1 / 17

As diferenças entre os homens e os animais - O mundo Simbólico Humano-

As diferenças entre os homens e os animais - O mundo Simbólico Humano-. Antropologia Filosófica Maria Eliane. A MUMIFICAÇÃO

roana
Télécharger la présentation

As diferenças entre os homens e os animais - O mundo Simbólico Humano-

An Image/Link below is provided (as is) to download presentation Download Policy: Content on the Website is provided to you AS IS for your information and personal use and may not be sold / licensed / shared on other websites without getting consent from its author. Content is provided to you AS IS for your information and personal use only. Download presentation by click this link. While downloading, if for some reason you are not able to download a presentation, the publisher may have deleted the file from their server. During download, if you can't get a presentation, the file might be deleted by the publisher.

E N D

Presentation Transcript


  1. As diferenças entre os homens e os animais- O mundo Simbólico Humano- Antropologia Filosófica Maria Eliane

  2. A MUMIFICAÇÃO Os egípcios acreditavam que o Ka, ou a força vital, era imortal. Com o objetivo de fornecer um receptáculo durável ao espírito, aperfeiçoaram a ciência do embalsamamento.Extraia-se o cérebro, fígado, pulmões, estômago e intestinos. O cadáver era colocado em salmoura por um mês e depois estendido para secar. O Cadáver, então enrugado, era receado, envolto em ataduras, confinado num caixão e num sarcófago de pedra. Acreditava-se que a perfeita preservação do corpo era essencial para que a alma fosse reconhecida pelos deuses no reino dos mortos e recebesse a imortalidade.

  3. O Mundo simbólico humano • em vez de definir o homem como animal rationale, deveríamos defini-lo como animal symbolicum. Ao fazê-lo, podemos designar sua diferença específica, e entender o novo caminho aberto para o homem  o caminho para a civilização. • O comprovam a vida humana produtora de cultura, sociedade, história, valores (moral), mito, religião, conhecimento e ciência.

  4. Ação Instintiva • A ação animal é caracterizada sobretudo por reflexos e instintos. A ação instintiva é regida por leis biológicas, idênticas na espécie e invariáveis de indivíduo para indivíduo. Essa ação é rígida e invariável.

  5. Mesmo que alguma criação animal seja perfeita, os atos que a antecedem não têm história, não se renovam e são os mesmos em todos os tempos, salvo as modificações determinadas pela evolução das espécies e as decorrentes de mutações genéticas.

  6. Um ato inato não precisa surgir desde o início da vida, pois muitas vezes aparece apenas mais tarde, no decorrer do desenvolvimento: ao nascerem gatos não esboçam qualquer reação diante de um rato, mas após o segundo mês de vida aparecem reações típicas da espécie, como perseguição, captura, brincadeira com a presa, ronco, matança etc.

  7. O que são os instintos? • são uma atividade que ignora a finalidade da própria ação. [...] O ato humano voluntário, em contrapartida, é consciente da finalidade, isto é, o ato existe antes como pensamento; como uma possibilidade, e a execução é o resultado da escolha dos meios necessários para atingir os fins propostos. Quando há interferências externas no processo, os planos também são modificados para se adequarem à nova situação.

  8. A Inteligência Concreta • Nos níveis mais altos da escala zoológica, por exemplo, com os mamíferos, as ações deixam de ser exclusivamente resultado de reflexos e instintos e apresentam uma plasticidade maior, característica dos atos inteligentes. • Experiências interessantes foram realizadas pelo psicólogo Köller com chimpazés. Um dos experimentos consiste em colocar o animal faminto numa jaula onde são penduradas bananas que o animal não consegue alcançar. O chimpanzé resolve o problema quando puxa um caixote e o coloca sob a fruta a fim de pegá-la. Segundo Köller, a solução encontrada pelo chimpanzé não é imediata, mas no momento em que o animal tem um insight (discernimento, “iluminação súbita”), isto é, quando o macaco tem a visão global do campo e estabelece a relação entre o caixote e a fruta. • Esses dois elementos, o caixote e a banana, antes separados e independentes, passam a fazer parte de uma totalidade. É como se o animal percebesse uma realidade nova que lhe possibilita uma ação-planejada pela espécie. Portanto, não se trata mais de ação instintiva, de simples reflexo, mas de um ato de inteligência.

  9. Instinto/Inteligência • A inteligência distingue-se do instinto por sua flexibilidade, já que as respostas são diferentes conforme a situação e também por variarem de animal para animal. • o animal não inventa o instrumento, não o aperfeiçoa, nem o conserva para uso posterior. Portanto, o gesto útil não tem seqüência e não adquire significado de uma experiência propriamente dita. • Mesmo que alguns animais organizem “sociedades” mais complexas e até aprendam formas de sobrevivência e as ensinem à suas crias, não há nada que se compare às transformações realizadas pelo homem enquanto ser criador de cultura.

  10. A linguagem • A palavra se encontra no limiar do universo humano. Ela caracteriza fundamentalmente o homem e o distingue do animal. • Se criássemos juntos um bebê humano e um macaquinho, não veríamos muitas diferenças de cada um nos primeiros contatos com o mundo e as pessoas. O desenvolvimento da percepção, da preensão dos objetos, do jogo com os adultos é feito de forma similar, até que em dado momento, por volta dos dezoito meses, o progresso do bebê humano torna impossível prosseguirmos na comparação com o macaco, devido à capacidade que o homem tem de ultrapassar os limites da vida animal ao entrar no mundo do símbolo.

  11. Os animais também têm linguagem, Mas a natureza dessa comunicação não se compara à revolução que a linguagem humana provoca na relação do homem com o mundo. • A diferença entre a linguagem humana e a do animal está no fato de que este não conhece o símbolo, mas somente o índice. O índice está relacionado de forma fixa e única coma coisa a que se refere. Por exemplo, as frases com que adestramos o cachorro devem ser sempre as mesmas, pois são índices, isto é indicam alguma coisa muito específica. • A linguagem animal visa a adaptação à situação concreta, enquanto a linguagem humana intervém como uma forma abstrata que distancia o homem da experiência vivida, tornando-o capaz de reorganizá-la numa outra totalidade e lhe dar novo sentido. È pela palavra que somos capazes de nos situar no tempo, lembrando o que ocorreu no passado e antecipando o futuro pelo pensamento. Enquanto o animal vive sempre no presente, as dimensões humanas se ampliam para além de cada momento. • O animal, mesmo quando demonstra alguma capacidade de resolver problemas, sua inteligência é ainda concreta. Já o homem, pelo poder do símbolo, tem inteligência abstrata.

  12. O símbolo • Os símbolos são universais, convencionais, versáteis e flexíveis. Consideremos a palavra cruz. Além de ser uma convenção de certa forma arbitrária [...] não tem um sentido unívoco [...] pode representar o cristianismo, referir-se à morte, pode significar uma encruzilhada, um enfeite, e assim por diante, com múltiplas significações.

  13. A linguagem, por meio da representação simbólica e abstrata, permite o distanciamento do homem em relação ao mundo, também é o que possibilitará seu retorno ao mundo para transformá-lo. • Se não se tem oportunidade de desenvolver e enriquecer a linguagem, o homem torna-se incapaz de compreender e agir sobre o mundo que o cerca.

  14. O trabalho • As diferenças entre o homem e o animal não está simplesmente no fato de o homem ser um animal que pensa e fala. De fato, a linguagem humana permite a melhor ação transformadora do homem sobre o mundo, e com isso completamos a distinção: um homem é um ser que trabalha e produz o mundo e a si mesmo. • O animal não produz a sua existência, mas apenas a conserva agindo instintivamente. • O trabalho humano é a ação dirigida por finalidades conscientes, a resposta aos desafios da natureza na luta pela sobrevivência. Ao reproduzir técnicas que outros homens já usaram e ao inventar outras novas, a ação humana se torna fonte de idéias e ao mesmo tempo uma experiência propriamente dita.

  15. O trabalho, ao mesmo tempo que transforma a natureza, adaptando-a às necessidades humanas, altera o próprio homem, desenvolvendo suas faculdades. Isso significa que pelo trabalho, o homem se autoproduz. Enquanto o animal permanece sempre o mesmo na sua essência, já que repete os gestos comuns à espécie, o homem muda as maneiras pelas quais age sobre o mundo, estabelecendo relações também mutáveis, que por sua vez alteram sua maneira de perceber, de pensar e de sentir. • Por se uma atividade relacional, o trabalho, além de desenvolver habilidade, permite que a convivência não só facilite a aprendizagem e o aperfeiçoamento dos instrumentos, mas também enriquece a afetividade resultante do relacionamento humano: experimentando emoções expectativas, desejo, prazer, medo, inveja, o homem aprende a conhecer a natureza, as pessoas e a si mesmo. • O trabalho é a atividade humana por excelência, pela qual o homem intervém na natureza e em si mesmo. Ele é condição de transcendência e de expressão da liberdade humana.

  16. Cultura e Humanização • As diferenças entre o homem e o animal não são apenas de grau, pois, enquanto o animal permanece mergulhado na natureza, o homem é capaz de transformá-la, tornando possível a cultura. • O mundo resultante da ação humana não é natural. • [...] Em antropologia, cultura significa tudo que o homem produz ao construir sua existência: as práticas, as teorias, as instituições, os valores materiais e espirituais. Se o contato que o homem tem com o mundo é intermediado pelo símbolo, a cultura é o conjunto de símbolos elaborados por um povo em determinado tempo e lugar.

  17. A cultura é, portanto, um processo de auto-liberação progressiva do homem, o que o caracteriza como um ser em mutação, um ser de projeto, que se faz à medida que transcende, que ultrapassa a própria experiência. [...] É evidente que essa condição de certa forma fragiliza o homem, pois ele perde a segurança característica da vida animal, em harmonia com a natureza. Ao mesmo tempo, o que parece ser sua fragilidade é justamente a característica humana mais perfeita e nobre: a capacidade do homem de produzir sua própria história.

More Related