicos e em quantidades que tenham a possibilidade de lesionar a saúde das pessoas que entram em contato com elas.

  3. CONCEITO AGENTES QUÍMICOS Substâncias que reagem quimicamente com o organismo humano provocando lesões mediatas ou imediatas, dependendo da: .Composição .Concentração .Via de penetração .Tempo de exposição

  4. CLASSIFICAÇÃO Classificam-se segundo: • A forma de apresentarem-se: aerodispersóide, gases e vapores • Por seus efeitos no organismo humano:Irritantes,Pneumoconióticos, Tóxicos sistêmios, Anestésicos e narcóticos, Carcinogênicos, Alérgicos, Asfixiantes, Geradores de dermatoses

  5. Segundo sua forma de apresentarem-se Aerodispersóide: É uma dispersão de partículas sólidas ou líquidas, de tamanho inferior a 100 micras, em um meio gasoso. Poeira (dust) – ficam em suspensão no ar, na forma de partículas sólidas, de tamanho entre 0,1 e 25 micras; Névoas (Mist) – ficam suspensas no ar na forma de pequenas gotas líquidas, no tamanho entre 0,01 e 10 micras, que se originam pela condensação de um estado gasoso ou pela desintegração de um estado líquido por atomização, ebulição, etc. Neblina (Fog ) – ficam suspensas no ar na forma de gotículas entre 2 e 60 micras, podendo serem vistas a olho nu, originadas pela condensação do estado gasoso; Fumos (Smoke) – aerodispersóides formados por partículas sólidas em tamanhos menores que 0,1 micra, originados nos processos de combustão incompleta; Fumos metálicos – são aerodispersóides de partículas sólidas metálicas geradas no processo de condensação do estado gasoso.

  6. Gás: Aerodispersão molecular. Estado físico normal de uma substância gasosa a 25º C e a 760 mm de Hg de pressão. São fluidos amorfos que ocupam todo o espaço que os contém. Vapor: Fase gasosa de uma substância normalmente sólida ou líquida a 25º C e a 760 mm de Hg de pressão. Suas partículas também são de tamanho molecular.

  7. Resumo

  8. Classificação segundo seus efeitos no organismo humano • Irritantes – são aqueles compostos químicos que produzem uma inflamação, devida à sua ação química ou física nas áreas anatômicas com que entram em contato, principalmente a pele e mucosas do sistema respiratório. Interessa conhecer mais a concentração da substância no ar que o tempo de exposição.

  9. Irritantes do trato respiratório superior. Ácidos, bases. • Irritantes do trato respiratório superior e tecido pulmonar. Halógenos, ozônio, anidridos de halógenos. • Irritantes do tecido pulmonar. Dióxido de nitrogênio, fosgênio.

  10. Pneumoconióticos– são as substâncias sólidas que se depositam nos pulmões e se acumulam, produzindo uma pneumonia e degeneração fibrótica do tecido pulmonar; • Tóxicos sistêmios – são os compostos químicos que, independentemente de sua via de entrada, se distribuem por todo o organismo, produzindo efeitos diversos ou seletivos sobre um órgão ou sistema (hidrocarbonetos halogenados, derivados aquílicos de metais, inseticidas, metanol, chumbo, hidrocarbonetos aromáticos, etc

  11. Anestésicos e narcóticos – são substâncias químicas que atuam como depressores do sistema nervoso central. Sua ação depende da quantidade de tóxico que chega ao cérebro (substâncias orgânicas, solventes industriais).

  12. Carcinogênicos – são substâncias que podem gerar ou potencializar o desenvolvimento de um crescimento desordenado de células. • A1-Carcinogênico humano confirmado: com base em evidências de estudos epidemiológicos. • A2-Carcinogênico humano suspeito: a partir de dados conflitantes ou insuficientes para confirmar o agente como carcinogênico ao homem; ou o agente é carcinogênico em experimentos animais, em níveis de dose, por via(s) de administração e tipo histológico, ou por mecanismos que possam ser considerados relevantes quanto à exposição de trabalhadores.

  13. A3-Carcinogênico animal confirmado com relevância desconhecida para seres humanos: a confirmação foi feita por experimentos com animais, em doses relativamente altas, por vias não consideradas relevantes para a exposição de trabalhadores. • A4-Não classificável como carcinogênico humano: agentes que se suspeitam que poderiam ser carcinogênicos para o ser humano, mas os dados existentes são insuficientes para se afirmar isto de forma conclusiva. • A5-Não suspeito como carcinogênico humano: Não se suspeita que o agente seja carcinogênico para os seres humanos, com base em pesquisas epidemiológicas bem conduzidas em seres humanos.

  14. Alérgicos– substâncias que afetam indivíduos previamente sensíveis (resinas, monômeros, cromo, etc.). Não afetam a totalidade dos indivíduos. • Asfixiantes– são substâncias capazes de impedir a chegada de oxigênio aos tecidos. Dividem-se em simples e químicos:  • Asfixiante simples – Gases ou Vapores “Inertes”: ocupam o lugar do oxigênio no ar, reduzindo sua concentração (dióxido de carbono, gases nobres, nitrogênio, etc.). Em condições normais de pressão atmosférica (equivalente à pressão parcial, de pO3 de135 mm de Hg), o teor mínimo de oxigênio deve ser de 18% em volume. • Asfixiantes químicos: além de impedir achegada do oxigênio às células, bloqueiam alguns dos mecanismos do organismo (monóxido de carbono, ácido cianídrico, nitratos, nitritos, etc)

  15. Geradores de dermatoses – substâncias que em contato com a pele, originam mudanças na mesma. Podem exercer outros efeitos. Formas de atuação: • Irritação primária • Sensibilização alérgica • Fotosensibilização

  16. Efeitos combinados – existem contaminantes que englobam vários dos efeitos descritos. Igualmente, em um mesmo ambiente podem coexistir contaminantes distintos ao mesmo tempo. • Efeito simples: os contaminantes atuam sobre os distintos órgãos; Ex: solvente e sílica • Efeitos somados: produzidos por contaminantes que atuam sobre um mesmo órgão ou sistema fisiológico; Ex: chumbo e arsênio – globulos vermelhos • Efeitos potencializadores: produzidos quando um ou vários produtos multiplicam as ações dos outros. • Ex: propanolnãocausadanoaofígado, masaumenta o dano do tetracloreto

  17. Sinergético: quando o efeito é maior do que do efeitosomado. EX: EPN (organofosforado) aumenta a toxicidade do malathion • Antagônico: um agenteinibe o efeito do outro. Ex: n-hexanodoresnaspernas e toluenoinibeesteefeito

  18. VIAS DE ENTRADA DOS AGENTES QUÍMICOS NO ORGANISMO • Via respiratória • Via pele • Via digestiva • Via parenteral

  19. Via respiratória – É a via de entrada mais importante em Higiene Industrial. Entende-se como tal o sistema formado por: nariz, boca, laringe, brônquios, bronquíolos e alvéolos pulmonares. A quantidade total de um contaminante absorvida por via respiratória é função da concentração no ambiente, do tempo de exposição e da ventilação pulmonar.

  20. Via pele – é a segunda via em importância em Higiene Industrial e compreende toda a superfície que envolve o corpo humano. Nem todas as substâncias podem penetrar através da pele, algumas o fazem diretamente, enquanto outras o fazem veiculadas por outras substâncias. A temperatura e a sudorese podem influir na absorção de tóxicos através da pele.

  21. Via digestiva: entende-se como tal o sistema formado por: boca, estômago e intestinos. Esta via é de pouca importância em Higiene Industrial, salvo em operários com hábito de comer e beber no posto de trabalho.

  22. Via parenteral: Entende-se como tal a penetração direta do contaminante no organismo através de uma descontinuidade da pele (ferida, punção).

  23. POEIRA É toda partícula sólida de qualquer tamanho, natureza ou origem, suspensa ou capaz de manter-se suspensa no ar.

  24. POEIRA Causas de Geração A) A ação primária de geração de poeira: uma ação mecânica ou pneumática projeta partículas finas a alta velocidade, a partir de um estado de repouso, para o espaço vizinho com ar (arraste de ar sob movimentos inerciais de elevada velocidade, súbita expulsão de ar dos espaços porosos do material). B) Correntes de ar secundárias: Que transportam o ar contendo a poeira a partir do lugar de geração. Não pertencem à parte integrante da ação de geração mas capturam as suspensões em volta da fonte, causando posterior dispersão.

  25. Poeira - classificação A) Por seu tamanho B) Por sua forma C) Por sua composição D) Por seus efeitos E) Particulado Não Classificado de Outra Maneira - PNOS

  26. A) Por seu tamanho • Sedimentáveis: Devido a seu peso deposita-se rapidamente. Diâmetros entre 10 e 150 micras. • Inaláveis: Pode penetrar no sistema respiratório. Tamanho menor que 10 micras. • Respirável: Pode penetrar nos pulmões. Tamanho inferior a 5 micras. • Visível: Distinguível a olho nu. Tamanho maior que 40 micras.

  27. B) Por sua forma • Poeira propriamente dita:Partículas sólidas em suspensão, que não são fibras. • Fibras: Partículas maiores que 5 micras de extensão, com um diâmetro de seção transversal menor que 5 micras e uma relação comprimento / largura maior que 3.

  28. C) Por sua composição • Animal: Pluma, pena, pelo etc • Vegetal: Pólen, cereal, palha, etc. • Mineral: Metais, asbestos, areia, etc

  29. D) Por seus efeitos • Poeira pneumoconiótica (silicótica): Poeira com mais de 1% de sílica livre cristalizada. Pode originar silicose. • Poeira tóxica: Exemplo: originada do chumbo que leva ao saturnismo. • Poeira cancerígena: Exemplos: asbesto, ácido crômico e cromatos, arsênico, cádmio, níquel, berílio etc.

  30. E) Particulado Não Classificado de Outra Maneira - PNOS • Podem produzir doenças do trabalho e afecções respiratórias benignas. Os PNOS devem ter menos de 1% de sílica livre cristalizada e não devem conter asbesto. O limite de tolerância estabelecido pela ACGIH para os PNOS é de 10 mg/m3 para particulado inalável total e de 3 mg/m3 para particulado respirável.

  31. INFLUÊNCIA DO TAMANHO. FRAÇÃO RESPIRÁVEL • Retenção de partículas na respiração • Nariz : constitui um filtro no qual as partículas depositadas podem ser eliminadas por devolução ou passam à faringe; • Faringe e laringe: As partículas retidas na cavidade bucal, garganta, faringe e laringe, podem ser eliminadas ao cuspir ou por via esofágica; • Árvore tráqueo-brônquica: As partículas retidas podem ser impulsionadas para o exterior pelo cílios deste aparelho; • Região alveolar: As partículas se depositam nas paredes alveolares, tanto por difusão como por sedimentação, ficando a maior parte retida. O mecanismo de expulsão é muito lento.

  32. Fração Inalável: É a fração de partículas que se inala de todo o conjunto de materiais em suspensão presentes no ar que respira o trabalhador. A este respeito são determinantes as velocidades de aspiração pelo nariz e pela boca, assim como as condições de circulação do ar ao redor da cabeça. • Fração Respirável: Dado que a fração inalável pode, segundo o tamanho das partículas, ficar depositada em distintas partes do aparato respiratório, denomina-se fração respirável a parte da fração inalável que penetra nos alvéolos pulmonares. Para sua captação utiliza-se um separador por sedimentação que separa os 50% das partículas que tenham um diâmetro aerodinâmico de 5 micras (Convênio de Johanesburgo de 1979)

  33. FIBRAS considera-se fibra toda aquela partícula que seja maior que 5 micras de comprimento, com um diâmetro de seção transversal menor que 3 micras e uma relação comprimento / diâmetro maior que 3. Estas características dimensionais determinam a facilidade que tem este tipo de partícula de ser respirada e depositar-se nos alvéolos pulmonares, onde os mecanismos autodepuradores do corpo não são capazes de elimina-las.

  34. FIBRAS

  35. O Asbesto - Amianto • grande aplicação na indústria, incombustível, Resistência a altas temperaturas (isolante térmico), alta resistência à passagem de corrente elétrica, suporta às agressões químicas como ácidos e bases e ao ataque de microorganismos.

  36. AMIANTO A fibra que se utiliza industrialmente é formada por um conjunto de fibras unitárias (centenas ou milhares) que possuem diâmetros compreendidos entre 0,02 e 0,1 micras, em função da espécie mineral. Esta configuração estrutural faz com que as fibras industriais possam se dividir longitudinalmente em muitas fibrilas, o que, logicamente, incrementa o risco de inalação de um maior número de fibras.

  37. SOLVENTES • são compostos líquidos lipossolúveis, possuem grande volatilidade, são muitos inflamáveis, e produzem importantes efeitos tóxicos. São substâncias geralmente orgânicas

  38. SOLVENTES

  39. TOXICOLOGIA Tóxico é qualquer substância que introduzida no corpo humano ou que aplicada em uma certa quantidade, ocasiona a morte ou graves transtornos.

  40. Toxicidade “ Toda substância introduzida no organismo que seja estranha à constituição química do sangue é um fármaco ou um veneno ” Claude Bernard • Toxicidade é a característica de uma molécula química ou composto em produzir uma doença, uma vez que alcança um ponto suscetível dentro ou na superfície do corpo.

  41. Perigo toxicológico É a probabilidade da doença poder ser causada através da maneira pela qual a substância esteja sendo utilizada.

  42. Toxicologia Industrial Toxicologia industrial é a parte da toxicologia dedicada ao estudo das intoxicações, produzidas pelos compostos químicos utilizados na indústria e que podem penetrar no homem como conseqüência de sua manipulação e uso. Seu campo de atuação são as intoxicações de origem ocupacional e seu mecanismo de ação no organismo.

  43. As características da toxicologia industrial • Os tóxicos são fundamentalmente químicos • As quantidades de tóxicos são pequenas mas reiterativas • A natureza do tóxico pode ser conhecida ou estudada antecipadamente, já que se conhecem ou se devem conhecer os produtos que existem em uma indústria e as possíveis interações entre estes. • A via mais importante de entrada é a respiratória.

  44. Com o objetivo de correlacionar o tóxico com sua capacidade de produzir danos, existem vários parâmetros, tais como a dose efetiva mínima, dose efetiva 50 e dose efetiva máxima.

  45. Dosagem efetiva Entre os fatores que são relacionados com dosagem efetiva, os mais importantes são: • 1. Quantidade ou concentração do material. • 2. Duração da exposição. • 3. Estado de dispersão (tamanho da partícula ou estado físico, por exemplo: pós, fumos, gases, etc...). • 4. Afinidade com o tecido do corpo humano. • 5. Solubilidade nos fluidos dos tecidos humanos. • 6. Sensibilidade dos órgãos ou tecidos do corpo humano.

  46. Métodos de expressão de Dosagem Efetiva • Valor do limite de tolerância -TLV • Dose Letal Mínima e Teste LD50. • Teste de Descobrimento de Escala • Razão de Perigo • Toxicologia por analogia

  47. ThresholdLimitValues -TLV (Valor do Limite de Tolerância) -formalmente é a concentração máxima permitida. Estes valores representam condições sob as quais é acreditado que aproximadamente todos os trabalhadores podem estar expostos, dia após dia, sem efeitos adversos. Dose Letal Mínima e Teste LD50. - A quantidade por peso do corpo que irá causar, mesmo uma única morte em um grupo de animais é conhecida como a dose letal mínima (MLD). A expressão mais comumente utilizada em experiências de toxicologia industrial é a quantidade que irá matar metade de um grupo de animais. Esta é conhecida como o Teste LD50 (Dose Letal de 50%), que representa 50 % de fatalidade.

  48. Teste de Descobrimento de Escala • A base deste teste é a comparação da potência de um composto desconhecido com a do material mais familiar. Isto é possível desde que haja um número de produtos químicos com dados toxicológicos extensivos razoavelmente já disponíveis. Por esta técnica uma certa quantidade de valiosas informações pode ser obtida num espaço de cerca de três semanas.

  49. Razão de Perigo • indica quando um material é levemente, moderadamente ou severamente tóxico, ou até mesmo se não é tóxico (U). A Razão do Perigo de produtos químicos industriais é baseada na interpretação de todas as informações disponíveis, particularmente Valor Limite de Tolerância, LD50, Teste de Descobrimento de Escala, bem como, na experiência humana.

  50. Toxicologia por analogia • Por causa da escassez de informações toxicológicas de muitos compostos químicos utilizados na industria, existe frequentemente uma tendência em assumir que compostos que possuem características químicas próximas, terão propriedades tóxicas similares. “Toxicologia por analogia” pode ser muito perigosa e enganosa.

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